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História An Angel Among Us - Os cupidos também se apaixonam? - Más lembranças


Escrita por: LinRiggs

Notas do Autor


"A vida se resume às memórias... daquilo que se quer esquecer e daquilo que não se quer lembrar"

Capítulo 19 - Más lembranças


 

||⚫ POVS Dimitry:

ღ Dias depois... ღ

— Dimitry, se pode parar de ficar andando em círculos? Isso já está me dando de cabeça — ouvia minha mãe resmungar do sofá porém, continuei andando de um lado para o outro. Atento ao telefone — Já faz duas semanas, querido... acho melhor, er... você sabe...

— Não irei aceitar essa possibilidade! — a corto, voltando a andar.

Não tive mais nenhuma notícia da Lis desde o "incidente" da minha prisão. Estava ficando apreensivo, pois a última notícia dela foi atrás de mensagens que recebi no celular, implorando por ajuda e que estava em algum lugar nos limites da floresta da cidade. O mais estranho disso foi ela citar a Loreta no meio da mensagem.

Pedi ajuda a Nagel e lhe mostrei as mensagens. Quase implorei para que ele investigasse o sumiço dela. Ele acabou achando que isso tratava de algum tipo de sequestro e que isso poderia estar ligado ao incêndio no prédio. Por fim ele disse que eu deveria ficar atenção a qualquer ligação.

Ou seja, desde então fiquei em casa, acampado perto da porcaria do telefone. Toda aquela situação me trazia lembranças muito ruins da época que Loreta desapareceu.

— Meu bem, eu aceitei ficar aqui um pouco mais de tempo e te apoiar a encontrar essa suas amiga, mas né... vamos ao fatos. Ela sumiu há duas semanas. Ninguém mais tem notícia dela. E se contar com a mensagem estranha — disse dona Eleonora se aproximando de mim — Pense comigo, querido... ela conseguiu arrumar um jeito de mandar a mensagem de socorro, provavelmente do celular do sequestrador, ele descobriu, ficou irritado e... podem ter a silenciado para não acontecer de novo.

— Mãe, por favor, fique... — antes que eu terminasse a frase o telefone começou a tocar e rapidamente o atendo — Alô? Lis?!

— Er... Não. Sou eu, o Nagel — disse Nagel na outra linha e soltei um longo suspiro.

"Claro que não seria ela. Ela é muda! Como iria falar ao telefone?" pensei.

— O que foi Nagel? Alguma notícia?

— Sim. Mas não sei como te contar isso....

Assim que a vi não sabia exatamente o que sentir naquele momento.

Tristeza? Alívio? Raiva? Atordoado? Um pouco de cada um deles?

Bem, mesmo que eu quisesse esboçar qualquer uma dessas emoções não consegui. Continuei ali, parado.

— Os encontramos na rota da estrada 47. Pelas roupas sujas e com rasgos, ele estavam fugindo do cativeiro onde estavam — dizia Nagel enquanto nos informava sobre o caso — Nós encontramos o local e... bem, parecia que uma bomba caiu ali de tão destruído que estava! No meio de alguns destroços encontramos Svetlana e mais dois cara, mortos e...

— Svetlana... hm... esse nome não me é estranho — falou dona Eleonora do meu outro lado — Dimitry, essa não seria aquela pirada que você namorou?

Não a respondi.

— Essa mesma, dona Schmidt — Nagel assentiu — Suspeitamos que ela seja a mandante do sequestro, e o motivo por trás da prisão do Dimitry fosse pegar a ruiva desprevenida.

Senti a mão do moreno pousar no meu braço.

— Dimitry... me desculpe por ter sido um pouco duro com você. Devia ter desconfiado dela — falou ele — Mas tinha que cumprir com meu trabalho. Irei comunicar a família Stravinsky sobre o ocorrido. Conhecendo eles como conheço, irão fazer de tudo para esse assunto não parar nas mídias. Possivelmente eles até te paguem uma boa grana pelo silêncio.

— Que horror Nagel! Não acredito que está sugerindo que meu bebê aceite suborno de gente rica. Pensei que fosse um homem correto — disse minha mãe.

