História Animals - O acidente

ALLIE’S POV

Observo Justin algemado à cama e sorrio, mordendo os lábios. Ele definitivamente vai querer me matar quando acordar. Pelo fato de ele estar muito cansado quando chegou, eu sabia que ele não acordaria nem tão cedo. Olho para seu corpo seminu mais uma vez e rio comigo mesma. Ele vai ficar muito puto comigo.

Passava das cinco da tarde. Suspiro e volto ao meu trabalho de matemática, prometi a Tay que terminaria sozinha e agora teria que terminar antes que Justin acordasse.

Assim que finalizo meu trabalho, suspiro aliviada e encaro Justin. Ainda parecia estar em seu sono pesado. Resolvo tomar um banho e acabo demorando um pouco ali.

Precisava dormir em casa, estava dormindo fora quase sempre e me descuidando de não chegar antes que meu pai acordasse. Eu simplesmente detestava o fato de precisar agir tão cautelosamente em tudo que ia fazer. Mas, pior ainda, era saber que isso podia irritar John e ele voltar a erguer a mão para mim ou Wren. Isso não podia acontecer.

– ALLIE! – ouço Justin gritar.

Rio comigo mesma e me levanto da banheira. Começo a me secar lentamente e visto minha lingerie preta de rendas, aprovando o resultado no espelho. Estava desleixada, mas ainda assim iria fazer Justin perder completamente a cabeça. Ainda podia ouvi-lo gritar e me xingar. Saio do banheiro e me dirijo até a cama.

– Allie, que porra é essa? Me solta daqui agora!

Rio fraco e me sento na cama, ao lado de Justin.

– Eu disse que aquela tortura do táxi teria volta. – sorrio da forma mais ingênua possível.

– Mas...

– Mas não se preocupa, eu prometo te dar um orgasmo maravilhoso pra compensar.

– Allie...

Me ajoelho na cama e acaricio o pau de Justin por cima da boxer. Não demora nada até que ele endureça. Sorrio e olho para a cara irritada de Justin.

– Por que está com essa cara?

Beijo seu pau por cima da boxer e posso senti-lo pulsar de excitação.

– Vai ser muito divertido, Jus. No final. Até lá... Bom, você me diz.

– Você vai me pagar por isso, Alice.

– Eu tenho certeza que vou. – sorrio maliciosa.

Sento-me por cima do seu corpo, roçando minha intimidade em seu membro. Dou um selinho em seus lábios e em seguida, tento beijá-lo, mas ele não corresponde o beijo. Rio fraco e mordo seu lábio inferior, sugando-o em seguida. Arranho lentamente seu peitoral e, puxo seus cabelos com força, beijando-o mais uma vez. Ele geme baixo e dessa vez retribui o beijo, mas ainda sem vontade. Afasto meu rosto do seu e bato em sua cara.

– Justin, me beija direito.

Ele balança os braços tentando se soltar e bufa, irritado por não conseguir.

– Você sabe que não vai conseguir se soltar sozinho. – rio debochada. – Se não colaborar comigo e eu perder a paciência, eu te deixo preso aí.

– Porra, Allie. Me solta!

– Aprenda a brincar, babe. Só vou te soltar quando a brincadeira acabar.

Ele bufa e eu sorrio, balançando a cabeça. Ele vai entrar na minha brincadeira, por bem ou por mal. Me esfrego em seu corpo e gemo baixo. Se queria que ele entrasse na brincadeira, eu teria que começar a brincar sozinha. Aperto meus seios por cima do sutiã e inclino a cabeça para trás, fechando os olhos. Retiro lentamente o sutiã do meu corpo e suspiro, passando as mãos pelos meus seios.

Justin mais uma vez balança os braços tentando se soltar, mas ele sabia tão bem quanto eu que não conseguiria. Ele suspira, observando atentamente cada movimento meu. Mordo os lábios, voltando a fechar os olhos e desço lentamente as mãos até minha intimidade, acariciando-a por cima da calcinha.

– Allie... Me tira daqui, deixa eu tocar você.

