História Amores amaldiçoados - Desentendimentos entre irmãs

A festa continuou, Vanessa não sabia se havia passado segundos, minutos, ou quem sabe horas, mas sabia que o assunto estava sendo muito produtivo. Cara da Máscara era um homem inteligente, sabia guiar uma conversa. Sua voz era como um calmante, e o único calmante até agora capaz de entorpecê-la. Isso sem sequer tocar no assunto sobre sua vida pessoal, ele só dizia sobre seu trabalho, e sobre ter vivido sua vida inteira naquela aldeia, mais nada, nem seus gostos ele compartilhava. No máximo suas opiniões básicas, e papo jogado fora. Mas foi de longe a companhia mais agradável naquela noite em que seus amigos passaram na farra, e Boruto com as mulheres, pra variar já tinha o visto com outras duas. 

— Já está tarde, tenho que ir... — ele falou assim que uma nova música deu inicio, chamando sua atenção. Essa era tão calma, que alguns casais em volta se reuniam para dançar abraçadinhos. Renata inclusive estava abraçada com o garçom que não conseguia afastar a maluca. Nem o garçom queria ela.

— Mas já? Não está tão tarde... Algum problema?

— Não, nenhum — ele sorriu meio forçado, ela sabia que ele escondia algo.

— Pode me dizer — tocou-lhe o ombro com a mão direita. — Sei que nos conhecemos a pouquíssimo tempo, e que tem dificuldade em se abrir. Mas isso não precisa ser um problema. E se estiver precisando de ajuda, estarei aqui por você.

Ele pegou na mão dela e acariciou a mesma. Cara da Máscara estava tão tranquilo, não parecia desesperado em ir pra casa, ou com algum problema pra resolver.

— Eu... — o homem foi interrompido quando ouviu um barulho no centro do salão, onde os casais antes dançavam. Vanessa se afastou dele e se aproximou pra ver por pura curiosidade.

— Sua safada. Isso mesmo, você! Uma safada — Hanabi gritava puxando o cabelo de Renata. O belo vestido vermelho de Hanabi estava molhado e algumas mechas de seu cabelo também. O que tinha acontecido? — Acha que pode jogar bebida em mim só pra chamar a atenção? Você é uma bêbada safada, Renata.

— Hanabi sua puta, te amo sô — Renata tentava dizer enquanto segurava os pulsos de Hanabi pra conter os puxões de cabelo agressivos. — Se só dá pra chamar sua atenção com coisas infantis assim eu não ligo em fazer, queridinha. Me larga ou eu vou, mas juro que vou mesmo, meter o loco.

— Quero só ver, Hyuga rebaixada! — chutou a barriga de Renata, o que quase a fez vomitar caindo no chão.

— Maninho foi por pouco se eu vomitasse você ia ver só! — levantou, perdendo a paciência com a irmã. — Vou te mostrar o que o punho leve é capaz de fazer nessa tua cara — partiu pra cima, mas dois carinhas entraram no meio, Kiba segurava seus braços e um desconhecido fez sinal pra Hanabi se afastar, mas a orgulhosa deu apenas dois passos pra trás.

— Eu sou o Zah e não vou deixar vocês fazerem isso aqui! Vocês duas serão reportadas para a supervisão e terei uma séria conversa com seus pais. Tudo pelo bem da comunidade.

Hanabi pensou em voltar a atacar mas assim que teve a oportunidade Zah a encarou feio e ela se afastou para evitar problemas.

Enquanto Kkx e Garra publicavam a foto da Renata caída no chão, Sasque e Dattebayo se pegavam em um canto da festa, sobrou para Vanessa tentar ir atrás de uma das duas...

— Cara da Máscara... — ela se virou para o homem. — Tenho que ver como minhas amigas estão, me espere aqui, está bem?

Ele não disse nada, mas permaneceu imóvel, o que a deu confiança em ir atrás delas, começando por Renata que é sempre a que se fode mais — não que ela não dê motivos pra isso, claro.

