Acordo com Chris dormindo abraçado a minha cintura, saio cuidadosamente da cama, tomo um banho rápido e desço para a cozinha, preparo uma macarronada, e deixo tudo pronto na mesa e faço um pequeno passeio pela casa, ao contrário da nossa antiga casa, essa era bem maior, temos agora sete quartos, dois escritórios e duas salas gigantescas e vazias no terceiro andar, que podem sevirem de estúdio para o Chris, há uma pequena cabana no final do quintal coberto de neve, foi ali, aonde tudo começou, a máfia e tortura, eles vieram ao limite, agora, eu estou do lado dos inimigos deles, desculpe mãe mas agora é sua vez de lidar com eles, volto a minha consciência ao escutar passos na escada, era Scarlet e logo atrás dela, vinha seu pai, com um sorriso leve no rosto, e eu entendo perfeitamente o motivo disso, os dois estavam bem arrumados, roupas de frio e luvas.
— Cancele o jantar, vamos passear pelo centro da cidade, afinal, estamos na Europa! Vamos amor! — Chris diz animado, subo para o quarto, visto um vestido vermelho e um casaco preto, e faço uma maquiagem básica, apenas base, rimel, e batom vermelho escuro, coloco uma bota de salto 18, e encontro Chris e Scarlet na garagem, seguimos pela Autobahn, Chris estava animado por dirigir naquela estrada, depois de meia hora, chegamos ao centro de Berlim, tudo estava mudado mas continuava muito iluminado e frio, levo os dois ao um restaurante no final da praça, era o único que eu lembrava ter ido ali, era um local bem organizado e com um lindo jardim ao redor, escolhemos uma mesa do lado de fora do local, aonde havia lindas flores vermelhas.
— Aqui é tão romântico, eu adorei, temos aqui voltar aqui depois, e sem certas pessoas..— Chris diz rindo e dá uma piscadinha para mim
— É para rir disso? — Scarlet diz séria, logo vejo um homem vindo em direção a nossa mesa, eu já vi ele em algum lugar, mas aonde?
— Boa noite, eu sou o dono do restaurante, me chamo Tom e hoje irei atender vocês, o que irão querer? — O homem pergunta sorridente e eu o reconheço, droga, é meu ex, evito olhar muito para ele e foco minha atenção nas flores vermelhas.
— 3 hambúrgueres,1 refrigerante e 2 milkshakes de chocolate e claro, batatas fritas, quer algo além disso meu amor? Uma pizza? — Chris pergunta calmo enquanto me olha e eu sinto o olhar do queridíssimo ex em mim.
— Não, está ótimo. — Digo com uma cara de " acaba logo esse pedido pela amor de deus".
— Desculpe a pergunta mas, você já esteve na Alemanha antes? Eu tenho a impressão que conheço você. — Tom diz confuso e eu já vejo o Chris observando ele, isso não vai ser bom.
— Eu nasci aqui, em Frankfurt, talvez tenha me visto. — Respondo seca e Chris dá um sorrisinho de canto.
— Aurora!!!! Eu conheço você, nós namoravamos no verão, lembra? Meu deus quanto tempo! — Ele diz animado e Chris ja estava em modo ataque.
— Cadê minha comida? — Scarlet pergunta enquanto bate a mão na mesa.
— A realidade? Não lembro, desculpe, eu não lembro de nada da minha infância ou pré adolescência. — Digo forçando um sorriso e já sem graça com tudo aquilo.
— Que reencontro lindo, adorei, deixe eu me apresentar, sou Chris Motionless, marido e pai da filha dela. — Chris diz sério enquanto fica em pé em frente ao homem que era muito mais baixo que ele.
— Prazer, enfim, aproveitem a noite e boa refeição. — Tom diz calmo e logo uma moça entrega nossas comidas, Scarlet come rapidamente e Chris continuava a observar o Tom.
— Sério? você está com ciúmes de um namoradinho meu de infância? — Pergunto sem paciência a ele
— Eu? Não. — Ele diz seco
— Está sim papai, não precisa ter ciúmes, mamãe ama você e ele é feio! — Scarlet solta um dos seus comentários sinceros.
— Viu? Até sua filha sabe disso, é ridículo. — Digo irritada e Chris para e me observa por alguns segundos.
— Eu amo você, desculpe, eu sou bem melhor que ele.— Ele diz me abraçando e depois me beija, ficamos abraçados até nossa filha terminar de comer, pagamos a conta e seguimos para o mural dos soldados que morreram ou foram leais em nome da Alemanha.
