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História Animals - Capítulo Catorze - Answers


Escrita por: pinguimdoash

Notas do Autor


O capítulo bosta de hoje vem com bônus de final bem gay.
Foi mal povo.

Capítulo 14 - Capítulo Catorze - Answers


“Crianças são como cimento fresco. Tudo que cai nelas deixa uma marca.”        – Haim Ginott.

 

Spencer’s Pov

 

Livia chegou ao aeroporto 15:30, dentro da margem de erro dos meus cálculos. Hotch e Rossi saíram para buscá-la cerca de 5 minutos depois da minha chegada com Emily. Eu estava servindo um copo de café quente para mim quando vi o policial Ashton passar apressado pela pequena cozinha. Em suas mãos levava uma pilha desorganizada de papeis e livros com um estojo azul claro em cima que prometia cair.

- Ashton! – chamei.

Ele se virou, procurando a voz que o chamara e assim que me viu meneei a cabeça, pedindo que se aproximasse. Quando ele chegou mais perto pude ver que um dos papeis constituía um formulário com o símbolo do Governo Federal no alto da folha cinzenta. Os documentos abaixo tinham algumas palavras que chamaram minha atenção “unidade federal”, “investigação” e “academia”. Reconheci os papeis e levantei minimamente o canto dos meus lábios, em um meio sorriso.

- Você vai se inscrever pro FBI? – perguntei, escapando por um segundo do assunto pelo qual o chamara.

Suas bochechas coraram e ele abriu um sorriso enorme. Puxou para baixo o boné da polícia, com o emblema SCPD, e jogou o peso do corpo de uma perna para outra. Não pude evitar perfilar seu comportamento, era visível sua vontade de se inscrever assim como a indecisão que tomava conta dele. Não podia culpá-lo pelo receio, considerando que é uma carreira muito perigosa. Ashton me parecia psicológica e fisicamente apto a passar pelas etapas iniciais da Academia de agentes, mas seu treinamento e eficácia lá dentro dependeriam da área para qual aplicaria. Entretanto, Irwin não vinha somente demonstrando crescente interesse pelo nosso trabalho como também utilidade dentro do curso da investigação.

- Acho que sim. Não sei como funciona direito, mas acho que vou. – ele sorriu mais uma vez.

Fiquei alguns minutos explicando para ele o processo de admissão, pelas vias comuns, da academia do FBI. Expliquei também que não tinha sido aceito da mesma forma que os outros por questões curriculares e pelas minhas recomendações, mas que isso não é recomendável por causa do treinamento físico.

- Como você, mesmo sem estudos específicos, tem se mostrado de grande ajuda para a equipe, posso conversar com Hotch. Tenho certeza que, caso você se forme como Agente, ele não vai negar uma entrevista contigo.

Ashton não parava de me agradecer pelos conselhos e não pude evitar soltar uma risada. Antes dele sair, lembrei porque tinha falado com ele.

- Você viu a Charlotte por ai?

- Acho que ela ainda tá lá em cima.

- Obrigado.

Subi as escadas rapidamente enquanto procurava por ela em todas as salas do segundo andar. Em algumas delas encontrei apenas policiais de Charleston em seus notebooks ou conversando, nessas situações pedi desculpa e sai sem fazer barulho.

Cheguei em uma das salas com o número 17 escrito em letras prateadas. Quando girei a maçaneta senti a resistência que indicava que estava travada por dentro. Olhei por baixo da porta e através da luz que vinha da janela vi uma pequena sombra projetada. Sem acreditar que faria isso e com a suspeita que Charlotte estava lá dentro, me ajoelhei e realmente espiei por baixo da porta. Enxerguei um par de sapatilhas vermelhas e então me levantei.

Sem falar nada ou sequer bater na porta, mandei uma mensagem à Charlotte pedindo que me deixasse entrar. A porta se abriu logo em seguida e uma Charlie de olhos avermelhados me abraçou apertado. Sem entender o que estava acontecendo e sem ter ideia de como confortá-la de outro modo, passei meus braços pelo seu corpo e a puxei para mais perto.

Seu choro era silencioso.

- O que aconteceu lá dentro?

Ela secou as lágrimas e me puxou para o interior da sala. Apesar das muitas cadeiras, Charlotte se sentou no chão e eu me sentei ao lado dela.

- Eles dizem que não posso falar.

Eu suspirei. Há tanto tempo no FBI, já participei de alguns desses comunicados dos superiores. Tantas o suficiente para saber o que vem quando nos chamam no meio de uma investigação.

- Nós vamos voltar pra casa não é?

Ela me olhou tristonha e não disse nada.

- O que mais eles disseram?

- Foi o Hotch quem disse. Quando chegarmos vamos ter que ir a uma audiência porque é a segunda vez esse ano que escapamos da nossa média de dias em uma investigação. De acordo com Aaron isso significa que, se eles acharem que tem algo atrapalhando dentro da equipe, podem realocar alguns de nós.

