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História Anjo Diabólico - Mais uma pra coleção


Escrita por: MannyChuva

Notas do Autor


Helloooo! Beleza?
Mais um capítulo dessa belezinha hauahuahau
Espero que gostem!

Capítulo 5 - Mais uma pra coleção


Fanfic / Fanfiction Anjo Diabólico - Mais uma pra coleção

 

Capítulo 5

Mais uma pra coleção

 

Baekhyun continuou me puxando pela mão mesmo com meus protestos e chamados. Até tentei me soltar, mas ele era absurdamente forte pra alguém do tamanho dele. Resolvi parar de tentar puxar meu braço e ver no que aquilo ia dar. Eu bem que estava ansioso e nervoso pelo que viria.

Ele parou quando chegamos à metade da ponte sem graça que quase ninguém usava. Ele me soltou e andou até a murada de segurança, olhando para o rio Han. Fiquei esperando ele dizer alguma coisa, mas como ele continuou em silêncio, fui ficar ao seu lado.

O céu estava ficando nublado e o sol já começava a se por, então as nuvens se tornaram uma espécie de amontoados de algodão sujos de tinta laranja, amarela, rosa e roxa, como seu um artista os usasse para limpar os pincéis e os jogasse em um mesmo lugar. Fiquei observando o céu.

— Você ainda não me respondeu

Virei a cabeça olhando confuso pra Baekhyun. Ele ainda parecia irritado.

— Não respondi o quê? — murmurei.

— Onde estava indo. Com ele.

Franzi as sobrancelhas. O animal estranho dentro de mim começou a rosnar.

— E por que eu precisaria te contar?

Ele ergueu as sobrancelhas e me encarou. Engoli em seco, mas não recuei.

— Eu não sei nada sobre você e nem por isso fico te enchendo de perguntas — ele me encarava como se me desafiasse a continuar falando. E eu continuei, porque sou idiota. — Aliás, o que acha de começar a me contar algumas coisas sobre você, como por exemplo, a sua atitude no dia em que nos conhecemos, ou o porquê de ter me beijado, ou o porquê de ter me encurralado na sua casa depois de se fazer de bonzinho na frente dos meus amigos?

Respirei fundo depois de despejar tudo aquilo que estava entalado na minha garganta. Eu não fazia ideia de onde aquela coragem havia vindo, mas não a desperdiçaria.

Baekhyun sorriu malandramente.

— Ora, acho que tem razão, Chanyeol. Por que eu não contaria essas coisas pra você, não é? Talvez seja pelo fato de você ser lerdo demais pra entender qualquer coisa que eu tenha pra te dizer. Pelo menos até que se toque. Você não entende nada, Park Chanyeol. É só um moleque medroso que se esconde na hora de espiar pessoas fazendo sacanagem, ou que tira fotos de atletas sem ninguém ver. Bem... mas dessa vez alguém viu, não foi? Além de observador de pássaros virou paparazzi?

Senti meu rosto esquentar de vergonha. Se Baekhyun sabia daquilo, quer dizer que todos já saberiam? Eu provavelmente não deveria ir à escola pelo resto da semana.

— O que foi, gatinho? — Baekhyun disse maldosamente. — Já está pensando em se esconder de novo?

Arregalei os olhos. Como ele sabia o que eu estava pensando?!

Ele sorriu com malícia

— Assustado? Combina com você.

Meus olhos lacrimejaram. Ele estava tirando sarro de mim. De novo.

Apertei as mãos em punho pra elas pararem de tremer.

— O que você sabe? — retruquei. — Tenho certeza de que nunca passou pelos problemas que eu passei. Aposto que sempre foi o popularzinho da turma, com essa sua carinha de anjo falsa. Você nunca soube como é ser um Zé ninguém, ter todos te olhando e dizendo: aí vem o esquisitão!

Senti meus olhos arderem ainda mais. Continuei gritando.

— Você sempre se sentiu especial, ou querido, ou importante, mas eu... pra que eu sirvo? Por que eu ainda estou aqui? Que merda eu ainda estou fazendo aqui?! Eu devia me jogar dessa ponte e desaparecer! Ninguém se importaria!

Quando parei de gritar, comecei a soluçar. Meu rosto estava molhado e algo fazia cócegas em meu queixo quando pingava. Esfreguei meu rosto com as mãos, sem me importar com meus óculos embaçados.

Baekhyun me fitava sem esboçar reação. Mas então ele sorriu, como se estivesse satisfeito. Aquilo fez o animal pular na porta, tentando estraçalhá-la e abocanhar seu pescoço.

— Bem, acho que tem razão, Chanyeol. Por que não pula de uma vez?

O encarei chocado. Ele estava realmente dizendo para eu me matar?

— Não. — Ele se corrigiu de repente. — Por que todos com problemas não fazem uma longa fila nessa ponte e pulam um por vez? Acho que vai demorar um pouco, mas quem se importa no final? Afinal, essa é a solução.

Gemi de frustração. Ele ainda queria me provocar.

— Não se preocupe, Chanyeol. Alguém deve abrir caminho pra você não se sentir tão apavorado. Eu vou fazer isso, você pode vir depois.

