História Angel - A primeira vez

                Em meio a pesadelos, acordo no meio da noite. Junhong ainda está abraçado em mim, dormindo quieto com a cabeça em meu peito. Olhei ao meu redor e nenhum dos outros meninos havia vindo para o quarto ainda, então não deveria ser muito tarde. Olhei no meu celular e confirmei: a meia noite havia passado há alguns minutos. Meu braço estava dormente então tentei tirá-lo de baixo de Junhong sem acordá-lo. Ao me movimentar, Junhong resmunga manhoso mas continua dormindo, agora virado de costas para mim. Eu fito o teto, tentando entender tudo o que havia acontecido nas ultimas horas. Uma voz quebra o silêncio: Junhong havia acordado.

                - Junseo não trouxe o Mochi hoje – ele diz, bastante preocupado e já se levantando para pegar seu celular.

                - Oi?

                - Mochi fica comigo durante as noites, deve ter acontecido algo.

                Eu me levanto e paro ao seu lado enquanto Junhong olha seu celular, cheio de mensagens não lidas de Junseo. Não me atrevo a bisbilhotar as mensagens de Junhong e fico apenas aguardando ouvir alguma notícia dele. Alguns segundos se passam e ele não diz nada. Ao olhar seus olhos, percebo que estão lacrimejados. 

                - Ei, o que houve? – pergunto, segurando o braço dele.

                - Mochi passou mal e meu irmão o levou no veterinário – ele diz, quase chorando.

                - Mas o que houve com ele?

                - Eu não sei, Junseo não disse e ele não está mais recebendo minhas mensagens.

                Junhong começa a chorar e não demora muito para que todos ouçam e venham para o quarto ver o que estava acontecendo.

                - Tenho certeza que está tudo bem com ele, Zelo. Se quiser, eu o busco para ficar com você amanhã de manhã bem cedo. Mas agora volte a dormir, se não nada feito! – Yongguk diz, abraçando o maior.

                Junhong enxuga as lágrimas e ainda soluçando volta para cama. Era incrível a forma como os dois se davam tão bem, um sempre cuidando do outro. Aliás, não só os dois, mas todos os membros eram extremamente cuidadosos e amorosos uns com os outros, pareciam até ser da mesma família.

                Eu deito ao lado de Junhong, abraçando-o da mesma forma que antes e novamente adormecemos. Desta vez nada interrompe nosso sono até a manhã, em que Daehyun me acorda para que eu vá para a escola. Junhong ainda está dormindo, abraçado em um dos meus braços. Eu faço um carinho em seu rosto a fim de acordá-lo para me despedir e ir me arrumar, porém percebo que ele ainda está com febre. Ainda tentando acordá-lo, o sacudo de leve, sussurrando seu nome: era realmente uma tarefa bastante trabalhosa acordar o maknae. Ele finalmente acorda, resmungando e se mexendo.

                - Junhong, está tudo bem? – pergunto.

                Ele apenas segura sua cabeça com força e choraminga.

                - Está doendo!

                - O que está doendo? – pergunto, preocupada.

                - Tudo! – Junhong diz, manhoso.

                Faço cafuné nele até que ele se acalme. Eu me levanto e busco os seus remédios e um copo de água. Aproveito e preparo também um café da manhã, com suco, torradas e o chocolate que eu havia comprado pra ele. Todos os meninos ainda estavam no dormitório, exceto Yongguk que já havia saído em busca de Mochi.

                - Acho que vou ficar cuidando do Zelo ao invés de ir pra escola – eu falo para Daehyun, que estava me observando preparar o lanche.

                - Você quem sabe. Ele está com febre ainda né? – ele pergunta, preocupado.

                - Está sim.

                Ouço a porta abrir e fechar e então uma bola de pelos cor caramelo aparece correndo pelo dormitório: era o Mochi. Ele era bastante agitado e se não tivesse usando um cone na cabeça, eu diria que nem estaria doente na noite anterior. Não demorou muito para Junhong ouvir os latidos e a bagunça de Mochi e vir correndo para fora do quarto. Nunca vi Zelo tão agitado, ele jogava Mochi para cima e ficava conversando com o cachorro usando vozes engraçadas. Quando percebeu que eu ainda estava ali, ele imediatamente parou de dar atenção ao Mochi e se voltou a mim.

                - Você vai ficar aqui comigo, né? – ele pergunta.

                - Não sei, você não me parece estar tããão doente assim, sabe – eu falo, rindo. Daehyun também ri.

                - Por favorzinho! – Zelo diz, fazendo aegyo – Você tem a mim e ao Mochi aqui, somos muito fofinhos.

                - Aham, sei. Volte lá pra cama que já estou levando seu lanche.

                - Uh, você fez comida pra mim? Não precisava... – Zelo fala enquanto seu rosto começa a corar.

                - É só um lanchinho! – respondo, sorrindo – Vá logo antes que eu fique brava e desista de dar seu chocolate!

                - Ok! – Zelo sai em disparado para o quarto, junto com Mochi.