Charlotte não precisava continuar falando para que eu entendesse o que estava acontecendo. Se descobrissem sobre nosso relacionamento, um de nós iria para outra unidade. Desviei o olhar do dela e mordi a boca, sentindo meu coração apertado dentro do peito. Apesar disso ele ainda batia descompassado por ela estar ao meu lado.

- Me diz que você já entendeu e que eu não preciso terminar de explicar.

Podia senti-la me olhando, quase implorando pra que eu dissesse que ela tinha entendido errado. Desta vez, não pude consolá-la.

 

(...)

 

Charlotte saiu da sala antes de mim, sem trocarmos nem mais uma palavra. Acho que esse foi, afinal, o primeiro teste do nosso relacionamento. E não sei se nos saímos muito bem, ou se fui eu quem não se saiu.

Tentei olhá-la nos olhos diversas vezes quando nos juntamos atrás do espelho para assistirmos o interrogatório de Livia, mas ela não colaborou. No final das contas, Hotch percebeu que Charlotte estava mal e pediu para Emily e Morgan fazerem as perguntas, enquanto JJ conversava, mais uma vez, com a imprensa.

Mal pude me concentrar nas perguntas bobas e iniciais. Meu olhar continuava voltando para Charlie, que mantinha os olhos verdes focados nos três a nossa frente e mal piscava. Apesar do semblante triste, ela ainda estava espetacurlamente linda. As maçãs do rosto avermelhadas, os lábios tingidos de um batom claro e o cabelo trançado. Parecia a personificação de um paradoxo. Calma e tempestuosa ao mesmo tempo. Por conhecê-la, sabia que bastaria um empurrãozinho e ela desataria a reclamar, dizer que era injusto e provavelmente chorar.

Seus braços estavam cruzados e as unhas vermelhas chamavam atenção por cima da blusa azul escuro. Quis andar até ela e entrelaçar nossas mãos, mas me esforcei para manter o profissionalismo e permaneci onde estava. Quando comecei a prestar atenção, as perguntas já tomavam um rumo mais importante.

- Então Michael sempre foi bruto? – Emily perguntou, provavelmente com a intenção de confirmar, o que foi bom para me atualizar.

- Ele sempre foi homem, né? – Livia disse e soltou uma risadinha. Morgan e Prentiss se entreolharam.

- Livia, nem todo homem precisa ser violento. – Emily ressaltou, com cuidado na voz. – Às vezes alguns deles são gentis.

A garota bufou e passou a mão nos cabelos tingidos de ruivo.

- Mike nunca foi a pessoa mais educada ou mais extrovertida. Sempre teve um ponto de vista diferente do de todo mundo e tinha as melhores piadas. – ela sorriu e jogou o corpo um pouco mais para frente, sua expressão parecia tranquila, mas seus olhos tinham um brilho opaco. Aquilo despertou meu interesse. – Ele sempre cortou relações muito rapidamente com as pessoas, me surpreende que ele ainda fale comigo e ainda não tenha dado um pé na bunda do Calum.

- Quem é Calum? – Morgan perguntou, disposto a tirar qualquer informação possível da garota que falaria de tudo para proteger o melhor amigo.

- É o cara que vai morar com ele de vez em quando. Acho que ele trabalha viajando, por isso não tá com o Mike o tempo todo. Se bem que nem ele fica num mesmo lugar muito tempo.

- Você sabe por quê?

Emily perguntou e, antes que Livia respondesse, olhei mais uma vez para Charlotte. Estava tão focada quanto antes, o olhar fixo. Quis beijá-la.

- Não sei não. Acho que ele só não gosta de rotina.

- Qual o sobrenome de Calum?

- Ai não lembro. Acho que Hood. Bood. – ela franziu o cenho e apertou os olhos, tentando se lembrar. Levou um dos dedos aos lábios e mordiscou a unha. Alguns segundos depois sorriu. – Hook.

Derek olhava para ela desconfiado, assim como eu. Sua aparente confusão para se lembrar do sobrenome trazia um grande e brilhante sinal de alerta. Algo ali não parecia correto, tanto nas expressões corporais quanto nas falas comedidas. Para alguém que nem sequer estava disposta a conversar conosco, ela estava colaborando bastante.

- E como ele é? – Emily retomou a fala.

- Gostoso, gente boa e mulherengo. – a garota respondeu e nossa analista assentiu. Eles a agradeceram pela ajuda e se retiraram da sala. Quando vieram ao nosso encontro o olhar de Derek se uniu ao meu e tive certeza que estávamos pensando nas mesmas coisas.

