História Animals Instincts - Season 2 - Almoço em família.

- Bom dia, flor do dia…

- Bom dia, amor… - Blaine respondeu e beijou o marido se espreguiçando - Já está de pé? Perdeu o sono?

- Não é tão cedo assim, dorminhoco… Precisei acordar antes para ligar para as meninas e avisar que hoje não vou para o hospital. - Kurt sorriu - Bem, o café já está pronto e por isso vim te acordar…

- Tudo bem, eu já vou para a cozinha…

- Te espero lá.

Kurt saiu do quarto e fritou alguns ovos com bacon e assou alguns waffles colocando-os na mesa enquanto Blaine se sentou a mesa seguido do castanho.

- E então, o que quer fazer o dia todo, já que serei todo seu hoje…

- Que tentador… - Blaine disse rindo um pouco e colocando um pedaço de bacon na boca - Ah, me lembrei de uma coisa!

- O que?

- Se lembra do meu irmão?

- Sim…

- Ele foi solto, já acabou a pena dele, aliás, foi diminuída…

- Que legal, amor! Como soube disso?

- Ele veio aqui em casa ontem antes de eu ir para o hospital te buscar. Então pensei em convida-lo para almoçar com a gente hoje para te apresentar para ele, o que acha?

- Por mim, tudo bem!

Kurt sorriu e os dois terminaram o café da manhã em silêncio trocando apenas alguns sorrisos.
Em seguida, os dois foram ao mercado e compraram algumas coisas para o almoço e quando voltaram para casa, prepararam tudo juntos enquanto esperavam Cooper que foi avisado ainda no caminho para casa do mercado.

Quando eles já estavam prontos, a campainha tocou e Blaine foi atender com um enorme sorriso no rosto.

- Coop! - Blaine abraçou o irmão.

- Olá Blainey! Obrigado por me convidar para um almoço…

- Entra, Kurt está nos esperando!

Os dois irmãos foram até a cozinha encontrando Kurt de costas terminando de pegar os pratos para pôr na mesa.

- Kurt, este é Cooper. Cooper, este é Kurt.

Kurt se virou e estendeu a mão para Cooper cumprimentar, porém o mesmo pareceu ficar hipnotizado com o cunhado e quando apertou a de volta, ele praticamente acariciou a mão do cardiologista no processo.

Aquilo deixou Kurt desconfiado e por isso ele olhou brevemente para Blaine, porém o mesmo estava com um enorme sorriso no rosto e pareceu não notar nada de estranho ali. Coisa que deixou o Hummel um pouco tranquilo, não queria outra crise de ciúmes do marido agora, ainda mais com seu próprio irmão.

- Vem, Coop, vamos nos sentar!

- C-claro…

Todos se sentaram e se prepararam para começar a comer.

- Eu já te disse que Kurt é cardiologista cirurgião, Coop? O melhor da região!

- Amor, não é pra tanto…

Kurt pediu envergonhado e nervoso, pois a cada elogio que seu orgulhoso marido lhe dava, mais a expressão de Cooper mudava para ele. Aquilo já estava começando a incomodar o castanho que rezava para a hora passar rápido e aquele almoço terminar de uma vez.

- E-eu vou tirar a mesa e pegar a sobremesa… - Anunciou Kurt para fugir um pouco dos olhares de Cooper.

- E eu preciso ir ao banheiro, Coop, se importa de ajudar Kurt com a mesa?

- Claro que não, maninho! É um prazer!

- Ótimo, eu já volto!

Kurt quis matar Blaine quando o ouvir dar aquela ideia brilhante de Cooper o ajudar com a mesa e deixá-los sozinhos. O moreno realmente devia estar cego de tanta felicidade em ter o irmão perto de si novamente que nem mesmo reparou Cooper encarando seu marido sem a mínima descrição.

Quando eles pegaram todas as louças em silêncio e colocaram sobre a pia, Kurt se virou para sair da cozinha e tentar disfarçar que pegaria algo em seu quarto para ficar lá até Blaine chegar, mas antes que ele pudesse dar qualquer passo, Cooper o prendeu contra a pia, numa distância perigosa.

- Por favor, me solte.

- Porque? Eu vi o jeito que você me olhou de volta, deve estar louco para trair Blaine... - Cooper chegou mais perto - Confessa, meu maninho não te satisfaz, não é mesmo? Dá pra ver nos seus olhos que você é um furacão na cama e eu aposto que Blaine não consegue te acompanhar.

- Você está redondamente enganado e se quer saber, o meu marido é incrível na cama e me satisfaz muito bem, obrigado.

