3 dias depois...
P.O.V. Gabriela.
Estava arrumando meu guarda-roupa quando meu celular apitou, e pelo toque; youtube. Terminei de colocar meus biquínis no lugar e desci até a cozinha. Peguei uma caixa de bombom que Mauro havia me dado e me sentei na mesa do computador, depois de pegar meus fones de ouvido.
Abri a home do YouTube e o primeiro que me apareceu foi o vídeo do Chris com Mauro e T3ddy. Na thumb havia a foto de três mulheres com o rosto embaçado. Engoli seco e abri o vídeo. (N/A: finge que tem o 'pi’. Mas sempre dá pra saber o nome da garota né huehuehue)
•••
Chris: mas o pessoal fala que eu sou talarico, mano. Por causa da Nah e do Mauro.
T3ddy: mas você foi! - apesar de angustiada, não consegui e ri da cara que ele fez. Só o Lucas mesmo
Mauro: eu sou o único que presta aqui! - disse sem negar nada sobre o que Chris disse.
Chris: Mas, Mauro, explica pro pessoal aqui… Tua crush era a Nah ou a Gabi? - Mauro o olhou surpreso.
T3ddy: aí sugou… Babacão.
Chris: na aparência elas são completamente diferentes, mas elas são fofas - Mauro permanecia calado, observando.
T3ddy: ah, não! Você quer comparar as duas? Vou até sair - ele saiu do enquadro, mas logo voltou.
Mauro: pra acabar com isso! A Nah era antes, agora é a Gabi, nos últimos vídeos foi ela.
T3ddy: “agora”? Tipo, atualmente, no presente? - sacaneia e Mauro ri.
•••
E essa parte até que foi tranquilo perto das outras. Christian e o editor sempre colocavam a foto da Nah em alguma coisa. E o que me deixou mais chateada, foi que ele liberou o vídeo pra ir ao ar. Pode parecer besteira, mas realmente me deixou triste. Poxa, custava pelo menos me avisar? Ele veio me ver ontem e não disse nada. Sai de meus pensamentos quando ouvi a voz de Mateus.
— Ouviu? – o olhei e neguei — Disse que vou ao mercado… O que foi, Gabriela?
— Nada, ué – sorri fraco tentando passar verdade.
Ele semiserrou os olhos, cruzou os braços e se escorou no batente da porta.
— Não sei porque você ainda tenta mentir… – disse me encarando.
— Não estou mentindo, Mateus – sei que era inútil tentar, ele me conhece desde sempre.
Ele entrou no quarto, e antes que eu fechasse a aba do computador, ele chegou até mim.
— O que ele disse que te deixou mal? – perguntou me olhando e eu balancei a cabeça, como se dissesse 'nada’ — Para, Gabriela!
— Mateus, não! – digo colocando a mão sobre o mouse. Eu sabia que se ele visse, iria tirar satisfação com eles.
— Tudo bem, eu já entendi – disse e foi saindo.
Droga!
{•••}
Estava assistindo a um filme. Romance. O tanto que chorei não está escrito. Duke e George me fazia companhia deitados no sofá comigo. Dei play em outro de comédia, ainda romântica. No começo do filme, meu celular brilhou, olhei e era Mauro. Meu coração disparou automaticamente. Ele não havia me chamado desde da hora que vi o vídeo.
Mauro: abre o portão, to aqui fora
Aí que meu coração quase pulou pra fora. Olhei as horas e estranhei. Ele havia me dito que teria uma reunião por essas horas. Respirei fundo e caminhei até a porta, abri e já vi ele pelas grades do portão. Tentei dar o meu melhor sorriso e ele me abraçou, fazendo seu perfume chocar contra minhas narinas.
— Não vou perguntar se você está bem porque sei que está chateada comigo – disse me olhando.
Respirei fundo e dei passagem a ele. Coloquei os doguinhos pra dentro e tranquei o portão. Entrei e ele já estava sentado.
— Eu fiquei bolada, poxa… – falei triste me sentando ao seu lado.
— Não fica, aquilo é só pro vídeo render, pra internet. Sabe que você é única pra mim, Gabriela – disse olhando em meus olhos.
— Não sei se posso aguentar vocês gravarem outro vídeo falando de outra mulher. Você me entende, não é? – digo e ele segura minha mão.
— Eu entendo, e é por isso que você não vai mais assistir vídeo falando sobre isso. Não vou gravar mais sobre crush, agora sou comprometido – disse e beijou minha mão, me fazendo sorrir largamente.
