História Amor Proibido Revisão - Capítulo 21

Depois de quatro semanas eu já estava indo frequentemente na  empresa, a cada dia eu ia aprendendo algo diferente e hoje não está diferente.  Euji  já me explicou 6 vezes sobre as finanças da empresa, o senhor Jung não aparece aqui já tem  um mês, ele que cuidava de quase tudo então, está um pouco difícil.

- Euji, não entendi nada. - Falei  meio sem graça pois ele realmente estava tentando, mas eu não tinha terminado o ensino médio e matemática não era minha matéria favorita.

- Senhorita S/n , já expliquei várias vezes e bem detalhado. - Apesar do seu tom cansado ele continuava com um sorriso no rosto.

- Vamos fazer assim então, você vai ser meu braço direito aqui na empresa, você está há mais tempo aqui e desde quando eu entrei na presidência, você se mostrou muito eficiente e sinto que posso confiar em você. - Ele me olhava com um brilho em seus olhos, parecendo que ele sempre tinha esperado para ouvir  isso.

- Nossa !! E-eu nem s-ei o que dizer senhorita. - Ele gagueijava e mexia a cabeça e arregalava os olhos e soltava alguns risos.

- Claro que sabe, aceite logo, você sabe que vou precisar da sua ajuda.

Euji aceitou minha proposta e sei que não vou me arrepender, ele está há 9 anos na empresa e me simpatizei com ele. Ele foi o único que não me olhou de cara feia e se prestou a me ajudar em casos de dúvidas, até achei um pouco estranho os funcionários não pedirem demissão, teve um ou dois mas eles não faziam diferença na empresa, era de cargos não tão importantes e logo as vagas foram preenchidas novamente, isso foi tudo graças ao Euji que tinha alguns currículos guardados.

Ele era o que  supervisionava todas as empresas espalhadas pelo mundo, viajava várias vezes, ele tem 37 anos um homem super educado e eficiente.
Não preciso me preocupar tanto agora com a empresa, tenho o Euji.

( ... )

Chego em casa joguei minha bolsa em cima do sofá, deixei meus saltos jogados pela casa, segui para meu quarto depois,  fui até o banheiro e decidi que ia relaxar na minha banheira.

Me despi, coloquei alguns sais de banho na água e entrei. A água estava na temperatura exata, como eu gostava.

Minha vida ultimamente resumia em empresa e casa. E pensamentos tipo: Hoseok vai se casar semana que vem.

Só de lembrar disso meu coração se apertava e sem eu perceber uma lágrima desce pelo meu rosto, tento segurar mas pensar que irei perder o amor da minha vida pra uma oferecida que não o ama como eu. Hoseok é um idiota que me fez perder meu melhor amigo e me humilhou e mentiu pra mim. Mas meu coração gosta de sofrer.

Sempre soube que ele não era homem para mim.

Sou tirada dos meus pensamentos com gritos e batidas na porta da sala, o barulho é tão alto que consigo ouvir daqui, quando tentei reconhecer a voz daquele homem ele simplesmente parou de gritar e continuou esmurrando a porta feito louco, sai da banheira coloquei meu roupão e segui para a sala.

- Calma! - Gritei - Já estou indo. - coloquei  a mão na maçaneta da porta e parei pra pensar um minuto, quem será que está ai do lado de fora? E porque meu interfone não tocou, fiquei com um pouco de medo - Quem está ai?

A pessoa não me respondeu apenas voltou a bater na porta novamente, fiquei assustada mas minha curiosidade falou mais alto, abri a porta, nem deu tempo de mim dizer nada, na verdade eu nem vi a pessoa direito. Aquele homem me empurrou, fechou a porta e me encurralou na parede, foi ai que vi que era Hoseok, fiquei sem reação.

Meus olhos estavam arregalados, meu coração estava acelerado, minha respiração um pouco rápida pelo susto ou porque Hoseok estava com o corpo colado ao meu e sua boca roçando na minha, acho que foi uma mistura de tudo.

- Hoseok, o-o que e-está fazendo aqui? - Quase que não consegui falar direto mas consegui empurra-lo. - Como sabe onde eu moro? - Hoseok passou as mãos no cabelo e posso perceber que está irritado, ele me encarou e percebi também que havia chorado, seus olhos estavam vermelhos e um pouco inchados, eu queria muito ir abraça-lo e dizer que tudo ia ficar bem mas eu não posso mentir, não sei se tudo vai ficar bem. E eu não tenho como ficar com dó dele, quando eu chorava ele ria nas minhas costas.

- S/n , precisamos conversar.

- Não temos nada pra conversar, sai daqui Hoseok. Eu não quero problemas com sua.. - dei uma pausa, realmente não gosto de lembrar desse casamento - noiva.

- Não vim aqui pra falar da Karen. - Ele se aproximou com uma expressão nada boa, ele pegou em meu braço com certa força me arrastou até o sofá me jogou ali, e ficou em minha frente andando de um lado para o outro passando a mão no rosto e nos cabelos.

