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História Amor Vincit Omnia - Chapter III


Escrita por: TheKiraJustice

Notas do Autor


Desculpem a demora.

Capítulo 3 - Chapter III


P.O.V. Do KyungSoo

 

 

Nos dias seguintes, me senti estranho na maior parte do tempo.

 

Jongin tinha ficado chateado. Porém, como nem sabia o motivo de sua irritação, não pude fazer nada para que seu humor melhorasse.

 

Mas algo de bom havia acontecido. Tinha conhecido um garoto novato da escola, chamava-se Kim Junmyeon. Era um beta, assim como eu, e constatar isso me fez ficar ainda mais curioso sobre ele, e sua personalidade.

 

Nossa aproximação foi automática, mesmo em seu primeiro dia. Era uma pessoa alegre e engraçada, que nunca deixava-se abalar. Poderia retrata-lo como um espelho, que mostrava exatamente o contrario de mim. E por mais incrível que pareça, foi isso que nos fez próximos.

 

Os intervalos, que antes era um tempo que destinava apenas a Jongin, e as vezes Baekhyun, agora também dividia com Junmyeon. Havia o convidado para almoçar conosco sempre que quisesse, e isso pareceu agrada-lo, pois desde aquele dia, não houve uma manhã que não o encontrei em nossa mesa.

 

No começo, Jongin mantinha-se irredutível, sempre demonstrando sua melhor careta. Mas, aos poucos, ele percebeu que o beta não era uma má pessoa, e passou a aceita-lo melhor. Mesmo que em dias de estresse ainda deixasse seu descontentamento a mostra.

 

Jongin era um amigo ciumento, estava acostumado, e até gostava disso. Afinal, mostrava o quanto se importava comigo.

 

Aos poucos tudo ia voltando ao normal, e eu fazia questão de esquecer qualquer lembrança relacionada ao acontecimento no vestiário.

 

Agora, estava a caminho da casa de Jongin, enquanto chutava os cascalhos espalhados pela calçada e me via completamente imerso em pensamentos.

 

Não se sentia confortável em estar no mesmo ambiente que seus pais, pois sabia quais eram seus pensamentos sobre mim. Mas, com o tempo, isso acabou se tornando menos estressante. Se Jongin me queria ali, isso bastava.

 

Quando finalmente pude ver sua residência, apressei os passos, já sentindo os músculos de minhas coxas doerem por estarem se movimentando a tempo demais. Não era acostumado a andar muito, e isso fazia com que eu me cansasse extremamente rápido.

 

Assim que toquei a campainha, fui recebido pelo moreno sorridente, que me deu espaço para adentrar o cômodo bonito e bem decorado.

 

- Já tenho nosso cronograma pra hoje. - Disse animado, pegando minhas mãos para que pudesse puxar-me até as escadas. - Comprei um jogo novo, e você precisa experimentar!

 

Quando chegamos em seu quarto, jogou o próprio corpo de forma desajeitada na cama, dando leves tapas ao seu lado para que eu me acomodasse ali. Não demorei a aceitar seu pedido, relaxando ao sentir o edredom aconchegante contra minhas costas.

 

Nos minutos que se passaram, apenas deixamos que nossas risadas pairassem sobre o cômodo. Jogando o game que havia comprado, e fazendo brincadeiras sempre que uma nova rodada terminava.

 

- Não acredito que você é melhor que eu no meu próprio jogo. - Deixou o corpo cair sobre a cama, resmungando por suas perdas consecutivas.

 

- Talvez um dia você chegue ao meu nível. Continue tentando, meu caro Jongin. - Sorri, ainda completamente concentrado no televisor. Ele ficava bem próximo de sua cama, então nem precisávamos nos levantar.

 

- Você vai ver quem é que precisa chegar no nível de quem. - Sua voz soou ameaçadora, mas apenas continuei rindo de sua manha desnecessária.

