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História Âncora - Você acredita em nós?


Escrita por: wonderfulmac

Notas do Autor


Oi gente, aí vai mais um. Espero que gostem! xoxo

Capítulo 6 - Você acredita em nós?


A noite já havia chegado e ela se sentia exausta e suada. O calor estava infernal. A morena fez um movimento circular com o pescoço, pondo a mão sobre a nuca e acariciando o local. O dia havia sido difícil para ela, e todos os músculos de seu corpo doíam. Foi até a cozinha e pegou um jarro de água gelada e um copo, com a intenção de leva-los para o quarto e sorver a água antes de dormir. Porém, quando ergueu a jarra para derramar o líquido fresco em seu recipiente, ouviu a campainha tocar. Sua respiração falhou. Apenas uma pessoa a visitava tarde da noite e era justamente aquele que não queria ver tão cedo. Recordou-se por um momento da briga que haviam tido mais cedo, quando a ex namorada de Fogaça aparecera no Julia para conversar com ele. Paola nunca foi ciumenta, mas não conseguiu controlar a raiva que sentiu ao vê-los juntos. Já era difícil para ela se controlar com as clientes e suas próprias funcionárias, que estavam sempre dando em cima do estagiário, presenciar a conexão que ainda parecia ter com alguém por quem ele fora apaixonado a tirou do sério. Ouvindo o barulho mais uma vez, seguiu até a sala, depositando a jarra e o copo sobre o balcão de madeira que ficava próximo da porta e a abriu.

Henrique estava parado à sua frente, fitando o chão. Os lábios da argentina se abriram com a intenção de pronunciar qualquer palavra que fosse, mas o olhar dele voltou-se ao seu e ela imediatamente se calou. Olhos escuros e brilhantes. Penetrantes. Intensos. Sem que dissesse nada, ele entrou e se direcionou ao meio da sala, voltando-se para ela que fechava a porta e se aproximava dele.

- O que você veio hacer aqui, Henrique? – O estagiário olhou para ela e continuou em silêncio, dando alguns passos em sua direção. A cada passo que ele dava, ela dava dois para trás. Sentiu suas costas pressionarem a parede e ele ainda se aproximava. “Perigoso demais”, uma voz soou em sua mente. Henrique apoiou as mãos na parede, uma de cada lado do corpo dela, e abaixou a cabeça, respirando profundamente.

- O que eu vim fazer, Paola? – Ele levantou a cabeça e olhou para ela. A morena sentiu um arrepio percorrer seu corpo ao decifrar aquele olhar. O homem estava embriagado de desejo. A mão de Fogaça subiu e as pontas dos dedos correram pelo rosto dela. – Eu vim tocar você. – Ela tremeu incisivamente, e não soube dizer se foi pelo toque ou pelas palavras.

- O que... – Tentou, mas os dedos dele imediatamente a calaram, repousando sobre seus lábios.

- Eu vim sentir você tremer por apenas um toque meu. – As respirações ofegavam e os corações palpitavam. Henrique aproximou o rosto do dela, deixando que suas bocas se distanciassem apenas por meros centímetros. A morena abriu os lábios, achando que ele a beijaria, mas ele não o fez. – Eu vim porque eu acredito no que eu sinto por você, Paola, como também acredito no que você sente por mim. Vim porque sei que você anseia por um beijo meu. – Ele moveu seu rosto até que seus lábios se aproximassem da orelha da argentina, e sua respiração se exalasse pelo pescoço, fazendo-a se arrepiar e fechar os olhos. – Que você se arrepia quando minha respiração atinge sua pele. – Se afastou por alguns centímetros e olhou para ela. – Eu vim porque quero que você feche os olhos e peça por mim. – Aproximou-se novamente dos lábios rosados, roçando-os aos seus de forma leve e sensual. – Mas para isso, eu preciso ouvir você dizer, Paola. Diz que acredita.

- Eu acredito. – Ela não pensou para responder. Apenas deixou que as palavras saíssem e pode senti-lo sorrir.

- Acredita no que? - Ele reformulou a pergunta, deixando que seu hálito quente se exalasse por aquele belo pescoço.

- Em nós. – Ela sussurrou ofegante.

- Então continue com os olhos fechados. Eu quero que você apenas sinta isso. Sinta o quanto a gente se pertence.

