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História And if it were love, LOVE? - Confuso


Escrita por: fairydwich

Notas do Autor


Esse daqui saiu um pouco maior. Boa leitura, espero que gostem.



(Editado)

Capítulo 4 - Confuso


Fanfic / Fanfiction And if it were love, LOVE? - Confuso

Paramos apenas quando chegamos atrás da guilda. Eu não sei por que viemos aqui, mas não perguntei nada de forma que ele somente se afastou até um muro quebrado e se encostou de braços cruzados.

- O que ele fez? – Sua pergunta me fez arregalar os olhos, foi muito sugestivo. Não acredito que ele...

- Você sabe?

Bickslow rolou os olhos (não estava de mascara) e sorriu um pouco.

- Freed, você tá brincando? Completamente na cara! Você baba pelo Laxus desde que colocou os olhos nele!

Eu poderia negar ou ficar com raiva pelo jeito que ele me via, mas não. Eu sabia bem que era um bobo apaixonado, mas quem já não se sentiu assim que me atire pedras! Virei meu rosto envergonhado, ainda bem que aqui era mais escuro.

- O que ele fez? - Ele repetiu.

Suspirei. A vontade de contar tudo meio que tinha passado, mas eu queria um conselho, mesmo que fosse de um cara como Bickslow. Suspirei novamente e mais pela vergonha mesmo me agachei mexendo na terra usando meus dedos sem motivos enquanto contava. Contei, mesmo que como ele disse, já estava na cara, que eu não conseguia para de pensar no mago relâmpago; que queria sempre ajudá-lo e ser útil para ele, queria ser especial.

Eu já estava deprimido de novo então falava mais baixo mesmo assim o mago das marionetes não me interrompeu nenhuma vez. Contei então da ultima missão e depois do que aconteceu no beco. Bickslow se interessou mais nessa parte e soltou um riso perguntando se ele me beijou mesmo, o qual eu respondi mais alto um grande 'Beijou sim!'

Caramba, era tão difícil assim acreditar que Laxus me beijou? Tá, até eu duvidava às vezes, mas só às vezes. Continuei mais rápido contando que depois Laxus simplesmente sumiu da minha frente e depois, aqui na festa da guilda beijou a Mira (que antes nunca deu chance para ele) na frente de todo mundo.

Parei de contar enquanto afundava minha cara no meio dos meus joelhos e também meus dedos na terra. Bickslow ficou um pouco calado, mas logo se aproximou se abaixando do meu lado e puxou minha mão da terra.

- Ele sabia que você estava aqui? – Perguntou com voz baixa também igual a minha. Era engraçado podermos nos ouvir mesmo com a barulheira da musica que vinha de dentro da guilda. Olhei para ele sorrindo sem emoção.

- Ele olhou bem nos meus olhos enquanto fazia. – Voltei a virar meu rosto não querendo ver o sorriso compreensível. As vezes eu me esquecia de como era Bickslow.

- Eu nunca vi o Laxus beijando homens, ou você já viu? – Riu soltando minha mão.

- Não. – Resmunguei. – Mas eu acho que levei um fora.

- Ele não disse nada ou disse?

Ele sabe que não, afinal eu contei a historia então porquê ficava com esse "ou não"?! Empurrei seu ombro e me levantei.

- Eu já entendi, para com a ironia... Ei Bickslow. – O chamei e ele me olhou normalmente, fiquei desconcertado para falar daquilo, mas falei. – Você... Não acha estranho... Isso em mim? Tudo bem...?

- Não. – Disse um pouco mais sério, o que me fez calar a boca. Eu não queria ser abandonado pelos meus companheiros. Ele se levantou me encarando. – Verdade que eu queria que você gostasse de homens, mas eu detesto você amar o Laxus.

O olhei muito confuso, dava até para ver o sinal de interrogação em cima da minha cabeça.

- Queria que eu... Por quê? – Perguntei e senti sua mão de novo no meu pulso me puxando até eu bater contra seu corpo maior (por que parecia que todos os homens da guilda eram maiores que eu? Preciso comparar isso depois!), mas essa não era a pergunta que eu queria fazer agora, principalmente quando a outra mão do mago foi para meu rosto me fazendo encara-lo. – Bickslow, o que está fazendo? – Perguntei sério e confuso vendo seu sorriso crescer. Estávamos muito próximos.

- A primeira resposta para suas perguntas é sim, queria, mas você gosta então... E o porquê é simples, eu queria ficar intimo de você... Quis beija-lo algumas vezes Freed.

 Ele sorria e eu abri minha boca pronto para reclamar. Óbvio que ele estava me zoando! Mas senti uma pressão mais forte no seu aperto em meu rosto e na minha cintura. Eu nem tinha me dado conta que sua mão desceu para ali.

– E a terceira também é simples... – O encarei surpreso o vendo se aproximar mais, sua boca rente a minha.

- B-bickslow. Pare, ei, pare! – Tentei me afastar, mas ele voltou a segurar meu pulso e gargalhou alto. Inflei de raiva. – Idiota!