 

Porém, assim que estava terminando a fase, pronto para matar o chefe, meu corpo foi empurrado para o lado, fazendo-me perder o controle. Só pude ver meu personagem ser violentamente acertado pelo oponente, antes de perder os últimos resquícios de sangue que tinha.

 

Foi automático, peguei a primeira coisa que vi e taquei com força no rosto de Jongin. Sorte dele que se tratava apenas de uma almoçada.

 

- Porque você fez isso?! - Gritei, realmente irritado.

 

- Você só fica jogando essa merda enquanto eu perco. Cadê o sentimento de companheirismo? Podia me deixar vencer uma vez.

 

- Sonhe. - Me joguei ao seu lado, desistindo de continuar o que estava fazendo. Já havia perdido mesmo.

 

- Aish, como você é chato!

 

- Jongin, tente reprimir um pouco do seu amor, você deixa ele aparente demais. - Brinquei, esperando que ele me devolvesse com um xingamento.

 

Mas isso não aconteceu, e sua falta de ação acabou me deixando levemente desconfortável.

 

Normalmente, não me sentia mal ao compartilhar de momentos silenciosos com Jongin, mas dessa vez era diferente, não me sentia da mesma forma. Era estranho tê-lo calado depois de tanto tempo apenas envoltos em brincadeiras.

 

Deixei que o silencio continuasse presente. Tentando me convencer de que tudo estava normal, e depois de alguns minutos, finalmente consegui.

 

Fixei o olhar no teto. A tv já havia sido desligada, então concentrei-me no som de meus próprios batimentos.

 

- Kyung? – Chamou-me, finalmente quebrando aquela aura obscura que havia se instalado. Não tardei a virar minha cabeça, podendo ver claramente suas feições. Ele também tinha seus olhos em mim, a única diferença, era que parecia estar dessa forma a bastante tempo.

 

- O que foi? - Ele estava muito próximo, e eu podia reparar os detalhes de seu rosto. Os lábios grossos e olhos gentis.

 

- O Baekhyun me chamou pra sair. - Depois disso, o silêncio pareceu ainda mais mortal.

 

Fiquei por alguns segundos completamente calado, pensando quais seriam as palavras corretas para responde-lo, mas não sabia o que fazer. Apenas respirei profundamente, sentindo o oxigênio preencher meus pulmões.

 

- Então aceite, saia com ele. - Falei, tão tranquilo que até me surpreendi.

 

Seus olhos se arregalaram minimamente, mas logo sua expressão mudou. Transformando-se em algo duro, sem qualquer empatia. Não costumava vê-lo dessa forma.

 

- E eu vou, só estava te avisando. - Disse, assim como eu.

 

 

P.O.V. Kim Jongin

 

Arrumei pela milésima vez os poucos fios que caiam sobre meus olhos, nervoso pela situação que me encontrava.

 

Daqui alguns minutos encontraria Baekhyun, ele me esperaria em uma cafeteria que ficava a algumas quadras daqui. Era diferente ir em um encontro com ele, levando em conta que o ômega quem tinha tomado atitude. Mas quem poderia condena-lo? Não estaríamos dessa forma se ele esperasse por uma iniciativa minha.

 

Minhas mãos tremiam levemente. Era estressante estar a alguns minutos de seu primeiro encontro oficial, principalmente porque não sabia como deveria agir. O que falaria quando Baekhyun estivesse em minha frente? Puxar um assunto aleatório como sempre? Ou deveríamos falar sobre sentimentos?

 

Esse era outro problema, como Kim Jongin poderia conversar com alguém sobre isso? Eu era a pessoa mais confusa sentimentalmente que conhecia.

 

Baekhyun era um cara legal, e gostava quando ele passava os intervalos comigo e Kyungsoo, mas não acho que sentia nada além disso.

 

Estava crente que nesse encontro finalmente descobriria se conseguiria ou não desenvolver sentimentos pelo baixinho de sorriso quadrado.

 

E também havia Kyungsoo, ele seria alguém que nunca iria desvendar. Os momentos que parecia estar em outro mundo, um mundo só dele, repleto de pensamentos que pagaria qualquer coisa para conhecer. Era fascinante vê-lo assim.

