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História Amor por contrato (Triplo Imagine - Monsta X) - 013


Escrita por: JeonSakura

Notas do Autor


Socorro, acho que mesmo dividindo o capitulo, ainda assim ficou grande kkkkkk ai deus. Me desculpa, mesmo. Não era minha intenção. Eu escrevi, escrevi, escrevi e só parei quando vi a quantia de páginas que já havia escrito. Não vou fazer de novo kkkkkk sério
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Boa leitura ~

Capítulo 14 - 013


 Na entrada do extenso portão de grades, frente ao estacionamento, enxergo Shownu junto do formigueiro composto por alunos e pequenos camelôs com besteiras atrativas a olhos jovens. Por motivos óbvios (Sakura), caminho de encontro ao musculoso e seu provável grupo de dança cheio de rostos desconhecidos por mim. Mesmo confuso, Ki Hyun me acompanha até pararmos encarando as costas do Mr. Músculo.

 — Ya! Shownu – não me foi preciso muito para ter sua atenção voltada a mim. – Você sabe do que se trata. Para de cú doce antes que meus ouvidos sangrem – infelizmente viro alvo da atenção dos outros um... Dois... Três... Quatro participantes inertes ao assunto.

  — Oi pra você também, princess – não sou burra, senti o sarcasmo. – Sobre isso, não se preocupe. Por algum motivo desconhecido, eu senti uma pequena vontade de provocar minha pequena flor. Só isso. Não passa de hoje – recebo uma piscadela divertida ao cessar da frase antes de ele continuar. – Não se preocupe – lhe dou meu sorriso fechado junto de acenar positivo e acompanhado de um “hm” murmurado como resposta.

 Antes de desviarmos caminho e continuar nossa rota ao restaurante, Shownu lançou um sorriso, quase que sumindo com seus olhos, dirigido ao Ki Hyun que me aparentou não saber como responder. Os quatro pares de olhos inertes e confusos somem de minha linha de vista assim que os dei as costas seguida do ruivo.

 — Quem? – uma voz masculina ecoa-me os ouvidos enquanto distanciamo-nos.

 — Uma amiga da Saku. Acho que posso chama-la de cunhada – a sentença dita por Shownu me faz sorrir ladino por ter sido chamada de irmã da minha única amiga.

 — Nome Shownu, trabalho com nome e idade – é a última coisa que consegui ouvir antes de esvair-me por completo do muvuco sempre existente na entrada do campus.

 — Eu que vou trabalhar as marcas da minha mão nele se continuar a demonstrar esse interesse todo – pelo visto não fui a única a ouvir. Elevo meu olhar ao rosto do ruivo de orelhas ruborizadas. – Não me olha assim. Você mais que ninguém notou a forma que aquele cabeludo sondava sua face – a reparação me dita faz com que uma de minhas sobrancelhas erga-se em dúvida.

 — A fome deve tá afetando seus parafusos – minha pessoa em si não é de notoriedade alheia e eu sempre notei isso, não me afeta mais.

 Andamos sem trocar muitas palavras, apenas a observar os vultos a passar sem importar-me em tentar reconhecer algum rosto das mais diversas cabeças coloridas. Não tardamos em chegar ao meu tão conhecido Ama restaurant. Ki Hyun não me parece conhecer o lugar. Seu semblante indica surpresa misturado a curiosidade adquiridos ao seu rosto quando passamos pelas portas de vidro escuro, trazendo-nos a um local totalmente inspirado aos 90’s.

 — De onde saiu esse lugar? – pergunta após temos pego uma mesa ao lado da parede azul e vermelha. – É totalmente...

 — Demais – o completo.

 — Desconhecido, diferente, confortável... Demais – não contenho um sorriso ao notar um par de íris brilhantes avaliando todo o local ao nosso redor.

 Um self-service muito bem feito e valendo cada centavo pago. Como antes, Ki Hyun está a parecer um poço ilimitado. Já o lembrei sobre o ocorrido passado, mas o ruivo veio pagar de macho de ferro e não deu ouvidos a nenhuma palavra minha. É minha primeira vez (mais uma das muitas esse mês) tendo uma companhia em meu almoço no meu restaurante favorito da vida. Não sei como deveria me sentir sobre essa situação (o que também não é novidade, já que sou um poço de incerteza). Talvez excitada em ter um outro alguém sentado a minha frente, ou, quem sabe, satisfação por conversar com alguém que não seja a Sakura.

Durante toda a comilança do ruivo e minhas inevitáveis risadas pelas palhaçadas que o garoto dissera sobre como viveria se estivéssemos nos anos 90, conversamos aleatoriamente sobre quase tudo.

  — E vocês já fizeram isso alguma outra vez? – solto minha pergunta de um milhão.

 — Huh? Isso o que? – a atenção de Ki Hyun se desvia do pudim para mim, esbanjando uma interrogação na testa.

 — Isso sabe? – gesticulo com as mãos afastadas do meu bolo. – Essa coisa – ainda gesticulando movimentos sem qualquer tipo de esclarecimento. – Essa coisa de poliamor; namoro por contrato ou seja lá como vocês chamam – com custo encontro palavras para informar meu questionamento antecessor.

 — Ah, sobre nosso relacionamento? – assinto voltando com as mãos para guiar mais um pedaço da minha sobremesa ao meu degustar. – Não, é a primeira vez. Mas não vou mentir, nós três sempre quisemos tentar. Desde crianças dividimos tudo, por que não tornar esse tudo em totalidade máxima? – se essa é a tentativa dele de elucidar minha dúvida, falhou miseravelmente.