                Antes de levar a comida e os remédios para Junhong, eu tomo um copo de achocolatado, escovo os dentes, lavo o rosto e penteio o cabelo.  Quando chego no quarto, Junhong está completamente embaixo do cobertor, todo encolhido, parecendo uma enorme bolinha. Mochi estava sentado em cima dele. Me sento ao lado dele segurando uma bandeja com a comida e os remédios e o cutuco para que ele se sente e coma tudo. Ele apenas me espia, colocando para fora apenas uma parte da cabeça.

                - Junhong, você tem que tomar seus remédios – eu falo, tentando parecer brava.

                - E o meu chocolate? – ele diz, manhoso.

                - Depois do café da manhã.

                Junhong se senta e coloco a bandeja no seu colo. Ele toma os remédios primeiro e então ataca a comida.

                - Lu, você vai se atrasar pra escola – ele diz, enquanto toma um gole do suco.

                - Eu não vou pra escola hoje.

                - Tem certeza? – ele me olha, com bigode de suco. Eu dou risada e o limpo. Ele fica vermelho.

                - Sim, você ainda está com febre. Não vou te deixar sozinho aqui. Joy pode copiar a matéria para nós e depois eu tiro cópias.

                - Obrigado – ele diz, me encarando.

                - Vá, coma logo, quero ver filme.

                Junhong volta sua atenção à comida. Mochi tenta roubar uma torrada, então Junhong o coloca no chão e ele corre para a sala. Eu aproveito para mandar mensagens a Joy avisando que não irei a escola hoje e já pedindo para que ela me empreste seus cadernos depois. Em 10 minutos Junhong já havia comido tudo. Ele se levanta e vai ao banheiro escovar os dentes e lavar o rosto enquanto eu me dirijo a sala, levando os cobertores de Junhong. Eu me deito no sofá e me cubro, esperando Junhong voltar para escolhermos o filme. Ele sai do banheiro e corre em minha direção, fingindo se jogar em cima de mim no sofá, o que me faz soltar um pequeno grito.

                - Tá maluco? Olha seu tamanho! – eu falo, brava.

                - Nhe, me dê espaço – ele diz, empurrando meus pés.

                Nos sentamos um ao lado do outro no sofá, compartilhando os cobertores. Ainda estávamos vestindo pijamas. Por cima do pijama, eu vesti um casaco de pelos que mais parecia uma pelúcia, com o desenho de um panda chupando pirulito. Meu casaco chama a atenção de Junhong que fica o observando por alguns segundos, até que ele começa a fazer carinho no casaco para no fim apoiar sua cabeça em meu braço e afofando-o. Eu sorrio.

                - Que filme vamos ver? – pergunto.

                - Não sei, pode escolher.

                - Quer ver Deadpool?

                - Pode ser.

                O filme começa e Junhong ainda está afofando sua cabeça em meu casaco.

                - É tão fofinho – ele diz.

                Começo a fazer cafuné em seu cabelo e ele segura a minha outra mão, fazendo carinho nela. Passamos o filme inteiro trocando carinhos desta forma. Ao final do filme, Zelo já estava deitado no meu colo e com os pés pra fora do sofá. Assim que os créditos finais começaram, ele se levanta e fica sentado ao meu lado, olhando para mim.

                - Lu – ele me chama, já segurando meu rosto e o virando para ele.

                - Oi?

                Eu olho para ele e ele evita contato visual comigo, olhando para baixo com rosto corado.

                - Zelo? – eu o chamo, fazendo carinho em seu rosto.

                Ele rapidamente segura meu pescoço e sela nossos lábios em um beijo lento e molhado. Eu coloco uma de minhas mãos em sua cintura e a outra faço carinho em seu cabelo. Sua língua pede passagem e logo continuamos de onde havíamos parado no dia anterior. Eu o empurro e fico em cima dele, já conseguindo sentir sua ereção roçar em minha coxa. Junhong ainda tenta evitar contato visual comigo, tentando deixar o seu rosto o mais perto possível do meu a fim de que eu não veja como ele está corado, sempre me puxando para mais perto. Enquanto dou atenção ao seu pescoço, ele tira meu casaco e suas mãos passeiam por dentro da minha blusa. Eu tiro sua camisa, o fazendo corar mais ainda. Ele não me deixa o observar sem camisa por muito tempo, logo me puxando para perto dele novamente.

                - Não fica longe – ele diz, apertando minha cintura.

                Junhong acaricia minha cintura com uma das mãos e outra segura meu cabelo, enquanto me beija quase que desesperadamente. Eu faço pressão em sua ereção, o que faz com que ele pare o beijo e me encare.

                - Está tudo bem? – pergunto.

                - Aham – ele diz, me puxando para o beijo novamente.