Henrique subiu a ponta dos dedos pelo braço calvo, fazendo com que alguns pelos se arrepiassem por ali. Roçou a barba que começava a crescer pelo rosto da mulher, e então direcionou os dedos aos botões de seu vestido, aos quais abriu com um puxão impaciente, despindo-a o mais rápido que pode. A excitação crescia entre suas pernas ao vê-la nua. Seus olhos se desviaram para avistar a jarra com água e gelo e uma ideia maliciosa passou por sua mente. O cozinheiro pegou um gelo e o passou vagarosamente sobre os lábios de Paola, que se retraiu com a sensação fria e arrepiante. Henrique puxou o gelo com a língua para que adentrasse sua boca e a beijou intensamente, sentindo-o derreter em suas bocas com o calor do desejo que se expandia por todo o lado. Ao fim do beijo, Paola buscou com a língua uma gota de água gelada que escorria pelo queixo dele, e mordiscou o local. Fogaça segurou o queixo dela, forçando-a a encará-lo, e vendo a cobiça crescer cada vez mais naqueles olhos cor de chocolate.

- Olhos fechados, mocinha. – Ela suspirou.

- Para que isso? – Perguntou emburrada.

- Eu quero que você sinta. Só isso. – Henrique sussurrou com a voz rouca em seu ouvido, fazendo-a gemer. Paola fechou imediatamente os olhos, esperando ansiosa pelo que viria a seguir.

Ele pegou outro gelo e começou a deslizá-lo lentamente garganta abaixo e ao longo de seu ombro, acariciando o interior de seu bíceps. Curvou-se para beijar o interior de seu cotovelo, arrastando o gelo pelo antebraço antes de deslizar a língua através de seu pulso e beijar a palma de sua mão, sorrindo quando os dedos dela se curvaram para tocar sua bochecha. Seguiu o caminho pelos seus lados curvilíneos, arrepiando as costelas dela e caindo para seu osso do quadril, vendo-a se contrair outra vez. Com um sorriso de canto, continuou deslizando o pequeno cubo. Passou-o por todo o colo e, então, pelos seios que ficaram ainda mais enrijecidos. Inclinou-se para lamber um mamilo, soprando ar frio antes de circulá-lo. Sugou com a boca algumas gotas que deslizavam pelos bicos empinados, descendo para a barriga. Ao encontrar o umbigo de Paola, contornou-o com a língua, dando uma leve mordida na pele macia. As mãos dela posicionaram-se em seus ombros, agarrando-os fortemente.

A cobiça cresceu ao se aproximar daquela região tão sensível e prazerosa. As pernas dela se abriram e seu cheiro encheu o ar, inalado em cada respiração que ele tomou. As coxas da mulher tremiam em antecipação. Passou a ponta dos dedos e roçou a barba, para logo depois deslizar o gelo sobre todo o contorno do sexo feminino. Um novo gemido. Um novo arrepio. Uma nova sensação. Paola fez pressão com as mãos na cabeça dele, mordendo o lábio enquanto um gemido ardia em sua garganta.

- O que você quer agora, Paola?

- Yo... - Ela ofegava. Mais uma vez, seus pensamentos e sentimentos entravam em conflito. - Yo no sei, Henrique. Porque me tortura desse jeito?

- Você sabe sim. Sei que sabe. - Ele soprou sua intimidade, para então depositar um selinho sobre ela. A morena arqueou o corpo. - Me diga o que você quer, Pao. - Sua voz era autoritária, e fazia um arrepiou percorrer a espinha da cozinheira.

- Besa me ai em baixo… - Henrique depositou outro selinho.

- Assim?

- No, com a língua… Faça ai em baixo o que você faz na minha boca, Henrique, por favor...

Ele rosnou de desejo contra ela, passando outra vez o gelo por toda a extensão de seus grandes lábios. Sugou a umidade que se exalou por ali, deixando que sua língua adentrasse a região, inebriando-se com o gosto saboroso daquela mulher. Sua mão esquerda subiu, erguendo a perna de Paola até a altura de seu ombro, tendo maior acesso a sua intimidade. Ele a lambeu com a língua endurecida, penetrando sua entrada vez ou outra. Chupou, sugou, fez círculos com a língua que a enlouqueceram. Os gemidos ficavam cada vez mais altos e intensos. Foi então que o tatuado chupou seu clitóris com gentileza, para depois sua língua contorna-lo com audácia.

- Fogaça... – Ela sussurrou, ofegante.

- O que você está sentindo? Descreva para mim.

- Yo… - Ele a penetrou com a língua outra vez e sua respiração ficou presa nos pulmões. As unhas arranhavam os ombros do homem, de tão forte que ela o segurava. - Fogo… me sinto em chamas… como se meu corpo fosse explodir… - Ele sentiu os espasmos chegando.