- Ela não foi sincera né? – Ashton perguntou e, mesmo sem ter feito nada demais, senti uma pontada de orgulho. Não sabia se ele tinha concluído através do comportamento de Livia ou do contato visual com Derek, mas o garoto estava se esforçando e certamente daria um bom agente.

Neguei com a cabeça e suspirei, processando todas as informações.

- Acho que o primeiro nome que ela disse é o verdadeiro. Ela disse casualmente, no meio da fala. Acho que as informações verídicas que ela nos deu são algumas das que já sabíamos ou as que não são relevantes para o curso da investigação. Como por exemplo, a relação dela com Michael e a dele com Calum. Acho que mentiu sobre a motivação das mudanças e sobre a profissão do amigo de Michael Clifford.

- Ela pode mentir em um interrogatório? – Luke perguntou parecendo surpreso.

- Tecnicamente não, mas nada acontece se ela alegar que era tudo que sabia e nada confirmar o contrário. – Rossi respondeu e observei curioso a reação dos dois.

- Você pode ligar para Garcia, Morgan? – Charlotte pediu.

- Claro. – ele tirou o telefone do bolso e discou rapidamente o número decorado há muito. Penelope atendeu com a voz repleta de felicidade e não precisei fazer muito esforço para imaginá-la com brincos em formato de gatos e com a caneta pompom perto dos lábios pintados com um batom chamativo.

- Garcia você pode procurar suspeitos chamados Calum com sobrenomes Hood, Hook, Bood ou variações, e que tenham estado em algumas das cidades onde ocorreram os assassinatos? Elimine aqueles com ficha criminal ou de classe baixa. Ensino médio completo, mas não se inscreveu para faculdade. – Charlotte disse rapidamente e fui acompanhando seu raciocínio, depois de uns segundos pude entender que ela estava se baseando no perfil de Michael para traçar um perfil para Calum. Eu sorri, orgulhoso dela.

- São cerca de quinze.

- Você pode nos enviar fotos de cada um deles?

- Claro.

- Hotch, você ainda não dispensou a Livia não né?

- Não. – ele afirmou.

- Ótimo, porque vamos precisar delas. Todos aqui sabemos que as expressões faciais e corporais nos dão mais respostas que as palavras ditas pelos interrogados. Vamos tirar vantagem disso. Mostraremos cada uma das fotos à Livia e teremos nossa equipe de analistas avaliando as reações do corpo dela. Mesmo que ela minta para nós, vai nos dizer quem ele é.

Todos concordamos, cientes que era uma ideia brilhante. Fiquei esperando que seu olhar encontrasse o meu, buscando minha aprovação, e me desapontei mais uma vez. Sem controle sobre minhas reações, olhei para Hotch e aguardei instruções enquanto buscava me focar.

Ficou decidido que Ashton mostraria as fotos para Livia, com o objetivo de termos o máximo de especialistas analisando cada movimento dela. Charlotte foi com JJ buscar as fotos na sala ao lado e as duas saíram do cômodo conversando baixo. Antes que eu tivesse a chance de me isolar em um canto e processar a última hora, Derek segurou meu braço e olhou nos meus olhos. Eu desviei do contato.

- Ei garotão, o que aconteceu com você e a Charlotte?

- Como assim? – perguntei de um jeito inocente.

- Ah você sabe. Ela não te olhou desde o início da entrevista, saiu daqui assim que tivemos cinco minutos livres, mas normalmente viria falar com você.

Eu suspirei, tanto chateado quanto irritado por trabalhar com pessoas muito boas em perfilar as outras.

- A diretoria aconteceu. Ela ficou com medo do aviso porque sabe que se nos investigarem para saber o que pode ter atrapalhado a investigação vão descobrir que eu e ela estamos juntos e nos dividirão em unidades diferentes.

- Eu pensei nisso também, mas escuta. Nós todos fomos treinados na Academia para sermos agentes melhores que os antigos e sim, somos melhores, mais inteligentes e rápidos, mais eficientes que eles. Se vocês não quiserem que nossos superiores descubram, vão ter trabalho, mas não acho impossível.

- E o Hotch? Se ele mentir por nós e descobrirem ele também perde o cargo na UAC.

- Reid, você sabe que o Hotch tá do lado de vocês. Conversa com o resto da equipe e vai concluir isso sozinho. Cabe a você e a Charlotte arquitetarem um modo de encobrir a relação de vocês e nós ajudaremos.

- Obrigado. – agradeci, sinceramente feliz com o apoio. Derek sorriu e me abraçou, não hesitei em retribuir.

Retomadas todas as atividades, a apresentação das fotos à Livia começou. Estávamos todos bem concentrados em cada movimento da jovem garota que após seis candidatos parecia sincera e até tranquila em suas respostas.

