História Amor proibido - Brincando com o perigo Brincando de casinha

Laylla
 
Jogo o celular ao meu lado e aninho minha cabeça no travesseiro, eu ainda estava borbulhando de raiva por mais cedo, e triste porque meus sentimentos foram feridos por um garoto. Permito-me um breve momento para que meus olhos façam as lágrimas caírem, então enterro o rosto em minhas mãos em uma vã tentativa de me acalmar mais. Odeio me sentir assim, odeio sentir o que sinto por ele! Se ele não gosta de mim não devo sentir mais nada...
Chorei até quanto não fosse mais possível, acabei adormecendo, minha mente estava escura e muito fria, as imagens da noite em que fui atacada sempre volta para me assombrar e desta vez não foi diferente, gritei o mais alto que pude no sonho só que eu não tinha voz, senti mãos me chacoalhando e eu somente gritava mais minha voz não saía. Foi então que eu acordei com minha mãe debruçada sobre mim, sentei na cama sem fôlego algum nos pulmões. Eu morri e voltei à vida naquele dia, nunca mais vou esquecer o meu desespero... Novamente parecia loucura, eu só podia estar enlouquecendo! Eu tinha que voltar a ser eu mesma, e não essa garotinha fraca e sensível que me tornei.
Enquanto eu estava lamentando por eu mesma, o meu celular toca novamente, então o retiro de novo do seu esconderijo e atendo sem ver o número’.
-Alô? -'Digo com a voz entrecortada e meio macabra de tanta tristeza em minha voz
-Boa noite senhorita Laylla, sou eu Daniel, irmão do Uriel. Perdoe-me por acorda-la, mais você é a única que pode salvar o Uriel, me encontre no local onde a senhorita foi salva irei explicar tudo.
-Como tem o meu número? Como posso saber que você não irá me sequestrar?!
- Quer salvar o Uriel ou não?  Ele ama você o que posso adiantar é que o que você viu foi real
Mas o que?!
­ - O que?!
- Me encontre lá em 5 minutos
E se isso for brincadeira de alguém? Os rumores sempre rolam nos corredores da Dragon sobre o acontecido, e todos ficaram preocupados comigo.
Mas antes que eu pudesse pensar as palavras haviam saído pela minha boca:
-Tá... -Saí da cama, e troquei de roupa: calças pretas, blusa de manga longa.
Saio do quarto e atravesso a porta da frente, e caminho até onde fui atacada. Este lugar me dar medo e calafrios desagradáveis! Não tenho boas lembranças daqui.
Enquanto estou andando fico olhando pra todos os lados, minha paranoia aguçada para um sentido aranha.
Ao andar um pouco mais avisto alguém parado, então a pessoa acena para mim e já sei que é Daniel.
Caminho até ele, e o vejo me olhar de cima a baixo, seus olhos se arregalam ao olhar meu rosto o vejo claramente balançar a cabeça.
-Boa noite senhorita vamos ao que interessa! Não temos tempo
-Sim, por favor... –peço
- Eu e Uriel somos arcanjos e no dia em que Uriel caiu foi no mesmo dia em que você foi atacada ele salvou você e se apaixonou ele dedicou cada momento da vida dele para aprender a viver como humano para ficar com você, porém o Miguel nosso irmão mais velho e líder dos arcanjos ficaram sabendo que ele se apaixonou e veio agora Uriel foi a uma missão suicida para derrotar Miguel, Uriel não quer que você acabe como...
O encaro com os olhos arregalados.
-Calma! É muita informação para uma pessoa só!... Vocês são Arcanjos?! Sério?! -digo ficando apavorada.
Mas o que?!
- Sim. Uriel precisa de você venha comigo!
- Ir para onde?
- Impedir ele, ele ama você.
Ama-me?
- Me ama? -digo com a voz entrecortada
- Sim ama por isso ele foi atrás de se fortalecer para derrotar Miguel. Eu até concordo com ele se eu tivesse feito o mesmo que ele minha amada estaria comigo.
­ - O que aconteceu com ela?
- Miguel a matou
Que horror!
- Vamos!
-Sim
Entramos no carro de Daniel e seguimos. Por um longo tempo, fiquei pensando sobre tudo o que ouvi de Daniel, tudo se encaixa minha mente perturbada vagueia para o dia do ataque em que sofri e clara mente me recordo das asas de Uriel.
Suspiro em frustração olhando pela janela do carro até que Daniel vira, e vemos que Uriel estava ferido e ao chão. Aquele que estava em pé ao lado dele devia ser Miguel. E ele estava com um sorriso no rosto.
Ver Uriel naquele estado me chocou.
Daniel me mandou leva-lo para longe, e que havia um caminho gravado no GPS. Eu tentei arrastar Uriel para o carro, mas ele era pesado, tive que usar toda a minha força para colocar ele no carro assim que consegui, pisei no acelerador e fui embora com o Uriel, seguindo o GPS.
Enquanto eu dirigia, claramente ouvi murmúrios de dor ao meu lado, ele acordou...
-O que está fazendo aqui?! –diz ele, a surpresa claramente estampada em sua voz.
-De nada!... -dirigindo o carro, olho pelo retrovisor para ver se estamos sendo seguidos.
- Como me achou? Não devia estar aqui!
-Achando... Tive uma ajudinha do seu irmão... -eu olho de relance para ele, já furiosa- da próxima vez te deixo morrer, ta bom?!
Dirigindo até o tal endereço gravado no GPS, estaciono o carro, levo Uriel para dentro da casa, não muito grande mais aparenta ser confortável.
O vejo acordar, então fico encarando ele.
-Por me ajudou? Eu fui um idiota com você
-Sim, você foi... Mas todos merecem uma segunda chance...
- Você deve se afastar de mim
-Por que vou morrer?! Porque não era pra você gostar de mim?! –digo já ficando exasperada.
- Como sabe disso?
-Seu irmão me contou tudo.
-Droga Daniel!
O vejo tentar se levantar e o impeço.
-Fique quieto!
O encaro e então, saio andando para olhar o lugar, era pitoresco. Havia um banheiro um Closet e somente um quarto.
Merda! Onde iríamos dormir?
Volto até Uriel e o olho tentando disfarçar minha surpresa.
-Só tem um quarto...
-Vamos dormir juntos novamente?
- Novamente?
- Sim. Aquela noite na minha casa...
- Você dormiu do meu lado?!
Não acredito!
- Sim!
Fico pasma.
- Não toquei em você se é o que pensa
- Não?
-Não.
Sorri.
- Jamais tocaria em você sem permissão... Eu... Eu... Eu amo você Laylla...