História Amor proibido - Laylla

Durante metade da minha vida nunca acreditei em anjos, demônios ou uma força divina. Isso, é isso mesmo que vocês estão pensando!

Eu não acredito em contos de fadas, pra mim tudo precisa ser visto face a face. Nunca acreditei em nada disso.. Até agora...

“ Olho pela janela da sala desistindo de prestar atenção na aula, me recordo do que ocorreu na noite passada.

Um anjo me salvou, e não. Isso não é uma forma romântica de me referir a um cara. Ele é de fato um anjo, com asas e tudo.

A noite estava nublada e fria aperto mais o casaco contra o meu corpo na tentativa inútil de me aquecer. Dobro uma esquina quando mãos como garras de ferro me agarram pela cintura.

Tento me desvencilhar, abro a boca e antes que eu possa gritar uma mão a cobre, dizem que quando você está prestes a morrer sua vida passa diante dos seus olhos, eu estava esperando por esse momento, pelo lampejo das lembranças.

Mas o que vi mudou tudo, minhas crenças e o modo como olho para a vida.

Um homem com asas pousa bem na minha frente, e só percebo que estou chorando quando minhas lágrimas me impedem de enxergar com clareza.

Pisco algumas vezes, e desse modo tenho uma visão melhor do que está acontecendo.

O anjo agarrou o pescoço do meu agressor, fazendo com que o mesmo me soltasse.

Dou alguns passos pro lado, caindo de bunda no chão frio logo em seguida, o anjo aproxima o rosto do agressor e cospe as palavras como se fossem balas.

- Se voltar a encostar um dedo nela ou em outra mulher, mato você. Entendeu?

O agressor move a cabeça de forma afirmativa, seu rosto adquirindo um tom vermelho, os olhos arregalados de medo. Não é todos os dias que você dá de cara com um homem de asas o ameaçando de morte.

O anjo o solta, fazendo com que o agressor caía como uma batata no chão.

- Agora, saia daqui.

O agressor não pensa duas vezes e se levanta com certa dificuldade, e assim que sente que suas pernas estão firmes, sai em disparada, sabendo que sua vida depende disso.

Percebo tarde demais que o anjo me encara, prendo a respiração. Ele é lindo. Seus olhos são de um azul intenso, sua boca carnuda, suas asas são de um branco puro. Sinto uma vontade irresistível de tocá-las.

Me levando, e isso o assusta. Antes que eu possa agradecer, ele de lança pra cima, alcançando vôo, fugindo o mais distante possível de mim.