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História Angels 2, Werewolves Against Vampires. - Legend


Escrita por: Ersj

Notas do Autor


No capítulo anterior, David, May e Léo se instalam em uma pousa no Havaí. Eles saem em busca de informação da Pedra da lua e acabam conhecendo um grupo de surfistas que se interessam por May. Em seguida, eles vão atrás de Malu, uma sábia bruxa havaíana. Ela não estava em casa, então decidem voltar outro dia. A noite eles vão para um luau, onde May se diverte em uma conversa com Maron. No outro dia eles vão até a casa de Malu de novo, mas antes de baterem na porta, ela se abre sozinha e alguém diz que esperava por eles.

Capítulo 22 - Legend


Léo sente uma calafrio percorrer seu corpo. Ele ia voltar, mas David, que estava atrás dele junto com May, empurra ele para frente.

Léo: Eu não vou entrar aí.

David: Temos que entrar.

May: Todos nós vamos, Léo.

Léo: Certo.

Léo entra na casa escura.

Léo: É, não tem nada de assustador.

Uma mão toca nas costas dele, o fazendo gritar. Ele se vira e vê uma mulher morena, alta, cabelos cacheados, pretos e longos, olhos castanhos, magra e usava vestido simples e nativo. Parecia ter entre 40 e 45 anos.

Ela ri e depois estala os dedos, as luzes acendem.

???: Olá. Eu sou a Malu, perdoe-me pelo susto, adoro fazer isso.

Léo encarava ela, como se achasse que era uma louca. May e David entram.

May: Gostaríamos de saber se você pode nos ajudar.

Malu: Bem... Sigam-me.

Malu desce uma escadaria que leva para o porão da casa dela. David começa a descer as escadas e May ia em seguida.

Léo: Vamos descer mesmo?

May: Vamos logo, Léo.

Léo suspira e depois desce a escadaria seguindo May. Os três chegam no porão, que era cheio de caixas e era iluminado por velas.

Léo: Que lugar sinistro.

Malu vai até um tapete azul, no tapete haviam quatro almofadas brancas ao redor de uma quinta almofada no centro com uma esfera azul escura.

Léo: Uma bola de cristal?

Malu: Sim.

May: Você é cigana?

Malu: Aprendi algumas coisas com uma.

Malu se senta em uma almofada.

Malu: Sentem-se. Não vão querer ficar me olhando em pé, não é?

Os três se sentam, cada um em uma almofada.

Malu: Quem são vocês?

David: Sou David, um vampiro. Esses são May e Léo, uma fada e um bruxo. Temos 17 anos e vivemos em Surrey, na Europa.

Malu: Eu sou Malu, como já sabem. Sou uma grande bruxa, tive aulas com magos, feiticeiros, animagos e uma cigana.

May: Você deve ter sido uma aluna muito dedicada.

Malu: Obrigada, meus professores sempre me chamaram de grande orgulho, mas isso não é o que interessa hoje. 

Ela olha para cada um deles.

Malu: Onde estão meus modos?

Ela levanta e sobe a escadaria novamente.

Léo: Ainda dá tempo de fugirmos daqui.

David e May repreendem Léo com o olhar.

Léo: Tava só brincando.

Léo sorri com os dentes para eles.

Léo: Se bem que se vocês quisessem mesmo...

Malu desce a escadaria, atrás dela três pratos flutuavam. Ela senta e cada prato vai paras mãos de cada um deles.

Malu: Torta de frutas vermelhas, eu mesma fiz.

David e Léo: Obrigado.

May: Obrigada.

Eles começam a comer.

Léo: É muito bom!

Malu ri.

Malu: Agora me digam o que desejam de mim?

May para de comer.

May: Sabe algo sobre a Pedra da Lua?

Malu: A Pedra da Lua? É uma pedra muito conhecida, não é?

David: Não é qualquer pedra da lua, é a grande Pedra da Lua. Que possuipoder para os vampiros.

Malu: Sim, acabei de lembrar. Tem uma lenda sobre essa pedra preciosa.

Malu desenha um semi-círculo horizontalmente no ar com a mão direita. Todas as velas se apagam, apenas a bola de cristal brilhava.