— Renata, espera! — a ruiva chegou até a garota, que cruzou os braços virando o rosto, sabendo que tinha acabado de fazer merda mas não queria falar sobre aquilo. Ela sempre fazia isso. — Que showzinho foi esse? Acho que vocês beberam demais hoje...

— Eu não sou o Lee pra mijar bebida alcoólica, tá? Hanabi que provocou... Tive que revidar.

— Renata, o que tem nesse Kauan Siuva pra vocês brigarem por ele com tanto macho por aí?

— Ele é O macho, Nessie. O pika rei, ta ligada? Ninguém tem pegada melhor que a do Kauanzinho.

— Mesmo se isso for verdade, bola pra frente, gata. Você está brigando com sua irmã por causa dele... Vocês precisam se resolver. E você nem é apegada a ele emocionalmente, eu vi o jeito que você olha pro dst, você gosta é dele, só não admite. Conversa com a Hanabi! Entendeu?!

Renata bufou.

— Aeeeee, o fodaum chegou — Lee entrou no meio das duas com uma garrafa já pela metade, ele não parava mesmo de beber.

— Pode parando com o showzinho, Lee — Kkx tirou a garrafa das mãos do garoto, que encarou indignado.

— Que isso, brother?

— Já bebeu demais, parceiro — o sensei sorriu bagunçando os cabelos do pirralho.

— Berroooo. Renata olha quantos rts sua foto caída ganhou — Garra mostrou o celular para a Hyuga, que pareceu envergonhada e brava ao mesmo tempo.  

— Olha aqui Garra não tô pras suas gracinhas hoje não, já linchei Hanabi pra te linchar falta pouco!

— Eu vi o quanto você linchou ali quase vomitando a última coxinha que comeu no chão.

— Ihhhhh — Kkx urrou.

Vanessa colocou a mão na testa, não aguentava quando elas começavam a discutir. — Olha gente, tenho que voltar, um amigo está me esperando...

— Huuuuuuuuum amigo né? — Lee sorriu maliciosamente colocando a mão na boca.

— Para com isso. Nos conhecemos hoje... — riu.

— Se conhecer alguém em pouco tempo impedisse de beijar na boca Renata não teria tirado casquinha daquele garçom — Kkx comentou.

— Cala noca, vai tomar no vu — Renata rebateu.

— Fala amiguinhos do peito — Sasque chegou perto do grupo com o braço em volta do pescoço do Dst, que tirou na mesma hora o braço do Uchiha. Pra duas pessoas que estavam aparentemente ficando, os dois pareciam irritados um com o outro. Principalmente da parte do Dattebayo.

— Que foi Dattebayo, problemas no paraíso? — Kkx provocou.

— Ah vai procurar outro sharingan e me erra!

— Rude — Kkx cruzou os braços, se acolhendo.

Dattebayo se afastou, irritado.

— Da-Dattebayo-kun... — Renata o olhou e por puro instinto resolveu ir atrás dele.

— Ih — disse Sasque.

— Vanessa! — Hanabi veio correndo até o grupo. — Seu acompanhante está saindo, acabei de ver ele indo direto pra rua...

— O quê?!

Sua respiração ficou acelerada, não sabia o que fazer, e se nunca mais o visse?! Afinal não sabia nada sobre ele...

— Vai atrás dele, boba — Garra aconselhou.

— É. Se você tivesse o entusiasmo da Renata pra correr atrás do Dattebayo, ele nem pela porta teria saído — Lee zoou.

— Gente... Eu não sei se devo...

— Vai logo, melhor que ficar sem transar — falou Kkx dessa vez.

Hanabi segurou em seus braços e fez um sinal pra que ela corresse. E ela o fez. Correu como nunca antes, quebrou seu salto e tudo mais.

Que vergonha. O ponto que chegou... Perseguindo um desconhecido que nem interesse deveria ter. Mas Vanessa não desistiria, uma pequena parte dela dizia, que ele escondia algo que a envolvia. Era só mero pressentimento, mas agora iria até o fim pra tirar todas as suas dúvidas sobre aquele mero vendedor de máscaras, bonito e misterioso. Que havia a prendido eternamente em seu desejo carnal.