1. Spirit Fanfics >
  2. Amor por acaso >
  3. Escreve aí.

História Amor por acaso - Escreve aí.


Escrita por: Dalis

Notas do Autor


Pessoinhas lindas, me perdoem se tiver algum erro, ok? beijooooos

Capítulo 4 - Escreve aí.


Luan.

Hoje era dia de voltar pra casa, voltar ao trabalho e levar Ana junto comigo. Não avisei a Jade sobre ela, mas sei que ela não teria uma reação tão boa, porém estou pouco me importando com seus ataques. Tive um fim de semana perfeito no qual pude relaxar, aproveitar minha família e ainda tive a chance de ajudar uma pessoa: Ana. Claro que eu sei que o trabalho de empregada não combina com ela, ela é bonita demais, talvez devesse ser modelo. Eu conhecia muitas pessoas no ramo e se ela quisesse, poderia apresentá-la.

Também percebi que ela estava confortável, mas não se soltava totalmente e eu continuava intrigado. Por que? O seu jeito meigo escondia sua fragilidade, minha mãe me contava as vezes que ela tinha perdido a mãe cedo, talvez seja isso que ainda a machuque.

- Filho, prometa que vai voltar logo. – meu pai pediu. – E ahn, mande lembranças para sua esposa. – era nítido o desconforto dele ao falar da Jade. Ninguém na minha família gostava dela e eu me questionava cada dia mais por que insistiamos nesse casamento.

- E prometa que vai cuidar bem da minha menina, Luan. – minha mãe me abraçou e pediu.

- Claro, mãe. Ana estará bem na minha casa. – respondi.

Bruna abraçou Ana e continuava de cara feia pra mim. Ela era birrenta, mas era minha irmã e eu a amava. Caminhei até ela que estava de braços cruzados e a abracei forte.

- Amo você, maninha. – disse e ela fez careta.

- Aposto que vocês vão se apaixonar, escreve aí. – ela me respondeu e fiquei desconcertado com aquelas palavras. Pensei que ela diria qualquer coisa, até que me odiasse, mas falar de paixão? Balancei a cabeça negativamente e a ignorei.

- Pronta, Ana? – a chamei.

- Pronta. – ela sorriu e caminhamos até o meu carro. Guardei minhas coisas e Ana optou por continuar com sua mochila.

Dei partida e liguei o rádio, coincidentemente tocava uma música de um cantor que eu adorava: John Mayer, a música era Your body is a wonderland.

- Ahn, será que eu posso aumentar? – ela pediu e suas bochechas estavam vermelhas. Ela estava com vergonha por pedir para aumentar o som do carro, eu nunca vi nenhuma mulher com o jeito igual ao dela.

- Claro que sim. – respondi e levei minha mão ao botão do rádio, no mesmo instante que Ana fez a mesma coisa. Nossos dedos se esbarraram por milésimos de segundos e uma pequena corrente elétrica percorreu meu corpo. Presumo que ela tenha sentido o mesmo.

- Desculpa. – dissemos juntos e acabamos rindo.

- Não sabia que gostava desse cantor. – puxei assunto.

- Sou fã dele desde que me entendo por gente.

- Bom, acho que temos um gosto parecido para música. – comentei.

A voz de John continuava preenchendo o ambiente, houve um silêncio entre nós, mas não era aquele tipo de silêncio perturbador. À medida que íamos nos aproximando do centro da cidade, uma chuva fina caía com mais frequência. Ainda era muito cedo, poucas pessoas andavam nas ruas. Desviei minha atenção para Ana e ela estava adormecida ao meu lado, com a mochila apoiando seu rosto.

Seu cabelo era de um loiro quase ruivo, e combinava perfeitamente com o tom da sua pele. Eu teria lhe admirado mais se os carros atrás do meu não buzinassem para que eu continuasse a dirigir.

 

 

Ana.

Acordei com um solavanco, Luan tinha estacionado e minha cabeça estava meio atordoada. Ah, nós estávamos na casa dele.

- Por que não me acordou? – o questionei.

- Cê tava muito fofinha dormindo. – ele respondeu brincando e fiquei séria. – Sério Ana, não quis te incomodar.

- Tudo bem. – forcei um sorriso e desci do carro.

Joguei minha mochila nos ombros e o segui para dentro de sua casa. Era enorme, bem decorada e havia inúmeras fotos de uma mulher que julguei ser sua esposa. Quando ela apareceu na nossa frente, vi que ela era ainda mais bonita pessoalmente.

- Oi Jade. – Luan a cumprimentou e ela olhou estranho pra mim, dos pés a cabeça.

- Quem é essa ai? – ela se referiu a mim de forma extremamente grosseira e me retraí.

- “Essa aí” é a Ana, ela é praticamente da minha família e eu a trouxe para trabalhar aqui em casa. Sabe que estamos precisando. – Luan me apresentou.

- Ela não fala? – fui atacada mais uma vez.

- Sinto muito, Luan. Mas acho que não vou poder ficar aqui. – me dirigi a ele e voltei para a porta na qual tínhamos entrado.

Sentir o vento no rosto quando saí daquela casa foi libertador, mas minha paz não durou muito. Luan agarrou meu braço.

- Ei, está desistindo do emprego?

- Está na cara que sua esposa não gostou de mim, e agradeço que tenha me oferecido o trabalho, mas não sou obrigada a ficar ouvindo certas coisas.

- Eu sei, concordo com você. Mas não desista por causa da Jade, ela é rude com todo mundo, é o jeito dela. E além do mais, você precisa do emprego, precisa do dinheiro.

- Tem razão. Desculpa – respirei fundo e baixei a cabeça.

- Não precisa ficar se sentindo mal, você vai se acostumar com a Jade e ela com você. É só questão de tempo, eu garanto. Vem, vamos pra dentro.

Quando retornamos, não vi mais sua esposa por ali. Luan me mostrou a casa e depois me levou até a cozinha, onde pediu que uma senhora preparasse um café para nós.

- Ana, essa é a Claudia e ela vai ajudar você no que for preciso, vai te orientar.

- Seja bem vinda, Ana. – ela sorriu para mim e retribui.

- Obrigada. – agradeci.

- Preciso ir par a empresa, ou vou chegar atrasado. – ele checou a hora em seu relógio. – Fique à vontade, Ana.

Eu agradeci mais uma vez e quando ele saiu, Claudia se virou para mim.

- Não fique assustada com a cobra da Jade. – seu tom de voz era baixo. – Ela só lhe ataca se você permitir, trabalho aqui há anos e ela sempre foi desse jeito. Meu patrão é uma pessoa tão boa, jovem, não entendo como pode ser casado com uma pessoa dessas.

- Talvez eles se amem. – bebi mais um gole do café, querendo pôr fim aquela conversa que me incomodava. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...