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História Amores Obsessivos - Boêmia


Escrita por: NinaBeauchamp

Notas do Autor


Olá pessoal, tudo bem com vocês?

Eu voltei, depois de tantos anos! Quem aí gosta de uma novidade? Sim, eu trouxe algumas.
Não vou começar com desculpas porque todos sabemos que autores vem e vão. Claro, eu peço sim, desculpas, mas evitarei fazer promessas que eu não vá cumprir. Nessas idas e vindas da vida, aprendi bastante coisa reescrevi esta história, fiz uma capa nova para ela, e vou mudar algumas coisas para se adequar melhor às regras atuais do site.

Substancialmente a história vai permanecer a mesma, eu mudarei coisas porque não condizem com a história ou podem acabar sendo uma auto-sabotagem em potencial.

Na época em que eu escrevi, muitas coisas foram sugeridas por amigos e eu coloquei sem pensar meia vez; hoje com outra cabeça, com mais maturidade, vou escrever como deveria ter sido desde o início, com coração e por mim. Caso alguém fique triste em saber que houve mudanças, peço desculpas, mas é necessário. Os títulos dos capítulos mudarão um pouco, a estrutura da história também foi alterada, então peço que tenham paciência.

Vou procurar postar a história de 5 em 5 dias, mas não colocarei isso como algo fixo. Só o primeiro capítulo será atualizado por enquanto, já que ainda estou sem beta reader, okay?

Sem mais enrolação, vamos ao capítulo e desde já agradeço todos os favoritos, comentários nos capítulos que foram excluídos (desculpa, eu precisei), o apoio de todos vocês, quem se deu o trabalho de ficar por tanto tempo e ainda está aqui comigo.

De 2016 para cá, mudou muita coisa. Eu tinha 14 anos quando comecei a escrever esta história e acredito que muitos aqui vão lembrar de algumas coisas, mas não fiquem tristes, tentarei ser a melhor a vocês.

Capítulo 1 - Boêmia


Fevereiro de 1866 – Lawrence, Massachusetts, EUA.

 

            Mais um dia neste escritório horrível.

            Ultimamente, a alta sociedade da cidade tem sido afetada depois da guerra de secessão. Muitos dos nossos foram para a guerra e dou graças ao bom Deus que a influência do meu pai nos isentou de ir. Minha mãe não aceitaria de qualquer forma, mas em alguns lugares, as leis são feitas por outros.

            Hoje está um dia estranhamente calmo, por sermos uma família no ramo da advocacia, meu pai exigiu que seguíssemos os passos dele. Sam é obrigado a vir aqui todos os dias e isso é muito irritante, ele odeia e eu também. No último inverno, confrontei meu pai e disse que aquilo não era para mim, ele não aceitou bem no começo, mas sei ser persuasivo. E claro, a influência da minha mãe sobre ele foi positiva, já que agora eu tenho uma certa liberdade. Como ainda não decidi o que fazer, tenho um tempo de sobra para relaxar.

            Sinto por Sam que não teve escolha, ele foi forçado a seguir o “negócio da família”, e bem... Adam ainda é muito novo, meu pai finge que ele nem existe. Há uns anos, ouvi queixas da minha mãe sobre o comportamento dele em relação a Adam, e ele disse que “ele é o filho que eu não queria, lide com isso”. Depois dessa cena, eu passei a cuidar muito mais de Sam e Adam e ser muito mais protetor com eles, sempre evitando que meu pai se dirigisse a eles pessoalmente. Às vezes funciona, mas às vezes não...

            Decidi sair com meus amigos, Charlie e Castiel. Charlie Bradbury, filha adotiva da melhor amiga do meu pai, Ellen Harvelle, que também tem outra filha, Jo. Hoje era o aniversário de dezenove anos de Jo, e eu estava realmente muito feliz, ela estava se tornando uma mulher e em breve estará presente à sociedade. Eu amo estar na casa da tia Ellen, ela é amável como a minha mãe e sempre nos ajuda a sair dos problemas que nós nos metemos.

            Procurei caprichar no banho e me arrumar bem, eu estarei acompanhando Cas — como carinhosamente o apelidei —, e devo estar elegante como um homem de sociedade e gracejar Cas, mesmo que ele também seja um. Eu amo estar com ele e nutrir nossa secreta relação, ouvir a voz dele e sentir a delicadeza de seu toque. Castiel, um nome angelical assim como ele, divino e puro, meu bem precioso e tão meu.