 

Mas algo me entristecia, Kyungsoo nunca deixava-me me aproximar. De uma forma ou de outra, sempre haveria aquela barreira que o Do cismava em colocar entre nós.

 

O que fazia de errado para que ele agisse assim? Sempre procurei mostrar o quão importante é. Sendo um melhor amigo, um irmão, ou até mais que isso, se ele me desse uma chance.

 

Mas Kyungsoo não parecia interessado em nenhum tipo de proximidade, mesmo que eu tentasse.

 

Já havia dado a ele tempo demais. No começo, pensei que estava inseguro consigo mesmo, afinal, vi como foi difícil ter as pessoas olhando-o estranho sempre que estava comigo. Mas isso já havia melhorado, e eu não me importava se Kyungsoo era beta, alfa, ou ômega.

 

Pra mim, ele era apenas o Kyungsoo.

 

Diante todas as provas que havia dado, se ele realmente estivesse interessado em mim, ou até considerasse me dar uma chance, já teria feito.

 

Uma hora as pessoas precisam desistir e seguir em frente, não é mesmo?

 

Era isso que estava fazendo. E minha primeira atitude seria dar uma chance a Baekhyun. Afinal, o que poderia acontecer de ruim? Se não gostássemos do encontro, apenas continuaríamos com nossa amizade, como ela sempre foi. E se tudo desse certo, talvez eu conseguisse um namorado, e alguém para compartilhar meu primeiro cio. Mesmo que a ideia de ter esse tipo de contato com Baekhyun ainda me parecesse estranha. Mas, claro que isso só aconteceria se ele concordasse, nunca o machucaria, ou a qualquer outro.

 

Ele é lindo, e como Sehun dizia, seu cheiro é extremamente viciante, até mesmo para mim. Não seria nenhum sacrifício torna-lo meu. Era o ômega ideal. Meus pais gostariam dele.

 

Esperava que tudo corresse bem, para que finalmente pudesse esquecer o baixinho de olhos grandes e cabelos escuros que sempre me encantou tão profundamente.

 

Quando terminei de me trocar, rumei para o local que havíamos combinado, não demorando a chegar lá. Pude vê-lo sentado em uma das últimas mesas. O cheiro gostoso de chocolate quente me inebriou por alguns segundos, mas logo me direcionei até o baixinho, sorrindo largo quando notei que também me encarava.

 

- Você está bonito. - Pontuei. Vendo-o sorrir ainda mais abertamente, envergonhado.

 

Não estava mentindo. Baekhyun parecia ainda mais bonito que o normal, o que era surpreendente, pois já era atrativo o bastante no colégio.

 

- Você também está bonito. - Devolveu o elogio. Não perdi tempo e me sentei na cadeira vazia a sua frente.

 

- Já pediu alguma coisa? - Perguntei, dando uma olhada rápida no simples cardápio sobre a mesa. Haviam sobremesas deliciosas.

 

- Não, estava esperando você.

 

- Me atrasei demais? - Olhei em sua direção, mais assustado que deveria. Isso arrancou dele uma bela gargalhada, enquanto balançava a cabeça freneticamente para os lados. Fazendo um sinal negativo.

 

- Cheguei cinco minutos atrás, fique tranquilo.

 

- Desculpa, é que eu estou um pouco nervoso. – Fui sincero.

 

- Eu também estou. - Disse baixinho, como um segredo. - Acho que podemos conversar normalmente, como fazemos quando estamos no colégio.

 

Concordei, acenando para a garçonete, queria fazer nossos pedidos.

 

- Já vim aqui uma vez, e pode apostar que a torta de chocolate é a melhor da região. - Falei, vendo que a moça ainda caminhava em nossa direção.

 

- Quero uma também, vamos testar seu bom gosto. - Desafiou-me.

 

Isso deixou-me mais confortável, ainda era apenas Baekhyun ali. O garoto que eu conversava quase todos os dias, e que continuava sendo uma das pessoas mais bem humoradas que conhecia.