– Você pode me tocar assim, Jus.

Aproximo meu corpo de suas mãos presas e ele aperta meus seios com vontade.

– Vem cá. – ele diz baixo, passando a língua pelos lábios.

Dou um rápido selinho em seus lábios e ele morde meu lábio inferior. Aproximo meus seios da sua cara e ele rapidamente abocanha o direito, chupando e dando leves mordidas ali. Solto um gemido baixo e me afasto dele. Me levanto e retiro lentamente a calcinha do meu corpo. Justin morde os lábios com força e movimenta violentamente os braços, tentando inutilmente se soltar.

Volto a me sentar sobre seu corpo e roço minha intimidade levemente molhada em seu membro. Ele arfa e me encara sério, quase desesperado. Deito meu corpo sobre o seu e esfrego meus seios em seu peitoral. Começo a beijar todo o seu peito nu, e faço uma demorada trilha de beijos até a extremidade. Beijo seu membro por cima da boxer e ele arfa, com sua respiração descompassada.

Tiro sua boxer, deixando-o completamente nu em minha frente. Pego seu pau e começo a masturba-lo, mudando o ritmo a todo momento, para que ele não gozasse ainda. Ainda não estava satisfeita. Ele morde os lábios e fecha os olhos, os apertando.

– Me conta no que está pensando, Bieber.

Ele abre os olhos e balança a cabeça, sorrindo de lado.

– Você não presta, Allie.

Paro de masturbá-lo e dou de ombros.

– Você está sendo muito mau, Justin.

Ele suspira e fecha os olhos.

– Estou pensando em você... De quatro.

– Hmm. Continue.

Dessa vez, abocanho seu pau, chupando-o com vontade.

– Eu meto em você, com força, puxando seus cabelos enquanto você geme feito uma puta. É isso que você é, não é? Minha puta.

Chupo com mais vontade e Justin cerra os punhos, os forçando ali. Sinto suas veias saltarem, ele estava prestes a gozar. Mas eu ainda não podia deixar. Paro de chupá-lo e Justin bufa ainda mais irritado.

– Alice, me solta daqui agora.

– Voltou à ofensiva? – rio fraco.

– Por favor...

Sento sobre seu membro, o encaixando lentamente em minha intimidade. Justin geme com o contato e eu me sento completamente sobre ele, fazendo-o arfar. Ele sorri, ainda de olhos fechados. Força mais uma vez os pulsos e suspira fundo, por mais uma tentativa frustrada. Ele move os quadris desajeitadamente, por eu estar por cima dele. Espalmo os braços em seu peito e começo a aumentar a velocidade dos movimentos. Eu também já não aguentava mais torturá-lo.

Enfio a mão por baixo do seu travesseiro, pegando a chave, sem parar os movimentos em momento algum. Justin sorri abertamente ao ver a chave em minhas mãos. Solto seu braço esquerdo e ele agarra minha cintura, me beijando violentamente. Mantenho os olhos abertos e solto seu braço direito. Justin me empurra violentamente na cama e se levanta.

– De quatro, vadia.

Sorrio ao vê-lo totalmente descontrolado. Era isso que eu queria. Objetivo concluído. Fico de quatro e ele dá uma palmada forte em minha bunda. Imediatamente enfia seu pau em mim, me fodendo com força. Justin agarra meus cabelos, puxando-os para trás, me fazendo inclinar a cabeça enquanto gemia alto. Exatamente como ele tinha imaginado.

– Geme, Allie. Geme meu nome! – ele diz ofegante.

Ele aumenta ainda mais a velocidade das estocadas e eu gemo seu nome descontroladamente. Justin parece atingir seu limite e puxa ainda mais forte meus cabelos, enquanto eu sinto todo o meu corpo relaxar com o orgasmo. Justin deita parcialmente seu corpo por cima do meu e mete ainda mais fundo em mim. Solto um gemido alto e finalmente sinto Justin jorrar seu líquido dentro de mim.

