História Amor vampiro (Hiatus) - Reconciliação? Part.2

~~ Narrador on ~~

Enquanto Rima, chorava em seu quarto, outra noiva sentada na janela do seu quarto cantava uma belíssima melodia enquanto observava a linda noite, mas para ela a noite estava à pior de todas, só conseguia enxerga o imenso e escuro céu com alguns pontos brilhantes sem qualquer beleza. A noite estava como a sua vida, melancólica e solitária, sem qualquer tipo de beleza.

~~ Julie on ~~

Nem mesmo aquela noite linda me alegrava, era apenas uma imensa escuridão, minha voz saia tão melancólica como aquela noite fria, a letra refletia o meu desejo mais profundo, mas que não iria ser atendido.

Eu quero respirar, odeio esta noite

Eu quero acordar, odeio este sonho

Estou preso dentro de mim, estou morrendo

Não quero ficar sozinho

Quero ser somente seu

Por que está tão escuro este lugar sem você?

É perigoso, estou sendo destruído

Salve-me, eu sequer consigo me pegar, não consigo

Ouça meu coração

Ele está chamando você com vontade própria

Porque você é luz dentro

Dessa imensa escuridão

Respiro fundo tentando segura as lagrimas que teimavam em cair, eu estava triste, mas não era só por causa do Shu-dono, mas por causa que lembrei-me de algo que não queria lembra, era aniversario da minha mãe, quando contei a minha historia para a Yuki-chan não pode deixa de pensa nela e no meu pai nem por um segundo sequer, se eu tivesse sido uma filha melhor nada disso teria acontecido, eu não estaria sofrendo desse jeito se eu fosse obediente, eles me amavam e cuidaram de mim, mas fui ingrata e virei as costa pra eles por causa de um ‘’amor’’ que eu nem sei se ainda esta vivo.

Eu perdi tudo que tinha de mais precioso em alguns minutos, lembro-me ate hoje como cheguei arrasada aqui na mansão, o dia que conheci o Shu Sakamaki e seus irmãos. Sempre apático e preguiçoso sempre tão frio e distante de todos. Mas com o tempo me acostumei e prometi fidelidade a ele sempre, sabia que não tinha o traído em momento algum, mas ele me tratava como se tivesse cometido o pior dos crimes.

Paro de cantar e começo a caminhar pela mansão, precisava me ocupar com algo, ouço um enorme barulho vindo da sala de musica e resolvo ir lá verificar o que causara aquilo.

  Chegando lá vejo um Shu-dono e um sofá destroçado, ele estava calmo, como se não tivesse sido ele a destruir o móvel, eu estava encostada na porta que estava entreaberta, quando ia me afasta, sou chamada pela voz fria e desanimada do meu mestre.

- Julie, entre – diz com o seu tom de sempre, respiro fundo e abro a porta bem devagar e entro vejo ele deitado sobre o acento do piano, me aproximo calmamente ate que fico em pé ao seu lado, ele se levanta e me fita bem serio ate que joga algo no meu rosto, pego e vejo que é o fone que a Yuki-chan tinha comprado pra ele.

- Porque você fez isso? – perguntou ele com uma das sobrancelhas arqueadas, mas ainda sem demonstrar nenhuma emoção.

- Isso o que mestre? – digo fingindo não saber, sabia que ele estava irritado por eu ter saído daquela maneira e não ter entregado seu pedido e sim a Yuki-chan, tanto que ele não apareceu no jantar, mas esse ele estava irritado eu também estava e magoada também por tudo que esta acontecendo ultimamente. Ele então segura meu pescoço com uma das mãos e me levanta do chão, sinto o ar falta na minha garganta e agarro a sua mão tentando afrouxar o aperto.

- Não se faça de desentendida, você sabe muito bem do que eu estou falando – disse me lançando um olhar furioso e apertando ainda mais o meu pescoço, começo a me debater tentando busca ar ou fazer ele me saltar, mais nenhum dos dois ocorre.

- Argh...Não foi-i você-ê que-e disse-e...que-e eu sou-u burra-a..cof...cof...eu não sabia-a que eu tinha que comprar, pensei que fosse qualquer uma das garotas-s...argh...- digo com bastante dificuldade por não conseguir respira direito.

Ele olhar pro teto por alguns míseros segundos e depois abri a boca como se tivesse se lembrado de alguma coisa, depois da um sorriso maquiavélico e me joga brutamente no chão, acabo batendo a cabeça no piso.

- Argh...- resmungo de dor e levanto com dificuldade e buscando ar, minha cabeça estava doendo e girando bastante, meu pescoço arde e dói. Levo uma das mãos ao meu pescoço massageio o local dolorido, a outra mão eu levo a cabeça e vejo que a mesma sangrar.

