1. Spirit Fanfics >
  2. Aniquila-me >
  3. Nenhum som

História Aniquila-me - Nenhum som


Escrita por: Gessikk

Notas do Autor


Hey, gente! Vou tentar explicar minha demora imensa de forma resumida:

1. Trava total no capítulo, apesar de saber como a fic vai terminar.
2. Desanimo com a fic, como disse para vocês no último capítulo que postei.
3. Receio de vocês não estarem gostando da conclusão da fanfic, apesar de estar escrevendo como eu tinha imaginado desde o inicio dessa história.
4. Comecei a faculdade, o que resultou em muito estudo e pouco tempo livre.

Então..foi isso. Mas não, eu não desisti de concluir Aniquila-me.
Espero que não estejam muito bravos comigo e que continuem lendo nesse final de fic!

Boa leitura.


LEIAM AS NOTAS FINAIS

Capítulo 48 - Nenhum som


Eu não tive tempo de fazer amizade com Malia. Nem tempo, nem interesse, tenho que confessar. Ela entrou na alcateia de forma abrupta e logo no início, já tinha começado a se relacionar com Stiles.

Talvez por um pouco de ciúmes e também por não saber lidar com os instintos animalescos da Hale, que não me aproximei dela. Depois fui para Eichen, enlouqueci e tive raiva de todos meus amigos. Então, novamente, não tive tempo para tentar conhecê-la melhor ou me aproximar.

No entanto, enquanto corria com Malia pelos corredores escuros do inferno, percebi que se eu tivesse me esforçado um pouco, nós já seriamos amigas. A violência e a determinação na expressão dela enquanto rosnava e me seguia pelos caminhos, me agradava.

Encontramos alguns guardas pelo caminho. Alguns humanos, outros lobisomens. Em todas as vezes, Malia tomou a frente, atacando sem esperar para ver se eu a ajudaria. Ela parecia não ter medo de nada, ser capaz de enfrentar qualquer um.

Com minha coragem recém adquirida pelo ódio, consegui atacar com ela. Pareceu fácil, natural, imobilizar os homens com a ajuda de Malia. Enquanto ela fincava as garras no estomago de um guarda, eu derrubava outro no chão.

Eu usava meu grito com certo controle, para não ferir a Malia e ela, quebrava as pernas dos homens que não queríamos matar. Assim, tínhamos certeza de que não iam conseguir correr.

— Você tem certeza que esse é o lugar certo? — Malia perguntou após muito tempo em silêncio. Seus olhos brilhantes, gélidos, estavam voltados para mim.

— Precisa ser! — Respondi sentindo em minha língua a mistura amarga do ódio e desespero misturados dentro de mim.

Por algum motivo, Malia e Liam não conseguiam usar o olfato dentro do inferno. Os dois falaram que era como se tivesse algo ali que fosse capaz de bloquear os cheiros.

Isso tornou a busca pela sala do doutor mais complicada. Tivemos que confiar só nas minhas lembranças turvas, já que Malia não podia sentir o cheiro do Scott para nos ajudar a procurar.

— Scott não tem muito tempo. Se essa não for a sala certa e a gente demorar muito, talvez... — Malia não terminou a frase. Pareceu se engasgar com a própria voz.

Não me permitir desviar os olhos da porta de ferro da sala a nossa frente, porém, suspirei por reconhecer a dor, o medo na voz de Malia. Eu sabia o que ela estava sentindo, estava na mesma situação que a dela: perto de ver a pessoa que mais amo, morrendo.

— Nós vamos encontrá-lo a tempo! — Rosnei aquela frase, segura da verdade que proferia. Parei de andar ao chegar bem próxima da porta, Malia também parou. — Scott é meu melhor amigo.

Ao pronunciar aquilo, percebi a verdade em minhas palavras. Pensei em como Scott foi capaz de fazer com que eu me sentisse bem, à vontade, mesmo quando ainda tinha medo de me aproximar de qualquer pessoa que não fosse Stiles.

— Se tem alguém nessa sala, já sabe que nós estamos aqui. — Ainda pude ouvir a dor na voz de Malia, mas ela sabia que precisava focar no que nós precisamos fazer. Não podíamos fraquejar, parar para pensar em tudo que perderíamos se não conseguíssemos fugir dali. — Eu só queria poder farejar quem está ali!

— Malia...