            Sai dos meus devaneios quando ouvi a voz de Sam.

— Dean? — Chamou.

— O que?

— Vamos, se arrume logo! Iremos nos atrasar. — Disse Sam impaciente batendo na porta do meu quarto. O pensamento de dopá-lo passou pela minha cabeça, apenas para não o ter incomodando.

— Estou no banho, logo iremos. Sairemos somente às onze e meia.

— Dean, são DEZ E CINQUENTA E QUATRO! Vamos nos ATRASAR! — Sam disse bem alto e enfático. Okay, talvez eu realmente precise me apressar.

            Corri no banho e me arrumei, não precisava me desesperar, eu deveria estar bem apresentável, não poderia sair de qualquer jeito. Parei em frente ao espelho e sorri, borrifei o meu perfume algumas vezes e ajeitei o colarinho, me dirigi à porta e quando cheguei no hall de entrada, Adam quase dormia no ombro de Sam e ele não estava com uma cara nada boa. Dei um sorriso amarelo e vi Ellen sentada na sala falando com a minha mãe.

— Boa noite, tia Ellen, como vai?

— Vou muito bem querido, vim para acompanhar seus pais ao comitê, teremos um jantar hoje. Espero que se divirtam lá.

            Sorri e saímos. A diligência estava à nossa espera, atrasar alguns minutos não afetaria ninguém, afinal, somos nós os convidados. Depois de quase vinte minutos, chegamos à residência Harvelle, e conosco os Novak também chegaram. Tentei sair apressado, mas Sam teve a mesma ideia e quase caímos numa poça. Arrumei a postura e logo me aproximei de Castiel, o vendo lindo num terninho azul escuro. Eu poderia passar horas sorrindo apenas para ele. Tomei as mãos dele e as beijei com carinho e olhei nos olhos dele, o vendo enrubescer diante dos outros, mas estávamos entre amigos, e os cocheiros não estavam em nosso campo de visão.

            Logo as diligências se retiraram e fomos andando para a entrada da casa. Sam e Gabriel conversavam animadamente, contando tudo o que estavam fazendo nos últimos dias, Adam e Miguel estavam mais quietos, tendo o mais novo apenas de mão dadas com o outro, um pouco envergonhado. De todos, Adam era o mais novo, com 16 anos, Miguel com seus 26 apenas agia como um bom amigo mais velho e isso tinha dois lados.

            Adam era secretamente apaixonado por ele e se declarou há alguns meses, Miguel apenas sorriu e decidiu passar mais tempo com ele, confortando o seu jovem coração. Sabíamos que era errado, ele principalmente, mas ao confessar seus pensamentos a mim, Miguel disse que não pôde quebrar o coração inocente de Adam com duras palavras, eu o entendo. Mas não serei omisso quanto a situação, eu não deveria sentir pena, é sobre o meu irmãozinho, mas também é sobre o meu amigo, eu estava dividido.

            Castiel estava ali e eu deveria concentrar os meus pensamentos apenas nele, somente ele importava, somente o meu anjo dos olhos azuis. Caminhamos calmamente, deixei leves beijos em seu rosto e pescoço, o vendo enrubescer cada vez mais. Ali, a propriedade Harvelle, privada e longe de olhares curiosos, foi um belo lugar para se criar duas moças, e perfeito para casais apaixonados. Eu e Castiel tínhamos uma relação diferente, nós todos temos, mas algo secreto e perigoso, sabemos que pessoas como nós não sairiam ilesas, teremos um único caminho pela frente, e quero evitá-lo a todo custo, ao menos poupar Castiel de sabê-lo.

            Charlie estava sentada na soleira da porta, com uma cara entediada a nos esperar. Sorri para ela e logo a vi correndo.

— DEAN! — Ela me abraçou apertado, quase me derrubando no processo. Ela sorriu aos demais e abraçou um por um, a ruiva era enérgica e cheia de vida. — E esse fofinho aqui? Tão tímido.

            Ela apertou as bochechas de Adam e sorri. Ela falava animada e quase não respirava para falar as frases.

— E Jo, onde está? — Perguntei.

— Ela disse que estaria cuidando para que os aperitivos saíssem corretamente, mas sei que é uma desculpa para que ela possa comer sem ninguém ver. Mas vamos entrar, logo, logo aqui vai ficar bem frio.