 — E por que eu, exatamente? Quero dizer, vocês, por um acaso, sabem meu nome? – pergunto algo que antes não havia me questionado sobre.

 — Claro né, preciosa. Que tipo de namorados seríamos se não soubéssemos seu nome? E é você porque é uma pessoa preciosa. Durante dois anos, por aí, nós três sempre entravámos em um conflito besta por um não concordar com a garota escolhida por outro. Sei que soa meio rude dizendo assim, mas nossa intenção nunca foi brincar com sentimentos, apenas procurávamos alguém que atraísse a nós três. Ai eu te vi – diz como se fosse algo comum no dia a dia de qualquer um.

 — Certo. E por que isso de preciosa? 

  — Bom~ – cantarola. – De início não sabíamos seu nome. Tentamos te chamar por tudo que é tipo de nome, mas você sempre ignorava, então te apelidamos por nós mesmo. Mesmo depois de descobrirmos, preferimos mantê-lo assim. Combina mais.

 

  

  ♡´・ᴗ・`♡

 

 

 No caminho de volta ao campus, ainda acompanhada por Ki Hyun, estamos a discutir meios de evitar a burrada onde ele mesmo quem nos empurrou para tal. Descartamos a cogitação de fingir-se de doente; a ideia de irmos para a casa de um deles. A que me é mais ponderável, é dizer que já tenho planos para com ele(s) no exato dia ainda não estipulado para o encontro. 

 Abro a porta de entrada do dormitório e uma Sakura, em meio a desespero, puxa-me para dentro se despedindo do ruivo por mim. Sem poder protestar, sou arrastada escada acima até meu quarto, logo trancado. Somente depois de ser solta, pude voltar a respirar e questionar o porquê daquele desespero. Pensei que ela estaria com Shownu a uma hora dessas.

 — Domingo – resposta mais vaga que essa tá pra ser inventada. Minha feição franzida é como a questiono. – Paek marcou de irmos ao parque nesse domingo e todas concordaram – Sakura responde com um tom de voz tenso fazendo-me travar o ar nos pulmões no mesmo instante. Nem tive a chance de sentar na cama antes do tombo.

 — Como é? Meu pai, preciso arrumar uma forma de adoecer. E rápido! 

 — Hã? – olhos confusos pousam sobre mim.

 — Eu não vou nisso! – exclamo e no mesmo segundo meu celular bipa abafado em minha mochila.

 — Ela vai te torturar verbalmente se vocês não forem. Sabe disso – Sakura é aquela amiga que só ajuda a piorar a situação.

 — E o que quer quê eu faça, Sakura? Que o campus inteiro descubra que eu participo de uma relação poliamorosa? Eu não gosto de ser invisível, mas também não quero que saibam da minha existência por isso! Ainda mais se for para me amolarem.

 — Nós vamos encontrar um meio – nesse instante, o meu celular bipa mais uma vez seguido do aparelho da minha amiga. A diferença é que a mestiça verificou a mensagem, eu ignoro sem prestar qualquer atenção se é o bipe do grupo ou não. – Shownu chegou. Vou ir resolver isso aqui primeiro, mais a tarde eu venho para encontrarmos uma solução pra você – recebo um beijo na bochecha e logo estou sozinha em meu quarto.

 Jogo meu corpo preguiçoso na cama em busca de um descanso que não dura muito. A madeira cor palha é aberta bruscamente revelando uma Kris, não mais loira, bufando como se acabara de voltar de uma maratona dos duzentos metros. Eu estava com o celular na mão, pronta para desbloqueá-lo, mas meu filho caiu no chão pelo susto tomado por minha pessoa.

 — Anda logo, princess! – sem mais nem menos, sou puxada do colchão e arrastada pela nova morena. Qual a graça que essas pessoas vêm em pintar o cabelo por diversas vezes? 

 — Ei! Pra que isso? – interpelo após ser obrigada a sair do dormitório sem um motivo visível.

 — Vamos fazer as compras antes que alguma de nós morra de fome – confesso que sorri ao ouvir o pronome enunciado. Acabei de sentir-me bem vinda à algum lugar.

 — Mas você estava sem o dinheiro – recordo sobre a conversa/discussão de hoje mais cedo.

 — Vou usar o cartão, depois eu me viro. A comida é a prioridade no momento – sem dizer mais nada, fomos ao ponto de ônibus, exatamente de frente a entrada do campus, a espera do nosso transporte.

 

 

 ♡´・ᴗ・`♡

 

 

 Acho que nunca demorei tanto em um supermercado como hoje. Também, a casa está, literalmente, desabastecida. Nem produtos de limpeza há. Há quanto tempo não faziam compras? Puta merda. Na Woo evitou tudo que fosse considerado acima do seu valor real, ou seja, coisas bem diferentes do que a Yun Jin e a Ma Ju compraram na compra passada.

 — Ai delas se reclamarem. Vão passar fome – esbraveja quando ela mesma tocou no assunto “qualidade das compras” a espera da fila do caixa andar.

 — Kris – a chamo interrompendo a impugnação da antes loira. Ao ouvir um “hm” eu continuo. – Por um acaso você irá no parque esse fim de semana? – pergunto aleatória dando fim ao assunto passado. Na Woo se vira frente a mim esboçando desanimo descarado.

 — Se eu não for, aquela peste vai me importunar por tempo indeterminado chamando-me de solitária e a caralha – uma bufada fervente finaliza a frase da garota.