— Por que ali tem o nosso sobrenome mãe? — A pequena pergunta curiosa depois de ver o Witte em meio a vários outros sobrenomes.
— Existe uma antiga lenda que todas às pessoas da família, são guerreiras, e sempre ganhavam guerras, éramos vencedores naturalmente, e somos até hoje mas claro, sem guerra mundial ou nazista. — Digo calmamente enquanto passo os dedos em cada nome que estava com meu sobrenome.
— Fora esse lenda, existe outra, uma de que todos da família, tem os olhos espelhados, no olhar, eles trazem marcas de onde vieram, e é isso realmente acontece, o da sua mãe é assim e o seu também e eu acho isso lindo, por isso mesmo casei com a sua mãe. — Chris diz rindo e pega Scarlet no colo.
— Mas isso é uma lenda ou maldição? — A menina pergunta curiosa.
— Uma herança genética, vamos para casa e eu dirijo. — Digo calma, abro a porta do carro, Chris coloca Scalert na cadeirinha e eu vou para o lugar do motorista, era estranho, estar dirigindo e lembrar do ataque, eu precisava superar isso.
— Parece que alguém dormiu, de novo, e não fique tão tensa, você não teve culpa do que aconteceu, calma. — Ele diz em tom calmo e aperta minha coxa, não respondo nada, apenas dirijo, depois de 30 minutos, chegamos em casa, Scalert acorda mas sobe para seu quarto, toma um banho, veste seu pijama e pede ao seu pai para ler um livro a ela e logo pega no sono novamente, descemos para a sala e Chris me segura por trás e eu me acomodo em seu peito.
— O que faremos agora? — Pergunto curiosa, e ele puxa um galão de gasolina e fósforos do canto da escada.
— Tocar fogo, naquilo, não é crime, estamos na nossa propriedade, vamos? — Chris pergunta animado e me puxa para fora, fechamos a porta e ele me abraça com um braço e no outro, leva a gasolina, paramos em frente a cabana e sinto minha cabeça doer, dou dois passos para trás e me seguro no pequeno portão preto que havia ali..
— Acho que estou passando mal, eu vou ficar sentada e você fazer esse crime acontecer, tudo bem? Eu não vou conseguir.... — Digo meio sem jeito e sento na calçada que é a base do portão.
— Passando mal? Seu último passando mal, tem 7 anos e uma inteligência extrema, mas tudo bem.— Ele diz rindo e começa a espalhar a gasolina no casebre, sinto meu celular vibrar, era Lia ligando.
— Olá amiga, tudo bem?
— Claro, e por aí? Devin e eu estamos com saudades.
— Tudo bem, nós veremos na turnê, não se preocupem, algo aconteceu por aí?
— Seu pai, foi acusado de ter engravidado uma mulher na última turnê e Rita saiu de casa, não dou uma semana para voltar tudo ao normal, mande um beijo para Scarlet e um abraço para o Chris.
— Obrigada pela informação e mandarei sim, se cuidem terei que desligar, tchau, até daqui a uma semana.
— Tchau, até, amo vocês.
— Meu pai traiu a Rita, de novo e a mulher engravidou e não, eu não estou grávida e já pode queimar isso. — Digo séria e guardo o celular e vejo Chris jogar o fósforo e logo o fogo nascer em meio a madeira antiga, ele me puxa para ficar longe do fogo e me abraça forte.
— Fogo é um recomeço, estamos reenacendo meu amor, eu amo você, vamos entrar e outra traição? O que seu pai tem na cabeça? Além de drogas, claro. — Chris diz revirando os olhos, entramos em casa, e observamos do sofá da sala a cabana em chamas.
— Meu pai é complicado, ele é de muitas mas diz que o coração é apenas da Rita, papinho de macho, clichê. — Termino de dizer aquilo e Chris me olha com uma cara de "que porra você quis dizer com isso".
— Mas não é todo homem que diz isso, não conhece seu marido? Decepcionado. — Ele diz fazendo drama e eu o beijo
— Conheço, por isso casei com ele, amor, não soube nada mais sobre seu pai? — Pergunto com um certo medo, Chris odeia seu pai mas Scarlet tem a curiosidade de saber quem é ele e eu também.
— Morto, se eu tiver sorte, agora silêncio, vamos ver aquilo queimar, e liberar sua alma do que aconteceu.— Ele diz fugindo do assunto e me abraça forte, e eu olho a cabana, havia muita fumaça e fogo, espero que a polícia não venha aqui e que o fogo me liberte do que persegue meu psicólogico desde daquela noite.
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