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História Anjo Diabólico - O despertador, o macumbeiro e um estranho


Escrita por: MannyChuva

Notas do Autor


Oiiiin!
Geeente, muuuito obrigada pelos favoritos e comentários! Se vocês estão felizes, me deixam feliz, e isso me faz querer deixar vocês ainda mais felizes e tudo vira um ciclo sem fim, que nos guiará!
ENTÃOOOOO! Escrevi que nem uma louca. Tá, não foi que nem uma louca, mas eu mandava o meu eu vagabundo que quer ver seriado o dia todo calar a boca e ir escrever. Me amem ♡
Enfim, não sei se tá bom, mas tá aqui xD quentinho, pq acabei de escrever.
Boa leitura *3*

Capítulo 6 - O despertador, o macumbeiro e um estranho


Fanfic / Fanfiction Anjo Diabólico - O despertador, o macumbeiro e um estranho

 

Capítulo 6

O despertador, o macumbeiro e um estranho

 

Psiu!

Resmunguei e virei de lado na cama.

Psiu!

— Hum! Só mais cinco minutos — murmurei.

Pulei de susto ao sentir algo se arrastar na minha coxa e ouvi uma risadinha baixa. Abri os olhos, sonolento, e vi Baekhyun ajoelhado ao lado da minha cama. Estranho...

— O que está fazendo aqui? — murmurei sentindo minhas pálpebras pesarem.

— Te acordando. — Ele sorriu malicioso e “andou” com dois dedos subindo pela minha coxa.

— Pra quê? — resmunguei.

— Escola. Levanta logo.

Fui fechando meus olhos de novo.

— Eu não quero — respondi.

— Na-na-ni, na-na-nã... — ele esticou a pele ao redor dos meus olhos com os dedos.

Choraminguei.

— Todos vão saber sobre as fotos do Kris.

— E daí? Encare-os. Depois de pular de uma ponte só pra me salvar, você tem bolas pra isso.

— Prefiro pular da ponte de novo — resmunguei e peguei suas mãos, as afastando do meu rosto e fechando os olhos.

Ele murmurou alguma coisa que não entendi.

De repente, senti o colchão afundar ao meu redor e dei uma espiada abrindo um olho. Então arregalei os dois.

— Bae-Baekhyun...

Ele estava ajoelhado em cima de mim e apoiava o peso com as mãos ao meu redor.

— Vou fazer você levantar — falou com um sorriso pervertido.

Engasguei com a saliva e ele gargalhou.

— Ah... vai ser divertido — disse com a voz aveludada.

Então ele se sentou no meu colo e ondas de vibração saíram dele, indo de encontro à minha – não notada até então – ereção matinal.

Gemi de surpresa e me sentei de uma vez.

Estava sozinho no quarto, sem sinal de Baekhyun e seu sorriso safado.

Outra vez uma vibração. Enfiei a mão debaixo do edredom e puxei meu celular que despertava. Desliguei o alarme e encarei o biquinho do Baekhyun na minha tela. Eu havia pegado no sono enquanto olhava a foto.

Soltei um suspiro sôfrego e vi que ainda dava pra chegar no colégio antes do sinal. Mesmo que eu não quisesse, pois havia tido um sonho erótico com um garoto doido e gostoso, estava duro por causa isso e teria que encarar uma multidão de alunos comentando sobre como eu era um tarado assustador que tirava fotos do capitão do time de basquete.

Mas acho que sou doido também. Me levantei e fui me arrumar, tentando parar de pensar em Baekhyun.

 

 

Cheguei à escola parecendo um fugitivo da polícia. Usava só roupas pretas, incluindo um moletom com capuz. Entrei no prédio sorrateiramente, desviando das pessoas como um ninja e me escondendo nas sombras.

Aparentemente nada disso deu certo, porque todos me viam, já que eu era uma maldita vara de cutucar coco usando moletom naquele calor.

