História And When I Look In Your Eyes. - Capítulo: 05

Capítulo: 05

 “nós vamos chegar e seus medos habitar, 

Bem vinda pequena criança somos nós, seus pesadelos. 

Forçados a retornar para debaixo de sua cama ficar

Quebre, quebre minha mente até dividir em dois. Me mate os me deixe em paz

Quebre, quebre meu coração quebre até despedaçar não devia ser real.... Quando o sol vai nascer? “

Ah, muitos anos.... Roubei o livro da vida, da própria mulher de vestimentas brancas, e o escondi os anos se passaram e longe da própria vida ele envelheceu suas páginas se rasgaram e um abrigo na biblioteca de uma escola sobrenatural foi tudo que encontrou, pena que poucos sabiam que o livro da vida não conta só histórias.... 

Caminhando por aquela floresta escura que era a escola de madrugada, podia ouvir os gritos inaudíveis no porão, um feitiço os mantiam em silêncio, mas eu sentia que ainda era cedo demais para busca los. 

Caminhando como uma alma penada, entrei num dos quartos. Aquilo não era um quarto era apenas uma despensa, em meio a produtos de limpeza Luki descansava em sua cama improvisada. 

Ela precisa de você, mas nem uma cama pode te dar... 

Minha voz não era ouvida por ninguém, um som silencioso não pode ser descrito, nem chamado de fala, espero do fundo do coração que tão cedo você não seja capaz de me ouvir falar... 

Sai dali, tão quieto quanto havia entrado. A diretora estava parada ali, na frente de um dos quartos se preparando para entrar, a segui. Era o quarto de Samantha e Cristal, fiquei apreensivo. Ela caminhos até o guarda roupa de uma das garotas, e entre as roupas buscou uma passagem. 

Narnia estaria tão perto? 

-Droga! – ela saiu dali com teias de aranha nos cabelos e os óculos desgrenhados. 

-Eu sinto seu cheiro podre. – ela murmurou farejando como um cachorro. 

-Já está na minha hora? – ela riu. – Acho que não, volte outra hora. – ela bateu a porta do quarto. 

Quando se carregam almas, se carregam sentimentos ruins. E isso fede. 

Samantha se mexeu na cama, seus olhos abriram devagarzinho, e ela olhou confusa. 

Já haviam passado das três, os fantasmas não estavam mais aqui. 

Sai passando pela parede, aquele pedaço de concreto era como um véu denso para mim. 

-Senhor....  – Uma voz grossa atrás de mim, me chamou. Me virei para trás, e olhei em seus olhos.... Donos de um castanho intenso davam toda a vida ao seu ser. 

-O que você deseja? 

-Nada. Só queria saber... 

-Se quer saber, você deseja algo. 

-por que volta aqui toda noite? Se tem alguém aqui que o dia se aproxima, o leve logo. – eu ri, quanto mais os dias se passavam mais eles ficavam inocentes. 

-Ashley.... – sussurrei seu nome ao me aproximar, talvez fosse um pecado cruel. Mas nunca me importei com pecados. 

-Sabe... Você ainda é jovem demais para compreender. – passei as mãos cuidadosamente por suas asas observando as penas caindo podres ao compasso de meus toques. 

-De qualquer forma... Nós 5 não aguentamos mais fazer o seu trabalho. – Ele balançou a asa para que eu tirasse as mãos. 

-Deixem os vivos.... Mas, se isso acontecer não será pra mim que vocês 5 prestaram contas. 

-Argh! Eu te mataria se você não estivesse morto. – Ele saiu voando, com o que sobrara de suas asas. 

Caminhando pelos corredores, senti uma alma viva agoniada, desespero pelo silêncio. Ele havia tocado no livro, é o que acontece com os despreparados. 

A noite caiu e o dia amanheceu. Luki se levantou, tinha dado mal jeito nas costas.

-Luki.... – A encarnação do diabo, digo a Cristal o chamou. 

-Sim? – Ele arrumou a postura. 

-Nós não estudamos por aqui? 

-Por que você pergunta para mim? – Ele se assustou 

-Você não trabalha aqui? – Ela o olhou assustada

-Talvez sim... 

-Tá, se você não trabalha aqui o que você está fazendo? – Ela olhou para ele de uma forma maligna. 

-Aff. – Ele cruzou os braços. 

Do além, a diretora apareceu. Estava de mal humor e stressado 

-Senhorita Cristal....  Você tem 5 segundos para estar na sala agora. 

-Mas... 

-5....

-Me poupe. 

-4...

-Eu tenho cara de criança? 

-3...  – enquanto a diretora contava Cristal só virava a cabeça revoltada. 

-2....

-Puf! -  Ela virou e stressado cruzou os dedos e logo desapareceu. 

Wow... Ela enfrentou a diretora. 

Estavam todos em suas salas tendo aulas que não iriam acrescentar nada em suas vidas. Não entendia a função das escolas, no fim iriam morrer do mesmo jeito, pra que se forçar a aprender coisas que na hora do meu chamado não mudaria nada? 

Seres inferiores. 