Foi quando Ashton retirou a sétima foto colorida de uma das nossas opções, que o segundo de hesitação entregou Livia. Ela olhou para foto com o mesmo desdém que olhou para as outras, entretanto as pupilas sempre entregam alguém que está mentindo. Mesmo sem que a garota soubesse, sua postura mudou consideravelmente, deixando o ombro direito um pouco para frente, apontado para Ashton, a mão esquerda apoiada sobre a coxa e as costas ligeiramente curvadas. Era uma postura de fuga e defensiva.

Troquei olhares com Rossi e Emily, que também anotavam o número sete nos papeis em suas mãos. O interrogatório prosseguiu sem nenhum outro incidente como aquele e ao nos reunirmos, todos os analistas apresentaram o mesmo suspeito.

- Excelente trabalho Charlotte. – Hotch elogiou e apertou a mão dela, que deu um sorriso gentil e simpático. Apesar de seu esforço, pude ver através dele e só não fui até lá falar com ela por puro profissionalismo e para tentar esconder os indícios do nosso relacionamento do Bureau.

Ligamos para Garcia mais uma vez e então localizamos Calum Thomas Hood, que estava, curiosamente, a três cidades de Charleston. Contatamos a polícia local e solicitamos que ele viesse ao município vizinho para uma entrevista com o FBI.

Surpreendentemente, uma hora depois Calum estava lá, vestindo uma blusa preta e uma jaqueta jeans rasgada em alguns pontos.

Rossi e Derek se responsabilizaram por interrogá-lo.

- Então, Sr. Hood, porque estava nos arredores de Charleston?

- Decidi ir à Miami algumas noites atrás.

Rossi assentiu e olhou para Morgan.

- Você também acha a gasolina de uma viagem de mil quilômetros muito mais cara que uma passagem de avião, ou sou só eu?

Derek esboçou um sorriso e voltou-se para Calum, mais uma vez.

- Porque de carro?

- Gosto de dirigir. – respondeu e deu de ombros.

- E porque Miami?

- Gosto de praia.

- Você pretendia encontrar com Michael lá?

- Ah não. Michael e eu não nos falamos há algum tempo. É um garoto legal, mas muito temperamental. Tentem morar com ele um mês, garanto que vão sair de lá querendo matar um.

- Nós andamos analisando sua conta bancária e algumas transações de grandes quantias nos intrigaram. Aposto que você já fez isso bastantes vezes por ai, certo? Matar um que eu digo.

A pele de Calum ficou meio pálida e ele tentou disfarçar dizendo que era da família dele da Austrália, depositando parte da herança da avó dele. Rossi assentiu, fingindo que concordava e então inclinou o corpo mais pra frente e manteve os olhos nos de Calum T. Hood.

- Precisamos que nos diga aonde Michael foi.

- Cerca de três noites atrás me pediu para encontrá-lo em Augusta, Atlanta, mas avisei que não poderia ir porque já estava na estrada. Ele me respondeu “ok” e disse que procuraria um lugar. Agora não sei mais onde ele está. Não há nada mais que eu possa falar.

Quando saíram da sala, Hotch tinha um sorriso no rosto (algo que não víamos há muito tempo) enquanto digitava no notebook.

Antes que nos reuníssemos cheguei perto de Charlotte em um dos cantos da sala e levantei seu queixo com delicadeza, quase implorando para que ela olhasse para mim. Seus olhos verdes se encheram de lágrimas que ela não deixou rolar. Sem dizer nada a puxei para perto de mim e envolvi seu corpo com meus braços, em um abraço apertado que era exatamente o que nós dois precisávamos.

- Me desculpa por fugir de você. Eu não conseguia acreditar que podem separar a gente.

- Shhh, tá tudo bem. Vai ficar tudo bem. – eu disse, tentando acalmar tanto a ela quanto a mim. Beijei sua testa com leveza e sorri para ela, que retribuiu com naturalidade.

- Eu não quero perder você.

- Não vai.

 

(...)

 

- Bom, agora que temos o nome de uma cidade onde Michael esteve recentemente, a diretoria suspendeu o aviso dado esta manhã. Temos mais três dias em Atlanta para procurar por Michael, mas a equipe vai ser dividida, já que somos necessários em Quântico. – Hotch iniciou a fala com uma ótima notícia para todos nós e então prosseguiu com os comunicados importantes. – Derek, eu e Emily iremos para Augusta trabalhar com a polícia de Atlanta a procura de Michael Clifford. Já Jennifer, David, Spencer e Charlotte voltarão para Virginia e assumirão os casos pendentes por lá. Ashton, fiquei sabendo da sua inscrição para o FBI. Quando passar da fase da Academia pode ficar a vontade para me procurar. Você tem o que a UAC precisa.

Olhei ao redor e sorri de leve, surpreso ao perceber que sentiria falta de Charleston. Meu olhar voltou para Charlotte e sorri mais ainda, sabendo que algumas das coisas conquistadas ali não mudariam.


Notas Finais


O próximo juro que fica decente.


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