- Então deixe explodir, Pao. Goze para mim.

O quadril de Paola começou a rebolar contra o rosto do homem institivamente, sem que ela pudesse ou quisesse se controlar. Suas paredes vaginais se contraíram contra ele e seu tronco se arqueou, enquanto um gemido alto escapava por sua garganta. O orgasmo a atingiu com força, chacoalhando seu corpo. Fogaça se levantou, ficando de frente para ela novamente. Os olhos castanhos faiscavam de um jeito que ele jamais havia visto em qualquer mulher. Ele retirou sua camisa ensopada de suar, jogando-a longe. Paola tentava se recuperar e controlar a respiração, mas vê-lo sem camisa atiçava seus sentidos, fazendo-a perceber que ainda não estava saciada. Dele, talvez nunca estivesse. Passou as unhas pelo tórax definido, percorrendo algumas poucas tatuagens por ali, logo descendo pela barriga, em uma tentativa de marcar em sua mente cada pequena parte daquele corpo escultural.

Henrique direcionou suas mãos para abrir seu cinto, desesperado para livrar-se das próprias vestimentas, mas ela não permitiu, segurando suas mãos e empurrando-as para longe. Queria fazer isso. Ajoelhou-se a sua frente abrindo o cinto e fazendo a calça deslizar pelas pernas grossas e fortes. Roçou as unhas por cima da cueca, livrando-se dela logo em seguida. Admirou seu membro ereto como se fosse a paisagem mais linda que já havia visto, e isso só aumentou ainda mais o seu desejo em retribuir todo o prazer que ele havia lhe dado.

Deslizou a ponta dos dedos de forma vagarosa por sua extensão, ouvindo-o gemer baixinho, enquanto apertava os olhos e mordia o lábio inferior. Acariciou-o concentrando-se na cabeça. Logo substituiu os dedos delicados pela língua faminta. Contornou-o de todas as formas, sugando levemente a glande. Ele gemeu rouco. Lenta e tortuosamente, Paola segurou seu membro com o polegar e o indicador e começou a masturbá-lo, pressionando a coroa de sua glande toda vez que passava por ela. Depois o abocanhou por completo, acompanhando com a boca os movimentos de seus dedos. Ela podia ouvi-lo enlouquecendo, gemendo de forma descontrolada. A morena agarrou as nádegas firmes do homem, impulsionando seu membro inteiramente para dentro de sua garganta. Em um primeiro momento, sentiu como se fosse se afogar, mas depois que começou a esfregar a glande de Henrique no céu de sua boca, a sensação passou. Tudo o que conseguia se concentrar era nas respostas do corpo dele ao seu ato.

Fogaça descansou sua mão sobre os cabelos negros. Sussurrou o nome dela por diversas vezes, enquanto ela repetia tudo que ele havia feito com ela, causando-lhe choques tão intensos que o faziam tremer de uma forma estrondosa. Quando sentiu os primeiros sintomas de um clímax, pediu em um sussurro que ela parasse. Paola se levantou sem entender. Buscou seus olhos cheios de desejo e algo mais que ela não soube decifrar. Ele acariciou seu rosto, puxando-a para um beijo caloroso.

- Adorei o que estava fazendo comigo, Pao. Mas eu não quero gozar na sua boca. - Os dedos dele deslizaram para intimidade ainda molhada da mulher e ela gemeu. - Quero gozar aqui…

O homem levou uma de suas mãos para a coxa de Paola, alisando-a com desejo. Ele a levantou para que encaixasse as pernas em volta de sua cintura, enquanto os braços finos emolduravam seu pescoço, e a levou para o quarto, deitando-a sobre a cama. Fogaça deslizou vagarosamente para dentro dela, fazendo com que o beijo deixasse de ser intenso para se tornar lento. Movimentou-se em círculos, sentindo as unhas afiadas arranharem suas costas.

- Henrique. – Ela o chamou em um sussurro entrecortado.

- O que você quer agora, Pao? – Ele sussurrou de volta.

- Yo quiero você forte e rápido. – Paola pediu quase em desespero.

Fogaça sorriu contra o pescoço dela e foi aumentando a velocidade e a força em escalas, até alcançar uma frenética, que fez com que a cama se movesse junto com eles. Ele rosnava contra a orelha da cozinheira, se impulsionando cada vez mais fundo. O quadril dela o acompanhava, chocando-se contra o dele.