- Eu sei. Não se preocupe, não vou atacá-lo como Laxus fez, mesmo por que você só gostaria se fosse ele, não é?

- Calado! – Me virei querendo sair, mas logo parei. Não vou ficar com isso atormentando minha mente!

- Bickslow...

- Você chamando tanto meu nome já tá ficando cômico... Sim, eu quero te beijar, talvez eu esteja começando a gostar de você, talvez seja só atração. Eu não sei, mas sei que você não é alguém que fica com outra pessoa apenas por diversão por isso eu não te trato assim. Não vou fazer nada a não ser que queira. Estou sendo sincero, ok?

Eu já tinha me virado para ele. Eu nunca o vi falar dessa forma comigo. Ele sempre está brincando ou falando sacanagem então estou surpreso, mas mesmo assim ele sempre era direto e verdadeiro.

- Você também é meu amigo... Podemos deixar assim?  - Disse esperançoso. Ele aquiesceu e eu sorri. – Estou te livrando de alguém chato, então...

- Não fala isso. O Laxus só está de cu doce.

Sorri agradecido, mas parei quando percebi que ele não me acompanhou. Estranho. O clima ficou estranho.

- Eu tenho que ir. Estou com sono. – Quis falar um boa sorte com a Lisanna, mas achei melhor não.

Enquanto eu voltava para dentro da guilda percebi que já estava bem tarde. Eu nem vi o tempo passar conversando com o mago, percebi agora também que não tinha mais música e nem a barulheira de gritaria comum. Entrei no salão não me surpreendendo em ver exatamente o que eu presumi. A maioria dos magos dormiam pelo chão, pelas mesas ou até no balcão, o resto deve ter ido embora.

Vi de longe Mira lutando para arrancar uma garrafa da mão da Cana que não parava de murmurar conjuras de morte em um tom muito enrolado e lento. Meus olhos não saíram da maga albina enquanto eu me lembrava de quem ela beijava há algumas horas atrás.

Quase todos da guilda já torciam por eles, algumas magas até planejavam o casamento, até o mestre já comentou sarcástico uma vez sobre quando eles iriam marcar o noivado. Eu já convivia com aquilo e já cheguei até a pensar que a única coisa que eu podia fazer era sorrir no meu canto quando eles começassem a sair.

Eu tentava aceitar, sabe? Que ele nunca seria meu. Bem, ele esfregou isso na minha cara hoje.

Eu o faria mais feliz, eu faria tudo por ele, tudo que o fizesse bem, faria qualquer coisa para que ele sorrisse e continuasse a manter sua confiança como sempre inabalável. Eu lutaria com qualquer um para ganhar seu amor, mas não posso fazer nada disso se ele não me dar nenhuma chance. Mas eu entendo. Com a Mira ele podia se exibir de quem ele jogava na cama, podia ter um casamento normal e uma família normal, beijá-la no meio de todos e não em um beco escondido.

Ela era o que ele precisava, certo?

Senti minhas mãos doerem e parei de serrar os punhos e suspirei querendo ir até o balcão. Talvez eu precisasse de uma bebida para conseguir dormi hoje. Mas antes disso ouvi meu nome sendo chamado e me virei para a demônio de cabelos escarlates atrás de mim, me surpreendi duplamente em ver quem ela carregava nos ombros.

- Minha santa paciência! Como você aguenta esse cara?! Pega! – Ela esbravejou irritada com o mago loiro jogado em seu ombro meio caindo, se não fosse sua mão no braço dele, ele ja tinha ido ao chão.

Ela se aproximou e meio que o jogou para mim, tentei segurar alarmado aquela quantidade de massa por baixo de um dos ombros. Ele estava dormindo?!

- Erza? O que...

Ela segurou em baixou do outro ombro dele e o puxou me levando junto para perto dos bancos na parede.

- Esse aqui bebeu até apagar... É do seu grupo, responsabilidade sua! Não aguento mais! – Disse estreitando os olhos mostrando o punho e eu concordei rapidamente com medo de apanhar. Ela estava bastante brava, Laxus deve ter feito ou falado alguma coisa com ela.

A Titânia o jogou sem dó no banco encostado na parede e eu acabei indo junto, mas me aprecei somente para não permitir que ele caísse ou batesse a cabeça. Quando o segurei m vi seu rosto meio amassado pelo sono, seus olhos fechados e as bochechas avermelhadas pela embriaguez, a boca de lábios grossos e também avermelhados estava um pouco entreaberta enquanto roncava baixo.

 Lembrei na hora do beijo, eu tinha que me lembrar! Percebendo meu olhar demorado e que eu com certeza estaria vermelho de vergonha o soltei de uma vez olhando para trás, mas Erza nem estava mais aqui. Suspirei me jogando de volta ao banco do seu lado e bati minha cabeça na parede.

- Idiota!

Meu raciocínio entretanto sofreu uma parada súbita quando eu senti uma mão grande na minha perna, especificamente na minha coxa. Olhei para aquela mão e depois para o dono que virou a cabeça lentamente para mim.

