História Amores Paralelos 2 - I Came Back!

“É interminável, mesmo se eu tentar fugir

Eu caí em uma mentira

Pego em uma mentira

Por favor, encontre o eu que era inocente

Eu não consigo fugir de dentro dessa mentira

Por favor, devolva o meu sorriso

Pego em uma mentira

Liberte-me desse inferno

Eu não consigo escapar desse sofrimento

Por favor, salve o eu que está sendo punido [...]”

Lie - Jimin (BTS)

2  dia antes do Natal…

POV Cebola

      Esses dias tem sido maravilhosos, me aproximei bastante da Mônica, assim como ganhei uma sobrinha - Monique não para de me chamar de tio - e isso deixou a dupla M&M com ciúmes mas nada que umas brincadeiras não resolvam.

    Daqui dois dias seria o natal e eu estava um tanto chateado por ela já ter que ir embora, mas feliz por saber que iríamos passar o ano novo juntos só eu e ela. Já passava das 9hrs da noite e as crianças pediram para que eu as colocasse para dormir, com muito custo eu levantei e os levei para o quarto.

Mônica e Monique estavam no quarto de hóspedes arrumando suas coisas pois no dia seguinte elas iriam para casa dos pais da Mônica, coloquei os gêmeos para dormir e depois de duas histórias para dormir e um bom docinho eles pegaram no sono.

  Sai de seus quartos pronto para entrar no quarto em que a Mônica estava hospedada com Monique, mas parei ao escutar algo que chamou minha atenção.

- Mãe porque eu não posso ir para casa do meu pai? - parecia a voz de Monique mas era estranho ouvir sua voz como a de uma… criança de 5 anos.

- Me desculpe querida, sei que é chato para você saber que seu pai está longe mas você pode chamar o tio Cebola de pai se quiser - Mônica falava como se cada uma de suas palavras tivessem que se pensadas antes de falar.

- Acho que o papai não gosta de mim - a voz de Monique deu uma leve abaixada parecia magoada.

- Nunca mais repita isso - espiei pela fresta da porta e Mônica estava abaixada na frente de sua filha segurando seus ombros. - Eu que não tive coragem de contar que ele é seu pai filha a culpa é minha - uma lágrima escorregou por seu rosto mas Monique rapidamente a limpou.

- A culpa é minha mãe eu não devia ter tocado nesse assunto - até então eu não estava entendendo nada.

- Mas pense pelo lado bom se não fosse por aquela noite em que a mamãe bebeu igual doida, você não iria estar aqui alegrando meu dia - Mônica deu um leve aperto no nariz fazendo ela dar uma risadinha.

- Dança pra mim mamãe - pediu Monique correndo até a cama e se jogando nela.

     Mônica pegou seu celular e colocou uma música, não reconheci a letra mas posso deduzir que é uma música pop bem agitada pois elas estão pulando em cima da cama e não dançando como foi pedido pela Monique, saiu da fresta da porta e fui para meu quarto.

  Sobre o que elas estavam falando? Monique não tem mais aquela coisa de tatibitate, ela parece ter a idade da minha filha e chega a ser bem engraçado por que Manu tem 7 anos e parece ter 14, já Monique aparenta ter 3 a 5 anos mas fala como se tivesse 7.

  Por que a Mônica disse que o pai dela está longe sendo que a praga do DC está do outro lado da rua? Não faz sentido, primeiro DC falou que ela não era quem eu achava que era e agora ela fala que o pai da Monique tá longe.

Se elas querem dar nó na minha mente estão conseguindo…

- Céh? Está tudo bem? Você está pálido - tomei um susto ao ouvir a voz da Mônica perto de mim. O infeliz tu não estava no quarto com a Monique?

- Estou, eu estava pensando - passei a mão pelo rosto para tirar essas coisas malucas de minha cabeça.

- Posso saber o que se passa nessa cabecinha? - ela disse passando a mão por meus ombros e descendo até meu abdômen.

