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História Andança - Mais uma vez


Escrita por: beautyremains

Notas do Autor


desculpa pela demora!!!!!!!!!
Eu sei que demorei a beça, mas como eu já disse um milhão de vezes: a vida tá uma correria e eu sem tempo!
O capítulo inteiro se passa na volta da Lili pra Paris depois de perceber que o Germano a ama.
Espero que vocês gostem.

Capítulo 15 - Mais uma vez


Fanfic / Fanfiction Andança - Mais uma vez

A viagem de volta pareceu eterna, mas assim que Lili saiu do aeroporto e respirou o ar parisiense sentiu como se uma onda de renovação a invadisse. Ela tinha tomado a decisão correta. Chegou em casa onde tudo se encontrava no exato lugar em que ela havia deixado, colocou as malas em seu quarto e se jogou na cama. Exausta.
        Acordou apenas no dia seguinte, levantou, tomou banho, arrumou todas suas coisas, abriu o computador para verificar os emails e na página principal de um jornal brasileiro, sessão de beleza, se deparou com uma foto de seu filho apresentando os novos produtos da Bastille. Automaticamente Lili foi invadida por um orgulho enorme do seu caçula. Leu a entrevista e sorriu nas partes em que foi mencionada, sempre como uma grande encorajadora do trabalho dele, também se emocionou na parte em que perguntaram da relação dele com os pais. Ali ela pode perceber o quanto ele o pai haviam construído uma bonita relação. Terminou a entrevista, emocionada, e voltou ao trabalho. Depois de um tempo resolveu passear pela cidade até Renata chegar. Passou o resto do dia em galerias de arte e acabou se inscrevendo em um curso de arte moderna que lhe pareceu incrível. Voltou para casa já tarde e quando abriu a porta encontrou sua amiga jogada no sofá com as pernas pro ar o que a fez sorrir.

“Tô exausta!” disse Renata sem nem olhar pra Lili

“ Tô vendo” respondeu a editora rindo e colocando a chave em cima de uma mesa “Como foi a viagem?”

“ Cansativa, ainda mais porque eu não pretendia viajar!!”

“Tô vendo que alguém tá irritada.” revirou os olhos

“ Falando sério agora” disse a artista plástica se sentando “ o que aconteceu para você vir embora assim?”

“ Não aconteceu nada, só achei que estava na hora de voltar para casa.”

“Ah, conta outra! Vai precisar fazer melhor que isso pra eu acreditar.”

“ Se eu não contar você não vai me deixar em paz né?”

“ Claro que não.” afirmou

“euegermanonosbeijamos” falou rápido depois de um longo suspiro

“ Que?”

“ Eu e o Germano nos beijamos!”

“ VOCÊS O QUE?”

“ Você já entendeu. Não vou repetir.”

‘“ Onde? Quando?”

“ Um dia antes de eu decidir ir embora. Na Bastille. Mais especificamente no elevador.”

“No elevador? Como foi isso?” perguntou curiosa e espantada

“Renata….”

“ Fala logo!”

“ Eu fui à Bastille pra assinar um papel, ele estava preocupado porque não achava um papel importante, eu me ofereci pra ajudar a procurar e ele aceitou. Ficamos lá até achar, depois entramos no elevador pra irmos embora e o elevador parou...”

“ Tá parecendo aquelas comédias românticas baratas…” falou zombando

“Quer que eu continue ou não?”

“ Anda. Vai!” retrucou

“O Germano é claustrofóbico e ficou sem ar umas duas vezes, numa dessas vezes eu fui ajudar e acabamos nos beijando.”

“Uau… E foi só beijo?”

“Claro que foi só beijo! Ele tá noivo! “

“ Aparentemente ele não mudou tanto assim desde que vocês se separaram né?”

“ Mudou sim.. Quando ele me afastou e olhei pro rosto dele,arrependido, cheio de culpa,e percebi que ele tinha mudado sim. E não só por isso… Eu tenho observado cada movimento dele desde que eu cheguei e ao mesmo tempo que tudo que eu deixei está ali, por outro lado eu percebi uma maturidade, uma diferença enorme...E eu digo isso em tudo, no jeito como ele trata o Fabinho, como ele se porta nos eventos, como ele foi cuidadoso comigo…. Quando a gente conversou, uma espécie de lavagem de roupa suja, doeu bastante porque não tem como não doer, mas tudo que ele falou, o jeito que ele falou.. ali eu tive a certeza que ele tinha mudado muito. E pra melhor.”

“ Você veio pra Paris por isso?”

“Acho que essa foi uma das coisas.. ”

“O que teve mais?”

“Ele foi atrás de mim no dia seguinte e eu percebi que ele ainda me amava.”

“Lili…” falou compadecida

“Tá tudo bem..”

“ E por que você não ficou com ele?”

“ Renata, você esqueceu da parte que ele vai casar?”

“ Mas ele te ama!”

“Você é muito romântica… As coisas não são fáceis assim.. E se ele amar a outra também?”

“ Não existe isso de amar duas pessoas ao mesmo tempo.”

“ Pra mim também não, mas vai saber o que passa na cabeça dele e se ele viesse com um papo de que me ama, mas quer ficar com ela mesmo assim? Não quis nem ouvir!”

