8:00
Pov Rezende
Eu entrei no quarto às pressas e vi uma cena que me parte o coração ao meio. A JoJo estava sentada num canto escuro do quarto com os braços em volta das pernas e de cabeça baixa, chorando e soluçando. Eu fui até ela e me agachei ao seu lado.
Rezende: JoJo...-ela me interrompe.
JoJo: Porque v-vc fez i-isso c-comigo?!-ela fala entre os soluços.
Rezende: Amor, eu juro que não fui eu quem a beijou, ela é que me prensou na parede sem me deixar fazer nada antes disso e aí ela m...-ela me interromper novamente.
JoJo: VC PODERIA TER EMPURRADO ELA SEU DESGRAÇADO!-ela grita já de cabeça levantada, seus olhos estavam vermelhos e inchados de tanto chorar.
Rezende: Me desculpa... Como eu disse ela me prensou na parede e eu não consegui fazer nada antes disso e quando estava quase me soltando ela me beijou e foi aí qu...-ela me interrompe de novo, para variar ne?!
Me fudi completamente... Filha da puta, desgraçada... Tu ainda me paga, Yuri.
JoJo: E-E foi aí q-que eu vi v-vc beijando e-ela...-ela fala ainda chorando bastante. Eu seco as suas lágrimas com o polegar.- Não me toca! P-Por favor...-ela fala tirando a minha mão de seu rosto e baixando a cabeça novamente.
Rezende: Eu juro pela minha vida que eu não retribui...-falo suspirando em seguida.- Vc acredita em lugar errado na hora errada?-eu pergunto e ela assente minimamente com a cabeça.- Então... Esse foi o caso.-ela me encara com seus olhos marejando.
JoJo: Jura que vc n-não gostou nem retribuiu o-o beijo dela?-ela pergunta enxugando as lágrimas que insistiram em sair.
Rezende: Eu juro, JoJo... Pelo amor que eu sinto por vc.-eu falo e pego em sua mão.
Em seguida ela me abraça forte, eu quase me desequilibrei, mas consegui ficar de joelhos e retribuir o abraço.
Rezende: Está tudo bem... Relaxa.-eu falo e beijo a sua nuca.
JoJo: E-Eu te a-amo muito!-ela fala com a sua cabeça na curva do meu pescoço e ainda me abraçando.
Rezende: Eu te amo mais, amor...-eu falo acariciando os seus cabelos e separo o abraço.
Eu a ajudei a se levantar, peguei ela no colo e coloquei a mesma delicadamente sobre a cama, dei um beijo em sua testa e saí do quarto à procura da puta mais vagabunda de todas, tbm conhecida como Yuri.
7:45
Pov Cauê
Nestes últimos dias tenho sentido sentimentos estranhos pelo Authentic. Eu sei que estou gostando dele, mas não sei se ele sente o mesmo por mim e eu tbm sou timido demais para me declarar assim...
Agora estou sentado na minha cama conversando com o Mike por mensagem.
*Chat ON*
Eu: Oi Mike! ;)
Mikaé: Oi moço! Tá tudo bem aí no quarto?
Eu: Sim, tá tudo bem. Já sabe se o Pac gosta de ti, moço? ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Mikaé: C-Como vc sabe que eu gosto do Pac? *-*
Eu: Eu não tinha a certeza, mas agora vc acabou de admitir! Kkkk...
Mikaé: HAHA que graça louca. -_-
Eu: Ele gosta de vc ou não? Estou curioso!
Mikaé: Na verdade... Nós já chegámos a nos beijar, Cauê...
Eu: QUÊ? MEU DEUS! Cês são tudo bando de safado, gente. @_@
Mikaé: N-Não foi de propósito! Eu estava andando normalmente, mas estava olhando para o lado. Eu esbarrei no Pac, acabei caindo em cima dele e o beijei sem querer. Quer dizer... Eu queria, mas não era a minha intenção no momento! Entendeu?
