O alarme do celular do Hyosang despertou fazendo o mesmo acordar. Desativou-o rapidamente para não interromper o sono do seu amado. Jin parecia um anjo dormindo, era o que Hyosang sempre pensava ao acordar e deparar-se com ele grudado em si ressonando tranquilamente. Era quase inevitável não parar para admira-lo.
Como sempre fazia quando dormia com o castanho, Hyosang levou sua destra até os cabelos de Jin e acariciou-os carinhosamente. Seus olhos estavam focados na escultura perfeita que o namorado era, afinal, Jin parecia ser uma daquelas bonecas perfeitinhas e ele amava isso no garoto.
Os olhos levemente fechados, a boca entreaberta e a expressão despreocupada em seu rosto contaminava a vibe tranquila em si. Era exatamente isso que Jin era, tranquilo. Bom... tranquilo até você pisar no calo dele, aí você vai conhecer o dono do inferno.
Depois de perceber que passou tempo de mais admirando seu namorado, decidiu levantar e preparar um café da manhã para o mesmo. Afinal, era o mínimo que podia fazer depois do sexo nada carinhoso que haviam feito na noite passada.
Com isso, foi para a cozinha e pegou frutas, preparou suco, torradas, biscoitos e algumas besteirinhas que sabia que o namorado iria amar comer.
Subiu novamente para o quarto e posicionou a bandeja com as coisas na escrivaninha ao lado da cama. Foi até a cama e começou a distribuir beijos pelo rosto do castanho que murmurou coisas desconexas.
— Acorda amor... -falou baixo e beijou levemente seus lábios.
— Bom dia... -Jin abre os olhos lentamente e sorri para o namorado que retribui imediatamente o gesto de tanta fofura.
— Bom dia anjo. -sorri mais ainda. — Preparei o café para você. -ajeitou-se na cama e pegou a bandeja na escrivaninha pousando na cama.
— Isso tudo para mim? -Jin pergunta com os olhos brilhando ao ver suas guloseimas favoritas. Hyosang assente e Jin solta um gritinho de felicidade.
— Eu te amo tanto.
— Eu também te amo muito meu bebê. -Hyosang responde apertando as bochechas do "seu bebê".
Enquanto o casal trocavam carícias e juras de amor, no centro da cidade, na empresa Kim para ser mais específica, Kim Namjoon estava atordoado e revoltado consigo mesmo. Como ele pode cometer o mesmo erro pela segunda vez? Seria culpa do Yoongi? Ele só conseguia pensar em "porra" "caralho" "filho da puta" e vários outros xingamentos associados.
Namjoon partiu para cima de Yoongi assim que o mesmo entrou em seu escritório. Prensou-o na parede e pôde notar que o mesmo estava nervoso por ter sido pego de surpresa.
— Por que não evitou? -Kim questionou ao Min que franziu o cenho em confusão. — Por que me beijou caralho? -continuou com uma voz mais grossa e firme.
— Porque você estava fodidamente gostoso e eu não resisto as suas provocações?! -respondeu simplista.
— Eu sei que sou gostoso. -Min revira os olhos com o convencimento do amigo. — Você sabe que sou heterossexual e que não iríamos repetir o que fizemos naquele dia. -falou em um tom mais calmo.
— Olha Namjoon... Nós estávamos bêbados e você sabe que perdemos a cabeça quando bebemos. -Yoongi diz.
— Pode me dizer como e o que aconteceu? -Min assentiu.
— Depois de beber muito, fomos para a pista dançar e estava tocando uma música sexy. Eu comecei a rebolar contra o seu corpo e você começou a ficar animadinho. -ri sarcástico recebendo um olhar mortal do loiro à sua frente. — Daí foi tudo muito rápido. Você me prensou na parede, nos beijamos loucamente, fomos para o quarto e eu paguei um boquete para você. Fim. -diz olhando nos olhos do amigo e mordendo o lábio inferior.
— E que boquete... -Namjoon diz ao lembrar da única parte que não se apagou em sua memória. Ele lembrava das sensações, do prazer e, principalmente, da habilidade do amigo com a boca.
— Sabe... Eu não me importaria em repetir. -Min diz mexendo na gravata do Kim que lança um olhar intenso para si.
— Você sempre quis pagar um para mim huh? -Namjoon pergunta próximo ao ouvido de Yoongi em um sussurro. Min repete o ato de Namjoon e se aproxima da orelha dele.
— Eu sempre quis você me fodendo. -diz e se afasta do loiro sorrindo.
***
— Amor, você acha que estamos fazendo a coisa certa? -a Sra Kim questiona o marido enquanto está na fila para fazer o Check In.
— Acredite, é o melhor que estamos fazendo pelo nosso filho. -Sr Kim responde confortando-a.
— Mas e o Hyosang? -pergunta.
— Caberá ao Jin saber quem será o melhor para ele. -responde simplista.
— Mas ele odeia o Namjoon! -o marido bufa com tanta negatividade da esposa.
— Chega de perguntas mulher. Agora eu sei a quem o Jin puxou. -sentiu o braço ser atingido por um tapa e exclamou um "ai!" enquanto massageava o local. — Ele vai gostar. -suspirou. — O Jin herdou algo muito negativo de você. -a mulher encara-o.
— Ah é? -ergue as sobrancelhas e o marido assente. — O que? -cruzou os braços.