                Derick on

Aula.... É isso que temos na escola, me mandaram sentar em uma carteira e aquela mulher em minha frente não parava de falar, era algo que não me interessava nem um pouco... Quando começaram era uma legião deles tentava ignorar deles manhã, mas era impossível:

“Estou com fome”

“escola.... Que inferno isso sim”

“essa mulher não vai calar a boca? Não quero saber nada sobre a reprodução das células.... Quero ver Hentai mulher.”

“olha ele tá olhando pra mim, deve tá vendo a minha espinha, nem o creme dental deu jeito nela”

“olha aquele garoto de cabelo castanho, foi ele que matou o Dave hehe”

“aquele garoto de cabelo rosa, parece tão legal.... Eu pagaria”

“tô com fome quero dormir, Poha que aula chata”

“a reprodução celular é tão interessante, pena que minhas células estão mortas”

“meu aniversário é hoje é ninguém se lembra.... Pior que nem posso falar se não vão todos ficar olhando para mim.... Medo”

-Argh! Fiquem quietos eu não consigo me ouvir! – reclamei, minha mente estava mais cheia do que WhatsApp de puta. 

Todos me olharam assustados. 

“carinha doido”

“o que deu em você Derick? “

“Alguém tá ficando gagá antes dos 50”

“hihi que Mico”

“eu gosto de pássaros”

Coloquei as duas mãos na cabeça para não ouvi los. 

-senhor.... Derick, se está com dor de cabeça sugiro que consulte a nossa enfermeira e não atrapalhe minha aula. 

-Está tudo bem.... – sussurrei. 

-eu disse pra ir, então você vai! – ela gritou dando uns pulinhos. A professora de ciências era uma mulher de meia idade com gordurinhas em volta de seu quadril que se destacavam extremamente pois ela ultilizava uma cinta preta, uma espécie de saco de batatas amarrado. 

Sai da sala em silêncio enquanto minha mente transbordava de pensamentos que não eram meus:

“aí..... Não posso ficar na seca pra sempre, tenho que beijar alguém nem que seja uma garota, devo ser a única garota de 26 anos que ainda é boca virgem”

“estou com sono”

“quero morrer “

“que horas sai o almoço? “

“Eu tenho que beijar alguém”

Entrei na enfermaria, como se alguém tivesse me empurrado, brutalmente estava no chão, a enfermeira de 26 anos estava sentada numa poltrona, seus cabelos ruivos de farmácia eram cacheados e seus óculos estilo fundo de garrafa. 

-Ow.... Você está morrendo! – ela me ajudou a levantar me sentando na maca branca. 

-O que você é? – ela me olhou procurando por algo.

-sou um lobo. – respondi com a mão na testa. 

-Devo chamar um veterinário? – ela me olhou apreensiva. 

-só me dê um remédio pra dor de cabeça.... – sussurrei. 

Ela assentiu pegando um pequeno comprimido depois um copo de água fresca. 

“ah, Jesus. Eu preciso pegar alguém, vou pegar alguém essa noite assim que sair da escola fica vendo.... Por que eu sou 99% Anja perfeita e aquele 1% também. “

Me levantei impaciente, os pensamentos daquela mulher me enojavam. 

Ao entrar no meu quarto deitei na cama e fechei os olhos, tentei dormir, mas pensamentos continuavam vindo:

“minhas amigas todas fizeram provas, como elas devem ter ido? E se passaram o que vai acontecer? “

“voa voa voa passarinho.... Voa voa voa pelo céu, voa voa voa passarinho de volta pro seu ninho”

“ah..... Ele é tão lindo, e o cabelo dele então, ai aí como não ter um sangramento nasal? “

“Olha o cabelo daquela garota, a cara dela é escrota e o cabelo é melhor que o meu “

“estou com fome... “

“eu quero comer.... Comida é tão bom”

“Argh! Eu quero morrer”

Eu também. 

~Derick off~

-Aquele maldito, quem ele pensa que é? Eu não sou nenhum capacho. – Ashley adentrou no palácio vermelho com uma das asas ferida. 

-Ashley!? – Uma “garota” correu até ele, - O que aconteceu? Algum humano reagiu? 

-Não seja tonta Avril. – Ashley passou a mão na assa ferida. 

– Eu só fui falar com ele que não quero mais ficar fazendo seus serviços.

Alguém riu do fundo do corredor, era um garoto alto com cachos e olhos verdes. 

-Você que fez a burrada e ela que é tonta? – ele se aproximou rindo como se fosse a piada mais engraçada. 

-Venha Avril.... Não deixe que ele te machuque como machucaram o ego dele. – o ser de cabelos cacheados riu puxando a garota para seus braços. 

-Seu! 

-Vai me xingar do que? Eu já sou um demônio, o que poderia ser pior? – O demônio soltou a garota rindo para Ashley que búfava. 

-Vocês me cansam. – passos pesados e lentos foram ouvidos com o aproximar da voz...   – Vamos voltem ao trabalho! Não podemos atrasar. 

-Não podemos atrasar... O serviço que não é nosso. – Ashley reclamou para si mesmo e saíram voando

Ashley para um lado, e Harry para outro.