- Vai embora. - Eu estava com um pouco de medo, Hoseok estava fora de si, muito irritado, ele me olhou e me encolhi no sofá.

- Eu vim de Londres pra defender minha mãe, para descobrir quem foi o culpado da morte dela e quando  chego aqui, descubro que ela não deixou nada pra mim, mas pra empregada ela deixou praticamente tudo, QUE PORRA É ESSA, S/n?  - Cada palavra que ele dizia seu tom de voz aumentava, ele estava tentando segurar as lágrimas só que não estava dando certo.

- Não te devo nenhuma explicação. - Minha voz estava baixa por causa do medo, e aquela S/n  forte que estava enfrentando todos, simplesmente sumiu e deu espaço para S/n sensível e que não sabe se defender - Vai embora.

- Não vou embora PORRA! .. - Hoseok pegou no meu braço de novo, com muita força me sacudiu, fiquei parecendo uma boneca de pano, ele me puxou fazendo com que eu ficasse de pé em sua frente, e o aperto em meu braço continuava. - ME FALA AGORA.

- ME SOLTA, está me machucando Hoseok. - Ele ficou me olhando e soltou meu braço, e se afastou um pouco, passou as mãos no cabelo, já perdi a conta de quantas vezes ele havia feito isso, eu estava muito assustada, fiquei massageando meu braço por cima do roupão, Hoseok  se  aproximou, comecei dar passos pra trás.

- S/n , me desculpa, eu não queria te machucar, me perdoa. Eu não sei o que deu em mim. Mas minha vida está uma merda. - Ele se sentou no sofá, apoiou os cotovelos nos joelhos e ficou encarando o chão, suas lágrimas molhavam o carpete, meu coração se apertou com aquela cena e me lembrei das palavras da Senhora Jung na carta. "Com certeza Hoseok vai sofrer muito, mas ele tem que aceitar" . Meu extinto de mulher apaixonada falou mais alto dentro de mim, me  aproximo dele e ajoelho em sua frente, pego em suas mãos, e seus olhos encontraram o meu, seu olhar transparecia angústia e tristeza. - Por favor S/n me fala alguma coisa, eu preciso entender isso tudo.

- Hoseok,       eu ... eu não posso dizer nada agora, mas eu te juro que na hora certa eu te conto tudo. Pode ser? Tenta me entender também. - Ele afirmou com a cabeça, respirou fundo tomei coragem e dei um abraço nele.

Nos separamos do abraço, sua mão parou em meu rosto, e fez uma leve carícia em minha bochecha, fechei os olhos,  seus dedos deslizem até minha minha nuca me puxando, continuei de olhos fechados, seus lábios tocaram os meus. E um arrepio subiu pelo meu corpo, senti sua língua pedindo passagem e prontamente cedi, aquele beijo estava tão suave, cheio de amor e saudade e sem segundas intensões, era o beijo mais sincero que Hoseok havia me dado.

Meus joelhos começaram a doer, foi então que cai na real, me levantei rapidamente e Hoseok me olhou com uma interrogação no olhar.

- O que foi S/n? - Disse ele se aproximando de mim um pouco preocupado.

- Você vai se casar semana que vem, e como já te falei.. - Parei um pouco me virei de costas pra ele. - Eu odeio você, te quero longe de mim, e desejo felicidades pra você e sua futura esposa. - Comecei chorar de novo, senti Hoseok tocar meu braço e me virar pra ele .

Seus lábios tomaram os meus novamente, agora em um beijo necessitado, Hoseok queria me passar alguma coisa com aquele beijo mas eu não entendia nada. Minhas mãos foram até sua nuca e puxando forte para aprofundar mais aquele beijo que estava maravilhoso, ele fez uma trilha de beijos até meu pescoço e abrindo um pouco meu roupão para ter acesso aos meus seios, dei um leve empurrão nele e ele entendeu, ele colou nossas testas e sussurrou:

- Eu te amo muito S/n , sinto sua falta e ...

- Mas ...

- Shh! - Ele colocou um dedo nos meus lábios e ficou olhando nos meus olhos tentando me passar segurança e verdade em suas palavras - Eu não amo a Karen, ela que se ofereceu pra casar comigo, você não queria me ver, falava que me odiava então eu aceitei, e esse foi meu erro, pensei que com esse reviravolta ela ia esquecer essa história de casamento, mas ela disse que não importava se eu estava sem nada agora, mas eu queria que se importasse, para cancelar o essa palhaçada que ela chama de casamento. - Ele se afastou de mim  e pegou minha mão, suas palavras até agora transparecia a verdade, e eu ? Acho que estava acreditando nele de novo. - Eu não quero me casar com ela, eu amo você minha princesa e se você me pedir para não me casar, cancelo tudo e fico com você.

- Hoseok, você já me enganou uma vez, não sei se posso confiar em você.

- Vou te esperar até o último segundo.

Em um impulso tomei seus lábios novamente...