De qualquer maneira, consegui chegar à sala sem ninguém me abordar e ignorando possíveis olhares e dedos rudes apontados pra mim.

Enquanto a aula não começava, fiquei olhando pela janela, procurando avistar Baekhyun ou Jongin. Eu precisava me explicar a Jongin, porque me sentia muito grosseiro por ir embora daquela maneira.

 E Baekhyun... Eu estava ansioso e apavorado só de pensar em ficar no mesmo lugar que ele. Eu me sentia instável com suas provocações, como se fosse outra pessoa. Isso me assustava mais ainda.

Porém, não vi nenhum dos dois naquela manhã.

Depois do intervalo, quis amaldiçoar o criador daquele horário meu. Por que eu tinha que ter educação física? E por que tinha que ser com o time de basquete?

Tá que não ia ser junto, mas eles estariam na quadra ao lado. E eu nem teria a cobertura do moletom, já que tinha que colocar a roupa de ginástica. Eu só podia torcer pra tudo dar certo.

Mas o amaldiçoado era eu.

Assim que coloquei meus pés no campo, vi o grupinho da Nana – que estava matando aula pra ela se pegar com o namorado atrás da quadra – começar a cochichar como se o mundo estivesse acabando.

Até ai tudo certo.

O problema foi quando Nana olhou pra mim e começou a se aproximar, balançando as ancas e empinando o nariz; as outras garotas correram junto como se estivessem agarradas à sua saia.

Fiquei de costas, esperando não sei o que, talvez ficar invisível, ou me teletransportar. Mas é claro que nada disso aconteceu.

Ouvi um pigarreio.

— Garoto — Nana chamou.

Me virei lentamente pra encará-la. Ela estava parada, com os braços cruzados; suas seguidoras a imitavam.

— Por que estava tirando fotos do Kris oppa ontem?

Engoli em seco. Ela era direta.

— Ah... eu... não estava.

Idiota.

Ela riu soprado.

— Claro que estava. Eu vi, não adianta mentir. Quer saber? Me dê seu celular.

O quê?!

— O quê?

— Você a ouviu — disse uma das seguidoras. — Além disso, Kris oppa já sabe de tudo. Ele disse que ia arrebentar você.

Um calafrio passou pela minha coluna e senti vontade de chorar. Meu crush me odiava.

— E-eu não tirei foto nenhuma. É mentira.

Nana ofegou.

— Está dizendo que sou mentirosa?

Ela estreitou os olhos e andou até mim, enfiando as mãos nos meus bolsos.

— Ei! — arfei.

— Onde está? Você deixou no armário? Tudo bem, eu encontro.

Então ela saiu andando até o vestiário, com suas seguidoras correndo atrás, como os pintinhos seguem a mamãe galinha.

— E-espera!

Corri atrás delas, que já estavam no vestiário, analisando os armários e surpreendendo garotos seminus.

E esses garotos eram do time de basquete.

— Nana? O que está fazendo aqui? — Sehun perguntou enquanto secava os cabelos com uma toalha.

— Sehun! Esse é o esquisito que estava stalkeando o Kris oppa!

Todos os garotos me encararam e eu congelei onde estava. De repente, Kris saiu de trás dos armários. Usava só uma toalha amarrada na cintura. Ele me encarou com profundidade. Senti meu rosto queimar de vergonha.

— Ah, então é você? — ele perguntou, a voz estava séria.

Ele andou até mim. Senti as pernas bambearem de empolgação e medo. Ele me encarou com olhos de fera.

— Você me fez ter que aguentar muitas brincadeirinhas, garoto. Qual é a sua? É um viadinho?

Os outros garotos observavam a cena com sorrisos. Eu não olhei pra Kris, sentindo meu rosto quente e meus olhos lacrimejantes.

— O que foi? É surdo por acaso? — ele me empurrou e eu cambaleei para trás.

— Olha pra ele — Sehun falou. — Com certeza é um viadinho.