— Comprometido? – perguntei sorrindo de lado.
— Aham, com a pessoa mais linda desse mundo! – disse fazendo carinho em meu rosto com o polegar enquanto eu sorria, provavelmente como uma idiota. Dei um selinho nele, que começou um beijo calmo, me fazendo derreter de amores — Agora eu tenho que ir, tô muito atrasado.
— Mauro, sua reunião era às 19h! – disse o olhando brava, depois de olhar o relógio; que marcava 18h56m.
— Eu sei. Mas não podia deixar minha Linda emburradinha – tocou a ponta do meu nariz. Sorri. — Posso voltar pra te ver hoje a noite?
— Que pergunta boba, meu amor… – falei segurando seu rosto e admirando cada detalhe.
Nos despedimos e levei ele até o portão. Respirei aliviada e voltei até a sala sorrindo. Ultimamente eu tenho sorriso até pra as paredes.
{•••}
Havia acabado de sair do banho e estava secando meu cabelo. Matheus ainda não havia voltado e não fazia ideia da onde ele estava. Escutei o interfone tocar e fui até a varanda. Só vi um carro, que era ou do T3ddy ou do Gustavo; são iguais e eu nunca sei quem é. Coloquei um short leve e uma blusa de mangas compridas, mas com o tecido fino. Coloquei meu chinelo e desci, dando de cara com o Gustavo.
— Oi, pequena! – me abraçou apertado.
— Tá bem, grandão? – perguntei rindo, ele riu e assentiu.
Dei passagem e mais uma vez coloquei os dois pra dentro.
— O que veio fazer? Matheus não tá em casa – disse me sentando.
— E por quê eu não posso ter vindo só pra te ver? – perguntou ofendido e eu ri alto.
— Você não faria isso – falei calma e ele se fez de ofendido — Vai me dizer que você veio pra isso? – perguntei irônica.
— Como você é chata! – disse rindo.
Ficamos conversando enquanto o filme passava na TV. Ouvi o o barulho do portão se abrindo e os cachorros correram pra fora. Era Matheus. Passou pela porta ele e Mauro. Vê se não são os amores da minha vida.
Mauro cumprimentou Gustavo e veio até mim, depositando um beijo na minha testa. Matheus fez o mesmo ato e foi se sentar ao lado de Gustavo.
— Bom, vou subir – comento me levantando e Mauro me acompanha até o começo da escada.
— Juízo hein! – ouvi Matheus e revirei os olhos.
— Estava sozinha com o Gusta? – perguntou o óbvio enquanto fechava a porta.
— Evidente que sim, ué – respondi ligando a TV. Ele murmurou um “hum” e eu me virei cruzando os braços — Ciúmes, Mauro Nakada?
— Não, claro que não… – disse meio nervoso e eu sorri — Ele é seu amigo… Não é?
— Claro que é meu amigo! – digo sorrindo do ciúme dele é lhe dei um selinho — Vamos assistir um filme?
Ele concordou e começou a tirar o tênis. Dei play e me deitei ao seu lado, puxando o lençol. Mauro me puxou pra deitar em seu peito e ele começou a mexer no meu cabelo.
— Viaja comigo? – ele disse de repente, me assustando. Estava quase na metade do filme e havíamos ficado em silêncio durante.
— O quê? – pergunto me levantando para encará-lo.
— É! Viajar comigo, vamos? – disse animado.
— Assim? Do nada? – pergunto.
— Eu ja estava planejando à um tempo, mas percebi que vou sofrer demais longe de você.
— Eu não sei… – digo incerta.
— O que te impede? – perguntou.
— Vou deixar o Matheus sozinho? – pergunto e ele começa a rir.
— Gabriela, seu irmão não tem 10 anos. Ele fica bem sozinho e você fica bem comigo – disse sorrindo. Ah, esse sorriso.
— Tudo bem, mas pra fora do Brasil assim do nada? – perguntei e ele me olhou bravo.
— Sem desculpas, Gabriela! Você vai comigo sim! – disse sorrindo.
Como que nega alguma coisa com esse sorriso?
— Tudo bem… – revirei os olhos sorrindo.
Ele sorriu também e me beijou. Deitei novamente em seu peito ouvindo seus batimentos tranquilos e voltei a atenção ao filme. E fiquei assim até adormecer.
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