Ele se sentou na murada, de costas para o rio.

O que ele estava fazendo?

— Vejo você em algum lugar melhor. Algum lugar sem problemas, sem preocupações... deve existir algum lugar assim, não é? Então não precisamos ter medo.

— Bae-Baekhyun...

Ele abriu os braços, como se fosse voar.

— Até algum momento, Chanyeol... eu acho...

— Espera!

Ele se inclinou pra trás e desapareceu da minha vista. Encarei o vazio petrificado e então ouvi um splash da água.

Gritei e me debrucei na murada. O rio passava com a correnteza por baixo de mim, como se ninguém nunca houvesse caído ali.

Aimeudeus... AIMEUDEUS!

Meu estômago se apertou e eu me desesperei.

— Ele pulou... ele realmente pulou... aimeudeus!

Tentei pensar em alguma solução, mas a minha cabeça era uma confusão completa. Encarei novamente o rio. Depois olhei em volta e não vi ninguém.

Uma única ideia se destacou do caos e comecei a ter uma conversa desesperada com o animal dentro de mim.

Pule.

Okay, eu sou retardado, mas nem tanto.

Baekhyun vai se afogar e vai ser sua culpa.

Como seria minha culpa? Ele pulou sozinho.

Você deu a ideia, imbecil. A culpa é sua e da sua boca grande.

Eu... eu não sabia que ele tinha pensamentos desse tipo.

É claro. Você só pensa em si mesmo, seu canalha egoísta. Agora pense em outra coisa que não nesse seu rabo seco.

Essa conversa durou, tipo, uns dois segundos.

Quando dei por mim, estava subindo na murada, olhando para o amontoado de algodões sujos no céu – não queria encarar as águas rápidas do Han – e sentindo meu corpo cair até que os algodões foram substituídos por uma explosão de bolhas.

A água começou a me puxar e empurrar raivosa. A correnteza era mais forte do que parecia lá em cima. Ela me puxava pra baixo, enquanto as bolhas me abandonavam e subiam à jato até a superfície. Pude ver meus braços se agitando na minha frente e senti minhas pernas tentando se debater. Tudo era uma confusão de água. Tentei ver Baekhyun naquela bagunça, mas eu parecia estar sendo balançado e girado.

Até que ele apareceu no meu campo de visão. Flutuava belamente, com os cabelos se agitando como se ventasse, as águas emolduravam seu corpo e se agitavam estranhamente atrás de si, como asas. Ele sorriu e começou a se aproximar. Mas quanto mais nadava, mais minha vista borrava e escurecia. Até que ele estava perto o suficiente para me tocar.

Mas se fez isso, eu não vi. As trevas me engoliram, calmas como ele.

 

 

Meus pulmões ardiam e gritavam por oxigênio, mas eu não consegui puxar nenhum, já que uma explosão de água quente e nojenta esguichou saindo da minha boca e das minhas narinas. Fui virado de lado, o que ajudou a me livrar de toda a água e abrir espaço para o abençoado ar.

Quando me rolaram de volta pra ficar de costas, minha visão pode focar em cabelos claros que caíam molhados emoldurando um rosto belo, salpicado de gotículas de água e um sorriso sereno de anjo. Atrás de sua cabeça, uma luz amarelada e vibrante emanava majestosamente. Enquanto fitava aquela pessoa surreal, minha respiração foi regulando.

— Baekhyun... — tentei falar, mas engasguei e recomecei a tossir.

Ele me puxou, me sentando. Percebi que estava deitado na margem lamacenta do rio. Um poste estava aceso acima de nós, era dele que vinha a luz divina.

— Você pulou mesmo... interessante — Baekhyun falou com um sorriso brincalhão.

— O-o quê?

Então me lembrei de tudo. Da discussão, de Baekhyun se jogando da ponte e desaparecendo nas águas do rio e de mim pulando como um doido e me afogando.

— Você pulou... — falei como um besta. — Mas você está bem. Você não se afogou. Mas eu me afoguei. Eu... eu pulei atrás de você!

Tirei os cabelos do rosto. Estava sem óculos, então olhei em volta, os procurando.

— Aqui.

Baekhyun os estendeu pra mim. Os peguei com raiva e coloquei no rosto, me sujando de lama.

— Você é louco! — gritei.

Ele riu.

— Por que está rindo? — eu soquei o chão e espirrou lama em nós.

— Por que tem um bigode de lama no seu rosto.

O encarei incrédulo. Então me levantei cambaleante, mas ele me puxou de volta pro chão.

— Ei, espera, garoto — ele falou sorrindo.

— Espera é o caralho! Me solta!

Tentei me puxar, mas ele não soltou. Então meu pé escorregou na lama e eu caí deitado, puxando Baekhyun junto.

Ele sorriu com malícia.

— Você pulou, Chanyeol. Por mim.

Pisquei os olhos confuso e irritado.

— E eu quase morri por isso! E você estava muito bem!

— Não importa — ele falou com seriedade. — Você não vê?

Bufei.

— Não vê o quê?

