Pov Carlos
Eu e Jennifer estávamos sentados no nosso pique-nique a noite, ela estava comendo e eu me preparando psicológicamente pra contar minha infância para ela.
Carlos - Então...
Ela termina de mastigar e me olha fixo se aconchegando para ouvir.
Carlos - Eu tinha 3 anos quando me mudei pra cá. Eu não era rico, morava na classe média da cidade de Milão na Itália. E meu pai, recebeu uma oferta de trabalho aqui na Califórnia, então nos mudamos.
Jennifer prestava bastante atenção na minha história, e parecia bem intrigada.
Carlos - Tava tudo ótimo...eu fiz muitos amigos, mas meus pais estavam sempre brigando, porque meu pai não parava em casa pelo trabalho dele, e não era um trabalho comum, ele escondia algo de nós.
E minha mãe não estava bem, estava fazendo tratamento faziam meses por causa do câncer que ela tinha.
Jennifer me olha chocada, eu respiro fundo e continuo
Carlos - Um ano depois...meu pai recebeu outra oferta de emprego melhor em outro lugar, mas não dava pra gente ficar se mudando toda hora, então eu e minha mãe decidimos ficar, ele disse que voltaria logo.
Mas...uns meses depois, ele não voltou mais...não tivemos mais notícias dele, ninguém tinha.
Um ano depois...uns caras entraram na nossa casa e começaram a revirar tudo, e minha mãe doente ainda sim tentou me proteger.
Ela me olha fixo e me consola segurando minha mão
Carlos - Então ela me trancou no quarto, e foi se esconder em outro lugar, mas antes ela disse "Eu te amo, meu filho, vai ficar tudo bem".
Eu só conseguia ouvir o barulho das coisas caindo no chão e se quebrando, até que eu ouvi um barulho de uma arma disparando.
Eu me encolhi e começei a chorar, mas com a mão na boca pra não fazer barulho.
Uns minutos depois a polícia chegou e os caras fugiram, eu acho, a polícia começou a revistar a casa e me encontraram no quarto.
Jennifer - Carlos então...
Carlos - Um policial me tirou de lá, e me fez umas perguntas, eu respondi o que pude. Então ele disse que eu precisava ir embora.
Eu perguntei se minha mãe viria junto e ele só disse "eu sinto muito garoto" na hora eu entendi o que ele disse mas não chorei, porque estava com raiva.
Ele me levou para um orfanato no centro da cidade com o máximo de documentos que ele pode achar sobre mim.
Uma lágrima escorre em seu rosto e eu enxugo
Carlos - Uns meses depois a Lilian me adotou...e agora esse sou eu.
Jennifer - Ela mudou seu nome para Carlos Willians Jones?
Carlos - Não. Esse é meu nome real, o nome deles é Lilian e Robert Ross. Mas quando a Alice nasceu, eles decidiram colocar o nome dela igual ao meu, pra eu não me sentir sozinho.
Jennifer - E qual o nome dos seus pais de sangue?
Carlos - Jack e Mary Willians Jones.
Jennifer - Sinto muito pelos seus pais...
Carlos - Tudo bem...isso foi o que me tornou hoje.
Jennifer - Explica porque você é tão calado.
Carlos - Kkkk é...mas agora eu estou bem perto de descobrir quem são esses caras e vou atrás deles...custe o que custar.
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