Eu apenas disse o seu nome e a encarei por alguns segundos. Ela bufou e logo em seguida, concordou com a cabeça, como se tivesse me entendido mesmo sem ter dito nada além de “Malia”. E de fato, acho que ela entendeu.

Não adiantava mais hesitar, pensar ou se lamentar. Nós precisamos achar Scott e sair daquele lugar, mesmo sem nenhum plano, mesmo sem o faro dela para nos ajudar.

Podia ouvir as batidas do meu próprio coração. Martelava em meus ouvidos, me deixava surda. O sangue dos inúmeros guardas e enfermeiros deixava minha pele melada, grudenta. Minhas mãos tremiam de raiva e tensão, suava ao ponto de sentir as gotas de suor escorrendo pelas costas.

Ainda assim, com os olhos ardendo e sem fôlego, juntei os lábios, tentei respirar e sem dizer mais nada, avancei. Corri até a porta e deixei que Malia se colocasse a minha frente.

Bastou um chute de Malia para a porta cair no chão como se fosse feita de isopor. Ela foi a primeira a entrar na sala, correndo agachada como um animal feroz.

Escutei o rosnado dela antes de ver Scott. Não deu tempo de sentir alívio por ter achado ele. Scott estava acorrentado pelos braços e pernas, em sua boca tinha uma mordaça de couro e o pescoço estava em volta de algo que se assemelhava a uma coleira de cachorro. Vi Malia se jogar na direção do McCall, sem nem olhar para os lados, gritando de ódio.

— Malia, cuidado! — Berrei no momento em que um homem tentava atingi-la por trás.

Não consegui ajudar, não consegui ver se Malia tinha visto o homem, pois senti algo gelado acertando minha nuca. A dor insuportável me fez grunhir de dor e cambalear para os lados.

Minha visão se tornou turva, mas pude virar para trás e dar de cara com os olhos amarelos de um lobisomem. Ele rosnava, mostrando as presas para mim e segurava algum tipo de objeto metálico.

Deixei a queimação em minha garganta se libertar. Abri os lábios secos e gritei, permitindo que a raiva presa em mim se despejasse pelo ar, cortando o ambiente com ondas sonoras agudas e atordoantes.

Ao ver a dor expressa no rosto do lobisomem, joguei meu corpo em sua direção e levei as mãos até o pescoço grande e coberto de barba. Finquei as unhas ali e apertei com toda força que tinha; ao mesmo tempo, acertei o joelho no estomago dele por duas vezes seguidas.

Parei de gritar por medo de ferir Scott ou Malia, mas o lobisomem já estava incapacitado quando voltei a pressionar os lábios um contra o outro. Precisei torcer o braço do homem, sentindo as garras penetrando minha pele e forçar ainda mais uma mão em seu pescoço até, finalmente, ele cair.

Virei o corpo a tempo de enxergar como a situação naquele lugar tinha mudado nos poucos minutos em que lutei contra o lobisomem. Tinha dois enfermeiros caídos no chão, sangrando e Scott não estava mais preso. Malia o segurava com dificuldade, sustentando todo o peso dele.

A imagem de Scott era assustadora. Mesmo sabendo sobre seus dons de cura, era preocupante o estado em que ele se encontrava. Seus braços tinham enormes cortes que não paravam de sangrar, o rosto inchado, deformado, as mãos não tinham nenhuma unha. Todas foram arrancadas.

Porém, o pior era o pescoço dele. Não dava nem para enxergar a pele morena, pois aquela área tinha se transformado em carne viva, rosada, mostrando o quanto a coleira o apertava.

— Vamos sair daqui! — Malia gritou enquanto arrastava com dificuldades o corpo moribundo.

Meus olhos percorreram ao meu redor. Tensa, percebi que o doutor não estava ali e de imediato, isso provocou um presságio ruim que açoitou minha mente. Mesmo assim, balancei a cabeça negativamente e fui até Malia e Scott, me colocando logo atrás deles, na defensiva.

Scott gemia de dor enquanto era puxado.

Aquela sala era pequena, no entanto, parecia impossível percorrer aquele percurso até a porta da saída. O tempo passava arrastado, lento demais e era insuportável escutar os grunhidos do McCall enquanto Malia tentava levá-lo para fora da sala.

Foi quando me inclinei para ajudar a Malia a carregar Scott, que vi algo que minha memória já não recordava: uma pequena porta, diferente da qual nós entramos.