Eu: Entendi... ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Mikaé: Então e vc? '-'
Eu: E-Eu o quê?
Mikaé: Tá gostando de alguém, Baixa?
Eu: Eu não tou... Quer dizer...
Mikaé: Me fala logo, Cauê! Cê tá gostando de quem, moço? :P
Eu: Ai, tá bem... Eu tou gostando do Teté.
Mikaé: Sabia. ^_^
Eu: C-Como sabia? Tá tão na cara assim?
Mikaé: Moço... A troca de olhares de vcs, a maneira como vc olha para ele, até quando estamos conversando vc só presta atenção no Authentic.
Eu: N-Não é verdade...
Mikaé: -_-
Eu: Tá... É verdade. Ele é tão lindo, aqueles olhos, a sua atitude, o seu perfume... Literalmente tudo nele me impressiona e me atrai!
Mikaé: Posso falar a mesma coisa do Pac. :3
Eu: Tenho que ir! O Authentic acabou de entrar no quarto. Abraço!
Mikaé: Hum... Safrado! ( ͡° ͜ʖ ͡°) Abraço! :D
*Chat OFF*
Bloqueei o meu celular e o Authentic entrou no quarto, fechou a porta e veio na minha direção. O que tu ta fazendo? Ele se sentou ao meu lado na cama e colocou a mão em cima da minha coxa, fazendo carinho na mesma. Eu corei logo no momento.
Cauê: O-O que vc t...-ele me interrompe colocando o seu dedo na frente dos meus lábios, fazendo um sinal silêncio.
Authentic: Shhhh... Eu queria te falar uma coisa...-ele fala nervoso e me olhando fundo nos olhos. Eu me perco cada vez mais no seu olhar.- Eu... Acho melhor te mostrar...-ele fala pegando a minha mão.
Cauê: O-Ok...-eu falo corado e com receio do que poderia acontecer asseguir.
Ele desvia o olhar dos meus olhos e olha para os meus lábios. Ele começa a se aproximar cada vez mais e coloca uma de suas mãos em meu rosto. Eu fecho os olhos, já sabendo o que ele iria fazer. Poucos segundos depois sinto os seus lábios tocarem os meus, seus lábios eram doces e macios tal como eu tinha imaginado. Ele desce a sua mão livre até a minha cintura e eu coloco as minhas mãos em seu pescoço, aproveitando o beijo calmo e sincero. Tivemos que nos separar pela falta de ar e eu encaro os seus olhos já abertos.
Authentic: Eu t...-eu o interrompo com um selinho rápido.
Cauê: Eu te amo mais, Teté!-eu falo sorrindo e colo as nossas testas uma na outra.
Ele se deixa cair para trás e eu me deito logo em seguida, me aconchegando em seu peito. Após alguns minutos depois ouvimos alguns gritos.
???: SUA CABRA!-eu e o Authentic nos encarámos.
Cauê: Meu deus.-eu falo admirado e um pouco assustado.
Authentic: Deve ser só uma briguinha inocente.-ele fala acariciando os meus fios castanhos.(cabelos)
Cauê: Eu sei que já falei, mas... Eu te amo muito.-eu falo e ele beija a minha testa.
Authentic: Não mais que eu, Baixinha!-ele fala e me dá um selinho demorado.
8:20
Pov Cellbit
Já eram 8:20, eu cheguei a ouvir alguns gritos, mas decidi ignorar.
Eu e o Felps já tomámos banho e agora estamos deitados na sua cama, por cima dos lençóis. Ele está fazendo carinho em meus cabelos loiros e me aconchegando em seu peito.
Felps: Já falei que te amo mais que tudo?!-ele fala sorrindo de lado e olhando em meus olhos azuis.
Cellbit: Sim, já falou. Eu tbm te amo, Love...-eu falo um pouco sonolento ainda.
