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História Andança - Claustrofobia


Escrita por: beautyremains

Notas do Autor


Queridas, rotina eu me desculpar pela demora né? Mas infelizmente vai ser assim até o final. Espero que gostem desse capítulo que foi particularmente bem difícil de escrever porque minha cabeça anda a mil.

Capítulo 13 - Claustrofobia


Fanfic / Fanfiction Andança - Claustrofobia

“ Calma, Germano.”

“Calma? Você sabe que eu sou claustrofóbico!”

“E ficar nervoso não vai melhorar em nada sua situação” respondeu virando os olhos

“Lili, é sério! Eu tô ficando sem ar.” falou se desesperando e olhando para o teto do elevador nervoso.

Ela, percebendo o real desespero da situação, se aproximou, tirou o terno que ele vestia, afroxou a gravata, colocou a mão no diafragma dele e começou a pedir calmamente que ele inspirasse e expirasse.

“Olha nos meus olhos.” disse ela

“Lili..” respondeu com a boca seca

“ Olha! Imita minha respiração.” ordenou e assim ela inspirou e expirou bem devagar para acalmar o presidente da Bastille.

Ele colocou a mão sobre a mão dela e continuou o exercício até que conseguiram normalizar a respiração do engenheiro químico.

“Melhor?” ela questionou

“Uhum” ele respondeu sem tirar os olhos do dela

Após alguns segundos de intenso contato visual a dona da Bastille tirou sua mão do diafragma do ex-marido e desviou o olhar.

“Eu vou tentar ligar de novo”

“E aí?”

“Nada. Seu celular tá aí?”

“Acabou a bateria.”

“O meu tá sem sinal.”

“Ótimo” falou em tom sarcástico

“Não se agita que daqui a pouco você se desespera de novo.” falou revirando os olhos

“ Eu não estava desesperado!” protestou, mas acabou sentando no chão do elevador

“ Eu vi que não estava mesmo.” riu

“Será que a gente vai ficar preso aqui por muito tempo?” perguntou inquieto

“ Acho que não.  Daqui a pouco a gente sai daqui“ respondeu tentando reconfortar o engenheiro químico sentando do lado dele.

Algum tempo se passou e eles não disseram, apenas ficaram olhando pra cima

“Sabe…” começou ele

“Hm”

“É até engraçado a gente ter ficado preso aqui.”

“Engraçado pra quem?”

“Sei lá.. parece até ironia. Você mal olhava na minha cara e em menos de 2 semanas já teve mais contato comigo do que nos últimos dois anos e meio”

“ Não é verdade que eu mal olhava na sua cara.”

“ É sim… Eu te conheço, Lili. Você ficava toda dura, não falava olhando no meu olho, fugiu pra Paris…”

“Eu não fugi pra lugar nenhum.”

“ E o que foi que você fez então?”

“ Me mudei, é diferente!”

“ Você foi fugida sim tanto que nem me avisou que estava indo.”

“ Eu não te devo satisfações da minha vida, Germano.”

“ Realmente não deve, mas eu merecia um pouco de consideração. Ficamos juntos mais de 20 anos!”

“E isso não te impediu de me trair com várias mulheres.” retrucou com raiva

“ Foi com uma mulher. E eu não me orgulho disso.” respondeu cabisbaixo

“ Você não têm direito de me cobrar explicação de nada.”

“ Eu sei, mas não fui eu quem te procurei na sua casa do nada, te agarrei, transei com você e simplesmente sumi no outro dia sem deixar rastros, sem dizer pra onde ia ou quando voltava.”

“ Eu estava confusa.”

“ E eu te amava! “

“ E mesmo assim você não foi atrás de mim.”

“ Eu não sabia que você queria que eu fosse.”

“ Isso não importa mais agora .”

“É engraçado porque eu sempre achei que nós dois daríamos certo.”

“ Mas nós demos! Por mais de 20 anos.”

“ É verdade… mas eu achei que a gente fosse ficar junto pra sempre, você não?!”

“ Ninguém casa achando que vai se separar um dia, Germano.”

“Você me perdoa?”

“ Pelo que?”

“Eu fui um péssimo marido pra você, eu entendo você ter ido procurar a felicidade em outro lugar, mas não quer dizer que não tenha doido.”

“Doeu em mim também.”

“Apesar de tudo, de todos os meus erros, eu te amei muito, Lili.” falou olhando para ela emocionado

“ Eu nunca pensei que pudesse amar um homem como eu amei você.” respondeu com o mesmo olhar

“Você foi uma companheira incrível, uma mãe maravilhosa pros nossos filhos. Eu nunca vou conseguir te agradecer o suficiente por esses mais de vinte anos juntos e nem me desculpar por tudo de errado.”

“Você não foi o único que errou, Germano.” respondeu comovida

“ É bom ouvir isso, dá um certo alívio.” deu um sorriso fraco encerrando o assunto

“Eu tô morrendo de calor” ela falou

“ Eu também. “ disse abrindo os botões de sua blusa e olhando para o teto “Por que você não tira essa blusa?”

“Não tô com nenhuma outra blusinha por baixo, só tô com sutiã.”

“E?”

“E? Não vou ficar de sutiã na sua frente! “

“ Nós já temos intimidade pra isso né, Lili?” falou rindo

“ Não, nós não temos.” respondeu séria

“Lili, fala sério. Eu fui casado com você, te vi nua um milhão de vezes.”

“Foi. Falou certo.”

“Então fica com calor.”

 

Ela, teimosa, continuou com sua blusa de manga comprida enquanto Germano virou a cabeça para o lado oposto ao dela para tentar dormir. Depois de alguns minutos, percebendo que o ex-marido tinha dormido, Lili, não suportando mais o calor, tirou sua blusa prendendo-a na alça do sutiã pela parte da frente, assim o engenheiro químico não veria nada além dos seus braços e no máximo costas nuas. Uns cinco minutos depois, enquanto a editora de livros, de olhos fechados, tentava achar uma posição para descansar começou a ouvir murmúrios do homem ao lado, ela abriu o olho e percebeu que se tratava de um pesadelo, então, se aproximou rapidamente dele ,de uma forma que sua blusa foi parar no colo, tocando gentilmente nos ombros dele e dizendo “Germano, acorda! É só um pesadelo.” o que foi suficiente para que ele abrisse os olhos assustados e começasse a hiperventilar novamente. Lili, encostada nele, colocou uma mão no peito dele e a outra em seu rosto pedindo novamente para que ele voltasse a respirar normalmente. Ele inspirou e expirou de forma acelerada até que conseguiu acompanhar o ritmo dela e foi aí que eles deveriam ter parado, mas não. Eles se olharam de forma intensa, as mãos dela percorreram o peito cabeludo dele sem nem perceber e ele olhava para ela parecendo que faltaria o ar novamente se ela saísse de perto e assim, sem racionalizar, sem lutar a evidente química existente entre o par, eles se renderam a um inevitável beijo.  As bocas se encostaram e logo abriram, as  mãos dele percorriam as costas dela enquanto as dela foram parar no rosto dele, as línguas famintas dançavam em um ritmo lento e rápido ao mesmo tempo, explorando cada centímetro da boca do outro. O beijo era quente, saudoso e foi um alívio para ambos.  Lili nunca admitiria em voz alta, mas esse beijo foi como voltar para casa depois de uma temporada fora. E, sinceramente? Não há nada melhor que isso.


Notas Finais


E aí, gostaram? Espero que sim! O que vocês acham que vai acontecer daqui pra frente? Comentem pra eu ver. Beijos


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