- Agora entendi tudo, então você esta assim porque do que aconteceu na sala do seu ‘’querido’’ sensei e pelo que eu disse hoje quando você ligou – disse sarcástico e frio. Se aproximando cada vez mais de mim, permaneço no mesmo lugar, ainda meio tonta mais firme. Ele fica a centímetros do meu corpo, se inclinou e ficou bem próximo do meu rosto, não resistir e acabei tentando dando um passo pra trás, mas ele me impediu segurando minhas bochechas com força.

- Não se esqueça do que eu te disse um tempo atrás Julie, não confunda você é apenas comida, nada mais, nada menos.  – disse mais frio que aquela noite, seus olhos não demonstravam nenhum remoço em dizer aquelas palavras novamente, mesmo depois de tudo que passamos, mesmo depois de tudo que eu fiz e disse pra ele, ele continuava o mesmo vampiro de antes, burra eu em pensar que ele mudaria em alguma coisa. Lembro-me perfeitamente o momento que ele me disse isso pela primeira vez, mas naquele momento não doeu tanto, ate porque não tinha um vinculo com ele tão forte, ainda estava abalada e triste pelo que tinha acontecido, então não percebi como aquelas palavras machucavam.

Sinto uma lagrima descer, uma teimosa lagrima que passou por cima do meu orgulho e insistiu em cair, meu coração parecia esta menor, vazio e com uma grande hemorragia. Abaixo meu olhar e começo a encarar o chão que está sujo com o meu sangue que pingava freneticamente. 

Ainda segurando minha bochecha, ele levanta um pouco minha cabeça me fazendo gemer um pouco por causa da dor que sentia do pescoço, se aproxima do meu pescoço e morde o mesmo, ele sugava como se fosse tirar todo sangue do meu corpo.

Quem sabe quando ele vai tomar todo o meu sangue por simples capricho e jogar-me fora como um lixo? Afinal não sou nada mais que um alimento para se tirar sangue.

Pensei, deixando outras lagrimas surgirem, era inevitável não chorar, não importa o quanto eu me faça de durona, eu sei que por dentro sou apenas uma garota sensível e frágil. Minha visão já estava ficando meio embaçada quando ele finalmente parou de se ‘’alimentar’’.

- Posso me retirar Shu-dono? – perguntei ainda com lagrimas nos olhos, eu só queria ir embora o mais rápido possível dali, ficar o mais longe o possível dele antes que ele me machuca-se e me fizesse sofrer ainda mais, a raiva que eu sentia naquele momento junto com a dor física e mental era gigantesca. Ele apenas me deu as costas como resposta, me virei na direção oposta e fui caminhando lentamente ate o meu quarto.

Nos corredores andava me apoiando nas paredes, me sentia fraca, minha cabeça latejava e meu pescoço estava bastante dolorido, o sangue não parava de pinga. Sinto uma mão tocar o mão ombro, viro-me pra ver quem é e vejo a Aiko-chan com os olhos extremamente arregalados, parecia em choque.

- Você esta bem Aiko-chan? – pergunto tentando ficar de pé, mas estava difícil por causa da quantidade de sangue que perdi e estava perdendo.

- Eu que lhe pergunto isso Julie-chan. O que aconteceu com você? Você esta bem? – pergunta me segurando pelo braço, ela estava muito assustada e como ela já não tinha uma boa visão em relação aos mestres, eu não queria que isso piorasse e ela talvez se rebelasse, então resolvi mentir.

- Sim, eu estou bem, acabei caindo da escada, sabe eu estou meio fraca esse dias e acabei me desequilibrando. Não se preocupe comigo, eu vou ficar bem – digo dando um pequeno sorriso tentando disfarça.

- Deixa eu cuidar dos seus machucados então – disse colocando um dos meus braços por cima do ombro e me levando ate o meu quarto. Ela me coloca sobre a poltrona, ela vai ate o banheiro e volta logo depois com um pano molhado, ela começa a limpar o sangue que arde um pouco, ate que chega próximo ao pescoço e ela para.

- Tem certeza que foi a escada que fez isso com você Julie-chan? – pergunta encarando-me bastante, desvio o olhar e passo novamente a mão pelo local machucado.

- Arigato Aiko-chan, agora acho melhor eu descansa, amanha teremos um dia cheio, eu recomendo que faça o mesmo. – digo me levantando, ela apenas assenti e sair do quarto, caminho lentamente ate a cama e desabo, literalmente, sobre a mesma. Fecho os olhos e lembranças tristes vêm em minha mente, a imagem da minha mãe, dela cantando pra mim.