 

Quando nossos pedidos chegaram, Byun foi obrigado a concordar comigo. A torta era maravilhosa, e qualquer pessoa que apreciasse os derivados de cacau concordaria comigo.

 

A conversa fluiu bem, assim como todas as vezes em que trocamos algumas palavras. O garoto era uma pessoa legal, e encontra-lo aqui me fez conhece-lo um pouco melhor.

 

Baekhyun não gostava de comidas apimentadas, assim como eu, e era difícil ir em restaurantes por causa disso. Também soube que costumava fazer parte de uma banda quando era mais novo, e mesmo que isso não tenha dado certo, ainda gostava muito de cantar.

 

Quando me contou sobre seu paladar, automaticamente meus pensamentos voaram até Kyungsoo. Aquele baixinho gostava de qualquer coisa picante, e já havia quase me matado ao levar-me em seu restaurante preferido.

 

Porém, logo afastei tais pensamentos, focando-me novamente no ômega. Ele ainda deliciava-se da cobertura de chocolate que havia em seu prato.

 

Sorri brincalhão, vendo o canto de seus lábios sujo pela calda gostosa.

 

Direcionei o polegar até o local, retirando os resquícios que estavam ali, antes de leva-lo aos meus próprios lábios. Sorri quando vi sua expressão surpresa.

 

- Ta gostoso demais pra desperdiçar. – Disse, dando de ombros. E foi assim que tive o prazer de ouvir sua gargalhada novamente.

 

 

 

"Mas, enquanto os dois continuavam envoltos em um clima agradável e descontraído, sequer imaginavam que o garoto de olhos grandes observava-os do lado de fora da loja. E seus sentimentos eram completamente opostos aos deles."

 

(...)

 

O clima estava agradável, e eu agradecia por não ter que aguentar temperaturas extremamente baixas essa hora da manhã.

 

Enquanto caminhava até o colégio, meus pensamentos voaram até os acontecimentos passados. Para o encontro que havia tido com Baekhyun.

 

Queria que aquele momento solucionasse minhas dúvidas, mas não havia corrido do jeito que esperava. Parecia mais confuso que antes.

 

Baekhyun era alguém agradável, e adoravelmente bonito. Tendo todas as qualidades que um garoto, ou garota, poderiam querer. Ele me cativava, mas não parecia ser pelo motivo certo, ou esperado.

 

Era uma extrema admiração. O admirava por sua coragem de, mesmo sendo ômega, tomar a iniciativa. Admirava por não ligar para os comentários negativos, e sempre demonstrar sua felicidade aos outros. Era algo contagiante, e percebia isso até quando estava junto de Kyungsoo. Baekhyun, as vezes, tinha muito mais êxito em anima-lo do que eu, e isso era frustrante. Mas também ficava feliz pelo Byun fazer algo, que nem mesmo eu conseguia.

 

Quando minha visão alcançou a grande instituição, não demorei a procurar por Sehun no pouco tempo que me restava. Kyungsoo sempre chegava em cima da hora, então nunca conseguia vê-lo pela manhã.

 

Depois de alguns minutos, consegui reconhecer seus cabelos loiros no meio do corredor. Precisava contar o que tinha acontecido para Sehun, pois ele não sabia de meu encontro com Baekhyun. E também não me sentia confortável falando sobre isso com Kyungsoo.

 

- Sehun! Preciso te contar uma coisa. - Pronunciei-me. Haviam outras pessoas ao nosso redor, então deixei que minha voz soasse baixa.

 

- Fala. - Sehun era assim, distraído demais para perceber qualquer coisa.

 

- Sehun, sério. Preciso falar com você, vamos pra quadra.

 

O Oh demorou alguns segundos até que concordasse comigo. Sua expressão foi desconfiada, mas preferi ignora-lo.

 

Quando chegamos a quadra, local mais tranquilo do colégio, sentei-me em uma das arquibancadas, esperando que Sehun fizesse o mesmo.