Malu: Há muito tempo, quando os sobrenaturais começaram a surgir, havia uma vampira, se chamava Luna. Luna era bonita e corajosa, seus cabelos negros, lisos e grandes eram quase tão chamativos quanto seus olhos azuis. Era alta, magra e sua pele era clara como o branco da lua. Ela vivia na Roma, onde conheceu Solem, um lobisomem forte, alto, bonito, com olhos amarelos, pele escura, cabelos ondulados e pretos. Os dois se apaixonaram, Luna e Solem, soava perfeito. Mas as família não gostaram da ideia, Luna era uma vampira e Solem um lobisomem, não permitiriam essa junção. Então eles resolveram fugir juntos. Era madrugada quando saiam da roma escondidos, mas de alguma forma as família dos dois descobriram e foram atrás deles. Depois de muito se esconder, foram cercados em um abismo. Não suportando a ideia de terem que voltar para casa e se separarem, os dois se atiraram do abismo. A morte foi considerada trágica para todos, uma família cupou a outra e assim iniciou uma pequena rivalidade entre vampiros e lombisomens. Depois com disputas territorias e objetivos diferentes, a rivalidade cresceu e viraram inimigos mortais. Mas dizem que no dia em que os dois se mataram por amor, surgiu uma pedra aqui no Havaí, onde Luna nasceu, a Pedra da Lua. Já em Bangkok, onde Solem nasceu, apareceu a Pedra do Sol. Cada pedra traz força para uma determinada raça, a da Lua para os vampiros e a do Sol para os lobisomens.

Malu levanta os braços e todas as velas acendem novamente.

Malu: O que acharam da história?

May: Muito linda, senhora.

Léo: Mas é real?

Malu: Claro que é.

David: Sabemos que é real, mas pode encontrá-la para nós? Não estou pedindo para pegá-la, isso nós fazemos, mas pode nos dizer onde fica?

Malu: Será todo um processo, pode estar em qualquer lugar, não podemos garantir que ninguém tirou ela daqui. Enfim, não sei se conseguirei achar ainda hoje. Voltem amanhã.

May: Tudo bem, já está fazendo muito por nós.

David: O que vai querer em troca?

Malu: Não precisa.

David: Eu insisto, não sairemos daqui sem você dizer algo que queira.

Malu: Já que insiste tanto...

Depois do almoço, David e Léo conversavam no quarto.

Léo: Eu sei que a sua intenção foi boa, mas por favor, nunca mais insista.

David: Onde encontraremos a flor mesmo?

Léo: A flor cigana só é encontrada em um clube para homens. Eu e May fizemos pesquisas para ter certeza.

David: O que tem nesse clube?

Léo: Jogos de mesa, bebibas e muita dança.

David: Já que é para homens, homem só poderá dançar com homem?

Léo: Não, tem dançarinas lá dentro.

May entra no quarto deles, estava com um vestido de praia.

David: Aonde vai com essa roupa?

May: Para praia, não é óbvio?

David: Estamos em uma missão e você vai curtir na praia? Com aquele Maron, eu aposto.

May: O clube que vocês vão, para pegar a flor, é só para homens. Eu teria que ficar a tarde toda aqui sem fazer nada. Por isso decidi ir a praia, vou encontrar o Maron já que prometi a ele. Mas assim que vocês conseguirem a flor, podem me chamar que volto para missão.

May sorri, David bufa com raiva e Léo apenas gesticulava com sua varinha.

May: Já vou, se precisarem é só ligar.

May vai até a praia, lá Maron estava sentado na areia olhando o mar. Ela vai até o lado dele, que ao ver ela sorri e se levanta.

Maron: Que bom que veio, estava te esperando.

May: Onde estão seus amigos?

Maron: Foram pra um clube.

May: Os meus também.

Os dois ficam em silêncio.

Maron: Bem... O que acha de uma aulinha?

Maron olha para o coqueiro próximo a eles, May também olha e vê duas pranchas escoradas, uma verde com azul e outra vermelha e roxa.

May: Adoraria.

No clube, David e Léo andavam pelo meio de vários casais que dançavam.

David: Está vendo a flor?

Léo: Sim. Bem ali.

Léo aponta para um jarro no meio do clube, nele haviam várias flores ciganas.

Léo: Ela só quer uma, será fácil roubar, todos estão distraídos.

Léo e David iam para o vaso quando Hani e Kaleo entram no caminho deles.

Kaleo: Olha Hani, os amigos daquela gatinha.

David: Não chame ela assim.

Os dois riem.

Kaleo: Você tem ciúmes?

Hani: Ela está caidinha pelo Maron, nem a gente teve chance.

Eles riem novamente.

Léo: Ignora eles, David.

Léo e David desviam do caminho dos havaíanos e iam para o jarro, mas Kaleo bota o pé na frente de Léo, que tropeça  e cai no chão.

Kaleo: Agora sim, podem nos ignorar.

David vira e dá um murro no rosto de Kaleo, todos param de dançar e olham para eles. Hani e Kaleo vão para cima de David, que derruba os dois no chão com um empurrão. Léo levanta e pega uma flor.