 Suspiro antes de passar pelo caixa e ir ensacando o que é passado pelo leitor de códigos de barra, agilizando o processo. O que me irrita, além de ter que pensar em algo para sábado que é depois de amanhã, é o fato de estar começando a desconfiar que Pyo Lee fez isso com um proposito moralmente condenável. Eu e Kris estamos nos dobrando para poder levar todas as sacolas. Por mim, teríamos pagado para entregarem na porta do campus, mas a mais nova não concordou, então aqui estamos quase parindo um rim. Um enorme alivio é sentido por meus braços quando deixo as sacolas no chão da cozinha. Abrir a porta de entrada do dormitório foi um sacrilégio. Batemos na porta por incontáveis minutos e quem abriu foi um I.M do cabelo bagunçado. Ah, como sinto falta da Cha. Aquela gordinha bochechuda me faz falta. Com ela aqui, não sou obrigada a esbarrar com Shownu seminu, I.M usando qualquer coisa que encontra pelo dormitório que nem a ele pertence, Liang Liang (namorada da Jae Hee) andando por ai de lingerie, Jae Bom reclamando pela irmã gêmea não deixa-la entrar no quarto e nenhum garoto, tatuado até o mindinho do pé, fumando como se estivesse em casa. Com Cha, sem intrusos folgados. 

 Kris e eu estamos numa tentativa de arrumar tudo dentro dos armários e o resto na dispensa, mas toda hora surge alguém diferente na cozinha e chuta as sacolas no chão.

 — Ah, vai tomar no cú! O PRÓXIMO QUE ENTRAR NESSA COZINHA VAI LIMPAR TUDO COM A LÍNGUA! – agradeço a perda de paciência da recente morena depois de ver o pé do ex-namorado sobre um pacote de biscoitos.

 — Foi mal ae, não precisa de agressão verbal – Wonho diz num tom tranquilo e suave. Eu não sei o que esse branquelo faz tanto aqui.

 — Vaza daqui, loiro aguado – Na Woo finaliza e some dentro da pequena despensa.

 — Ih, acho que o preto nos cabelos não fez bem pra ela, né?! – o loiro se vira a mim e eu simplesmente dou de ombros. Não sabia que existia DR entre casais pretéritos. É, na verdade, há muita coisa que eu não sei.

 — O que tá fazendo aqui? – pergunto desinteressada com o rosto dentro da geladeira guardando as diversas carnes no congelador interno do eletro.

 — Lee me ligou falando sobre o encontro no parque aquático e, como eu não tenho nada pra fazer, vim até aqui dar um oi.

 — Oi – Kris aparece de repente e o cumprimenta irônica. – Tchau – a morena passa pela porta da cozinha saindo do recinto agora ocupado somente pelo loiro e por mim.

 Realizado a guarda de tudo em seu devido lugar, subo a caminho de meu quarto sendo seguida por Wonho. Antes de entrar no cômodo, paro frente a porta amarelada e me viro ao rapaz alguns meses mais velho que eu.

 — Onde pensa que está indo? 

 — Não sei. Aonde você está indo? – ênfase é dado ao pronome referente a mim.

 — Vai me seguir? Tem nada melhor pra fazer não?

 — Não~ – responde cantante fazendo-me revirar os olhos. Entro no quarto sem nem escorar a porta e Ho Seok faz o mesmo. Pronto, arrumei um rabo.

 — Sério Wonho? Qual é? A Kris está te fazendo falta! 

 — Por que achas isso? 

 — Não... Use a segunda pessoa – pauso por um breve instante. Nem eu sei o porque de irritar-me quando é usado a segunda pessoa no singular, eu só... Não gosto. – Eu não acho, tenho certeza. Ho Seok, nós dois nunca fomos de conversar, não somos amigos. Você me usava para desabafar e eu ouvia, ou fingia que ouvia. Agora você vem pra cá sem propósito e fica me seguindo como sombra.

 — Uia, isso doeu – o cara pálida se finge ofendido e não demora a começar a rir. – Eu só gosto da áurea confortável que você emite. Se ainda não sou considerado seu amigo, irei mudar esse fato – um sorriso é brotado nos lábios de Wonho e minhas falas foram engolidas. Eu devia expulsar ele daqui? Ou ignorar? Não sei. 

 Sem respondê-lo, jogo-me de volta na cama com o celular em mãos. Ao desbloquear o aparelho noto mais de cinquenta mensagens de duas conversas. Espera, duas conversas? O incomum faz com que eu impulsione meu tronco para sentar-me sobre o colchão causando também, um leve susto a Wonho, quem está sentado no tapete do chão igualmente mexendo em seu próprio celular que foi parar no tapete macio.

 — O que foi isso? – antes de respondê-lo, abro o aplicativo onde se encontram as mensagens. Uma conversa é do grupo cujo, estranhamente, já me acostumei em tê-lo. A maior parte das mensagens são dos três seres com dedos epiléticos. Já a outra conversa é de um número nunca visto por mim antes.

 — Um número estranho me mandou mensagem – digo mais a mim mesma, e, ao mesmo tempo, respondendo ao curioso.

 — Cadê? Deixe-me ver – quando noto por mim, o loiro já está do meu lado sentado sobre o conforto.

 Sem me importar, abro a janela com quatro das cinquentas mensagens.

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 - Olá princess

 - Como estas, minha dama?