 

- Então, o que é tão importante pra você me trazer até aqui?

 

- Saí com o Baekhyun ontem. - Não havia motivos para enrolação, então resolvi ser direto.

 

Os olhos de Sehun arregalaram-se no mesmo instante, como se a notícia fosse completamente inesperada. E realmente era, porque sempre que conversávamos, nunca demonstrei interesse pelo Byun.

 

- Não acredito que você finalmente me ouviu! - O eco do local fez com que sua voz parecesse ainda mais alta que o normal. Senti vontade de soca-lo por existir a possibilidade de alguém bisbilhotar nossa conversa.

 

- Fala baixo, idiota. - Adverti. - Saí com ele porque quis. Deus me livre dar ouvidos pras besteiras que você fala.

 

- Como você é dramático. - Revirou os olhos. - Mas, me conta, como foi? Aposto que está todo caidinho pelo Baek. - Gargalhou, seus olhos demonstravam animação.

 

- Foi divertido, ele é uma pessoa legal. - Fui simples. Estava começando a me arrepender de ter começado o diálogo. Sehun tinha expectativas demais sobre mim.

 

- Foi divertido? Só isso que tem a dizer? - Pareceu momentaneamente confuso. Essa seria uma conversa complicada.

 

- Sim, quer dizer... Não sei o que falar. Baekhyun é realmente maravilhoso, de todas as formas, mas acho que não sinto o mesmo que ele, entende? - Como sempre, minha voz soou calma. Isso costumava evitar muitas discussões, mas sabia que não adiantaria com Sehun.

 

- Não, eu não entendo Jongin. Se você reconhece as qualidades dele, porque hesita tanto?

 

- Ele é ótimo Sehun, só não acho que nós, juntos, sejamos ótimos também. Meus sentimentos podem mudar, mas não acho que possamos firmar um relacionamento agora. - Suspirei, cansado de tentar organizar os pensamentos. Sehun não era um bom ouvinte, ele próprio já havia dito isso. Mas estava desesperado, e recorrer a ele foi a única alternativa que me sobrou. - Fora que eu acabei pensando no Soo enquanto nós conversávamos, e não acho que isso indique algo bom. Eu deveria pensar apenas em Baekhyun, não é? E não na vez que o Kyung me levou em um restaurante que só servia comida apimentada. – Ri baixinho, tentando acalmar os ânimos. Mas assim que olhei para Sehun, percebi que havia falhado.

 

- Só podia ter dedo daquele inútil... - Resmungou, alto o bastante para que eu pudesse ouvir.

 

Costumava ser uma pessoa calma, mas isso mudava de vez em quando. E mesmo que Sehun fosse meu amigo, não deixaria que ele se dirigisse a Kyungsoo daquela maneira.

 

- Sehun, não quero que fale assim do Kyungsoo, entendeu? - O loiro pareceu se surpreender com meu tom. Mas, ao contrário do que esperava, isso não fez com que ele se calasse, apenas pareceu deixa-lo ainda mais irritado.

 

- Lá vai você, protegendo-o como se fosse seu próprio pai. Jongin, você não percebe como aquele cara atrasa sua vida. Tudo que diz tem relação com ele. Perdeu a oportunidade de conseguir um ótimo ômega, e finalmente dar um pouco de orgulho aos seus pais, porque ficou com a cabeça nas nuvens.

 

- Isso não tem nada a ver com você, Sehun. Não vou admitir que haja dessa forma com os outros. - Estava surpreso comigo mesmo, pois nunca conseguiria imaginar-me em uma situação como essa. Minha índole sempre parava-me antes que qualquer conflito estourasse. Mas, foi apenas o nome de Kyungsoo ser tocado, que simplesmente mandei as regras para o inferno.

