História Amor Proibido - Viagem

- SOFIAAAAA, DESCE, NÓS VAMOS NOS ATRASAR. 

- JÁ VAI MÃE. - Ainda não acredito que vou ter que me mudar, ainda mais pra morar na casa da pessoa que eu mais odeio

- Pegue suas malas, o táxi já está esperando lá fora - Disse minha mãe indo em direção a porta

Peguei minha malas com a menor disposição e fui até o táxi onde minha mãe já me esperava e fomos em direção ao aeroporto.

Minha mãe saiu do carro toda animada. Não sei porque toda essa empolgação.

- Vem minha se apressa o avião já vai sair. - minha disse a uns três metros a minha frente. Embarcar nesse avião foi a pior coisa que eu já fiz na vida. Depois de alguns minutos já decolando, eu desejei que esse avião caísse, sinceramente, não me importaria de morrer agora.

Eram 18:00PM. Vocês devem estar de perguntando o porque de eu não está gostando dessa viagem. Bom, hoje mais cedo meu pai ligou para minha mãe e disse para nós irmos morar com ele em Sidney, na Austrália. Eu e minha mãe morávamos em um apartamento alugado em Stratford no Canadá. Era bem difícil viver assim, essa ligação seria boa se ele não tivesse simplesmente abandonado a gente quando eu tinha somente um ano de idade, sim, ele me abandonou ainda bebê e agora do NADA ele liga, compra nossas passagens e diz pra irmos morar com ele, eu não queria, mas fazer o que se minha mãe foi idiota o suficiente pra aceitar esse homem de volta mesmo depois de tudo, ela sempre dizia que ele não foi embora por que quis, foi porque ele não tinha condições de nos criar, será que ele não pensou que com a ausência dele tudo iria piorar? Tenho muito ódio dele, e se ele acha que eu vou simplesmente perdoa-lo e vai ficar tudo bem, ele está muito enganado. 

Coloquei meus fones de ouvido pra vê se eu esquecia um pouco dessa viagem e acabei dormindo.

Acordei com a minha mãe me cutucando.

- Levanta filha, nós já chegamos.

- Já? - perguntei coçando os olhos.

- Sim, vem. - Ela disse pegando algumas malas e se levantando. Saímos do avião por volta das 13:00PM.

- To com fome - Lembrei assim que minha barriga começou a mexer.

- Deve ter alguma lanchonete por aqui. - Comemos e depois a vontade ir no banheiro já tava apertando.

- Mãe, vou aqui no banheiro, já volto. - Ela assentiu então eu fui.

Quando cheguei na porta esbarrei em alguém e de imediato senti uma coisa quente em todo meu peito. Era café.

- Não olha por onde anda não? - A voz de um garoto. Olhei pra cima, ele era lindo, cabelo claro, branco igual papel e olhos mais azuis que o mar. Ele era perfeito.

- Ta surda garota?

Perfeito e grosso.