Léo: Vamos, David.

David e Léo correm para fora do clube. Kaleo e Hani se levantam, o nariz do primeiro sangrava. 

Kaleo: Eles vão pagar.

Todos olhavam para Kaleo.

Kaleo: O que estão olhando?!

Todos voltam a dançar e Kaleo e Hani correm para alcançar David e Léo. Os dois corriam para achar o guia turisco para levá-los até Malu novamente. Léo olha para trás e vê Keleo, Hani e mais cinco havaíanos correndo atrás deles.

Léo: Precisamos nos livrar deles.

David: Me segue.

David e Léo correm até uma colina, onde as pessoas alugavam asa deltas. David empurra um homem que se preparava para voar.

David: Desculpe.

Os guardas que cuidavam do local se aproximam e Léo joga um saco de moedas para eles. Os dois seguram na asa delta e correm, Kaleo e Hani estavam quase alcançando eles.

David: Se segura, Léo.

David usa sua velocidade vampírica, eles chegam rapidamente no topo da colina e a asa delta voa. Léo e David riem, percebendo que Kaleo, Hani e os outros ficaram para trás.

Léo: Conseguimos.

David: Mas não posso ficar muito tempo exposto ao sol, temos que voltar para terra.

Léo: David, você sabe parar uma asa delta?

David: Bem...

Outra asa delta passa ao lado deles, nela estavam Kaleo e Hani.

Hani: Não escaparão tão rápido.

David: Léo, trouxe sua varinha?

Léo: Claro.

David: Se é guerra que eles querem, guerra que eles vão ter.

May saía da água tossindo, Maron corre até ela segurando as duas pranchas.

Maron: Está bem?

May: Vamos, quero tentar de novo.

Maron: Você acabou de levar um caldo.

May: Nunca irei aprender se desistir.

Maron sorri e dá a prancha vermelha para ela.

Malu fazia um feitiço de localização, quando escuta um barulho na frente da sua casa. Ela vai até a porta e, ao abrir, vê que uma asa delta havia destruído seu jardim.

Malu: Quem foi que...?

Ela vê David e Léo se levantando.

Léo: Nos perdoe.

David: Trouxemos a flor.

David vai até ela e entrega a flor.

Malu: Muito obrigada.

David: Já tem algum progresso?

Malu: Infelizmente não.

Léo: Tudo bem, voltamos aqui amanhã.

Já estava tarde, David e Léo se preparavam para dormir, cada um já estava em sua cama. May já dormia, ficou muito cansada depois das aulas de hoje.

David: Quantos dias ainda temos?

Léo: Amanhã e mais três dias.

David: Acha que vai dar tempo?

Léo: Claro, amanhã pegaremos a Pedra da Lua e já podemos ir para o templo usando o pó de teletransporte.

David: Tem razão.

Os dois ficam em silêncio e vão dormir.

No outro dia, May balança Léo, acordando ele.

May: Acorda, dorminhoco.

Léo se senta.

Léo: Que horas são?

May: Meio dia. Levante, tome banho, coma e escove os dentes depressa.

Léo: Sim, senhora.

May ri e Léo vai para o banheiro.

Uma hora depois, os três estavam na casa de Malu, no tapete da mesma forma que no dia anterior.

Malu: Vejam vocês mesmos.

A bola de cristal brilha, nela aparece uma flor roxa fechada do tamanho de um anão.

Léo: Legal, uma flor. Só não entendi ainda o que ela tem a ver com a pedra que procuramos.

Malu: Desde ontem a noite eu não entendia o motivo da bola de cristal sempre me mostrar essa flor quando pedia para ver a Pedra da Lua, mas agora tudo ficou claro.

David, May e Léo trocam olhares confusos.

Malu: Não tenho certeza absoluta, mas creio que a Pedra da Lua esteja dentro da flor.

May: Dentro da flor?

David: Isso é possível?

Malu: Segundo os humanos, nós não somos possíveis, mas mesmo assim existimos.

Léo: A luz da lua...

Malu: Exatamente. De meia noite, banhada a luz da lua, a flor se abre.

David: Parece ser uma tarefa fácil.

Malu ri.

Malu: Posso certificar que não será fácil como está pensando. O problema é que a flor só fica aberta por um minuto. Abre de meia noite em ponto, mas se chegar em meia noite e um minuto ela já se fecha.

May: Mas isso é fácil de resolver, só é a gente chegar cedo e esperar dar meia noite.

Malu: Mas tem outro problema. Minha bola de cristal não mostra a localização da flor, apenas mostra essa flor e podemos ver que parece ser um lugar cheio de rochas. Para chegar na flor devem resolver uma série de enigmas, podem ser muito perigosos.