Justin tira seu membro de dentro de mim e se joga na cama, assim como eu. Respiro fundo, tentando acalmar minha respiração completamente ofegante. Justin não está muito diferente. Ele me puxa para seu peito e beija minha testa.

– Então... Valeu a pena? – rio fraco.

– Bom...

– Até parece, Justin Bieber! – bufo.

– Estou brincando. Isso foi incrível. Torturante, mas incrível.

Deito de bruços e apoio os cotovelos na cama, o encarando.

– Obrigado, acho que isso ajudou a relaxar. – ele sorri.

– Eu te amo, Justin.

– Também te amo, Allie.

 

[...]

 

Depois de toda a loucura com Justin, resolvi ir para a casa de Tay. Eu também sentia falta de quando éramos só nós duas, mas agora ela contava animadamente sobre Bryce, seu namorado. Sim, é oficial! Taylor Johnson está oficialmente namorando!

– Eu nunca pensei que isso fosse realmente acontecer comigo, Allie.

– Muito menos eu, você nunca se apaixonou por ninguém desde que eu te conheci.

– Eu não colocava muita fé nessa coisa de namoro e por isso mesmo eu estava irritada por você estar me trocando pelo Justin, mas agora eu entendo. Também te trocaria pelo Bryce, aliás, daqui a pouco ele vem me buscar.

– Me trocaria? É sério mesmo! Liga pra ele, quero conhecer.

– Eu perdi o meu celular outro dia. Estou usando o do meu pai, sem ele saber.

Eu rio alto, a encarando.

– Não ri, às vezes eu ainda peço. Papai! – ela grita, saindo do quarto. – Onde está seu celular? Preciso fazer uma ligação.

– Não sei, Tay. Acho que deixei na sala. – ouço Blake falar.

Em poucos segundos Tay volta para o quarto, aparentemente irritada.

– O que foi?

– Allie, eu desbloqueei a tela e sabe o que eu vi?! Isso. – ela me entrega o celular com desgosto.

“Espero que ainda esteja pensando no meu pedido de casamento. Você sabe que eu só quero te fazer feliz. Sinto sua falta.”

Era uma mensagem do Blake... Para mim.

– Eu... Isso não é o que parece...

– Como não, Allie?! Como não? Meu pai pediu você em casamento?! Que porra é essa?!

– Não... Eu... – sinto meus olhos se encherem de lágrimas.

Aquilo não podia ter acontecido. Ela não podia ter descoberto!

– É exatamente o que parece, Taylor. – Blake aparece na porta do quarto. – Eu e Allie sempre tivemos um caso.

Tay chora descontroladamente.

– Como você pôde, Allie?! Meu pai, caralho. É o meu pai! Como você teve coragem de fazer isso comigo?! E você? Quanta hipocrisia, pai! – ela aponta para Blake com desgosto. Ela volta a me olhar. – Eu esperava mais de você, Allie! Quer dizer que enquanto a idiota aqui achava que você era minha amiga, você estava transando com o meu pai? Como eu sou burra! – ela ri, enquanto suas lágrimas caem em seu rosto.

– Taylor, pare de ser dramática. No que isso influencia? – Blake debocha.

– Por Deus, você está louco? Allie é menor de idade! Você poderia ser preso! Qual é o problema de vocês dois?! – ela balança a cabeça. – Eu nunca mais quero olhar para a sua cara, Alice. Você é uma vadia mentirosa.

Minhas lágrimas caem descontroladamente pelo meu rosto. Eu havia acabado de perder minha única amiga. Me aproximo dela e fungo, mordendo os lábios.

– Só saiba que eu sinto muito. Eu nunca quis magoar você.

– Mas foi exatamente o que você fez, Allie. Adeus.

 

[...]

 

Chego batendo a porta na casa de Justin. Eu simplesmente não teria cabeça para chegar em casa sem antes me aconchegar um pouco nos braços dele. Precisava de algum conforto antes de ir para casa. Precisava dele.

– Justin, eu...

– Allie, pode me explicar o que é isso?

Ele me entrega meu celular, com a mesma mensagem que me fez perder minha única amiga.

– Isso não é...