                Não demora muito até que Junhong levanta, me pegando no colo e me levando até o quarto. Ele me joga na cama, com cuidado, e vai para cima de mim. Ele beija meu pescoço, dando leves chupões enquanto tira minha blusa e logo em seguida já vai tentando tirar meu sutiã, sem sucesso. Irritado com fecho do sutiã, ele desiste e o tira por cima mesmo, o que me faz rir. Aproveito que ele está sentado em cima de mim para observá-lo e acariciar sua barriga. Ele fica quieto por alguns instantes, apenas me olhando e mordendo o lábio. Eu o puxo para perto novamente, para mais um beijo. Acaricio a barra de sua calça, de vez em quando escorregando minha mão até sua ereção que já estava completamente visível em sua calça há muito tempo. Junhong chupa meu pescoço, apertando minha cintura e descendo seus lábios até meus peitos. Eu o empurro, ficando por cima dele. Começo beijando sua testa e descendo para o nariz, seus lábios, seu pescoço, sua clavícula e então passeando pela sua barriga. Ele apenas observa, apertando os lençóis com as mãos.

                - Está gostando? – eu pergunto, com malicia.

                Ele apenas faz que sim com a cabeça e sorri, com a respiração pesada. Minhas mãos estão novamente na barra de sua calça, provocando-o. Enquanto deixo chupões em sua barriga, acaricio seu pênis com as mãos o que o faz soltar gemidos baixos e roucos. Abaixo sua calça e sua cueca, deixando seu membro pra fora e olho para o rosto de Junhong, que está completamente corado. Começo a masturba-lo com uma das mãos e a outra aperto sua coxa. Junhong geme cada vez mais e o seu gemido aumenta mais ainda no momento em que tenho seu membro em minha boca, fazendo movimentos de vai e vem. Ao perceber que ele está quase chegando ao seu limite, eu paro e deito ao seu lado, o puxando para cima de mim. Junhong me beija forte enquanto arranho suas costas. Ele tira as únicas peças de roupas que ainda nos impediam de fazer algo: minha calça e minha calcinha. Ao me ver nua diante dele, Junhong paralisa.

                - Junhong? Tá tudo bem? – pergunto, preocupada.

                - Tá sim... é só que... uau! – são as únicas palavras que ele consegue dizer em meio a sua respiração pesada.

                Eu o puxo para cima de mim, agarrando sua cintura, apenas esperando o momento da penetração. Nossos rostos estão pertos o suficiente para que eu sinta sua respiração e seu nariz roubando meu ar. Junhong ainda está um tanto quanto paralisado, apenas observando meu rosto, sério. Eu o prendo com as pernas, trazendo o restante de seu corpo para mais perto de mim. Ele sela nossos lábios, agora em um beijo mais lento e apaixonado. Neste momento, começa a corar e a deixar seu rosto perto de mim o tempo todo para que eu não veja como está vermelho. Ficamos alguns momentos apenas trocando carícias e beijos, até que Junhong sussurra no meu ouvido:

                - Eu nunca fiz isso antes.

                - Relaxa – eu falo, tentando acalmá-lo.

                Admito que neste momento fiquei um pouco apreensiva, pois não achava que ele ainda fosse virgem. Eu faço carinho no seu rosto e o beijo. Durante o beijo, Zelo me penetra e começa a fazer movimentos lentos de vai e vem um pouco desajeitado ainda. Eu o abraço, fazendo carinho em suas costas com uma das mãos e a outra fazendo cafuné em seu cabelo, vez ou outra dando leves puxões. Nossas respirações estão pesadas e já estamos suados quando ele começa a dar estocadas mais fortes, me fazendo gemer. Ele para de me beijar e coloca seu rosto ao lado do meu, de forma que sua boca fique perto dos meus ouvidos. Posso ouvir sua respiração e alguns gemidos baixos enquanto ele aumenta a velocidade das estocadas. Para provoca-lo ainda mais, fico gemendo seu nome em seu ouvido. Ele segura meu cabelo com força e começa a aumentar cada vez mais a velocidade. Sinto meu corpo inteiro queimar e logo começo a amolecer, quase parando de sentir minhas pernas. Zelo goza dentro de mim e então diminui a velocidade, até parar de vez.

                Ao pararmos, suados e ofegantes, Zelo fica deitado em cima de mim sem dizer uma palavra. Faço cafuné nos seus cabelos até nossa respiração normalizar. Ele finalmente vira o rosto para mim e, ainda em silêncio, faz carinho em minhas bochechas e em meu pescoço, piscando os olhos vagarosamente como se quisesse dormir.

                - Ei, está tudo bem? – pergunto.

                Ele não responde e apenas me envolve em um abraço, sorrindo tímido.

                - Vamos tomar um banho – eu falo, vendo o estado em que estamos.

                Chegamos ao banheiro e imediatamente Junhong me abraça. Ficamos assim por alguns minutos, apenas deixando a água cair sobre nós. Tento afastar seu rosto para ver sua expressão, mas ele começa a me beijar no mesmo instante. Permanecemos por cerca de 5 minutos apenas nos abraçando, nos beijando e trocando carícias. Ele desliga o chuveiro, ainda abraçado em mim.

                - Eu te amo – ele sussurra em meu ouvido.