___ATUALMENTE EM STORYBROOKE___
Mary Margaret Blanchard era a professora da classe da 4ª série na Escola Municipal de Storybrooke. Para ela, ensinar era um prazer e ela amava e conhecia cada um de seus alunos em particular.
Paige, por exemplo, era uma loirinha muito amável e dedicada. Foi escolhida pela turma para ser a representante de classe; Alexandra era a filha de uma amiga da professora, Ashley, que trabalhava na Pensão Granny's B&B.
O sinal tocou e todas as crianças correram à estante para pegar suas lancheiras. O pequeno Phillip a cutucou e entregou-lhe uma maçã.
- Que gentil, Phillip, obrigada.- agradeceu e voltou a atenção para a correria das crianças- Sem correr!
Nunca adiantava. Todos saíram para o pátio deixando a sala quase vazia, pois ao olhar para o canto, Mary Margaret viu que um aluno nem se mexera.
Este era Henry Mills, o filho da prefeita. Adotivo, pelo menos. Ele parecia bem triste com a cabeça deitada entre os braços e o olhar vago. Ela se aproximou devagar e se abaixou para olhá-lo na mesma altura.
-É hora do recreio, Henry...- ele não se mexeu- por que está assim, querido?
-Esta cidade, sta. Blanchard. Algo nela está errado...
O rosto da professora expressou confusão.
-Você não percebe algo de errado em Storybrooke? Todos os dias são praticamente iguais, nada muda. O tempo não passa.
-Alguém tem mesmo que consertar aquele relógio qualquer dia...- podenrou a professora.
-Não é isso. É que é tudo igual. Exceto eu.
-Ah Henry, você é mesmo especial. - Falou Mary bondosamente-Toda criança é especial.
-Mas eu não me sinto especial... Nem minha mãe biológica me quis...-
Ao ver marejarem seus olhinhos esverdeados, ela pareceu compreender.
-Ah, já entendi. Mas você já parou para pensar, Henry, que sua mãe pode ter tido um motivo para não ficar com você?
O menino desviou os olhos marejados, mas pareceu pensar.
- Ah, já sei como posso te ajudar. - a professora levantou, foi até sua mesa e abriu sua bolsa. De dentro puxou um grande livro de capa dura e voltou até o lugar de Henry- Achei-o no meu guarda-roupa mais cedo. Nunca soube que tinha este livro, as coisas aparecem lá como por magia...- continuou - Mas imagino que você precise mais do que eu.
O menino levantou a cabeça e pegou o livro estendido pela professora. Ela sabia o quanto ele amava ler. Passou os dedinhos pelas grandes letras douradas em alto-relevo que formavam as palavras 'ONCE UPON A TIME'.
-Como este livro vai me ajudar?- perguntou o menino analisando o objeto.- são contos de fadas...
-Esperança.
-O que?
-Esperança, Henry. Os contos de fadas simbolizam esperança. E esperança é uma coisa muito poderosa, acredito que com ela podemos superar qualquer coisa.
Henry sorriu e abriu o livro. Neste mesmo instante, o relógio da torre fez um grande estalo, finalmente voltando a funcionar. O menino arregalou os olhos.
-Ouviu isso?- perguntou Henry se levantando e olhando pela janela- É a torre do relógio!
-Parece que um de nossos problemas foi resolvido, não é, Henry?- perguntou Mary rindo.
Ele sorriu -Obrigado, sta. Blanchard.
Ela assentiu com a cabeça e falou:
-Agora vá para o recreio.
Henry se levantou com pressa e correu para fora da sala esquecendo de pegar a lancheira. Se sentou num banco no pátio e abriu o livrono colo.
"Era uma vez
Havia uma Floresta Encantada com todos os personagens clássicos que conhecemos.
Ou pensamos conhecer."
Henry uniu as sobrancelhas e continuou:
"Um dia eles se viram presos num lugar onde todos os seus finais felizes foram roubados.
Nosso Mundo".
Foi assim que aconteceu..."
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.