 - Espero que estejas bem

 - Se não for o caso, saiba que eu gostaria de saber como poderei ajuda-te

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 Ambas minhas sobrancelhas são arqueadas franzindo minha testa. Olho para Wonho que está a encarar a tela de meu celular, cujo brilho está no mínimo, com uma expressão indecifrável a mim.

 — Me dá isso – sem esperar por algum argumento contrário de minha parte, o loiro toma o aparelho de minhas mãos o possuindo para si.

 — O que acha que vai fazer?

 — Responder ao idiota – diz mantendo o celular em uma posição favorável a visão de nós dois.

Desconhecido Trouxa:

 - Minha dama o cacete.

Quem você acha que é pra me chamar de princess? Perdeu o medo de morrer?

Me ajudaria se você parasse de respirar, assim sobra mais oxigênio pra mim!

 

 Meus olhos são arregalados ao ler a mensagem de resposta digitada pelo branquelo. O celular não demora a bipar avisando que eu... Wonho... Ambos fomos respondidos. Eu acho que não devia estar permitindo que ele faça isso, não é? Eu teria ignorado e fingido não ter recebido essa mensagem. Mas, por alguma razão, eu não me importo com Wonho o fazendo. Meu olhar é alternado entre o rosto sério de Ho Seok e a tela de cinco polegadas do meu celular.

Desconhecido  Trouxa:

 - Oh, que falta de educação a minha

 

 - Esqueci de apresentar-me

 

 - Mas já que o fiz, que tal mantermos minha identidade em segredo?

 

 - Divertido, não?

 

 - Você não me conhece, mas eu lhe conheço

 

 - Não como gostaria, mas estou aqui para isso ♡ 

 

 Uma risada escandalosa sai da boca do loiro ao responder com um emoji indicando o dedo do meio e logo meu celular é devolvido a mim com o contato salvo como “Desconhecido Trouxa”. Esse tipo de coisa é normal? Eu nunca nem recebi uma mensagem que não fosse da Sakura e agora dos três doidos de pedra. Quando que eu ia imaginar que um estranho esquisito ia fazer isso? Como se deve agir nesse tipo de situação?

 — Ele não deve aparecer de novo – diz convicto e volta a sentar-se sobre o tapete no pé da cama. 

 — Obrigada? 

 — É. De nada! – exclama fazendo-me revirar os olhos mais uma vez.

 Voltei-me a deitar sobre o colchão com meu celular a alguns bons centímetros do meu rosto. Como sempre faço quando não tenho o que fazer, lá vou eu verificar as dezenas de mensagens escritas por três seres desocupados.

 

 Beiçudo: - A ordem vai continuar a mesma então?

 Algodão doce: - Não vai querer começar a discussão novamente, não é Hyung Won?

 Beiçudo: - Não disse nada

 - Ehhh... Cadê o ruivo?

 Zumbi: - Aqui. O que foi?

 Algodão doce: - Por quê só ele?

 Beiçudo: - A semana dele já passou

 - Não só ele

 - Fodeu bonito aqui

 Beiçudo: - Que?

 Algodão doce: - Explique, preciosa

 - Lembram quando eu disse que Ki Hyun me meteu numa fria pior que esse contrato? Sem ofensas

 Beiçudo: - Já ofendendo...

 Zumbi: - O que tem? 

 - É nesse domingo...

 Algodão doce: - Esse fim de semana? Já?

 - Exato...

 Zumbi: - Eu já pensei nisso 

 - Já é?

Zumbi: - Uhum

 Algodão doce: - Ele não quer falar

 Beiçudo: - É porque ele não tem plano algum!

 Zumbi: - Eu só não sei como explicar

 Zumbi: - Mas  nós quatro iremos juntos

 - E se eles perguntarem quem são vocês?

 Zumbi: - Confie em mim

 Beiçudo: - Isso vai dar merda...

 - Eu sei e vou bater em vocês três!

 Algodão doce: - Hã? Eu não fiz nada

 - Apanha mesmo assim

 Zumbi: - Confia em mim, preciosa

 - Hm...

 Zumbi: - ^∇^

 

 Bloqueio o celular e o deixo do meu lado sobre o colchão. Meu suspiro foi tão profundo que chamou a atenção do loiro quem eu havia esquecido da presença.

 — Que suspiro foi esse? Quem morreu? – pergunta subindo sobre a cama sentando-se próximo a meus pés.

 — Eu, daqui a alguns dias – suspiro mais uma vez e sento-me ao lado do loiro agora risonho. – O que você tá fazendo aqui mesmo?

 — Usufruindo do seu WiFi, mas já estou de saída – minha resposta se resumi a um mero aceno e o vejo sair do meu quarto.

 Levanto-me da cama e, com minha toalha e escova de dente em mãos, vou ao único banheiro no fim do corredor e pude curtir de um bom banho noturno e morno. Cabelos lavados, toalha firme envolto de meu corpo e com a escova na boca, saio do banheiro descalçada e vou a caminho da escada. Ao chegar no terceiro degrau de baixo pra cima, paro ali mesmo. Um Shownu, sem camisa vestindo somente uma bermuda slim em sarja no tom magenta, saindo da cozinha com uma garrafa de água nas mãos. Antes de ser vista, dou meia volta e subo para o segundo andar até uma porta ser aberta e um I.M só de cueca aparecer na minha frente.

 — Arg, você não está em casa, trate de vestir algo! – falo meio embolado por conta da escova e da espuma em minha boca e tampo os olhos com o antebraço do meu braço livre.