Era uma sala dentro daquela. Meu sangue gelou, perdi o fôlego, porém, era tarde demais para avisar a Malia. Ela precisava arrastar Scott para longe, antes que não tivessem mais tempo para fugir.

A porta pequena se abriu e lá estava o doutor. O homem cujo nome eu nunca soube, usava suas típicas roupas cirúrgicas. Só podia enxergar seus olhos negros e ferozes em minha direção.

Aflita, empurrei Scott e Malia com dificuldade, fazendo com que os dois caíssem para fora da sala. Foi só naquele momento que a Hale viu a presença do doutor e arregalou os olhos.

— Corre, Malia! Agora! — Ordenei aos berros.

A compreensão atingiu o rosto animalesco da Hale e eu agradeci internamente por ela ter entendido que não tínhamos outra opção, ou Scott morreria. Ela ergueu o corpo dele, o carregando com descuido e logo em seguida, começou a correr.

Tudo que eu mais queria era correr atrás deles. Correr até encontrar Liam e Stiles. Eu precisava sair daquele lugar! Mas sabia que se fizesse isso, o doutor faria de tudo para nos impedir.

Antes de sair daquele inferno, eu precisava matar o doutor. Precisava defender Scott, Malia, Liam e Stiles. Eu estava disposta a lutar por eles e a morrer se fosse preciso.

— Não espere por mim! — Foi a última coisa que gritei antes de voltar a encarar os olhos escuros do doutor.

Estava pronta para aquilo. O ódio, a coragem, corriam pelas minhas veias e serviam como o impulso que eu precisava para atacar, para descarregar tudo o que sentia.

No entanto, de nada adiantou quando senti uma pontada de dor insuportável perfurando meu pescoço. Percebi que era uma agulha, porém, não consegui mexer meu corpo.

Assim que aquela dor me alcançou, foi como se meus músculos tivessem congelado. Ele tinha injetado algo em mim!

A força escapou de minhas pernas e eu teria despencado no chão, se não fosse por mãos desconhecidas que me sustentaram pelas costas e começaram a me arrastar pelo chão sujo.

Abri a boca, mas nenhum som saiu de mim.

— Você vai ficar um tempo se conseguir falar, Lydia. — Foi o que o doutor disse antes de tirar a máscara cirúrgica, revelando o rosto marcado por inúmeros sinais de expressão. — Desculpe por isso, mas não podia arriscar deixar você gritar.

Ordenava que meu corpo se movesse. Ordenava que minhas cordas vocais expulsassem um grito. Mas nada acontecia. Eu permanecia parada, flácida, permitindo que fosse arrastada pelo chão até sentir uma parede atrás das minhas costas.

Eu sentia tudo. Ouvia tudo. Enxergava tudo. Porém, estava presa dentro do meu próprio corpo, incapacitada de fazer qualquer coisa. Era refém sem ter nenhuma corrente que me prendesse.

— Preciso falar com você, Lydia e tenho que garantir que me ouça com atenção.


Notas Finais


IMPORTANTE LER!!

Se eu seguir com meu planejamento de fic, Aniquila-me vai terminar no capítulo 52.
Seria assim: Mais dois capítulos, o de número 49 e o 50, depois o Epílogo e um capítulo Bônus Scalia para terminar, mostrando um pouco desse casal que não foi explorado no decorrer da história.

Mas então.. AINDA DÁ TEMPO de vocês pedirem algo que queiram ver nesses últimos capítulos. Dependendo do que comentarem, posso pensar em fazer mais algum capítulo bônus, mostrando algum personagem que vocês queriam ou focando em algum momento especifico Stydia que tenham vontade de ver.
Por isso, não deixem de comentar ou mandar mensagens para mim, fazendo algum pedido antes que eu marque essa história como concluída!
Inclusive...vou fazer o bônus Scalia justamente porque vocês, leitores, disseram que queriam ver como foi que esse casal aconteceu.
Vou fazer o possível para atender o pedido de vocês!
E`isso, gente.
No próximo capítulo, vai ser a conclusão de todos os mistérios sobre a Eichen que ainda não revelei para vocês e eu PROMETO que não vou demorar para postar.
Espero que comentem, interajam comigo!
Desculpe pela demora e pelo desânimo, mas vou fazer de tudo para dar um final digno para essa fanfic.
Beijinhos!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...