- Depende de qual cabecinha estamos falando - sorri malicioso e mesmo sem ver seu rosto eu sabia que em seus lábios macios existia o mesmo sorriso.

- De nenhuma, as duas são grandes - ela caiu na cama rindo como se aquilo fosse a melhor piada do mundo.

- Ae? Então eu vou te mostrar que quando elas pensam juntas, se tornam uma boa dupla - subi em cima dela e tomei seus lábios.

Horas mais tarde...

POV Cascão

- Amor, pela milésima vez, não estamos em época de melancia - revirei os olhos quando ela começou a chorar acariciando a barriga.

- Mas sua filha quer comer Melancia com nescau - ela soluçou e fez um biquinho.

- Amanhã você come - virei para o lado puxando o cobertor para me cobrir mas veio um ser e puxo o mesmo antes de se sentar na minha cintura.

- Não precisa reclamar eu sei que estou gorda, mas a culpa é sua - ela cruzou os braços irritada.

- A claro que a culpa é minha, só minha - revirei os olhos e me sentei na cama com ela em meu colo.

  Magali me acordou no meio da noite dizendo que estava com vontade de comer Melancia com nescau, mas não é época de melancia e ela quer por que quer eu me virei para achar essa bendita melancia.

- Foi você que gozou dentro de mim - bufou.

- Ah, vai falar que não gostou de cavalgar no garanhão aqui - apertei sua cintura e forçando para baixo e causando um atrito entre meu membro semi-ereto com sua intimidade livre da calcinha.

- Perdi até a vontade de comer melancia agora, sua filha quer comer brigadeiro. Vai lá fazer.

 Mesmo com ela irritada, eu amava seu jeitinho fofo, esses últimos dias tem sido meio difícil lidar com as suas mudanças de humor mas eu que quis ter um filho antes do casamento, foi uma escolha minha então devo arcar com as consequências. Sejam boas ou ruins.

- Só brigadeiro? - perguntei me levantando da cama.

- Quero pão com ovo, bacon e salada, mais um suco de maracujá, acompanhado daqueles pãezinhos de mel com cobertura de chocolate e...

- Onde tá aquele telefone do restaurante mesmo? Mas aquele 24hrs porque acho que ninguém entrega nada as 3hrs da manhã - ela me encarou séria e quando se inclinou para pegar o chinelo eu saí correndo daquele quarto.

  Mexa com a Magali, mas não mexa com a comida dela…

 Fui cantarolando uma música qualquer que me veio à mente durante o caminho até a cozinha, eu fazia uma dancinha ridícula enquanto procurava o leite condensado quando escutei um barulho vindo do corredor.

- Amor? - a chamei mas não obtive resposta. - Maga? - refiz meu caminho de volta para o quarto, encontrei Magali dormindo toda torta na cama, dei uma risadinha e fui ajeitar ela.

    Suas pernas estavam do meu lado da cama e seus cabelos compridos sobre seu rosto, ri de sua capacidade de dormir tão rápido, mas deve ser coisa da gravidez. Mesmo que sua barriga não esteja grande, eu consigo imaginar minha filha lá dentro, Magali não pegou muita barriga mas por ela estar apenas de 3 meses eu sei que pode crescer muito mais.

 Escutei novamente o barulho, mas dessa vez estava vindo da varanda, olhei para Magali que estava parecendo um panda dorminhoco e sai do quarto. Como a varanda ficava pouca coisa longe do quarto, eu não demorei a chegar até lá.

  Uma mulher, com o cabelo loiro escorrido até a cintura, um vestido branco fino que voava conforme a brisa, estava na varanda olhando para o nada.

- Você demorou - ela disse. Sua voz me era familiar, mas de aparência eu não a reconhecia.

- Posso lhe ajudar em algo? - perguntei.

- Não me reconhece amor? - ela se virou e eu fui andando para trás acabando por cair no chão.

- Cascuda!

- Em carne e osso - sorriu.