— A mania de tirar conclusões precipitadas das pessoas. Principalmente das famosas. Preferem acreditar no que a mídia diz do que procurar saber a verdade por si mesmo. -revela e a mulher apenas assente pois sabe que era verdade. Ela sabia que isso era errado pois, por serem uma família famosa, a mídia vivia inventando e aumentando determinados assuntos mesmo não sendo verdade.
— Ligue para o Namjoon e marque um jantar para esta noite com o Seokjin. -a Sra Kim pediu. — Eu avisarei ao Jinie sobre o jantar e tentarei convencê-lo. -o Sr Kim assente buscando o celular e logo discando o número do escritório.
Ligação
— Escritório de Kim Namjoon, boa tarde. -a secretária diz com o roteiro de sempre.
— Boa tarde, aqui é o Kim JongHae. Gostaria de falar com o Namjoon.
— Okay Senhor. Aguarde um momento. -esperou a secretária pedir permissão ao Namjoon.
— Encaminharei a chamada para ele. Tenha uma boa tarde e aguarde na linha. -murmurou um "ok" e aguardou Namjoon atender uma ligação.
— Boa tarde Sr Kim. -Namjoon atende a ligação e cumprimenta seu sócio.
— Boa tarde Kim Namjoon.
— A que devo honras?
— Gostaria de marcar um jantar para hoje à noite.
— Do que iremos tratar?
— Não será comigo... Quero que se encontre com meu filho.
— Kim Seokjin? -Namjoon questiona surpreso pois nunca havia se encontrado com o mesmo.
— Bom, se eu não tiver nenhum filho perdido por aí, acho que sim. -diz risonho arrancando uma risada de Namjoon e um olhar reprovador da esposa.
— Tudo bem. Pode ser às 20h?
— Claro! Está marcado então.
— Mas, qual a finalidade desse jantar?
— Eu e minha esposa passaremos uns meses fora e os negócios ficarão nas mãos dele. Quero que ele se sinta seguro em tirar dúvidas com você e...bom, vocês terão que tomar decisões juntos.
— Ah sim! Tudo bem. Pode deixar que farei seu filho confiar em mim.
— Obrigado Namjoon.
— De nada Sr Kim.
— Bom, era somente isso. Tenha uma boa tarde.
— Igualmente!
Após finalizar a chamada, o Sr Kim olhou para a esposa incentivando-a a ligar para o Seokjin. Ela sabia que não seria uma tarefa fácil mas que esse "ódio" que ele sente pelo Namjoon tem que acabar. Ele teria que aprender a não deixar o ódio atrapalhar os negócios da família. Com esse pensamento, a Senhora Kim digitou o número do filho e esperou que tocasse.
Ligação
— Mãe? -Jin atende o celular e a mãe respira fundo.
— Filho! Tudo bem? -tenta iniciar uma conversa normal.
— Tudo sim mãe e com a senhora? -questiona como sempre.
— Estou bem. Inclusive, ótima! -diz animada ao lembrar-se que passaria meses em mais uma "lua de mel" com o marido.
— Posso saber o motivo da animação? -Jin pergunta curioso.
— Eu e seu pai vamos viajar em lua de mel durante alguns meses. -Jin solta um gritinho histérico e a mãe solta uma risadinha.
— Finalmente vão descansar! Mas... e os negócios? Que eu saiba, os sócios não tiram férias. -a Senhora Kim engole em seco... agora é a hora.
— Sobre isso que eu queria falar com você... -Jin prende a respiração com medo do que estava por vir. — Você terá que cuidar dos negócios.
— Tudo bem mãe... Faço qualquer coisa para ver você e papai felizes. -diz aliviado.
— Jin... você terá que trabalhar com Namjoon.
— O QUE? -grita fazendo a mãe afastar um pouco o celular da orelha.
— Jin, você sabia que uma hora ou outra isso aconteceria.
— Mas mãe...
— Mas nada! Você já está grandinho o suficiente para lidar com responsabilidades e saber separar o pessoal dos negócios.
— Tudo bem... -suspira derrotado.
— Onde você está?
— Estou na casa do Hyosang.
— Não demore para voltar para casa porque você tem um jantar com Namjoon às 20h.
— Eu não acredito que isso está acontecendo comigo. O que vocês têm na cabeça para fazer uma coisa dessas comigo? Vocês sabem que eu o odeio.
— Chega Kim Seokjin. Vai nesse jantar, cuida dos negócios e você verá que não será tão ruim como pensa. Namjoon não é tudo que a mídia mostra.
— Tá bom mãe, tá bom. Vocês viajam quando?
— Hoje... para ser mais exata, em cinco minutos. Tchau filho, tenho que embarcar. Beijo, te amamos.
O Sr e a Sra Kim partiram deixando um Seokjin impaciente e um Namjoon curioso.
Seokjin só pensava em por quanto tempo teria que aguentar o loiro e também o que poderia fazer para não enrolar tanto no jantar.
Já Namjoon, este estava curioso em relação ao filho de seus sócios. Nunca havia o conhecido pessoalmente e essa seria sua chance de saber o motivo. Namjoon já imaginava um jovem dando em cima dele a cada cinco minutos.
Tadinho de Namjoon... mal sabe ele que a cada cinco minutos ele não receberia cantadas e sim patadas.
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