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História Andança - Problemas e sujeira


Escrita por: beautyremains

Notas do Autor


Desculpa a demoraaa!! Todas as minhas notas do autor tem começado com um pedido de desculpas né? Mas tá difícil mesmo e por isso esse capítulo está um lixo, mas antes um lixo do que nada.

Capítulo 12 - Problemas e sujeira


Fanfic / Fanfiction Andança - Problemas e sujeira

O dia amanheceu e Lili logo se levantou para resolver pendências do trabalho e responder e-mails do pessoal de Paris. Ela tinha se matriculado em outro curso de fotografia e arte na capital francesa, mas provavelmente não poderia mais participar por estar no Brasil.  Responder os e-mails levou a manhã inteira. Tudo que Lili tocava dava certo, virava ouro, justamente por ela ser tão empenhada naquilo que se propunha a fazer, por isso, não foi surpresa nenhuma quando ela começou a se destacar em Paris através de seu trabalho,  começando a ser cada vez mais convidada para trabalhar com os professores dos cursos que fazia e até a ser indicada para trabalhar em editoras parisienses. Ela, inclusive, estudava a proposta de abrir sua própria editora na cidade das Luzes, mas por enquanto estava querendo firmar seu  nome por lá para depois investir financeiramente em algo.

A dona da Bastille almoçou em casa com sua amiga, logo depois elas decidiram passear no shopping onde se animaram e fizeram algumas compras. Chegaram em casa final da tarde e assim que Lili colocou bolsa em cima da cama seu celular tocou, ela pegou o aparelho e seu coração parou de bater por um momento. Em tempos modernos ninguém se lembra mais o número do outro graças a agenda telefônica, mas esse número ela não esqueceria nunca.

“Oi Germano.”

“Lili, desculpa te ligar a essa hora, mas eu preciso que você venha aqui na Bastille pra assinar um documento.”

“Agora? Não tem como você pedir pro boy da Bastille vir aqui pegar minha assinatura?”

“ É, agora. Houve um pequeno problema e preciso da assinatura da diretoria inteira, inclusive da dona. Não tem como eu mandar o boy porque o expediente já acabou e ele foi pra casa. Não consigo ir aí também porque estou cheio de problemas aqui. Não tem como você me fazer esse favor?”

“ Ai, Germano..”

“Lili, é urgente. Você assina e vai embora.”

“ Tô indo.”

“Te espero. Deixa eu resolver o que eu posso por enquanto.”

 

Meia hora depois Lili adentrava a Bastille em direção ao escritório do ex-marido. Entrando na sala da presidência observou aquele lugar que ela tanto costumava entrar e que hoje já não era mais como antigamente, apesar da decoração ser a mesma, algumas coisas tinham mudado, pouca coisa ali parecia familiar. A luneta que ela havia dado de presente para Germano de 10 anos de casamento não estava mais em nenhum lugar da sala e nem a foto dela que ficava na mesa dele. Era esquisito não se sentir mais a vontade nesse lugar em que ela sempre foi a rainha. Passou os olhos por cada canto até que os fixou nos títulos dos livros que estavam na mesa de seu ex-marido. Pegou um que lhe interessou, era sobre poesia, e abriu em uma página aleatória quando caiu um pedaço de papel dobrado no chão. Intrigada, colocou o livro novamente sobre a mesa, pegou o papel e o abriu se espantando com o que leu. Nele estava escrito com as letras de Germano “Você ainda vai me amar amanhã de manhã?” e embaixo a resposta dela “Para todo sempre, querido”.

 

2008

 

Era um sábado à noite e a mansão conhecida pelas grandes festas e eventos estava quieta. Germano e Lili estavam no sofá do escritório, ele na ponta do sofá com os braços envolvendo sua esposa que estava encostada nele com a cabeça em seu ombro. Milagrosamente eles decidiram que precisavam de uma noite mais calma e optaram por assistir um filme em casa, tomar um vinho, ouvir uma música…

Era a vez de Lili escolher o filme. Sim, eles revezavam, mas a verdade é que Germano sempre cedia e era a dona da Bastille quem escolhia. Desta vez, eles estavam tão preguiçosos que decidiram assistir qualquer coisa que estivesse passando na televisão. Se depararam com “Click”, um filme de 2006, e deixaram rolar. Da metade do longa metragem até o final Lili chorou que nem uma criança e Germano, como sempre, ficou fazendo carinho no braço dela e beijando sua cabeça.

Depois do filme, eles abriram um vinho e pediram um jantar. Conversaram sobre o filme e assuntos aleatórios, no meio do jantar, Germano escreveu um bilhete para Lili em um guardanapo “Você ainda vai me amar amanhã de manhã?” , ela olhou, sorriu e escreveu a mesma resposta da protagonista do filme “Para todo o sempre, querido.”

 

2018

 

Lili não estava acreditando que ele havia guardado isso. Tanto tempo! Ainda mais no escritório.. Antes que pudesse ser pega no flagra,  guardou no lugar onde havia tirado, mas ainda confusa e falando para si que ele só poderia ter esquecido ali, que não era possível ele ter intencionalmente guardado algo assim durante tanto tempo. 10 anos! Como um relógio, Germano entrou no escritório, esbaforido, pedindo desculpas pelo atraso.

“Deixa eu pegar o papel que você tem que assinar. Você não sabe a correria que foi isso aqui hoje..”

“Tudo bem. Não estou com pressa. O que aconteceu?”

“ Parece que uns produtos lançados recentemente estão sem uma autorização que deveria ter sido dada, talvez tenhamos que fazer um call-back.”