 — Não aja como se a vista não fosse boa – um tom sarcástico chega a meus ouvidos. Irritante.

 — Como se ver um pirralho seminu fosse meu sonho de consumo.

 — Fala isso, mas sua condição não é lá as melhores.

 — Eu moro aqui! Minha bola de cristal não me disse que teria gente abusada em casa! Por quê eu ainda estou aqui falando com você? 

 — Porque você não resiste – uma risadinha irritante ecoa pelos meus tímpanos me irritando mais.

 — Pelo amor – finalizo essa conversa desnecessária e volto para o banheiro a terminar minha higiene bucal.

 Vestida com um conjunto moletom preto estrelado e com a toalha enrolada nos cabelos, vou em busca do secador da Sakura. Como de costume, bato duas vezes na porta de madeira branca e abro sem esperar resposta. Arrependimento define o que estou a sentir. Meu corpo reage no mesmo instante em que me foi revelado um Shownu só de cueca por cima da mestiça de baby-doll. Como ele chegou ali tão rápido? Não importa! Sem nem piscar, fecho a porta e dou meia volta em direção ao meu quarto. Durmo de cabelo molhado, não tem problema. 

 

 

 ♡´・ᴗ・`♡

 

 

 Ontem, Cha apareceu de manhã, bem na hora do café. Nem um 'oi' nos foi dirigido. Choi Yoon Cha chegou aos berros expulsando os três garotos. Juro que pude ver a Cha pegar alguma faca para ameaça-los, mas os dois rapazes seguiram a garota assim que ela levantou e voou baixo para fora do dormitório. A manhã começou assim: nossa governanta dando sermões as garotas, porque eu e Yun Jin saímos assim que ela se sentou na mesa junto de nós. O namorado da de cabelos azul pastel nunca dormiu no dormitório. Talvez por Yun Jin ser a segunda mãezona, é mais cabeça do que as outras.

 Na hora do almoço, Sakura saiu comigo ao invés do namorado e impediu os meninos de se autoconvidarem e vir com a gente; mesmo ela sabendo que eles não fariam se eu não chamasse. A mestiça riu horrores a minhas custas pelo incidente da noite passada. Não vi graça nenhuma. Passei vergonha, isso sim! Meu cabelo estava em um rabo de cavalo quebrado por ter dormido com ele úmido demais. Kang Tae Ho, professor substituto, queria porque queria que eu ficasse mais tempo depois das aulas e o sábado para conversar. Nem a pau que eu ficaria ali ouvindo psicologia barata porque ele acha que sou antissocial. Tá mais pra sociedade ser antieu (essa palavra existe, editor?). O “Desconhecido Trouxa” mandou mensagem, mas nem visualizar eu fiz. Estava com a cabeça cheia demais pensando sobre o que faria hoje pra poder focar em outra coisa.

 Hoje, último domingo do mês de maio. Não consegui dormir ontem, não prestei um pingo de atenção sequer em You Me Her, a nova série de sextas-feiras. Só percebi que não dormi quando meu celular começou a bipar por mensagens. Só ai fui verificar as horas e já eram 07:30’. Arrastei-me até o banheiro com minha toalha e escova de dente para um banho sonolento, preguiçoso e desanimador. Minha roupa para esse encontro ridículo? A vaca me forçou a usar o único vestido que eu tenho e que eu fiz. O mesmo usado na festa de Sakura e que Min Hyuk me entregou no dia em que fui checar um Ki Hyun doente e o algodão doce havia acabado de chegar. Cá estou eu, de vestido e all star, sentada no banco da frente da Ranger compartilhável tendo o ruivo como motorista e os outros dois no banco de trás. Café da manhã? Nem o mamão me foi de apetência. No carro, os três estão a cantar Power junto do EXO, tendo o MV sendo reproduzido na pequena tela do DVD automotivo. Estou a tentar me distrair assistindo ao MV e não consegui segurar um suspiro, causado pelo meu amado bias, que pôde ser ouvido por eles.

 — O que houve preciosa? – indaga Hyung Won. 

— Nada não – respondo sem o encarar. Park Chan Yeol me está sendo mais interessante, no momento.

 — O que tanto olha? – demanda Min Hyuk. – Você não... Preciosa, quem seu bias do EXO? – Opa, pergunta surpresa.

 — Hã? Por que? – ainda sem desviar meus olhos do rapper Chanyeol.

  — Está encarando demais, pro meu gosto – algodão doce resmungão, já viu?

 — Que? Eu? Não estou encarando ninguém – estou sim.

 — Chanyeol... – agora é a vez do ruivo.

 — O que tem?

 — Você sorriu quando ele apareceu – com a língua grande de Ki Hyun, Chanyeol de cabelos azuis aparece fazendo meu sangue fluir mais rápido que deveria. – Alá, viu. Sorriu...

 — Hm? – já não sei do que estão a falar. Até um dedão intrometido surgir de trás do banco e desligar o DVD. – Ya! – olho pra trás e noto um Min Hyuk carregando um bico meio cosplay dos lábios do Hyung Won e o próprio de braços cruzados e sobrancelhas arqueadas. – O que foi? 

 — Não quero ter que disputar sua atenção com esse moleque gigante – Hyung Won, dono do dedão enxerido, esbraveja.

 — Do que está falando?

 — Park Chan Yeol...

 — O que tem? – ver o bico do Min Hyuk aumentar está sendo divertido.

 — Chegamos – Ki Hyun alerta.

