História An angel - Conversa

Naquele dia Sehun não foi a escola pois estava doente. Nem fiquei preocupado.

Por insistência de Luhan eu prometi que iria almoçar na casa dele e assim eu poderia conversar com Sehun.

E bom. Eu fui.

Quando entrei na casa, vi Sehun coberto até a cabeça com um grosso edredom, sendo que fazia quase 30 graus lá fora.

O cumprimentei, porém ele não fez o mesmo. Apenas levantou do sofá em que estava e subiu as escadas sumindo de minha visão.

Me sentia mal. E eu pude ver que ele também estava.

Almocei com a mãe dos dois e Luhan. Sehun alegou que estava sem fome e não almoçou.

Luhan e eu estávamos no quarto do mesmo conversando, mas não estava prestando muita atenção, já que minha mente sempre pensava em Sehun. Luhan não aguentou ficar tagarelando sozinho, por isso saiu do quarto. Para onde foi? Eu não fazia ideia. Minutos depois a porta foi aberta, chamei por Luhan e ele não me respondeu. Claro que não. Até porque não era ele na porta.

Levantei minha cabeça e pude ver Sehun apoiado no batente da porta com uma cara pensativa.

Ele suspirou e sentou do meu lado na cama. Depois ele encostou sua cabeça em meu ombro e chorou. E bem. Eu chorei junto.

Lembro que ele me questionou “Por que amar não pode ser mais fácil?” e eu respondi com um simples “Não sei.”

Ele riu e pegou em minha mão. Podia sentir que ele suava. Estava nervoso? Talvez.

Ficamos alguns minutos ou talvez horas naquela mesma posição.

Sehun tirou sua cabeça de meu ombro apenas para roçar seu nariz em meu pescoço e depois deixar um leve selar. Me arrepiei? Sim, e muito. Ele percebeu e me abraçou, soltando um riso baixo que apenas eu conseguia ouvir. Enfiei minha cabeça em seu ombro e a cheirei.

Ele não usava perfume, mas eu sentia o cheiro de sabonete de camélia e óleo de amêndoas. Poderia ficar o cheirando para sempre. Depois de um tempo eu percebi que ele também estava arrepiado.

Olhei para ele e o mesmo corou. E eu sorri. E ele também sorriu.

“Amanhã não existirá tristeza.”