Capítulo Reescrito (31/08/2017)
•∆• Amy On •∆•
Acordei novamente, dessa vez não estava no laboratório, e sim no meu quarto, de início estranhei, dormir numa cama de hospital e acordar numa cama comum não é a coisa mais normal de se acontecer.
— Achou que fosse tudo um sonho, criança? — A voz perguntou — Felizmente, ou infelizmente, dependendo do ponto de vista, é tudo real.
— Preciso te dar um nome... Que tal Jubiscreuda? — Falei o primeiro nome que veio em minha mente, “Jubiscreuda”, de onde eu tirei isso eu não sei.
— Caralho, NÃO, me chama de Sona e tá bom — Soltei uma risada, sabia que ela não iria gostar, por isso mesmo sugeri.
— Por que So... — fui interrompida por batidas na porta e por uma voz.
— Filha? Com quem está falando? Posso entrar? — A voz de meu pai pode ser ouvida e eu murmurei um “pode”, não sei se ele ouviu ou simplesmente entrou.
Ele veio vindo com uma bandeja com meu café da manhã, senti o aroma de panquecas com geleia de morango por cima e percebi que estava faminta. O certo seria eu e ele almoçarmos, mas o café é mais importante. Ele colocou a bandeja no meu colo.
— Com quem estava falando antes de eu entrar? — Perguntou ele novamente.
— Com a Sona... — Falei com a boca cheia, logo depois engoli as panquecas para terminar de falar — E antes que pergunte, não sei quem nem o que ela é, mas queria saber o porquê do nome.
— Não precisa me falar, eu sei quem ela é, ela vai te acompanhar e te ajudar no que precisar, em troca ela apenas vai pedir que você mate algumas pessoas — Ele explicou — E se você não conseguir matar, ela vai tomar o controle de seu corpo, talvez para sempre, talvez até você se acostumar com as mortes.
Ele sorriu feito um cientista louco, o que na verdade ele era, porém nessa época eu não havia percebido, eu era muito nova.
— Ora, não é que esse cara me conhece bem? — Sona falou — Pergunte para ele como ele sabe disso.
— Como você não sabe? Estamos falando de você... — Sussurrei para Sona, logo depois suspirei, tomando coragem, e levantei os olhos para meu pai — Papai, como você sabe dessas coisas?
— Algum dia você saber, minha pequena... Algum dia — Ele pegou a bandeja e saiu.
Ao lado da cama havia um criado-mudo e em cima dele, um relógio que marcava 14:57, "será que posso sair?" Pensei. Me levantei da cama e olhei para minhas roupas, estava com um daqueles vestidos de hospital, abri meu armário e de lá tirei uma muda de roupa qualquer e logo a vesti.
•∆• Anny On •∆•
Acordei no outro dia com dor de cabeça e com minha mãe batendo na minha porta, com raiva. Eu havia ficado acordada a noite toda. Minha mãe entrou antes mesmo de eu dizer qualquer coisa, com uma cinta na mão, apontou ela para mim e falou:
— O QUE FOI AQUELE BARULHO DE MADRUGADA? QUE BAGUNÇA É ESSA AQUI? — Tentei explicar que fui atacada por Jeff The Killer, porém ela não acreditou, ela não conhece a lenda, e se conhecesse, não acreditaria pois nunca tinha visto.
Como não achei outra maneira de me defender, ela me bateu, me bateu mais que qualquer outra vez que ela já tinha me batido, e na porta estava meu irmão, parado, encostado na parede, me observando com um leve sorriso, escondendo uma risada, quando minha mãe se cansou, me sentei na cama em posição fetal e chorei.
Era sábado, então não teria aula, não sai do quarto naquele dia, ao menos era isso que meus pais e meu irmão acharam, sai pela janela, que não era muito alta, e comecei a passear pela cidade, algumas pessoas me olhavam e perguntavam se eu estava perdida, afinal, uma criança de oito anos andando por ai sozinha não é a coisa mais normal do mundo.
Só voltei para casa quando já era tarde, umas nove da noite, não queria ser assaltada, estuprada ou sequestrada, porém esse foi meu maior erro, pois ele estava lá, me esperando. O meu irmão mais velho. Andrew Straube. Quando entrei no quarto pela janela ele me perguntou:
— Oooo gordinha, onde você tava? A mãe não vai gostar de saber que você saiu — Bufei, como sempre, e ele me imitou tentando me irritar mais — Se quiser que eu não conte a ela, você tem que fazer o que EU diga.
Assenti, não tinha o que fazer e era medrosa de mais para enfrentar minha mãe. Fiz tudo o que ele pediu... Ele me falou para sentar na cama e ficar parada, e foi isso que eu fiz. E ele “brincou” com o meu corpo, de forma asquerosa, eu gritei, porém meu irmão não parou, doeu muito, não havia ninguém em casa além de nós... O pior é que não foi a ultima vez que isso aconteceu, apenas foi a mais dolorosa por ter sido a minha primeira vez...
Quando minha mãe chegou, tentei contar para ela e ela não acreditou em mim, meu irmão ficou com aquele sorriso debochado no rosto, como sempre fica quando eu me ferro, avancei sobre ele, arranhando, chutando, socando, dei um chute em suas partes baixas e ele ficou agonizando, minha mãe me deu um soco que fez eu desmaiar, gorda forte...
Tive um sonho nesse desmaio, um sonho com um homem alto, usando terno, sem rosto e com a pele branca, eu sabia quem ele era, SlenderMan... A eu do sonho sorriu, ela era mais velha, parecia ter aproximadamente uns dezesseis anos.
— Hey Tiu Slender, turo bom? — ela falou e eu ri da maneira que ela falava... Será que eu irei falar dessa mesma forma?
Quando parecia que SlenderMan iria falar algo, ao menos achei que iria falar, eu acordei, a dor de cabeça estava mais forte, eu estava em meu quarto, a janela estava aberta, eu estava sozinha, me levantei e fui até a janela, fechei os olhos e respirei fundo o ar da noite. Momentos depois abri os olhos, e lá estava ele... SlenderMan. Dei um sorriso psicótico e voltei para minha cama, onde deitei e fiquei olhando para o teto.
Eu estava destinada a encontra-lo, a ajuda-lo, a pertence-lo, a servi-lo...
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