 — Amém! – algodão doce, novo beicinho, é o primeiro a sair do veículo sendo seguido por Hyung Won e Ki Hyun. Se eu não estivesse em desespero, estaria rindo sem nenhuma relutância.

 Fomos, os três juntos, de encontro aos outros no portão do SeaWorld onde falta apenas Jae Hee, Jae Bom, Kris e seus “parceiros”. Ao chegarmos, Pyo Lee é a única a encarar os dois garotos ao lado de Ki Hyun. Não pergunta, não pergunta, não pergunta...

 — Quem são? – vai tomar no centro do olho do seu cú, Paek Pyo Lee!

 — Ah, amigos meus. Esses são Min Hyuk e Hyung Won – o ruivo responde sorrindo descarado. Por perceber que a acastanhada ainda os encarava, continua. – Quando eu disse que viria ao parque aquático com a preciosa, eles insistiram em vir juntos.

 — Hm, tá – essa resposta não me pareceu convincente.

 Não demora muito e Jae Hee chega junto de Liang Liang e Jae Bom junto do Wonho. Branquelo esse que chega cumprimentando o beiçudo. E lá vem Pyo Lee...

 — Oh, se conhecem? – questiona irritantemente. 

 — É claro! – exclama à acastanhada curiosa. – Não te vi depois daquele dia. Pensei até que tivessem terminado – se volta ao Hyung Won.

 — Terminado? – se essa bixa não calar a boca, eu vou agir externamente!

 — Então né, falta alguém? – Shownu intervê, atrasando assim, minha decadência social. Mais do que já é.

  — A Kris e o Joo Heon. Não sei porque você chamou o Joo Heon. Se ele fizer escândalo, eu vou ir embora e deixo vocês aqui sozinhos – Sakura avisa causando uma crise de risos em meus acompanhantes.

 — Qual a graça? – mais uma vez a dona das perguntas age.

 — Nenhuma – finalmente consegui fazer minha voz sair.

 Mais alguns minutos que me pareceram horas, Joo Heon chega aos pulos puxando a Na Woo pela mão. Ma Ju e Yun Jin, debochadas como são, começam a rir da cara de negação expressada por Sakura. Por falar em Ma Ju, é a primeira vez que vejo o namorado dela. Não brincavam quando o chamam de nanico. Se ele for maior que eu é dois centímetros no máximo, e Ma Ju não é o que chamamos de baixinha. 

 Parando para analisar cada um dos casais; Yun Jin, da mesma altura que eu, pele morena, cabelos chanel longo e pintado num tom azul pastel, vestida com um macacão  jeans branco e curto, acompanhada do namorado, platinado, mais alto que a garota, magrelo de doer, piercing no septo e vertical labret, tatuagens em lugares que eu nem sabia ser possível e vestindo preto como se fosse a única cor no mundo, debaixo de um sol escaldante; Ma Ju, uma altura considerável, branca transparente, cabelos cortados em long bob partido ao meio e cheio de luzes loiro palha sobre a cor preto natural, uma tatuagem floral no pulso esquerdo, trajando um vestido longo com uma estampa étnica, acompanhada do namorado, mais baixo que ela, carequinha, de óculos escuros, vestindo uma regata branca e uma calça jeans lavada; Pyo Lee, alta que dói, tom de pele que chamam de pardo, cabelos medianos e partidos para a direita em um tom acastanhado, trajando um short de couro sintético cós alto combinando lindamente com uma camisa alfaiataria verde musgo transparente, acompanhada do primo e ficante, um pouco mais baixo, cabelos negros naturais, trajando um suéter esporte fino na cor casca de ovo, acompanhado de um jeans rasgado e gasto na medida certa; Jae Hee, altura relativamente mediana, pele clara, ruiva dos fios curtos, trajando um vestido leve de alcinhas na cor azul turquesa, acompanhada da namorada Liang Liang dos olhos relativamente pequenos, pele bronzeada, pouca coisa mais alta, cabelos repicados e partido ao meio na cor borgonha, vestindo um short saia jeans preto e um cropped rendado na mesma cor; Jae Bom, idêntica a irmã, diferenciando o fato de ter poucos centímetros a menos, uma pequena cruz tatuada no pulso direito e trajar uma calça flare sem botões branca e uma regata rosa bebê, acompanhada de Wonho, agora loiro, trajando uma calça de couro sintético preto, blusa social estampada com clips e óculos escuros; Kris, não muito mais alta que eu, a mais morena de nós, cabelos medianos, quimicamente preto e totalmente cacheado natural, trajando um conjunto de saia longa e cropped estampados floralmente, acompanhada do melhor amigo Joo Heon, de óculos escuros, animado demais pro meu gosto, cabelos certamente bagunçados e fios loiro palha, trajando uma camisa lisa no tom cinza sob uma jaqueta desnecessária para o calor e uma calça jeans gasta no tom branco; e Sakura, tendo exatos três centímetros mais alta que eu, desprovida de melanina na pele, cabelos long bob com franja indiana e quimicamente mesclados de rosa e roxo sempre tendo cachos artificiais nas pontas, traja seu uniforme, este sendo o cropped antes suéter e o short santrope em jeans surrado, acompanhada do namorado mais alto dos cabelos levemente castanhos, tendo um boné os cobrindo, trajando uma regata de malha escura e bermuda brim azul marinho. Eu? Sou a mesma desde que me entendo por gente: usando moletom como se fosse o único tecido existente na terra, cabelos negros preso num coque preguiçoso pelo calor, acompanhada de três namorados, sendo um ruivo, uma cabeça branca e um moreno, vestindo jeans e tendo um blazer fino sobre o tronco. 