- Oh, Deus, Pao... – Henrique podia sentir seu corpo se perdendo no dela, em um prazer inominável. – Como você é apertada... – As paredes vaginais da mulher se fechavam ao redor de seu membro, apertando-o. Uma onda elétrica passou por seus corpos, atingindo com força cada ponto vital, e um gemido longo e alto escapou por ambos os lábios, enquanto atingiam o orgasmo quase ao mesmo tempo.

Os movimentos pararam, mas eles ainda continuaram unidos, sentindo o calor e o tremor que os havia invadido ir embora. Henrique puxou-a para seus braços em um terno abraço, beijando-lhe os cabelos.

- Me desculpe por antes. – Ela sussurrou contra seu pescoço. Fogaça sorriu.

- Eu só quero que você acredite que sou seu, Paola. Só seu. - A Argentina ergueu o rosto para olhá-lo e sorriu antes de sussurrar contra seus lábios:

- Eu acredito.

x.x.x

Às vezes, tudo o que precisamos é reencontrar algo que perdemos para percebermos o quão importante isto era para nós. Paola nunca duvidou do tamanho do amor que sentia por Henrique. A história que compartilharam marcara sua vida de uma maneira que não havia explicação. Mas, com o passar dos anos, realmente acreditou que havia aprendido a viver sem conviver com sua presença. Não doía com tanta intensidade, não pensava mais a todo instante. Se envolveu com outros homens, se casou, teve uma filha que é seu tesouro. E então, como uma piada do destino, o reencontrou depois de assinar o contrato que, sem saber, a forçaria a vê-lo todos os dias. De início, o baque fora tão grande que por dias teve suas estruturas completamente desestruturadas. E isso afetou seu casamento, obviamente.

Desde que conhecera Henrique uma das características mais irritantes do cozinheiro era como ele conseguia virar seu mundo de cabeça para baixo com o poder de um olhar. Não fora surpresa descobrir que anos depois isso não havia mudado. Acabou se separando por não conseguir lidar com a situação, não conseguir disfarçar o quão abalada estava em ter aquele homem tão presente em sua vida outra vez. Viu-se, em certas ocasiões, até mesmo enciumada quando era forçada a vê-lo com a esposa. Depois da separação, a situação continuou até Paola perceber que era dia dos pais e o de sua filha não estava com ela em casa. Naquele momento, ao abraçar a criança e beijar-lhe os cabelos loiros, decidiu que colocaria ordem em sua vida.

Mesmo que um dia Henrique tenha partido seu coração, isso não afetou a imagem que tinha dele. Sabia o homem maravilhoso que era, e por este fato, em um dia aleatório, chegou à Band com seu costumeiro copo de café em uma mão e outro para ele. Quando estavam juntos, um copo de café era uma forma de dizer “estamos bem” depois de alguma briga idiota. Lembrava-se perfeitamente da expressão surpresa em seu rosto, seguida de um sorriso e um agradecimento. Conversaram muito naquele dia. Não sobre eles, mas sobre assuntos nada importantes, embora essenciais para que construíssem uma amizade. E o amor ficara adormecido em seu peito.

Paola não achou que o acordaria novamente, até Jason achar sua corrente, querendo jogá-la no lixo mais próximo, e ela defender o objeto como se defendesse sua vida. Para então, por fim, terminar um relacionamento de anos pelo colar. Depois afogar-se em lágrimas e lembranças, e como outra piada do destino, acabar nos braços de Henrique na mesma noite. Por um momento permitiu-se lembrar da noite de sono maravilhosa que tivera, após o orgasmo que o homem lhe causou sem nem ao menos beijá-la. Esse era o poder de Fogaça sobre ela. E depois, tomar o chá que era um dos seus rituais, que seguira fazendo sozinha por tantos anos, só para descobrir que ele também estava pensando nela com saudade; na história dos dois.

Agora, a manhã já havia chego e Paola andava pelos corredores da emissora com os dois copos de café na mão e o coração batendo forte. Fazia algum tempo que não sentia tanta necessidade em vê-lo como agora. Queria poder abraça-lo, impregnar-se com seu cheiro, talvez beijá-lo novamente depois de tantos anos sem sentir o calor de seus lábios. E assim que seus passos a levaram para dentro do estúdio do programa e seus olhos encontraram os dele, soube que a vontade era recíproca.

- Um dia vou receber café também? – Ana Paula resmungou, enquanto a Chef entregava o copo para ele.

- Se um dia me sobrar uma mão eu trago para você também, Aninha. – Respondeu em meio a um sorriso, aproximando-se para beijar a bochecha da amiga.