- É mentira sua, pra quê resistir?

- Se não acredita, porque não transa com ele?! E eu já pedi pra me deixar em paz!

Kurt empurrou Cooper, mas ele foi mais rápido e segurou os pulsos do castanho e o forçou um beijo. O castanho tentou se debater para se livrar, mas o Anderson mais velho estava em vantagem e continuou o segurando.

E foi exatamente nesse instante, que Blaine chegou.

- O que…

- BLAINE! - Kurt gritou depois que mordeu um dos lábios de Cooper que sangrava e ele reclamava de dor - Blaine, pelo nosso amor, acredite em mim! Ele me agarrou! Não foi eu, foi ele quem me encurralou nessa cozinha, Cooper estava todo o almoço lançando olhares pra mim. Meu amor, fale comigo…

- Coop, você se importa de ir embora agora? Preciso conversar com meu marido.

- Claro, maninho! Até outro dia…

- Eu te levo até a porta!

Cooper deu um sorriso convencido para Kurt e deu as costas. A partir daquele momento, o castanho estava sentindo uma estranha ansiedade outra vez, Blaine foi frio demais outra vez.
Ele disse que queria conversar com Kurt e mandou Cooper embora, era sinal de que Blaine faria alguma loucura contra ele, certo?

Quando Kurt viu que Blaine agora segurava uma faca enquanto guiava seu irmão até a porta, ele percebeu o que o moreno estava prestes a fazer.

- Blaine, não!

Com o grito de Kurt, Cooper virou e desviou a tempo da faca do irmão que só conseguiu um corte no rosto do maior.

- Blaine, o que você está fazendo, sou eu, seu irmão!

- Você tentou roubar Kurt de mim e ele é só meu! Foda-se se você é meu irmão ou não! Eu disse que era para você encontrar alguém, mas não era a porra do meu marido!

- Quer saber? Eu queria mesmo comer Kurt, dá até para entender essa sua super proteção por ele, afinal alguém como você, vagabundo e fracassado, deve ser muito difícil encontrar alguém como ele para te sustentar, não é mesmo? Ou então você deve ameaçar ele todo dia de morte caso ele decida ir embora.

- Isso é mentira! Blaine é um ótimo marido, Cooper!

- Ah, por favor, admita Kurt! É impossível você gostar de viver e sustentar esse… fraco. Sempre foi covarde, desde criança quando tínhamos nossos pais! Quem teve que arriscar a pele para te salvar foi eu, Blaine! Eu! Perdi anos da minha vida naquela merda por causa de você! O mínimo que você tinha que fazer por mim era me dar a bunda desse teu marido! - Cooper sorriu - Você já parou pra pensar que eu tenho algum direito sobre ele? Se quem tivesse assassinado nosso pai aquela noite fosse você, eu estaria livre pra ter essa vidinha perfeita que você tem agora.

- Você matou nosso pai porque quis! Eu só pedi a sua ajuda para me tirar de casa, não pedi para mata-lo! Então não venha me culpar e dizer que tem direitos sobre a minha vida!

- Tudo bem, mas eu ainda vou conseguir roubar Kurt de você, maninho… E eu nem vou precisar fazer força para isso, dá para ver nos olhos dele que ele não te aguenta mais. É só uma questão de tempo.

Cooper foi embora com um sorriso estampado no rosto e Blaine largou a faca no chão e se sentou no mesmo em seguida.
Então Kurt, foi prontamente abraçar o marido para consola-lo e dizer para não dar ouvidos àquela besteiras que Cooper disse.

- Meu amor, não fique assim… - Kurt disse abraçando Blaine que apenas o afastou.

- Me deixa sozinho.

- Mas Blaine…

- Por favor.

Blaine se levantou e saiu de casa. Kurt pensou em segui-lo, mas talvez fosse pior, por isso resolveu respeitar o espaço do marido.
Ele estava tão feliz por ter recuperado seu irmão mais velho outra vez depois de tanto tempo e foi traído daquela maneira, ainda teve que ouvir tantas palavras ruins do mesmo, o moreno devia mesmo estar triste e confuso.

[…]

Depois que o moreno foi embora, Kurt trancou a porta de casa e foi fazer algumas tarefas domésticas. Como Blaine estava demorando e também não atendia o celular, já que havia deixado em casa, Kurt decidiu ficar na sala e dormir no sofá.

Quando finalmente o castanho adormeceu, ele sentiu um peso sobre si e acordou assustado.

- COMO VOCÊ ENTROU AQUI?!

- Só fica bem quietinho…

- NÃO, ME SOLTA! ME LARGA, COOPER!