– Casar? Ele te pediu em casamento? E você disse que ia pensar?! Você é realmente uma vadia, Alice. – ele pega as chaves da viatura. – Quando eu voltar eu não quero mais te encontrar aqui.

Justin se dirige até a porta enquanto eu me engasgo em minhas próprias lágrimas sem conseguir dizer nada. O sigo para fora do apartamento e do prédio, tentando formular alguma fala que fizesse sentido. Eu não podia nem pensar em perdê-lo também. Ele entra na viatura e eu faço o mesmo.

– Eu preciso ir pro departamento, Alice.

– Eu não me importo, você precisa me ouvir.

Ele dá partida no carro, acelerando perigosamente. Prefiro não o repreender e tento me concentrar na minha defesa.

– Ele me pediu em casamento, sim. Mais de uma vez, várias vezes. Antes mesmo de eu conhecer você. Da última vez que eu falei com ele, ele pediu de novo e eu disse que não, que eu estou com você e que eu te amo.

– Não diga isso. Não diga. Eu te amo, você me usou, merda!

– Você não está ouvindo o que eu estou dizendo?! Eu...

– Então o que significava aquela mensagem, Alice? Você é ridícula, fala a verdade pelo menos uma vez na sua vida! Você nunca parou de foder com ele, parou? – ele me olha com os olhos cheios de lágrimas.

Não, por favor... Eu não posso aguentar isso. Não ele.

– Por favor, acredita em mim, Justin. Eu te amo!

– CALA A BOCA, ALICE! Você brincou com a única pessoa que estava disposta a se preocupar com você e te ajudar a sair dessa merda que você vive! – ele me encara com ódio.

– Não, Justin! Eu...

E então, tudo se apagou.

 

DOIS DIAS DEPOIS…

JUSTIN’S POV

Me levanto daquela cama, arrancando todos os fios que estavam presos ao meu braço sem me importar. Eu precisava saber dela. Como ela estava, o que aconteceu. Uma médica adentra o quarto e me empurra de volta na cama. Fico sentado na mesma, a encarando sério.

– Você precisa tomar essas vitaminas, Bieber. Você perdeu muito sangue.

Ela limpa os furos de onde tirei os fios e faz pequenos curativos.

– Foda-se, sinto que estou preso nessa cama há dias. Você não pode me prender aqui, eu estou bem! Eu preciso ver ela! Como ela está?

– Primeiro, de fato, fazem dois dias que você está nessa cama. Segundo, você fala da garota que estava no carro com você?

– Sim, ela. Por favor, eu preciso vê-la.

– O irmão dela está com ela. Ela é uma garota de sorte. Mesmo com a pancada do caminhão, ela quebrou apenas uma costela e teve alguns cortes leves. Ela teve que passar por uma cirurgia de urgência, mas tudo correu bem. Fisicamente, ela está bem.

Suspiro aliviado. Ela está bem. Ela está bem!

– Eu preciso ver ela. – digo, me levantando.

– Bieber, espera. – ela puxa meu braço. – Tem mais uma coisa que você precisa saber.

– Sim?

– A pancada na cabeça foi muito forte, ela pode ter perda curta ou longa de memória. Só vamos saber quando ela acordar.

Deus, como isso foi acontecer?!

 

[...]

 

Encaro seus grandes olhos verdes, sorrindo. Minhas lágrimas de alívio caem e eu não tento segurá-las. Naquele momento eu só conseguia sorrir e agradecer por ela estar ali, me encarando. Abraço seu corpo com força e ela geme de dor. Solto seu corpo e a encaro com os olhos cheios de lágrimas. Dou um selinho em seus lábios e sorrio, pegando em seu rosto.

– Eu te amo, me desculpa...

– Desculpa, quem é você?

Sou pego completamente de surpresa pela pergunta. Ela não lembrava quem eu era?!

– Allie, eu... Merda. Meu nome é Justin, eu sou policial. A gente namora...

Ela sorri fraco.

– Eu não me lembro de você, mas, você é bem bonito, Justin.

Meu mundo parecia ter desmoronado.