 Tenho certeza que se arrependeram das vestes assim que entramos no parque. Eu me sinto uma criança vendo todos esses brinquedos diferenciados, de altos a rápidos.  Nem me lembro o porquê de não querer vir. Adrenalina e animação é tudo que define a mim, Joo Heon e Liang Liang. 

 — Em qual vamos primeiro? – Sakura é a primeira a se pronunciar ao entrarmos.

 — No Manta, óbvio – Joo Heon é o primeiro a responder.

 — Nope, temos que começar por um mais radical, ou seja...

 — O Mako! – completo a frase de Liang Liang.

 — Ha! Tá louco? Eu não subo nisso – Wonho nega apontando em direção ao brinquedo recomendado por Joo Heon.

 — Por que? 

 — Essa porra fica de cabeça pra baixo e ainda joga água na cara! 

 — Por breves segundos – Joo Heon defende.

 — São suficientes para eu o rejeitar. 

 — Então vamos no Mako! – recomendo animada.

 — Com aquela velocidade ali? Nem com um beijo da Lady Gaga – agora é Jae Hee quem recusa.

 — Vieram aqui dormir? – Hyung Won entra na discussão.

 — Tem coisas mais leves, como o Antarctica – lá vem Wonho, o empaca aventura.

 — Claro, porque eu paguei quase que meu rim pra vim ver pinguins – reclamo.

 — Não foi você quem pagou – os três mosqueteiros rebatem.

 — Nossa, o que foi isso? – Pyo Lee só serve pra questionar sobre os três porquinhos, é? Acabei de lembrar o porque da minha negação em vir.

 — Então vamos no Kraken! – Sakura se envolve me animando mais ainda.

 — Isso! Do pior para o mais calmo – abraço minha amiga empolgada e pulando. Junto de mim, Liang Liang e Joo Heon se empolgam junto.

 — Piorou! – tinha esquecido que Ma Ju estava aqui. – Me dê um motivo pra eu subir nisso – a rabugenta aponta para o brinquedo a nossa frente com uma das maiores filas.

 — Te dou até mais – vai lá Sakura. – Adrenalina, divertido, legendário, memorável e ainda tem fotinha no final.

 — Uh-hun, agora vou listar o perigo: não tem apoio para os pés, é veloz demais, demorado, cheio de giros, fica de ponta cabeça e passa perto demais da água. Só de falar me deu vontade de vomitar – Ma Ju descreveu o brinquedo, praticamente.

 — Então vamos nos separar – Ki Hyun se pronuncia.

 — Mas vai deixar de ser um encontro em grupo – Pyo Lee aparece só pra isso, né?

 — Vamos estipular uma hora para nos encontramos em algum lugar e fazer viadagens juntos – Shownu se aproxima da nossa pequena desordem.

 — Ótimo! – Ki Hyun exclama. – Vou com a preciosa e meus amigos – diz rodeando meu pescoço com um de seus braços.

 — Eu e I.M vamos com vocês! – prevejo minha pessoa jogando uma Paek no meio dos pinguins. – Nos encontramos na lanchonete as 14:30'.

 — Também vamos – Sakura afirma e arrasta a mim e Shownu nos distanciando dos outros. – Eu vou acabar batendo nessa Paek – minha amiga sussurra fazendo-me rir.

 — Tô começando a te apoiar com essa ideia – recebo uma piscadela da garota que me solta e passa a caminhar junto do namorado. – Então... Kraken? – ao perguntar, vejo os pequenos olhos da Lee se arregalarem. Seria errado eu estar pensando em maneiras de afastarmo-nos dela?

 — Não, vamos deixar ele por último. Que tal o Mako? – Min Hyuk se pronuncia pela segunda vez no dia.

 Sem protestos, vamos todos à fila de uma das muitas montanhas-russas pertencentes ao local. Sakura encaixa o celular ao bastão monopod pedindo para que nos juntássemos e tira uma foto. Uma não, muitas foram tiradas. Eu e os meninos só sabíamos fazer caretas e rir da cara uns dos outros. A cada passo dado para frente, meu coração se acelera mais e mais. Vejo Sakura guardando os pertences na mochila do namorado e ele reclamar do peso. Sinto um alivio tão reconfortante ao saber que nada muito sério aconteceu entre esses dois palermas. Minha vaca não merece passar por mais um término sofrido.

 — Então princess, primeira vez que você conhece os amigos do seu namorado? – não só eu, como Sakura, Ki Hyun, Hyung Won e Min Hyuk, olhamos para a faladeira questionativa com a melhor cara de tacho da vida. 

 — Ah, não. Nós três moramos juntos, então ela já nos conhece – Min Hyuk responde sem esboçar qualquer sorriso, por mais falso que fosse.

 — Como esse menino aguenta ela? Parece uma interrogação ambulante – Hyung Won se inclina suavemente a ponto de poder cochichar apenas para que eu escute.

 — Eu nem sei porque infernos ela começou a conversar comigo.

 — Hm, eu acho que sei – bem desnecessário ter me deixado com uma pulga atrás da orelha, não acha?