Olhei em sua direção, sentindo o sangue ferver ao me lembrar da cara que ele fez quando gozou ao ser chupado por Baekhyun. Ah, se eu contasse o que sabia... Apertei as mãos em punho, ele viu e ergueu uma sobrancelha.

— Parece que o viadinho quer brigar.

Ele se aproximou, mas Kris o impediu de continuar.

— Aqui não é lugar pra briga, Sehun — Kris falou, então em encarou com fogo nos olhos. — Vamos esperar o momento certo pra isso.

Meu coração pareceu ter falhado em uma batida.

— Cai fora daqui, bixinha — ele mandou.

Senti que ia chorar com todo aquele ódio direcionado pra mim. Então dei as costas pra todos e corri pra longe do vestiário. Mas não fui muito longe, esbarrando em alguém que me impediu de cair.

— Hyung!

Era Jongin, ele sorriu pra mim, como se fossemos velhos amigos que não se viam há tempos.

Eu bem queria que isso fosse verdade.

Coloquei as mãos na frente do rosto quando comecei a chorar. Ah, eu sou um bebê chorão! Jongin passou o braço pelos meus ombros e perguntou o que havia acontecido, mas só o que saía da minha boca eram soluços patéticos.

— Aigoo, hyung... me diga quem fez isso e essa pessoa vai pagar.

Ri em meio ao choro e neguei com a cabeça. Eu bem que queria ver a cara de Sehun quebrada. Não. Eu queria bater nele com meus próprios punhos. A cena dele com Baekhyun ficava piscando na minha mente, aumentando minha raiva.

Mas eu não queria que ninguém fizesse nada ao Kris hyung. Ele não tinha culpa de ser meu crush. Com certeza não iria querer que alguém o relacionasse comigo, mas por minha culpa, agora todos faziam isso.

— Hyung, é sério, me diga se posso fazer alguma coisa por você.

Solucei mais uma vez e sequei meu rosto com as mãos.

— Se você pudesse me fazer virar outra pessoa, eu ia adorar isso — falei amargurado.

Ele me encarou com um sorriso.

— O-o quê? — funguei.

— Aigoo, você é um hyung fofo — ele apertou minha bochecha e eu franzi o cenho. Ninguém me chamava de fofo. — Eu acho que posse te ajudar de alguma maneira...

Comecei a rir.

— Você é doido... eu não estava falando sério — falei.

— Não, hyung, é sério. Olha, vamos pra minha casa e eu vou te mostrar.

Relutei quando ele me estendeu a mão, mas no fim, cedi.

— Minhas coisas estão no vestiário...— falei.

— Oh... entendo. Aqueles que te fizeram chorar estão lá — ele falou e eu sorri, ele dizia as coisas de um jeito estranho. — Bem, eu vou buscar suas coisas e nós vamos nos vingar deles de uma maneira deliciosa.

— Ahn... tudo bem...?

Não estava certo se queria saber o que ele tinha em mente, mas concordei antes que ele corresse para o vestiário.

Poucos minutos depois, ele voltava com a minha mochila.

— Vamos, não podemos perder tempo.

— Espera, Jongin... sobre ontem... eu...

— Ah, esqueça, hyung. Eu entendo, conheço o Baekhyun e ele pode ser bem ciumento.

Meu rosto esquentou.

— E-ele não estava... não era isso.

Ele riu.

— Claro que não — disse sarcástico. — Vamos.

Então Jongin me arrastou pra fora da escola.

 

 

Jongin morava em uma casa distante da escola, em um bairro calmo. Ele vivia com sua avó, que estava velhinha demais pra entender o mundo a sua volta. Ela passava o dia vendo televisão e perguntando do marido que falecera há muitos anos, me contou Jongin. Ele não falou nada sobre seus pais, e eu não quis perguntar pra não ser intrometido.

Fomos até seu quarto que, apesar de ser simples, era limpo e organizado. Que bom que não fomos para a minha casa, porque ela estava uma zona.