Felps: Vc fica muito fofo quando está com sono.-ele fala me dando um selinho rápido.
Eu começo a me levantar lentamente e me sento na beira da cama.
Felps: O que vc vai fazer?-ele pergunta confuso e me encarando.
Cellbit: Vou só procurar o meu carregador, se acalma.-eu falo me levantando da cama e o olhando.
Vou em direção à minha mochila escolar, onde eu tinha o carregador e começo procurando o mesmo. Quando senti uma coisa que não parecesse um livro, eu olhei para dentro da mala e reparei que estava segurando a minha arma. Tive um flashback no mesmo momento...
*Flashback ON*
Eu tinha 15 anos, meu pai André (Aut: Não sei o nome verdadeiro então coloquei esse.) andava no exército e nesse momento estava esperando ele chegar a casa. Eu já não o via à 6 anos e estava muito feliz por hoje ser o dia em que ele iria voltar, a minha mãe tbm estava feliz, até estava preparando uma surpresa para ele.
Eram 20:07(referencia) e a campainha tocou, eu e a minha mãe fomos correndo até à porta, respirámos fundo e abrimos a mesma. Não era o meu pai, mas sim um amigo dele do exército que se chamava António, ele estava segurando uma carta e tinha uma sacola ao pescoço.
Mãe: Olá António! O meu marido, o André?-ela perguntou tentando ver se o via atrás dos ombros do amigo.
António: Oi Rafael! Oi dona Gabriela! (Aut: Tbm inventei!) Tenho uma noticia para lhe dar.-ele falou acenando e entregando a carta.
Cellbit: Oi Tóino! (Apelido que a minha familia dava.) Que tipo de noticia é essa?-eu perguntei olhando para a minha mãe que já segurava o envelope.
António: Teram que descobrir por vcs mesmos...-ele falou e faz um movimento com a cabeça, indicando para lermos a carta.
A minha mãe abriu o envelope/carta e começou a ler, bastou ela ler o inicio da carta e começou a chorar descontroladamente. Eu não estava entendendo mais nada, então a pior possibilidade passou pela minha cabeça...
"Ele... Ele morreu?!"-pensei.
Eu tentei afastar esse pensamento e reparei que a minha mãe já estava de joelhos no chão e chorando loucamente. Eu peguei o envelope de sua mão e comecei a ler.
Carta
Olá querida!
Se vc tá lendo isto, é porque não consegui voltar da guerra. Eu já sabia que isto poderia acontecer, mas mesmo assim não desisti. Lutei pelo nosso país e sacrifiquem-me por ele... Fica sabendo que eu te amo e que vou estar sempre com vc, aí dentro do seu coração. Nunca se esqueça de mim e do homem que mais vc fez feliz. Diga ao Rafa que eu o amo do fundo do coração, tal como te amo a ti. Vcs foram a melhor coisa que me aconteceu na vida e eu devo isso a vcs. Não pensem em mim como o homem que vos abandonou, mas sim como o homem que lutou pelo que queria e que infelizmente não saiu vivo dessa. Eu amo vcs mais que tudo nesse mundo! Te amo Gabriela. Te amo Rafa. Bjs! <3 Ass: André. (^-^)
Quando eu acabei de ler a carta, senti uma facada no coração... Nunca pensei em perder o meu pai. Sempre aproveitei cada segundo com ele e depois de 6 anos, não pude nem me despedir dele uma última vez. Eu comecei a chorar desesperadamente como a minha mãe, cai de joelhos no chão ao lado dela e a abracei.
António: Tenho imensa pena... Ele era um ótimo soldado, um ótimo amigo, um ótimo marido, um ótimo pai, um o-ótimo h-homem...-ele falou de cabeça baixa e lágrimas começaram a descer por suas bochechas.
Mãe: C-Como i-isto f-foi a-acontecer...-ela falou soluçando.