- Do que está reclamando, Ana? Eu recebo café, mas quem fica com os beijos é você. – Fogaça disse em um tom manhoso, fazendo bico. Obviamente era brincadeira, mas Paola o fitou com olhos arregalados pela ousadia, sentindo o rosto queimar.

- Está carente, Fogaça?

Devolveu a brincadeira, hesitando por alguns segundos, antes de decidir se aproximar do cozinheiro e depositar um beijo carinhoso sobre sua bochecha. Ele alargou o sorriso com o ato, mas quando abriu os lábios para responder, sentiu o celular vibrar no bolso. Pegou o aparelho na mão livre, desbloqueando a tela em seguida. Havia uma notificação de que Carine havia postado uma foto com ele no instagram com a legenda “amor da minha vida”. Henrique ergueu os olhos para Paola, percebendo que ela também havia visto. Parecendo acordar de um sonho, a cozinheira desviou os olhos e se afastou, com a desculpa de que iria cumprimentar Pato. Fogaça respirou fundo, amaldiçoando a namorada. Os dois haviam marcado de se encontrar para conversarem depois das gravações, mas sua vontade era ligar para ela naquele instante e terminar por telefone mesmo. Nunca quisera tanto algo na vida como queria estar com Paola outra vez.

Após o acontecido, Paola tentou manter certa distância do homem. Talvez por terem tido uma história, a intimidade deles como amigos já era próxima o suficiente para ser motivo de fofocas nas redes sociais, imagina agora que se desejavam. Não queria que ninguém pensasse que estavam juntos antes de terminarem seus respectivos relacionamentos. Sempre respeitou seus namorados, e mesmo que soubesse do passado de traições de Henrique, acreditava em sua vontade de fazer da maneira certa dessa vez. Mas ele ainda ser um homem comprometido há deixara um pouco angustiada, como se precisasse de mais uma confirmação que ele a amava.

Durante a avaliação de um prato, porém, sentiu seu coração acelerar quando Henrique provou o alimento preparado por uma das participantes e a mesma, para se distrair da tensão, fitou sem piscar a tatuagem no dedo do Chef. Por algum motivo, Paola seguiu o olhar da moça, pela primeira vez olhando com verdadeira atenção para os detalhes do desenho, notando algo que passara despercebido por ela nesses últimos anos, e também na noite passada. Um sorriso involuntário se espalhou por seu rosto e a argentina sentiu os olhos ficarem úmidos, mas guardou as lágrimas para um momento onde as câmeras estivessem desligadas. Fogaça comentou o prato da moça e então voltou para seu lugar, erguendo a sobrancelha quando notou a diferença na expressão de Paola.

- Tudo bem? – Perguntou em um sussurro, aproveitando que a atenção estava em Jacquin. Paola esticou a mão discretamente e deslizou a ponta dos dedos pela tatuagem da flor.

- Muito bien. – Murmurou de volta, recebendo um sorriso brilhante como resposta.

Ali estava a reafirmação que precisava. Henrique Fogaça a amava, não havia mais dúvidas em seu coração. O corpo inteiro daquele homem era uma prova disso.

x.x.x

Quando as gravações acabaram, cada um seguiu seu caminho. Paola foi buscar a filha na escola para leva-la até a casa do pai e Henrique foi pôr um ponto final em namoro. Estavam nervosos, ansiosos, mas a argentina tentou se distrair com sua pequena enquanto esperava alguma mensagem de Fogaça. Três horas depois, a distração já não funcionava. Mandou uma mensagem para o celular dele, mas não obteve resposta. Suspirando, dirigiu seu carro de volta para casa após deixar Fran, tentando prestar atenção na estrada enquanto uma chuva torrencial tomava conta da cidade.

Assim que chegou na frente de sua casa, porém, uma visão fez um suspiro de alívio percorrer seu corpo. Henrique estava parado na frente de seu portão, em baixo da chuva, sorrindo para ela. Sem pensar duas vezes, a Argentina estacionou o carro e desceu, sentindo os pingos molharem seu corpo. 

- Você ainda acredita em nós? - Ele falou, com a voz rouca e quase abafada pelo barulho da água que colidia contra o chão. Lágrimas de alegria percorreram o rosto de Paola, misturando-se com a chuva. 

- Sí. - Respondeu de imediato. Antes que percebesse, seu corpo molhado estava sendo envolvido pelos braços dele e tudo que ela conseguia pensar, é que os dois finalmente se pertenceriam outra vez.


Notas Finais


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Tt das fics: @amandam_fanfics
Tt pessoal: wonderfulmac


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