“Como assim?”

“ Tô tentando achar o responsável ou pelo menos a autorização…Não parei o dia inteiro tentando resolver antes de te chamar ”

“ E esse papel que eu tenho que assinar é pra que?”

“ Justamente pra fazer o call-back se necessário. Preciso da autorização de todos os acionistas e da dona, é claro.”

Germano entregou o papel para Lili que o leu com calma e assinou onde lhe cabia.  Ela já poderia ir embora, mas em vez disso se compadeceu com a cara de preocupação do ex-marido e resolveu oferecer ajuda

“Quer ajuda? Eu posso te ajudar a procurar”

“Não precisa. Você deve ter coisa pra fazer em casa.”

“ A empresa é minha, Germano. Não vou fazer mais do que a minha obrigação.”

O presidente da Bastille odiava quando ela jogava em sua cara quem era a dona, mas nesse caso ignorou, já que realmente precisava de uma ajuda, talvez um par de olhos descansados seria mais útil do que o dele.

Antes de liberar Dona Mirtes, que já estava muito além do seu horário de expediente, pediu para trazer todos os papéis que haviam passado por eles e do setor que deveria cuidar dessa autorização. A secretária prontamente atendeu e logo em seguida foi liberada.

Germano e Lili ficaram horas procurando o documento até que resolveram pedir uma comida para conseguirem se manter de pé, a editora de livros sugeriu um japonês, comida amada pelos dois, e quando ele perguntou o que ela queria, ela instintivamente, compenetrada na sua tarefa respondeu que ele sabia do que ela gostava. E de fato sabia. Quando a comida chegou os dois sentaram um do lado do outro no sofá do escritório dele e se deliciaram, mas a editora não deixou de reparar na cara de exaustão do ex-marido, inclusive sugeriu que ele fosse para casa deixando ela ali para terminar de procurar, mas , claro, ele não concordou e disse que só sairia de lá quando resolvesse o problema.

“Depois eu que sou teimosa.” murmurou Lili.

“E é. “ retrucou Germano

“ Você é um cabeça dura.” rebateu

“Deve ter sido a convivência” encerrou ganhando uma careta da ex-mulher como resposta

A herdeira da Bastille molhou o sashimi no teriyaki, levou a boca e acabou se sujando toda o que acabou fazendo Germano rir. Lili, envergonhada e com um pouco raiva da risada dele, limpou sua boca e depois começou a limpar com força a pontinha de seu vestido que havia sujado. Germano, percebendo que ela havia ficado com raiva, parou de rir, cachoalhou a cabeça e continuou comendo.

“Lili, ainda tá sujo.” falou ele apontando para a boca dela. Ela , de forma consciente, limpou novamente, mas ao que parece continuou suja em algum lugar porque ele levantou a mão esquerda que se aproximou cada vez mais do canto da boca dela. O ar era pesado naquele momento e ela  que há tanto tempo não ficava com o rosto tão próximo dele, não ousou se mexer. Os olhos dela percorreram cada centímetro do rosto daquele homem que era tão familiar e fianalmente ela pode notar como embora ele ainda estivesse com o mesmo rosto de dois anos atrás, hoje haviam mais umas rugas no canto dos olhos, as linhas de expressões eram mais fortes e ela teve que conter um impulso de não beijar cada uma delas. Ele passava os dedos no canto direito da boca dela e o toque parecia leve como uma pluma, mas ainda sim era gostoso. Ela resistiu a urgencia de fechar os olhos e em algum momento os olhos dos dois se encontraram e ali ficaram parados por alguns segundos até que ele sussurrou um “pronto” e ela rapidamente voltou a realidade.

Eles terminaram de comer e voltaram a trabalhar como se nada tivesse acontecido. Talvez para Germano nada realmente tivesse acontecido, mas ela tinha ficado mexida. Depois de horas procurando os papéis, já de madrugada, quase desistindo Lili achou o bendito papel. Ela mostrou o papel para ele perguntando se era o que eles procuravam, ele, ansioso, pegou e começou a ler o documento até que expirou aliviado, levantou a cabeça sorrindo e disse que era esse mesmo. Naquele momento Lili viu nele o mesmo homem de mais de 20 anos atrás, o menino-homem que ela conheceu e não conseguiu evitar que um sorriso brotasse em seu rosto.

Os dois organizaram a bagunça e por volta das duas da manhã saíram da sala de Germano em direção ao elevador.

Eles entraram no elevador e ficaram batendo um papo descontraído até que de repente as luzes se apagaram.

“Não acredito que o elevador parou!” falou Lili pegando o interfone e tentando fazer contato com alguém.

“ Quem não acredita sou eu.” retrucou tentando se manter calmo

“ Não tô conseguindo falar com ninguém.” falou olhando para ele

“ Deixa eu tentar.” falou pegando o interfone da mão dela

“E aí?” perguntou

“Nada.” falou com um tom desesperado

“Daqui a pouco alguém tira a gente daqui.”

“São duas horas da manhã, não deve ter mais ninguém aqui, só os seguranças que não têm acesso à esse interfone “ respondeu ríspido e começando a suar

“ Calma, Germano.”

“Calma? Você sabe que eu sou claustrofóbico!”


Notas Finais


Sim, ele tem claustrofobia! O que será que vai rolar?
Desculpa pelos erros, mas postei na correria.

p.s: postei essa no dia dos namorados e pra quem interessar , segue o link:
https://spiritfanfics.com/historia/romance-9281137
BJ


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