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História Amor por acaso - Estarei sempre disposto a ajudá-la.


Escrita por: Dalis

Notas do Autor


Demorei, né gente? sorry! não tive muito tempo! aproveitem a leitura <3

Capítulo 3 - Estarei sempre disposto a ajudá-la.


Fanfic / Fanfiction Amor por acaso - Estarei sempre disposto a ajudá-la.

Ana.

Confesso que fiquei mais tranquila quando o filho da tia Mari disse que me chamaria pra trabalhar em sua casa, eu ficaria só o tempo necessário para juntar dinheiro o suficiente pra conseguir me virar pelos próximos meses. Quando voltamos do shopping ficamos na beira da piscina, conversando e eu acabei contando um pouco sobre mim. Bruna insistia em implicar com a esposa de Luan, que apesar de não conhecê-la, sentia que ela era uma daquelas mulheres extravagantes e ele apenas entortava o rosto, deixando ela falar o que quisesse.

Ele levantou para atender um telefonema, e foi nesse momento que Bruna aproveitou para me deixar sozinha com ele, será que ela estava pensando que rolaria algo mais entre nós dois? Impossível. Além de ser casado, ele jamais iria reparar em mim. Ignoro esses pensamentos, não deveria estar pensando nisso.

- Ué, cadê a Bruna? – ouvi sua voz próxima de mim e virei para encará-lo.

- Ela já entrou, disse que estava cansada. – respondi.

- Cansada? A Bruna? Essa minha irmã...

- Eu acho que já vou entrar, está frio e foi uma viagem cansativa de ônibus. – me ergui do chão e cruzei os braços ao redor do meu corpo, como se isso pudesse fazer o frio diminuir.

- Tem razão, eu acompanho você.

Luan me acompanhou até o quarto de hóspedes que tia Mari havia reservado pra mim, e trouxe as dezenas de sacolas com compras que Bruna havia comprado de presente, mesmo eu insistindo que não precisava de tanta roupa. Estava acostumada com pouco. Subimos a escada em silêncio, pra falar a verdade, eu não sabia bem o que dizer na presença dele. Tinha medo de dizer algo errado e ele me achar boba demais.

- Acho que vou deixar você descansar, Ana. Espero que tenha gostado do dia de hoje tanto quanto eu gostei. – ele se dirigiu à mim e apertou mais uma vez minha mão.

- Obrigada, senhor... Não sei ao certo como te chamar. – admiti e ele sorriu.

- Nada de senhor, nós temos quase a mesma idade. Luan está bom. Bem, vou indo agora, tenha uma boa noite.

Luan saiu andando pelo corredor e antes que eu o perdesse de vista, falei:

- Luan? – o chamei e ele parou imediatamente de andar, olhando pra mim. – Obrigada pelo emprego.

Ele assentiu com a cabeça, sorriu e voltou a andar. Guardei todas as coisas que havia ganho, e me despi para tomar um banho. A agua quente me fez relaxar, mas eu sabia que não era só isso, estava tranquila porque sabia que teria como me virar por algum tempo. Cada vez que encontro tia Mari, ela consegue ser ainda melhor pra mim, e nem sei o que dizer do filho dela. Ele é educado, atencioso, gentil, sabe ouvir uma conversa pacientemente. Com certeza diferente de todos os caras que eu já conheci. Ignoro mais uma vez os meus pensamentos, eu estava impressionada demais com ele. Desligo o chuveiro, seco o cabelo rápido e visto um pijama antes que o sono me vença.

 

 

Luan.

Alguma coisa mexe no meu rosto e acordo desorientado, leva alguns segundos pra eu me acostumar com a claridade e lembrar que estava na casa dos meus pais. Bruna está me olhando atentamente e me assusto, puxando o lençol para me cobrir.

- Ficou maluca, Bruna? – minha primeira reação é brigar com ela.

- Bom dia, maninho! Quero que me conte tudo que rolou. – ela se senta na cama ao meu lado.

- Bruna, me deixa dormir... O dia nem amanheceu direito e você já vem perturbar? – minha voz sai sonolenta e viro para o outro lado, na esperança que ela desista e vá embora.

- Rolou alguma coisa entre você e a Aninha ontem? – ela insiste.

- Espera, então você deixou a gente sozinho porque queria que rolasse algo? Bruna, isso é ridículo. – começo a lhe dar bronca. – Não rolou nada, a Jade ligou e eu passei boa parte do tempo com ela no telefone.

- Discutindo, eu aposto. – ela me interrompe e revira os olhos.

- Meu casamento é problema meu. Além do mais, Ana parece ser uma mulher direita, é delicada, meiga.

- Tá vendo! Pelo menos você vê qualidades nela, isso já é um começo.

- O que eu quis dizer foi que ela não parece ser do tipo que se oferece pra homem casado. – expliquei.

- Tá, ela pode até não se oferecer, mas eu conheço a Ana desde sempre e vi o jeito como ela tava te olhando. Eu posso garantir que ela nunca olhou assim pra ninguém.