- Quem esta chamando de idiota? – Perguntou rouco, mas como eu já disse meu raciocínio deu uma freada com sua mão no meu corpo então eu não entendi direito.

-  O-o q-ue está f-fazendo? – Perguntei nervoso me retraindo para o lado e apertando minhas mãos no banco. Ele sorriu, os olhos fixos nos meus, a cicatriz marcante no lado esquerdo de seu rosto e sem seus fones pontiagudos. Ele ainda estava de face vermelha, seus olhos também estavam um pouco assim.

- Calma... Nem bêbado eu faria algo com você. – Disse meio sarcástico enquanto sorria.

Você não parecia pensar assim enquanto apertava minha bunda naquele beco!

Eu queria gritar isso na sua cara, mas somente virei meu rosto e afastei sua mão da minha coxa. Aquilo doeu, o que ele disse me machucou. Tentei me afastar também, mas meu pulso foi puxado me fazendo voltar a sentar com brusquidão e sua mão voltou a minha coxa voltando a aperta-la, agora mais forte.

- Chega Laxus!...

- Me responde. Quem chamou de idiota? – Voltou a falar sério mesmo que sorrisse. Ele só estava bêbado!

- Eu! Eu chamei a mim mesmo agora me deixa ir! – Disse um pouco mais alto, mas não queria atrair a atenção dos magos que riam ainda bebendo juntos, muito menos da Mira. 

Laxus continuou me encarando por alguns momentos, eu queria entender o que se passava com ele, porque seus olhos pareciam diferentes de todo o resto que me magoou. Queria, mas não conseguia.

- Por que beijou a Mira? – Perguntei deixando de encara-lo formando sem consegui me impedi um bico nos lábios.

- Por que ela é gostosa. – Riu do que disse e eu tentei me segurar, não iria chorar na sua frente de novo.

- Por que me beijou?

Senti o aperto aumentar e eu até reclamaria, porém aquilo parecia ser uma tentativa de controle e para mim estava dando certo. A dor me distraía da vontade de chorar.

- Por que eu quis... Não vou voltar a fazer, não se preocupe.

- Por que quis me... Não, quer saber, esquece. Solta minha coxa Laxus. – Pedi novamente querendo afasta-lo, mas ele nem sequer moveu o braço.

- Está irritado Justine? – Perguntou irônico e eu nem o encarei nem nada, sentia que iria desabar aqui mesmo por mais que tentasse me segurar. É por isso que eu preciso sair!

- Por que está fazendo isso? Se quer conversar...

- Não quero. Quero você longe. – Disse a última parte com ênfase e eu arregalei meus olhos chocado.

 Não, tudo menos isso.

- P-por que? – Minha voz tremeu e eu o encarei com o olhar embaçado.

Era tão errado assim eu querer ele?

- Por que eu quero assim.

Ele esperou minha resposta e eu desviei o olhar tentando pensar, tentando não chorar, tentando tanta coisa que só me desgastava. Senti a mão subir e afundar no meio das minhas pernas ainda me apertando muito perto do meu membro, segurei seu braço bravo.

- Para com isso! Que droga está fazendo?! – Disse mais alto não conseguindo me controlar. Sorte que os caras que bebiam com Cana estavam bebados demais até para se levantarem do chão e Mira estava lá para dentro.

Laxus riu, não foi um som agradável, não era seu costumeiro riso esnobe, era estranho e pesado.

- Não se preocupe... Não tem o que eu quero ai.

- Então tira a mão!

Ele não entendia? Ele pode se sentir assim, mas... Mesmo assim... Eu ainda sentia o calor subir entre minhas pernas, por minha espinha até me fazer me sentir afetado, e mesmo me odiando e o odiando por ter tal efeito em mim, eu ainda desejava senti-lo mais.

E no mesmo momento que eu sentia isso eu ainda queria correr daqui, tudo que ele falava pareciam marteladas em meu peito. Mas eu ainda continuava aqui me certificando de escutar porque eu parecia convertido em um completo otário quando o assunto era Laxus.

- Olá pessoal. Freed achei que tivesse dito que estava com sono. – Bickslow disse vindo em nossa direção e eu dei um pulinho em sobressalto.

Laxus ainda hesitou, mas soltou minha perna. Me levantei e nem encarei Laxus ou Bickslow, somente me afastei, mas antes que começasse a correr para longe o mago das marionetes agarrou meu braço.

- Me espera lá fora. – Disse no meu ouvido e eu concordei antes de sair sem olhar mais para Laxus.

Bickslow não demorou muito. Quando saiu perguntou se eu estava bem, eu respondi um sim que não convenceu ninguém, mesmo assim ele somente me acompanhou calado até minha casa.

 

 

 ___

"Você me deixa confuso

Nega mas me olha

Suspira mas não me segura

Anda perdido.

Sua inconstância me afasta

Mas necessito das suas faíscas."


Notas Finais


Bem, o prox capitulo não vai demorar pra ser postado... E paciência com o Laxus que ele ainda vai aprontar! Bjs ´-´


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