 Quando sentamos os quatro no primeiro carrinho do brinquedo, eu não consegui me manter quieta até a hora que este começou a andar. Nunca gritei tanto na vida; nunca me senti tão a vontade na vida; nunca sorri tanto na vida.  Foda-se Pyo Lee. Descemos do brinquedo acompanhados de um beiçudo vermelho, um Ki Hyun em choque, um Min Hyuk risonho, um Shownu sem boné e raivoso, um I.M tonto e uma Pyo Lee roxa. Eu e Sakura acompanhamos Min Hyuk na risada recebendo xingamentos vindo dos três pré-mortos. Pyo Lee levantou o rosto e sorriu fechado.

 — Tá tudo bem aí, Lee? – Sakura sendo sarcástica é raro de se ver. Ao receber um aceno positivo da garota, minha amiga sorri e volta seu olhar pra mim, que não entendeu nada. Se é que esse olhar significa algo.

 — Não, não está nada bem. Meu boné! Esse era edição limitada! Esse parque vai ter que arcar com isso! – Shownu esbraveja ao descermos os poucos degraus saindo por completo do território do brinquedo. Sakura reclama tanto dos barracos do Joo Heon... Tá ai.

 — Calma amor, não precisa alterar. A gente resolve depois – Sakura tenta acalmar as veias do Mr. Músculo.

 — Não tem como resolver, e você sabe disso!

 — Tem sim. Esquece isso por agora, okay? Vamos aproveitar nosso raro momento de encontro – acho que o beijo recebido foi a única coisa que apagou o fogo que saia dos ouvidos do fanático por bonés.

 — Mas não é só um boné? – Min Hyuk pergunta ao pararmos frente a lanchonete em busca de água para os outros dois pré-mortos.

 — Pra ele não. Hyun Woo coleciona boné desde sei lá quando. 

 — Entendi, eu acho. Mas se ele coleciona, por que os usa? – nego com a cabeça demonstrando meu total desentendimento sobre o assunto.

 Avistamos os dois molengas sentados em um dos bancos de madeira espalhados pelo parque e nos aproximamos. Uma das garrafas de água foi dada ao Hyung Won e eu dei a outra para Ki Hyun quem está a tossir horrores.

 — Nossa princess, devia cuidar melhor do seu namorado – eu juro que vou jogar ela para os tubarões, deixa a gente chegar ao Shark Encontre.

 — Eu acho que sua coca-cola era fanta – a voz de Wonho me faz dar um pulo discreto pelo susto. Eu já ouvi essa frase antes. – Quantos brinquedos foram pra eles estarem assim?

 — Um – respondo e Wonho cai na risada junto de Min Hyuk.

 — Podem ir, quando estivermos melhor, daremos um jeito de encontrar vocês – Ki Hyun é o que me parece ser o único a conseguir falar.

 — Não precisa ficar, Ki Hyun. Quem está prestes a morrer aqui, sou eu.

 — Tem certeza? – olhando envolta de nós, apenas Sakura, Shownu e Min Hyuk quem está perto. O algodão doce já não ri mais, Shownu já não reclama e os outros quatro sumiram de minha vista.

 — Tenho. Não tem porque perderem a diversão por mim. Daqui a pouco eu estou bem.

 — Se recupere antes do Kraken, hein – Sakura diz se afastando junto do namorado a caminho da fila, não muito distante, do Manta se encontrando com os outros quatro.

 — Então vamos! Fica bem logo, Hyung Won – Ki Hyun se levanta junto da garrafa de água e se junta ao Min Hyuk logo me puxando.

 — Eu não vou deixar ele sozinho ali – digo parando antes de chegarmos a fila da próxima aventura. – Podem ir, vou junto no próximo – sorrio fechado e, sem esperar qualquer protesto, volto ao banco sentando-me ao lado do beiçudo ainda de rosto vermelho.

 — Não precisa.

 — Precisa sim. Cala a boca e bebe essa água – é, quase obriguei mesmo e assim ele fez.

 — Obrigado.

 — Por nada – fiz algo que nunca imaginei fazer na vida. Não que eu esteja reclamando por não ir no brinquedo junto dos outros. Livrar-me um pouco da Pyo Lee é um sossego só, além do que eu confesso ser agradável ter alguém quem eu possa cuidar, além da Sakura.

A coisa que nunca imaginei-me fazer, foi apoiar a cabeça do garoto sobre meu ombro e ainda acariciar os cabelos alheios.

 — Q-que foi? – meu santo, ele gaguejou? Eu não devia sentir-me tímida por ele ter gaguejado, não é? É!

 — Eu... Eu não sei, só... Fica assim. Pode ajudar, eu acho.

 Devo está parecendo um bicho do mato, não externamente, mas mentalmente. Toda hesitante ao estar mexendo nos fios alheios, sem parar de o fazer. Travo no momento em que sinto os braços do beiçudo semimorto passar por minhas costas e se apoiarem em minha cintura. 

 — Só um pouquinho – murmura, provavelmente, por sentir meu corpo se tencionar com o contato repentino.

Nenhum palavra consegue passar pela minha garganta e eu nem sei o que falar. Um aceno positivo é minha única reação antes de minha mente começar com um x1 entre pensamentos opostos.


Notas Finais


Atrasei? Sim, mas antes tarde que nunca, né?!
O restaurante citado é totalmente fictício. Eu sei que o Sea World fica em Orlando, mas, como eu disse antes, não irei especificar local, nacionalidade nem nada do gênero ~
Desculpem por ter ficado grande °^°
Obrigada por ler até aqui
Comente oq achou, adoro saber a opinião de vcs
Mais um beijo diferente pelo mesmo motivo de sempre

Flower kisu~ ( ˘ ³˘)🌼


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