Acordei com uma dor insuportável nas costas, o que cooperou com a dor de cabeça que eu estava sentindo.
Fui para o banheiro e dei uma olhada para o quarto de Jerry para ver se Joanna ainda estava ali. Felizmente, ela já tinha ido embora e eu só vi a bunda branca de Jerry.
Eu estava fazendo meu café quando senti duas mãos quentes se apoiarem em meus ombros.
– Bom dia, linda. – Jerry disse, com a voz rouca de sono.
Não respondi, apenas continuei concentrada no que eu estava fazendo. Jerry tirou a mão dos meus ombros, parecendo estar um pouco sem jeito.
– Desculpa por ter te deixado ontem lá sem ter dito nada. Eu estava bêbado, e... Você sabe.
– Tá bom.
– Da próxima vez eu te aviso, foi...
– Você não tem que justificar nada, Jerry. – suspirei, o encarando. – Você é apenas um amigo que está me ajudando até eu encontrar um lugar pra ficar. Não deixe as coisas ficarem mais complicadas. – eu disse, firme. – E vá colocar uma calça por favor.
Ele se aproximou de mim lentamente, olhando fixamente nos meus olhos.
– Eu sei que eu fui um idiota Skye, mas não me trata assim. Por favor. – me abraçou e eu continuei parada – Eu gosto de você.
– Você me conhece há uma semana Jerry. – sai de seu abraço, pegando minha xícara e indo para a sala.
Ele segurou meu braço calmamente me puxou para perto, antes mesmo de eu saber o que estava acontecendo a minha volta. Ele pegou a xícara com a outra mão e a pôs em cima da mesa que estava ao nosso lado e me puxou para um beijo.
– Skye... – ele me chamou, arfando por causa da falta de ar.
– Cale a boca Jerry. – Selei nossos lábios mais uma vez e entrelacei minhas pernas ao redor da cintura do loiro, o fazendo me segurar pelas coxas, ainda sem desfazer o beijo.
Logo já estávamos no quarto dele, despidos e se necessitando. Não demorou para que nossos corpos já estivessem juntos com urgência.
Antes que eu pudesse perceber, Cantrell já estava ao meu lado, exausto e suado, assim como eu. Ele me deu um beijo doce e deitou olhando para o teto, enquanto eu puxava a coberta para que pudéssemos nos cobrir.
Nós dois dormimos calmamente, e o tempo pareceu correr rápido demais.
Acordei já de tarde, e tateei o lado oposto que eu estava na cama à procura do loiro. Me virei ao perceber que ele não estava ali e encontrei um bilhetinho dele no criado mudo. Peguei-o e li:
" Tive que ir ao estúdio, linda. Já já estou de volta, e quem saiba eu traga um cheeseburguer pra você... :)
Beijos.
de Jerry, seu loiro lindo, fofinho, cheiroso e gostosão."
Sorri e guardei o pequeno pedaço de papel amarelo amassado.
Coloquei minhas roupas e dei um jeito na cozinha, já que ela estava uma zona por conta de certo loiro, o mesmo que tomava conta dos meus pensamentos.
Ouvi o telefone da sala tocar, e lá fui eu atendê-lo.
– Alô? – atendi.
– Alô, docinho.
– Joanna?!
Como diabos ela tinha o número do Jerry?
– Jerry? – ela perguntou, estranhando.
– É a Skye, o Jerry não esta em casa.
– Por que você está na casa dele? Sua safada!
– Ele está me ajudando. E não fui eu que fiquei gemendo igual uma cadela no cio ontem à noite, Joanna!
– Não sabia que você estava afim dele, Skye. – a loira riu, com malícia nas palavras.
– Eu não estou afim do Cantrell, ok? – revirei os olhos. – Por que ligou? Sabe, para eu deixar o recado.
– Nada, eu só queria trocar uma ideia. Hm... Tenho que agora. Até mais Skye. – ela finalizou, desligando o telefone na minha cara.
Isso foi estranho.
Passou uns quinze minutos desde a ligação, e eu só percebi que o tempo passou quando Jerry abriu a porta do apartamento, chegando em casa.
– Joanna ligou. – eu disse, antes mesmo dele falar comigo.
– Quem é Joanna? – ele arqueou as sobrancelhas, se sentando ao meu lado.
– A garota com quem você estava transando ontem quando eu cheguei em casa. Magra, olhos claros, cabelos longos e loiros, alta... – eu a descrevi e ele se lembrou.
– O que ela queria?
– Segundo ela, só trocar uma ideia. – dei de ombros.
– Isso foi esquisito. – ele se aproxima de mim, me dando um beijo doce.
– Estou esperando meu cheeseburguer, loiro.
– Eu disse talvez. – sorriu.
– Vai me deixar passando fome? – fiz bico, com a barriga roncando.
– Bom, você podia deixar essa fome de lado por um minuto e me deixar de contar a ótima notícia que eu tenho. – ele continuou, agora beijando meu pescoço.
– Tudo bem. Conte.
– Vamos fazer alguns shows no Texas. – Sorriu feliz.
– Texas?! Por quanto tempo você vai ficar fora?
– Duas semanas mais ou menos. Vão ser em alguns lugares e bares espalhados por lá. Por que? Já tá batendo as saudades?
– Não... Mas acho que duas semanas é pouco tempo pra eu criar um plano mirabolante e roubar seu carro. – eu disse e ele riu.
Eu estava brincando com ele, mas no fundo era chato ficar sozinha o dia inteiro aqui. E duas semanas eram tempo demais.
– Prometa que não comerá toda a comida daqui. – ele riu.
– Quase não tem comida, mas tudo bem... – eu ri também – Você precisa ir no mercado, Jerry. Urgentemente.
– Bem... Se você quiser podíamos ir agorinha mesmo. Aliás, o almoço não vai ser feito com salgadinhos e refrigerantes né?
Nós fomos para o mercado mais próximo no carro sensacional do Jerry, que provavelmente sempre vai mexer comigo. Dava pra ver que o loiro praticamente nunca ia ao mercado, até porque ele estava procurando sal no meio das carnes.
– Bem, nós usamos sal no churrasco. Cozinhamos carnes nos churrascos. Pra mim era óbvio! – Ele se defendia enquanto eu esfregava o pacote com sal na sua cara.
– Isso é praticamente a mesma coisa que procurar galinhas em um canil, Cantrell. Não faz o menor sentido! – eu ria da sua cara de perdido.
– O que mais tem nesta lista? – Ele pegou o papelzinho da minha mão. – Chocolate! Agora você está falando minhas língua. – ele disse, todo feliz enquanto abraçava as trezentas barras de chocolate que ele pretendia levar.
– Você é completamente insano.
[...]
E então chegou o maldito sábado, dia em que o Jerry iria ir para o Texas. Ele estava feliz, e vivia repetindo o quão animado estava e como ele nunca conseguiu imaginar o que estava acontecendo.
– Cuidado com o meu carro, mocinha! Se eu ver algum arranhão, eu vou ser obrigado a embaraçar esses cabelos. – Ele sorriu e me deu a chave do Ninety-Eight, fingindo uma cara de dor.
– Tá bom, tá bom. – eu ri. – Até daqui duas semanas, Jerry. – suspirei o dando um abraço apertado, que é retribuído por ele.
Ele afasta e poe alguns fios do meu cabelo para trás da minha orelha, me dando um beijo que eu provavelmente nunca mais vou esquecer na vida.
– Até daqui duas semanas, Skye.
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