 

- Deveria dar mais valor para as coisas que tem, Jongin. Tudo que você considera descartável, fariam outras pessoas muito felizes... Simplesmente tem tudo o que quer, por isso não se interessa por nada. - Pela primeira vez, pude captar ressentimentos vindos de Sehun, e isso fez com que um buraco ainda maior se abrisse em meu peito. Ele sentia-se daquela forma? - Estrague sua vida, não vou tentar impedi-lo. - Levantou-se repentinamente, caminhando até que estivesse fora da quadra.

 

Não tive reação alguma. Apenas o olhei enquanto desaparecia de minha visão.

 

(...)

 

Depois daquilo não tive coragem de aparecer nas aulas. Não suportaria encarar Sehun, e ainda estava chateado com ele, ressentido.

 

Meus pais não estavam em casa, então voltei para lá. Fazendo o mesmo caminho que alguns minutos atrás. Quando toquei o gramado já conhecido por mim, respirei fundo algumas vezes, antes de adentrar a residência.

 

Ela estava silenciosa, como esperado.

 

Tirei o excesso de roupa do meu corpo e acomodei-me no sofá. Pegando um edredom para que pudesse me cobrir enquanto assistia aos programas aleatórios que a tv transmitia.

 

Sem mesmo perceber, acabei caindo no sono, acordando várias horas depois, quando faltavam poucos minutos para a chegada de meus pais.

 

Arrumei a pouca bagunça que havia feito, e não demorou mais que alguns minutos até que meus progenitores ultrapassassem a porta de madeira.

 

Me surpreendi com a chegada dos dois, juntos. Meus pais trabalhavam em empresas diferentes, portanto, minha mãe sempre chegava alguns minutos depois, porque era um longo caminho até em casa.

 

- Se encontraram em algum lugar? - Perguntei. Ainda estava deitado no sofá, então deixei que minha cabeça pendesse para o lado, olhando-os sem dificuldades.

 

- Não fomos trabalhar hoje... E é ótimo que esteja em casa, tem algo que precisamos te contar, Jongin. - Meu pai estava sério, e sabia que, o que quer que fosse dizer, não me agradaria.

 

- O que foi? - Endireitei-me no sofá, prestando atenção nos adultos a minha frente. Suas feições não me transmitiam sentimentos bons.

 

Haviam descoberto que não fui as aulas hoje?

 

- Você já está grandinho, Jongin. Eu e seu pai adiamos essa decisão o máximo que pudemos, mas não há muito o que fazer na sua idade. Não fomos trabalhar hoje, porque entramos em um consenso com uma família que conhecemos. Eles tem um filho ômega que pode ser muito bom para você. Não vamos força-lo a nada, mas exigimos que, pelo menos, tente conhecer o rapaz. Ele é de ótima linhagem, e isso também nos contribuiria financeiramente, pois o pai dele tem uma grande porcentagem como sócio na empresa que seu pai trabalha. Pense nisso com carinho, porque daqui alguns dias, você vai finalmente conhece-lo.

 

Suas palavras vieram como um grande baque. Sabia que casamentos arranjados ainda eram comuns hoje em dia, mesmo que a ideia me parecesse completamente ultrapassada.

 

Todos ainda prezavam a reprodução da raça pura, sem defeito algum, para que a família pudesse gerar bons alfas e ômegas como descendentes. Porém, jurava que meus pais não priorizavam esse tipo de método. Estava completamente enganado.

 

O que eu faria? Conhecer o garoto era uma obrigação, juntamente com tentar me aproximar dele. Tinha ouvido as palavras de minha mãe, de que nada seria imposto a mim, mas sabia que isso era papo furado. Se não estivessem com o pensamento fixo de me casar, não teriam começado tudo isso.

 

Agora, precisaria lidar não só com Kyungsoo e Baekhyun, mas também com um ômega que nem conhecia, e que haviam jogado em meus braços.

 

Grandes pais os meus....


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Já estou escrevendo o próximo, mas como não tenho só essa fanfic pra atualizar, pode acabar demorando um pouco. :(

MUITO, MUITO OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS, TODOS ELES FORAM MARAVILHOSOS E VOU TENTAR RESPONDE-LOS AGORA MESMO.


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