— Muito bem, vamos começar — Jongin disse ao me sentar de frente para um espelho.

Então ele pegou uma tesoura de uma gaveta e a ergueu.

— O-o que...

— Relaxa, hyung — ele abriu um sorriso meio maníaco. — Quando eu acabar vai ser como se você fosse outra pessoa. Mas só por fora, por dentro vai ser a mesma pessoa brilhante, só que as pessoas vão deixar você mostrar isso a elas.

Engoli em seco enquanto Jongin retirava meus óculos.

— Espera, tive uma ideia — ele disse de repente.

Então girou minha cadeira, me fazendo ficar de costas para o espelho. Assim eu não podia ver o que estava acontecendo.

— Isso é meio assustador — falei.

— Não se preocupe. Eu já disse que eu sou demais? Pois então fique sabendo que eu sou.

Tentei repensar em porque estava tão preocupado. Jongin tinha uma aparência impecável e linda, por que eu teria algo a temer?

Então ele pegou um vidro de tinta vermelha pra cabelo e eu engasguei.

Acho que amanhã não vou aparecer na escola.

Nem depois de amanhã, nem depois. Nem nunca mais.

 

 

Demorou algumas horas pra Jongin determinar seu trabalho em mim como concluído. Pelo menos em parte, porque ele disse que ia queimar todas as minhas roupas, o que foi bizarro.

— Jongin... não vai me deixar ver nunca?

Ele usava algum aparelho pra enrolar as pontas do meu cabelo. Eu podia ver um reflexo vermelho demais e já queria chorar. Como eu apareceria na frente das pessoas daquele jeito? Eu devia estar ridículo.

— Só um momento... já estou acabando.

Suspirei. Minha cara estava com uma textura estranha por causa da maquiagem.

Sim. Maquiagem. Eu ia parecer um palhaço, que maravilha.

— E... acabei! — Jongin pulou sorrindo largamente. — Vamos, pode olhar!

Peguei meus óculos e o coloquei, mas não virei a cadeira.

— Hyung! O que foi?

Olhei pra baixo, brincando com os meus dedos.

— É que... vou estar ridículo.

Ele pareceu ofendido.

— Não... não é por isso, é... eu não sirvo pra essas coisas de moda e beleza...

— Hyung.

O olhei.

— Cala a boca e olha logo — ele disse com seriedade.

Suspirei de novo e concordei com a cabeça. Pude sentir os cachos que ele fez pularem, o que foi estranho. Minha cabeça parecia mais leve.

Agarrei os braços da cadeira e virei para o espelho de uma vez.

...

Se não fosse por Jongin atrás de mim sorrindo que nem um maníaco e eu estar fazendo minha típica expressão de “que porra é essa”, eu acharia que tinha outra pessoa com a gente ali.

— Jongin...

— Oi? — ele respondeu com uma risada, quase dançando no mesmo lugar.

— JONGIN — gritei.

Ele gargalhou.

Mas eu não estava achando graça nenhuma, porque ele só podia ter feito alguma macumba, ou pacto com satanás pra vender a minha alma e mudar a minha cara.

Eu, com certeza, vou pra escola amanhã.

 


Notas Finais


QUEM QUER UM DESPERTADOR E UM MACUMBEIRO DESSES FAZ O URRO!
Parei nessa parte sim, pq sim e.e
Treta com os caras do basquete, com as garotas do galinheiro, Baek que aparece só em sonho, Jongs revolucionário. Yay :3
Geeeente, por mais que eu queira escrever essa fanfic, ainda tem as duas outras da minha outra conta pra atualizar, então... não vou voltar tão cedo quanto voltei dessa vez. Mas também vou tentar não demorar. Só vou escrevendo e posto quando terminar, okay? :) Só pra avisar heuheuhuehue <3
Obrigada por ler! Kissu! *3* ♡♡♡
(Minha internet tá um cu. Mais lerda que eu '-')


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