— Foi pra isso que nasceu. É por isso que está aqui.

— Eu não nasci pra morrer tentando te salvar! — falei indignado. — Está querendo dizer que a minha vida foi só por esse momento?

— Sua vida inútil? — ele me encarou provocante.

Apertei os lábios.

— Tá. A minha vida não é inútil. E eu não queria ter pulado daquela ponte.

Ele sorriu.

— Sei que não. Você só fala um monte de bobagens sem nem se dar conta do que realmente significam. Eu só te mostrei o que elas são.

Fitei seus olhos bonitos e sabichões e seu sorriso convencido.

— Você é louco. É loucura.

— Mas é verdade — acusou.

Fiquei pensando naquilo por um momento. Encarar a morte de frente foi realmente assustador, não foi como eu imaginara tantas vezes. E agora que eu havia passado por isso e percebido que não havia sido tarde demais, eu me sentia estúpido por pensar todas aquelas bobagens.

Suspirei.

— Será que pode sair de cima de mim? — pedi em voz baixa.

— O quê? Eu não te ouvi.

Baekhyun me encarou, sou olhos cintilaram maliciosos.

Estava demorando...

— Eu quero me levantar.

Ele me prensou mais ao chão lamacento.

— Hum, não parece um motivo tão importante.

Gemi de frustração.

— Garoto! Qual o seu problema? Por que fica flertando comigo desse jeito? Olha pra mim, eu sou...

— Se você dizer que é um Zé ninguém, eu vou te joga de volta no rio — Baekhyun ameaçou.

O encarei emburrado.

— Acorda, moleque — ele falou com um sorriso. — Já está na hora.

Franzi a testa.

— Ahn?

— Parece que eu vou ter que te acordar na marra.

Ele se inclinou e mordeu meu lábio inferior. Gemi de susto e dor e ele soltou uma risadinha. Então prensou os lábios contra os meus em um beijo molhado. Arregalei os olhos surpreso, então senti as pálpebras pesando até fecharem.

Suas mãos agarravam meus pulsos, me prendendo ali, mas como não mostrei resistência, elas afrouxaram. Uma delas foi até o meu rosto, e a outra apoiou o peso de seu corpo. As minhas eu passei por suas costas. Sua camiseta grudava em seu corpo molhado. Ele estava quente quando o abracei. Esse calor começou a ser passado pra mim, enquanto sua língua serpenteava com a minha em sons estalados.

Seu corpo se movia sobre o meu. Uma de suas pernas estava entre as minhas, e sua coxa roçava no meu baixo ventre. Deixei um gemido escapar e apertei o abraço quando ele se mexeu com mais força. Baekhyun riu e afastou os lábios, os roçando provocante contra os meus.

— Eu não quis dizer isso, mas acho que te acordei de outra maneira — murmurou pervertido, enquanto descia com a mão até a minha barriga.

Minha respiração estava acelerada e meu rosto, quente.

— Por mais que isso seja tentador — ele continuou —, é melhor sairmos daqui antes que os crocodilos cheguem.

Arregalei os olhos, sentindo o frio repentino arrepiar meu corpo.

— Cro-crocodilos? — perguntei apavorado.

— É... e anacondas.

Pulei me colocando de pé e comecei a sair dali, arrastando Baekhyun comigo e me perguntando por que ele gargalhava.

 

 

Saí do banheiro secando os cabelos e fui até meu quarto. Baekhyun não estava mais lá. Ele havia ido até a minha casa se limpar, mas aparentemente desapareceu enquanto eu tomava banho.

Meus pais não estavam, pra variar, ainda estavam no trabalho. Os dois eram advogados e eram obcecados pelo que faziam, então não era novidade que me deixassem de lado. Enquanto eu estivesse tirando notas boas o suficiente e acabando com a comida da dispensa, eles não se preocupavam comigo.

Não que eu me importasse tanto. Quero dizer, eu sou um adolescente que não tem os pais pegando no pé o tempo todo. Eu só queria que eles verificassem se eu estava na cama durante a noite, ou se ainda estava na casa dos meus amigos. Mas isso não acontecia.

Joguei a toalha no canto do meu quarto bagunçado e peguei uma roupa de uma das pilhas de roupas limpas que eu não me dava o trabalho de guardar nas gavetas. Meu celular estava na cama, ele havia sobrevivido ao rio.

O peguei e desbloqueei a tela. Uma selca de Baekhyun apareceu na tela. Mostrava parte de seu rosto, ele piscava e fazia um biquinho em uma pose sexy; também havia editado a foto em preto e branco. Encarei a imagem, hipnotizado. Até perceber que havia uma anotação pequenininha na parte de baixo.

“Pra sua coleção, paparazzi ;P”

Francamente...

Coloquei a foto como papel de parede do celular.

 

 


Notas Finais


Baek cada vez mais doido, Chan cada vez mais confuso, hehe. Estão confusos tbm? Espero que sim ♡ ;P
Passamos de 40 favoritooos! Obrigadaaaaa! Fico tão feliz que estejam gostando *-*
Voltarei o mais rápido que puder, beijinhooos *3*


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