            Ela abriu a porta e colocamos nossos casacos pendurados próximos à entrada. Quando Cas retirou seu casaco, o perfume de flores brancas, lírio e Jasmim sambac veio bem próximo ao meu nariz, seguido por iris. Eu amava aquele perfume, era sempre caloroso, fresco e feliz, aquela fragrância cheirava a liberdade, primaveril e refletia a personalidade dele. Não me contive e o abracei por trás, aproximando meu rosto de sua nuca e inspirei o cheiro, aquilo era maravilhoso, eu não conseguia me conter e agradeci pelos outros já estarem na sala.

— D-Dean...

— Desculpe, meu anjo... Eu não resisto a você, ao seu cheiro... Tudo me enlouquece... meu corpo sente a sua falta, assim como eu sinto a sua... É inevitável. — Sussurrei, observando os pelos da nuca se arrepiarem. Beijei calmamente ali e me afastei antes que o agarrasse ali.

            Entramos na sala e Jo arqueou a sobrancelha.

— Pensei que ficariam de namoricos no hall da minha casa. Bom, vou trazer os petiscos. Hoje a noite é nossa, e eu já dispensei os servos, então... Agradeçam essa gentileza, estou de bom humor. — Jo sorriu e se retirou, ri e me sentei ao lado de Cas, Miguel mantinha seus olhos em nós, mas sabia que aquilo era apenas um sinal de cuidado, ele, tanto quanto eu, temia que qualquer um descobrisse as nossas relações. E eu, mais do que ninguém, sabia o risco.

            Jo voltou com as coisas e eu sorri ao ver a enorme torta sobre a mesa.

— Vamos comemorar porque hoje, a noite é nossa!

            O som do espumante abrindo levantou nossos ânimos e logo colocamos música para tocar. Dançamos animados e sabíamos que aquilo tudo era nada mais, nada menos que o nosso refúgio, onde fugíamos para passar um tempo juntos. Eu queria que aquilo pudesse ser eterno, mas sabia que momentos breves passavam rápido.

— E então Dean, não vai apreciar o seu tão amado Bourbon? Você quem tanto fala e enaltece o produto nacional. — Charlie me entregou a garrafa de whisky Bourbon e sorriu.

— Você sabe que eu prezo a nossa nação, e nada mais justo do que colher os bons frutos e, nesse caso, um belo Bourbon maltado. Aceitam? — Perguntei animado.

— Eu aceito. — Sam trouxe o copo e eu o servi, ambos amávamos Bourbon e normalmente bebíamos apenas em festas, o que era raro.

— Dean, beba com moderação...

            Sorri para Castiel e pisquei.

— O que seria de mim sem você.

            Passamos boa parte da noite rindo, se divertindo, comendo e bebendo. Lá pelas tantas da madrugada, eu e Cas fomos para o quarto, ao deitarmos na cama de um dos quartos de hóspedes, o beijei apaixonadamente.

            Nos tocávamos e eu o beijava sem pensar no amanhã. Sua pele macia, seus lábios carnudos, seu toque suave e o seu cheiro. Eu abri sua camisa e passei a beijar seu peito exposto, aquilo mexia comigo, ele mexia comigo e eu era uma bagunça.

— Dean...

            Ele sussurrou o meu nome de forma quente e aquilo apenas me incentivou a ter mais dele.

— Eu preciso de você, Dean... Por favor...

            Eu não resisti à súplica.

— Não implore assim, eu não vou aguentar...

— Eu o quero agora, por favor... Eu preciso e mais...

 

 


Notas Finais


Bom, como se sentiram com a repaginada?
Pois é, eu mudei um pouco o que aconteceu, porque as coisas mudaram e eu estou reescrevendo, então a escrita estará diferente e claro, se vocês notarem, as falas também mudaram. Como eu disse, em essência permanece, mas mudou em questão do corpo do texto.

Espero que tenham gostado, terá muito mais para vocês em breve. Não vou dizer que será fácil, mas acredito que tudo vai se ajeitar.
Eu mudei bastante coisa, porque o Sprit mudou e precisamos nos adequar, sendo assim... E óbvio, trazer o melhor que eu posso a vocês, leitores.

Quem estava com saudades?

Comente se gostou de algo ou que achou da mudança, compartilhe com aquele amigo que também gosta ou está começando, ele vai se surpreender, curta e deixe um coraçãozinho, tenho certeza que você não vai se arrepender.

Um enorme beijos e até o próximo capítulo.


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