— Nora, eu SOU um cara correto, mesmo que a maioria das vezes não pareça — ouvi ele murmurar a última parte — E não estou fazendo a cabeça do Dimitry. Sei como os Stravinsky agem, sempre comprando as pessoas para conseguirem o que querem. E sei que assim que souberem do que a filha deles fizeram irão atrás de Dimitry e o subornaram.

— Humph! Mas espero que não achem que meu filho iria se vender assim tão fácil. Ele tem muitos defeitos, mas apesar de tudo ele é honesto — falou dona Eleonora, me abraçando — Não é, querido? Querido?

— Schmidt? Você está bem, bro? — perguntou Nagel ao finalmente perceber meu silêncio.

Por fim, decido responder:

— Não, cara... não estou nem um pouco bem.... ||

⚫⚫⚫

Através da janela, observava Dimitry com muito pesar. Sentia minha meu coração se partir em muitos pedaços ao ver o jeito como ele olhava para a outra "Lis".

Claro, aquele truque da ilusão não iria durar para sempre, mas seria por tempo o suficiente até decidirem enterrá-lo. Naquele momento o que mais queria era correr até ele o abraçar, dizer que não precisava se preocupar. Que eu estava bem.

— Você sabe que isso não foi só para o nosso próprio bem, como o dele também, não sabe? — disse Hanael colocando sua mão em meu ombro. Continuei a observar Dimitry, Nagel e a senhora — Fez a decisão certa.

Com muita dificuldade acabei assentindo, sentindo lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Sabia muito bem que tinha feito a decisão certa.

Agora que tinha mais noção do que eu era, seria muito perigoso continuar ao lado de Dimitry. Coisas terríveis poderiam acontecer, e não iria me perdoar se ele se machucasse por causa da minha teimosia. Claro que iria sentir saudade do nosso tempo juntos, das risadas que demos, de suas palhaçadas... e do seu beijo. Deus, como iria sentir saudade dos seus lábios.

Durante toda minha existência, nunca me senti tão viva, tão alegre, quanto o tempo que passei ao seu lado.

Percebendo melhor, eu estava até achando cômico minha lamentação.

Afinal, eu sou uma cupido, um ser criado para espalhar o amor pelo mundo mortal... ou desfazê-lo, como era minha função. Achava que só eles tinham essa capacidade de sentir o Amor.

Por um lado, era bom saber que podíamos nos apaixonar, mas, ao mesmo tempo, horrível, pois esse sentimento realmente machucava.

— Vamos "Lis", continuar aqui só vai piorar nossa situação — disse Hanael me trazendo novamente a realidade.

"Será que... ele irá ficar bem?".

— Ele é humano. Independente de quão ruim possa estar a vida dele agora, futuramente ele irá ficar bem. Seguirá sua vida normalmente. — disse o moreno — Não viu como ele se recuperou de Loriel? Então, será a mesma coisa que com você.

Apesar de não ter gostado da comparação, fui obrigada a concordar com Hanael.

Mas era tão difícil dizer adeus a alguém. Um grande sentimento de tristeza se apodera de nós, nos faz remoer por dentro, pensar se é realmente necessário isso, além de ser extremamente doloroso há todos.

Agora podia entender porque Loriel estava com tanta raiva de mim. Para ela foi tão, ou até mais, difícil do que para mim, já que ela nem mesmo teve tempo de falar com ele. Entendia também o motivo dela ter se apaixonado por ele não a condenava por isso.

Nem mesmo podia odiá-la por querer me matar.Afinal, fui eu que a delatei seu romance aos nossos superiores e os separei.

Agora... era minha vez de sofrer o mesmo que ela sofreu.

De certo modo, ela conseguiu cumprir sua vingança.

Estava destruída, por dentro. 


Notas Finais


Tá, tá... sei que a maioria quer me matar por esse final, mas dão um descontinho, vai... eu tbm estou sofrendo (-‸ლ)

Lis fez sua decisão, porém... nem todos ficaram 'felizes' com ela ಢ_ಢ
Mas e ai docinhos? Vocês fariam a mesma escolha que ela ou não?
Será que os dois se reencontrarão novamente ou é um adeus definitivo? ~musiquinha de suspense~

essa e outras perguntas serão respondidas na próxima temporada ~le dá risada maligna e some a like ninja~

Byebye ♡♡


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