Léo: Por que nunca tem nada fácil? Tudo tem que ser difícil e levar a morte?

May: As vezes sinto como se estivéssemos predestinados a morrer.

Léo: As vezes? Eu sinto sempre.

David fica sério, May percebe mas não fala nada.

David: Como começamos o enigma?

Malu: Vão até a Biblioteca Pública de Honolulu, procurem em livros de lendas, lá terá a primeira pista.

May: Muito obrigada.

Malu: Se precisarem traduzir o enigma podem voltar.

David: Certo, obrigado.

Os três vão até a bliblioteca, lá passam duas horas procurando o livro. May e David estavam sentados a uma mesa com uma pilharia de livros em cima.

May: Não aguento mais procurar.

David: Nunca pensei que seria tão tedioso passar uma tarde no Havaí.

Léo lia um livro grosso, grande e de capa azul escura.

Léo: Acho que achei. O enigma da lua.

May e David se levantam e correm até Léo.

May: Tirem foto.

David pega o celular e tira foto da página que tinha o enigma.

David: Vamos até a Malu.

Os três correm e vão com o guia até Malu.

Minutos depois, os três estavam na cozinha da casa da bruxa. Léo comia torta sentado a mesa, David e May conversavam com Malu em pé ao lado da mesma.

Malu: O enigma diz "O melhor caminho pode ser o mais distante, assim como solitário ele está em todo instante."

David: Desculpe, mas...

May: Isso não faz nenhuma lógica.

Malu: Claro que faz. Vocês devem ir a última ilhota do Havaí, lá algo se esconde, a próxima pista.

David: Certo, então vamos logo.

Malu: Não, hoje o mar está agitado. Amanhã cedo vocês devem ir.

May: Muitas vidas estão em jogo, precisamos arriscar.

Malu: É melhor demorar mais para salvar algumas vidas do que acabar morrendo e não poder salvar nenhuma.

May e David trocam olhares.

Léo: Ela tem razão, ainda temos três dias. Conseguiremos fazer amanhã.

Eles se despedem e voltam para pousada.

A noite, David estava na piscina da pousada. Já eram onze e cinquenta, a maioria dos turistas dormiam. David usava apenas uma bermuda azul escura.

Ele mergulha e encosta no chão da piscina, ao subir vê May na borda.

David: May?

May: Eu fui dar boa noite e vi que não estava no quarto.

David nada até a borda, onde May está.

David: Não estava com sono. Além disso a água está ótima, não quer entrar?

May: Não.

May ri e David senta na borda da piscina.

May: Toma.

May entrega uma toalha para David.

David: Obrigado.

Ele enchuga o cabelo. May senta ao lado dele, colocando as pernas dentro da água.

May: Então será amanhã, não é?

David: É. Finalmente poderemos impedir que aconteça a guerra.

May: Tem razão, só me preocupo com o que pode acontecer com você e o Travel.

David: Tenho que te falar uma coisa. Eu...

May cora levemente.

David: Sei porquê não estava curando no começo do mês.

May abaixa a cabeça, olhando para a água.

May: E por que foi?

David: Por aceitação.

May volta a olhar para David.

David: Eu estava preso no castelo, já faziam alguns dias e eu não imaginava quando poderia fugir. Eu gostava do que havia ali, não das mortes, mas dos treinos e de algumas pessoas que conheci.

May: Está querendo dizer que... Iria nos deixar?

David: Não. Na verdade sim, mas não porque eu queria. Eu já estava começando a me sentir em casa e...

May se levanta.

May: Você sabe o quão preocupada eu fiquei?

David: Não quis dizer que...

May: Achava que tinha mudado desde quando apareceu vivo em Camberra, porém percebo que ainda é o mesmo egoísta.

May dá as costas e corre para o seu quarto com água nos olhos.

David: May!

David dá um murro no chão.

David: Droga.

Ele levanta e vai atrás dela, mas ela havia trancado a porta do quarto.

David: Me deixe entrar, prometo te explicar tudo. Por favor, May.

David vai para o seu quarto e se joga na cama, mas não dorme, fica pensando e olhando para o teto. Um frasco de vidro explode, fazendo David levantar da cama. Ele vê cacos de vidro na frente da janela do quarto.

David: Acho que meus pensamentos estavam certos. Todos esses acontecimentos não podem ser coincidência.

David volta para cama. Do lado de fora da janela dois olhos vermelhos observava-o.

 

 

 

Continua...


Notas Finais


No próximo capítulo, veremos a trilha para a Pedra da Lua, e como Travel está se saindo atrás da Pedra do Sol.


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