Blaine levou Kurt para a casa antiga naquela noite e voltou para cena do crime para limpar as coisas e se livrar do corpo do Adam.
Em uma hora, tudo estava limpo e o corpo enterrado no mesmo local em que Gabriel estava. Tudo estava um "brinco" e nem parecia que havia acontecido um assassinato ali.
No dia seguinte, Kurt acordou com uma terrível dor de cabeça e assim que se sentou na cama e esfregou os olhos, foi surpreendido por Blaine entrando no quarto com um café da manhã na cama.
- Me assustou, Blaine… - Kurt disse baixo por conta da dor - Droga, minha cabeça.
- Quer um comprimido meu amor?
Kurt assentiu e Blaine foi rapidamente procurar por um remédio. Enquanto isso, o castanho ficou no mesmo lugar encarando aquela pequena mesa de café da manhã a sua frente refletindo sobre a noite anterior.
Como alguém tão carinhoso e bom pra si podia ser tão cruel com alguém daquela forma? O sorriso sombrio e o prazer tão evidente que Blaine sentia torturando e cravando a faca no pescoço de Adam e contando os detalhes de como se livrou de Gabriel não saiam da mente do Hummel.
Quando foi que Blaine se tornou aquilo?
- Aqui está, desculpa demorar, mas é que eu estava procurando por toda casa! - O moreno sorriu de forma meiga e lhe entregou o comprimido junto a um copo d'água - Enquanto isso, eu vou ligar para as meninas e avisar que hoje você não vai trabalhar.
- Eu vou trabalhar, preciso trabalhar Blaine!
- Não. Hoje você vai ficar aqui comigo, está claramente indisposto, precisa descansar.
- Eu não quero ficar aqui e me lembrar daquela cena horrível de ontem, preciso ocupar minha mente com outra coisa.
Kurt, mesmo que ainda tonto com a dor de cabeça, foi se levantando da cama quando Blaine o segurou pelo pulso o assustando.
- Já disse que você fica em casa hoje.
- Blaine, me larga.
- Você vai ficar em casa.
- Se eu não ficar em casa você vai fazer o que? Me matar que nem fez com Adam e Gabriel?!
Nesse instante, Blaine soltou o braço de Kurt rapidamente como se caísse a ficha do que ele estava fazendo e o castanho recolheu o braço massageando seu pulso assustado com a mudança repentina de comportamento do marido.
- Você tem razão, é melhor trabalhar. Perdão.
- T-tudo bem…
- Eu te levo em casa para buscar suas coisas.
- Não, vá até lá e busque minhas coisas para cá enquanto eu tomo um banho. Não quero voltar nem tão cedo ou nunca mais para aquele lugar.
- Pode deixar.
- Obrigado.
Kurt foi até o banheiro e se trancou lá para tomar uma longa ducha e ficou enrolando para ligar o chuveiro até ouvir a porta de entrada bater.
Ele não queria e nem deveria, mas estava com medo do seu próprio marido. Seu comportamento estava ainda mais estranho depois da noite passada e Kurt não sabia o que fazer. Não queria denunciar Blaine a polícia ou mandar interna-lo, ainda o amava demais para vê-lo sendo preso por enfermeiros ou policiais. Kurt estava de mãos atadas.
(…)
- Olá meninas.
- Oi Dr. Kurt, está tudo bem?
- Está na medida do possível… Mas nada grave. Eu tenho muitos pacientes para hoje?
- Alguns.
- Ótimo! Se tiver alguém querendo se encaixar ou quiserem mudar o dia de alguns pacientes para hoje está liberado. Quando mais pessoas, melhor, preciso me distrair. Jane, poderia me levar um copo bem grande de café, bem forte? - Ela assentiu - Muito obrigado.
O castanho seguiu para sua sala deixando Jane e Kyra preocupadas com o comportamento frio do amigo. Lá, Kurt se preparou, colocou seu jaleco e se pôs a trabalhar.
Naquele mesmo dia, mais tarde, Kurt fez sete atendimentos comuns e duas cirurgias de emergência. Foi definitivamente um dia agitado para ele, mas era exatamente o que estava querendo, tirar completamente de sua mente as imagens de Blaine e Adam.
- Kurt, posso entrar?
- Sim Jane. - Kurt largou a caneta de lado para dar total atenção a mulher sentada na sua frente - O que precisa?
- Está acontecendo alguma coisa com você?
- N-não, porque?