- Isso é coisa da sua cabeça, você viaja muito. – me sinto incomodado com o que acabei de ouvir. Ana me olhando? Não, a minha irmã tava imaginando.

- Você é um mal agradecido, Luan! Nunca mais faço nada por você. – ela diz alto e se levanta. – Só pra você saber, estou cansado de te ver infeliz e estressado, sou sua irmã e me importo com você! Só quero que você ache alguém que te mereça, não aquela cobra que você casou! Passar bem! – ela saiu do quarto batendo a porta com força, se alguém ainda estivesse dormindo, provavelmente teria acordado depois disso.

Minha barriga acabou reclamando de fome e vesti uma bermuda para descer para tomar café. Acabei encontrando meus pais e Ana sentados na mesa. Seu cabelo loiro estava preso numa trança, e não deixei de reparar que ela usava um macacão de renda com um biquíni preto por baixo. Ela era magrinha, porém não deixava de ser sensual, seu corpo era bem desenhado e ela tinha as curvas na medida certa. Minha mente protestou para que eu parasse de prestar atenção nisso, já havia discutido com Jade pelo telefone ontem pelo simples motivo de estar na casa dos meus pais, se ela soubesse que tinha uma mulher aqui, a situação com certeza seria pior.

Ana parecia mais feliz e mais a vontade do que ontem, o jeito dela me chamava a atenção. Sinto que ela era mais do que demonstrava, talvez sua timidez escondesse o que ela queria ser e não tinha coragem. Por que isso, se ela era linda?

- Bom dia, filhão. – meu pai foi o primeiro que notou minha presença.

- Por que acordou tão cedo, príncipe da mamãe? – minha mãe falou comigo como se eu tivesse oito anos. Era tenso quando ela fazia isso.

- Mãe! – a repreendi e revirei os olhos. Notei um sorrisinho no rosto de Ana. – Primeiramente, bom dia. Segundo, a Bruna não me deixou dormir e estou morrendo de fome.

 

Ana.

Após o café da manhã, nós fomos novamente para a area da piscina. Bruna estava de cara fechada e achei melhor não perturbá-la. Luan e tio Amarildo bebiam cerveja e conversavam descontraidamente perto da churrasqueira. Hoje era um domingo típico de novela.

- Então querida, já está namorando? Conhecendo algum rapaz? – tia Mari questionou e ri sem graça.

- Estou solteira, tia, e acho que vou continuar assim por um bom tempo. Não sei se vale a pena se envolver com as pessoas de hoje em dia.

- Talvez você só precise achar a pessoa certa. – Bruna falou pela primeira vez.

- É verdade, você precisa de uma pessoa que lhe valorize e cuide bem de você.

- Não vai cair na água, Ana? O dia hoje está mais que quente. – tio Amarildo falou comigo e sentou ao lado da tia Mari. Os dois deram um selinho e se olharam apaixonadamente, eu sempre achei linda a forma como eles se tratavam e respeitavam um ao outro.

- Acho melhor não. – fiz careta. – Não sei nadar.

- Isso não é problema, o Luan pode te ensinar. – ele disse, fazendo com que Luan se aproximasse.

- Acho que você tem que perder esse medo de água hoje, Ana. Eu posso lhe ajudar. – ele se prontificou.

Acho melhor não, eu tenho muito medo mesmo, quase morri afogada uma vez e fiquei traumatizada.

- Ei, eu prometo que não vou deixar nada de ruim lhe acontecer. Vamos? – ele apontou para a piscina e comecei a me sentir agitada.

- Podemos ficar na parte rasa? – perguntei sem jeito.

- Se você preferir, tudo bem.

Tirei o macacão e ajustei o biquini. Luan entrou primeiro e eu logo em seguida, além da vergonha, sentia meu corpo tremendo de medo. Eu era baixinha, e mesmo estando no raso a água marcava minha cintura.

- Está se sentindo bem? – ele pareceu preocupado.

- Só estou nervosa. – confessei.

- Vou entender se você quiser sair, Ana, não precisa ficar se sentindo forçada a fazer algo que não queira.

- Não. – respirei fundo. – Acho que preciso enfrentar mesmo isso.

- Ótimo. – ele abriu um sorriso para mim. – Me dê sua mão.

Estiquei meu braço e agarrei com força à mão dele, enquanto me apoiava na borda com a outra. À medida que iamos caminhando, meus pés paravam de tocar o chão e lutei para não me desesperar.

- Quer tentar um mergulho? – ele propôs e assenti. Tomei fôlego e submergi, mas tive a certeza que passei menos de cinco segundos em baixo d’agua. – Viu? Você conseguiu! Eu falei que não ia ser tão ruim.

- Não foi grande coisa, porém só consegui porque você me ajudou. – o respondi.

- Estarei sempre disposto a ajudá-la.  


Notas Finais


Quem também quer um Luan desses? todo cavalheiro, gente <3 E será que a Ana vai conseguir se soltar mais ao decorrer da fic? Comentem ai :)


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