Cellbit: P-Porquê?... P-Porquê D-Deus?...-eu falei ainda abraçando a minha mãe, mas já estávamos de pé.
Eu, a minha mãe e o António estávamos tentando nos acalmar uns aos outros, secando as nossas lágrimas, tentando controlar a respiração acelerada. E quando ficámos um pouco melhor...
António: Rafael...-ele falou e eu o encarei.- Eu tenho uma coisa para te entregar.-ele disse e retirou alguma coisa da sacola. Era uma arma.
Cellbit: U-Uma a-arma?-eu falei ainda chorando e ele entregou a arma nas minhas mãos.
António: Exatamente...-ele falou me encarando.
Eu fiquei girando a pistola e vendo cada detalhe da mesma e reparei que em um cantinho estava gravada a palavra "Lange", era o nome da minha familia.
Cellbit: A p-pistola do m-meu pai?-eu falei surpreso e tentando me acalmar.
António: Sim... Ele falou que quando morresse iria querer que vc ficasse com ela.-ele fala encarando a arma e em seguida encarando a minha mãe.
Mãe: O-Obrigada p-por t-tudo, A-António.-ela falou enxugando as lágrimas e abraçando o mesmo em seguida.
António: Se acalma, dona Gabriela! O mundo está cheio de coisas boas e coisas ruins...-ele fala retribuindo o abraço.- Deus, quis assim... Esse foi o destino que o seu marido escolheu...-ele falou tentando reconfortá-la.
Mãe: P-P-Pode i-ir.-ela fala se separando do abraço.
Eu fiquei vidrado na pistola de meu pai, ele sempre a usou, sempre recusou quando lhe ofereciam ou ordenaram que ele usasse outras armas, essa arma era especial para ele e vai continuar a ser especial. Eu a guardarei para sempre, irei estar sempre com ela de alguma forma, mesmo que seja na escola, no aeroporto, no trem, na cafetaria... Eu não vou perder essa pistola nunca.
A partir desse dia, eu nunca deixei de levar a pistola de meu pai para todo o lugar, a minha mãe sempre ficou se lamentando e chorando no quarto, então eu a aconselhei a ir a um psiquiatra para ela começar a se acalmar mais, eu todos os dias quando chegava a casa ficava olhando as fotos dele, observando vidradamente a pistola, me lembrando dos bons momentos que passámos juntos...
*Flashback OFF*
Assim que me lembrei do meu pai, eu desabei em lágrimas, deixei a pistola na mochila e me encolhi num canto com os braços em volta das pernas, cabeça baixa, chorando loucamente, respirando pesadamente e me isolando de tudo e todos. Até sentir alguém do meu lado, levantei a cabeça e vi o Felps...
Pov Felps
O Cellbit estava agachado perto da sua mochila, olhando para um ponto fixo já à algum tempo.
Felps: Cell?-eu pergunto, não tenho resposta e me sentei na beira da cama.- Rafa?-outra vez sem resposta e me levantei da cama.- Amor?-eu pergunto e para variar, não tive resposta de novo.
Eu estava a ficar preocupado, assustado, nervoso e decidi ir para mais perto dele. Coloco a mão em seu ombro...
Felps: Rafa? Tá tudo bem?-eu pergunto e vejo várias lágrimas começarem a cair de seus olhos do nada.
Ele se levantou rapidamente, eu me assustei e apenas fiquei olhando para ele. Ele correu até um canto do quarto e se encolheu, chorando cada vez mais. Eu me levantei e me agachei ao seu lado, ele levantou a cabeça e me encarou.
Felps: Ei... Tá tud...-eu sou interrompido por um abraço forte e de quem diz "eu preciso de vc", eu retribui.
Eu me sentei no chão ao seu lado e ele colocou a sua cabeça em meu peito, eu o aconcheguei em meus braços e fiquem brincando com os seus fios loiros, tentando acalmá-lo.
...
CONTINUA...!
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