- Você está agindo estranho desde que chegou, trabalhando feito louco e está frio…
- Impressão sua, Jane, apenas quero recompensar os dias que faltei ultimamente. E não estou frio, apenas… sério.
- Eu te conheço meu amor, algo não está bom…
- Não se preocupe, é apenas algo que eu espero que seja passageiro. Talvez amanhã eu esteja melhor… - Kurt forçou um sorriso e olhou o relógio - Parece que é o fim do nosso turno, vamos?
- Amanhã você fica em casa, okay? Você merece já que salvou duas vidas hoje.
- Okay… - Jane foi saindo da sala quando Kurt a chamou de volta - Jane, obrigado.
A mulher apenas sorriu solicita e saiu da sala e Kurt ficou alguns minutos encarando a porta pensativo. Como ele queria desabafar o que estava passando, mas seria terrível para Jane saber do caos que estava sua vida agora. Sem dizer que ela correria para denunciar Blaine e isso seria completamente compreensível já que ela é amiga de Kurt e não iria querer ver o próprio amigo casado com um psicopata.
Porém ela nem desconfia que Kurt também nunca foi um santo.
- De que adianta ter salvo duas vidas hoje quando meu próprio marido tirou outras duas?
(…)
Kurt chegou em casa um pouco receoso. Já era bem tarde, pois o castanho havia passado antes em um bar e bebido um pouco. Não estava bêbado, apenas mais relaxado.
A casa estava em silêncio e todas as luzes apagadas, então ele presumiu que Blaine não estava em casa, talvez ainda fazendo a mudança ou então já devia estar dormindo, por isso ele apenas trancou a porta e acendeu a luz da sala tirando seus sapatos e por fim, se jogou no sofá fechando seus olhos.
- Oi K, não sabia que já estava em casa, porque não foi para cama?
- Pensei que já estivesse dormindo, não quis te acordar…
- Eu vim buscar um copo d'água, não consegui pegar no sono enquanto você não chegava.
- Não era necessário se preocupar tanto.
- Mas é claro que me preocupo, aliás eu estava com saudade... - Blaine se sentou no colo do castanho que abriu seus olhos o encarando - Você deve ter tido um dia cheio, o que acha de relaxar um pouco?
Kurt não respondeu nada, apenas voltou a fechar seus olhos e repousar sua cabeça para trás.
O médico sentiu Blaine abrir todos os botões de sua camisa social e afastar o pano para os lados ainda sem tirar a peça completamente do seu corpo. Em seguida, distribuiu pequenos e delicados beijos pelo tronco nu do castanho enquanto abria o botão e o zíper da calça do mesmo.
A essa altura, a respiração do Hummel já estava um pouco mais acelerada e só aumentou quando sentiu os lábios de Blaine contra o seu pescoço e um das mãos dele massageando seu membro de uma forma lenta e calma ainda por cima da cueca pela abertura da calça. A respiração de Kurt ficou ofegante até se tornar alguns gemidos baixos que provocava em Blaine um sorriso orgulhoso, pois ele estava no caminho certo.
Os beijos do Anderson subiram até a boca de Kurt para um beijo no mesmo ritmo em que ele o massageava. Aquilo estava realmente relaxando Kurt de uma forma incrível. Isso até Blaine sentir o gosto do álcool no beijo de Kurt e parar com tudo bruscamente ouvindo um xingamento em protesto.
- Isso é gosto de álcool? Kurt, você andou bebendo?
Kurt não respondeu, estava excitado demais para ter uma possível discussão agora. Por isso, ele simplesmente ignorou a pergunta e puxou Blaine de volta para um beijo mais ardente e ele acabou se entregando.
Com a mesma urgência do beijo, as mãos de Kurt entravam na calça de pijama de Blaine apertando sua bunda intensificando o momento.
O moreno já estava sem camisa e sem cueca, o que facilitou e o castanho apenas puxou as calças de Blaine o suficiente já que ele ainda estava sentado em seu colo e se encaixou na entrada do marido.
Lentamente, ele o penetrou esperando o mesmo se acostumar e depois o próprio Blaine aumentou seus movimentos com Kurt apenas o guiando segurando firme sua cintura enquanto eles tentavam um beijo desajeitado.
Depois de um tempo, Kurt chegou ao seu clímax seguido de Blaine e ambos ficaram no mesmo lugar abraçados recuperando o fôlego até o castanho finalmente levantar para tomar um banho.
Quando Kurt finalmente foi para a cama, encontrou Blaine já sentado na mesma o esperando com uma expressão séria.
- Kurt, você está me traindo?
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