“ Exatamente! Você não quis nem ouvir o que ele tinha pra falar e foi cortando qualquer chance de vocês se entenderem de vez… Sabe o que é isso? Medo! Medo porque se ele ainda te ama, então só depende de você…”

“Não sei se eu estava pronta pra perdoar e seguir em frente…”

“ Perdeu a sua chance de saber.”

“Daqui a pouco ele está casado e eu vou continuar minha vida aqui… Vai ser melhor pros dois. Nossa história acabou.” encerrou

E com esse pensamento Lili voltou para sua rotina na cidade das luzes, fez inúmeros cursos de arte e fotografia, conheceu gente nova, foi a exposições, frequentou novos restaurantes e cafés, continuou falando sempre que possível com Fabinho por skype e progrediu cada vez mais na sua editora. Com o tempo as feridas uma vez abertas foram cicatrizando e a presidente da Bastille voltou a se animar. Germano ainda era um tópico sensível e por isso evitado sempre que possível. Ela não quis saber do casamento, da lua de mel e também não quis ver nenhuma foto e Fabinho não tocou no assunto. Renata sabia que a forma com que Lili lidava com o antigo relacionamento não era nada saudável e no fundo ela se arrependia de não ter ficado no Brasil justamente porque talvez, muito provavelmente, essa história teria um final diferente. Mas ao mesmo tempo ela também sabia que a editora durante esse período procurou se encontrar novamente, deixar de lado as angústias e tentar ser feliz. Engraçado como quando Lili ainda estava no Brasil, antes de cogitar se mudar, logo depois que se separou, ela começou um relacionamento e hoje era tudo que ela menos queria.  O relacionamento foi muito importante, a fez descobrir muitas coisas sobre ela e a ter outra perspectiva sobre a vida e  por isso ela não se arrependia, mas depois do divórcio e de algumas tentativas frustradas, já em Paris, ela se deu conta que não ficou sozinha depois de tanto tempo com alguém e começou a se dedicar só a ela. Fazia muito tempo que ela não se preocupava só com ela, com o que ela queria, o que ela gostava, onde ela queria ir e estava sendo uma descoberta maravilhosa.
            Já no segundo mês em Paris, Lili decidiu fazer uma terapia  para ajudar cada vez mais nesse processo de descobrimento e foi lá depois de inúmeras mágoas revividas, choros, tristezas que ela conseguiu ficar em paz com ela, com a vida e com todos que fizeram parte dela.
          O tempo passou depressa, já era ano novo e a dona da Bastille estava se arrumando para uma festa “black & white” em um hotel que tinha vista para a Torre Eiffel. Renata nesse meio tempo tinha conhecido um italiano e os dois, enauseadamente apaixonados, decidiram passar o ano novo em Roma. Lili que havia decidido fazer um curso de inverno sobre mitologia, acabou fazendo amizade e sendo chamada para essa festa. No começo ela não tinha se animado, mas Renata disse para ela chacoalhar um pouco e se divertir, afinal Fabinho só chegaria meados de janeiro. Decidida a se aventurar e começar o novo ano de forma diferente e quem sabe melhor, aceitou o convite.
Dezembro era uma das épocas mais geladas do ano e por isso todo agasalho era pouco, mas logo que chegou no hotel sentiu o efeito do aquecedor. Retirou a toca, as luvas, o casaco e sobretudo e por baixo revelou um  lindo vestido branco longo de manga comprida, com um decote e uma fenda generosa e tinha um cinto dourado que a apertava bem no lugar certo acentuando sua cintura. A maquiagem era leve, um olho simples, dourado, com um gloss incolor. Em resumo, ela estava linda e se sentia da mesma forma.
                 Logo que adentrou o salão principal ficou boquiaberta com a vista e a decoração. O salão tinha vista para frente da Torre que se encontrava lindíssima na noite de ano novo. A decoração era luxuosa, inúmeros lustres, tudo branco com alguns toques dourados e flores por todo salão. Estava tão distraída com os detalhes que nem percebeu quando seus colegas de turma se aproximaram com uma taça de champanhe.  O papo estava agradabilíssimo e Lili estava se divertindo tanto que até arriscou uns passos de dança, até que resolveu se sentar um pouco na companhia de Margot, sua colega de curso. As duas jantaram, riram e estavam em uma conversa interessantíssima quando Lili sentiu uma mão em seu ombro. Era Oliver, aparentemente amigo de uma das pessoas que faziam aula com ela. Antes que a editora pudesse falar qualquer coisa ele falou “Can i have this dance?/Me concede essa dança?”. Surpresa e recebendo incentivadores olhares de Margot, ela aceitou e foi para pista com Oliver. A música estava animada, a festa idem, ela se sentia feliz e não havia razão para recusar o convite. Chegando na pista, que tocava músicas agitadas, Lili percebeu que Oliver não levava o menor jeito para dançar o que tornou aquilo ainda mais divertido. Ela se perdeu no tempo e nas suas próprias gargalhadas, até que começou uma música lenta. Oliver a olhou com expectativa e ela, sem graça, se aproximou dele, mas antes que pudesse toca-lo uma mão se colocou entre os dois seguida de uma voz que disse  “danse avec moi? / dança comigo?”

 


Notas Finais


https://br.pinterest.com/pin/415105290639710127/ esse vestido é parecidíssimo com o que a Lili está usando, o da Lili só difere quanto a manga, o dela é de manda comprida.

E aí? Gostaram???? Amo Lili feliz!


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