Estenda sua mão e me salve, me salve

Preciso do seu amor antes que eu caia, caia

Estenda sua mão e me salve, me salve

Preciso do seu amor antes que eu caia, caia

Estenda sua mão e me salve, me salve

Estenda sua mão e me salve, me salve

E então adormeço com lagrimas rolando pela minha face, cantando aquela melancólica melodia, como eu queria que minha vida se torna-se bela como aquela fria noite.

~~ Julie off ~~

~~ Narrador on ~~

Depois de sair do quarto da sua amiga Julie, que já havia adormecido, Aiko foi para o seu quarto totalmente transtornada com que tinha acontecido, ela não conseguia entender o porque de suas companheiras protegerem e amarem tanto homens que a machucam, mas isso ela nunca faria, nunca iria proteger ou/e amar uma pessoa que a maltratar, abusar ou a machucar física ou mentalmente. Mas como diz um velho ditado, nunca diga nunca.

~~ Narrador off ~~

~~ Aiko on ~~

Deito sobre a minha cama e começo a pensar no que havia acabado de presenciar, a Julie-chan, uma das garotas mais educadas e gentis que eu já conheci machucada daquela forma por seu grande ‘’amor’’, e olha que eu pensava que o Shu fosse o mais ‘’bonzinho’’, mas pelo visto eu estava completamente enganada.

Ouço alguém batendo na porta, levanto da cama e caminho até ela, abro-a, mas não havia ninguém ali, foi como no dia que cheguei à mansão, e depois o Reiji-kun apareceu do meu lado do nada e logo depois um mordomo muito sinistro surgiu de um corredor mais sinistro ainda. Confesso que fiquei assustada, e lembrando-me deste fato eu fecho a porta e quando eu estava voltando para cama novamente vem à batida, bufo já irritada e vou novamente atender e mais uma vez não havia ninguém.

- Mas que palhaçada! – disse com raiva fechando a porta com bastante violência, mas quando eu ia-me vira sou empurrada em direção a porta e meus pulsos são segurados sobre a minha cabeça.

- Você fica ainda mais linda quando está irritada Bitch-chan – disse aquela voz rouca e diabólica; que eu conhecia muito bem, no meu ouvido. Involuntariamente meu corpo se arrepia por inteiro e arfo pela dor que estava sentindo nos pulsos e nas costas.

- O que você esta fazendo aqui? Eu já não disse pra ficar longe de mim?! – disse entre os dentes, tamanha era a raiva que eu estava sentindo, era inútil eu tentar me solta, ele é forte demais.

- Sumimasen, eu sou um garoto muito desobediente – diz ele com a mesma vou de antes e mordendo o lóbulo da minha orelha de leve, meu corpo se arrepiou novamente, meu próprio corpo estava me traindo.

- Me solta! Eu te odeio – digo quase os gritos tentando afastá-lo, mas era impossível seu corpo estava imprensado no meu.

- Seu corpo parece pensa diferente Bitch-chan! – disse ele passando a língua no meu pescoço, viro o rosto com repulsa, mas novamente meu corpo me trai á arfa com o seu toque.

Ele dá um sorriso demoníaco e cravar suas presas em meu pescoço, dou um gemido de dor e sinto as lagrimas rolarem pelo meu rosto. Sua outra mão paira na minha cintura e a puxa para mais perto do seu corpo, o gemido dessa vez para no meio da minha garganta, pois mordo os lábios com força pra não deixá-lo sair.

 A dor chegava a ser insuportável e eu começava a sentir minhas pernas ficarem bambas, ele sugava com tamanha intensidade que eu podia sentir meu sangue sendo puxado com força.

Meu corpo se amolece mais e mais, fechando os olhos marejados por causa do cansaço. Sinto meu corpo ser levantado do chão, mas naquele momento eu já quase não tinha consciência, relaxo ao sentir os lençóis macios e confortáveis.

- Tenha bons sonhos Bitch-chan – ouço aquela voz maliciosa e que me apavoraria se estivesse em sã consciência, mas como não estava apenas sorri em resposta. Abro os olhos com dificuldade e vejo duas esmeraldas me encarando com um lindo sorriso com umas das presas do lado de fora, deixando ele, naquele momento, ainda mais belo. Minhas pálpebras começam a pesar ainda mais e sou vencida pelo cansaço e acabo adormecendo.

Acordo assustada, horas depois, suava bastante e minha respiração estava agitada, olho pros lados e tento me levantar, mas sinto uma enorme dor por quase todo meu corpo, principalmente no pescoço, ombro, mãos, colo do seio e pulsos.

Consigo me levantar e vou ate o espelho, vejo que estou apenas de camisola e que as regiões que estavam doendo haviam marcas de duas presas, vejo uma mancha vermelha perto da minha virilha, suspendo a mesmo e vejo mais uma marca que ainda sangrava, parecia recente. Grunhir de raiva, ódio, dor, nojo, e algo mais que não sabia identificar naquele momento.

- Maldito