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História Anjo Negro - Kidnapped


Escrita por: darkmoon15

Notas do Autor


Gente, eu espero que vocês gostem da minha fics original, prometo pra vocês que Haven vai cativar vocês e Jeremy vai tirar vocês do sério.
;)

Capítulo 1 - Kidnapped


Fanfic / Fanfiction Anjo Negro - Kidnapped

Desde sempre eu sonho com ele, aquele ser com luz dourada em volta da cabeça, sempre vi apenas sua silhueta, nunca tinha conseguido enxergar seu rosto.

Ele sempre estava lá me observando, quando eu tinha pesadelos, ele sempre me indicava um caminho melhor.

Agora eu estou acordada com uma lanterna apontada para uma das dezenas de fotos espalhadas pela cama.

Nesse exato momento um raio iluminou o quarto e eu pensei ter visto ele de frente pra minha cama, alguns segundos depois veio o barulho estrondoso de um trovão, acordando as outras 5 garotas que dormiam junto comigo naquele quarto do colégio.

- Jesus! – exclamou uma delas.

Fui guardando as fotos rapidinho, alguém acendeu a luz.

- ai meu olho Betsy.

- bota um travesseiro na cara Mady, hoje eu não durmo de luz apagada.

- estou totalmente de acordo – disse.

Mady era o apelido de Madeleine, ela é uma artista do colégio, é tão delicada quanto o nome, sabe fazer de tudo um pouco quando se trata de arte, ela dança, canta, pinta e desenha.

Eloise é criativa, espoleta, divertida, vive criando encrenca com as freiras, adora inventar coisas.

Britney é estilosa e adora conversar, adora contar historias e é super tagarela, se dá bem com todos.

Inês é avoada, sempre perdida em pensamentos, mas é super inteligente e é a garota que tira as notas mais altas do colégio. Ela nem precisa estudar.

Dentro do quarto nós éramos melhores amigas, mas fora dele, tínhamos grupo de amigos diferentes, quer dizer, elas tinham, eu ficava sozinha e era perseguida pelas “garotas exemplo”, mas as meninas sempre disfarçadamente me salvavam delas.

Bem, eu morava em um colégio católico só para meninas, era um colégio interno para muitas meninas com pais ricos e eu e mais uns pares de garotas órfãs.

Eu era evitada por todas, para poder explicar melhor, tenho que explicar tudo detalhadamente, desde o começo.

Meu nome é Haven.

Eu estranhamente, desde que nasci, eu tenho olhos verde-amarelados, quase lupinos, então eles pensaram que eu era algo demoníaco.

Minha estranheza não para por ai, meu faro é muito bom, sinto cheiro de coisas que pessoas normais não conseguem sentir, se vai chover eu sinto o cheiro, sinto o cheiro de mentira e sinto o cheiro de pensamentos, pessoas com pensamento ruins exalam um cheiro pútrido.

Corro mais que todos e tenho agilidade para escalar coisas, enxergo extremamente bem no escuro o motivo de todos se afastarem de mim é pelo fato de que eu não posso entrar na igreja, nunca.

Toda vez que eu piso na igreja, eu tenho uma espécie de convulsão, então todos pensam que eu tenho uma espécie de pacto com o diabo, se não pensam que sou a própria.

As garotas que dividem o quarto comigo são diferentes, elas sabem que eu não sou das trevas, mas elas têm uma imagem a zelar.

Graças a elas eu não estou completamente só, também tem uma pessoa estranha do lado de fora do colégio, que sempre deixa coisas escondidas para mim em uma arvore, como a foto da minha mãe, em cada aniversário eu recebo um cupcake e uma carta contando coisas lindas sobre ela e o que ela costumava fazer ou gostar.

Tipo minha mãe, ela amava desenhar quando estava triste assim como eu.

Eu sempre sonhei com a vida fora daqueles muros, mesmo que as minhas amigas viessem cheias de coisas, novidades e fotos sobre o que existe do lado de fora... não era a mesma coisa... eu que nunca pus os pés para fora daqueles muros almejava conhecer o mundo.

 

***

 

Enquanto isso, em outra dimensão, haviam anjos aflitos se movendo de cima para baixo para resolver um grande problema, ou mesmo para comentar o que havia acontecido.

Mas no meio daquela multidão de anjos, um se destacava, ele era alto e suas asas cor de marfim arrastavam no chão, tinha os cabelos negros, lisos e batia nos ombros, ele levantou voo, ele voava apressado para um lugar isolado.

Mas logo atrás dele, vinha uma anja pequena, com as asas compridas o bastante para ela própria e suas asas eram brancas.

- Jeremy? Jeremy! Não ouse ir atrás daquela aberração.

Então ele parou e esperou ela lhe alcançar.

- preciso salvá-la, ou Gabriel cometera um disparate.

- se você ousar Jeremy – a pequena anja se segurou em seu braço – eu vou junto com você e seremos ambos traidores.

Jeremy derrubou-a bruscamente e desapareceu deixando um “sinto muito Lily” no ar.

Ela poderia segui-lo, sabia onde ele estava indo, mas ela não tinha coragem e Jeremy sabia disso.

Jeremy parou em cima de uma arvore bem a tempo de localizá-la, ele ainda não a conhecia, mas sabia quem era, ela tinha uma beleza profana, que só um anjo negro poderia ter, cabelos pretos lustrosos volumosos e lisos caiam em cascata até seu quadril e sua pele clara media era lisa e uniforme, sem marcas, os olhos eram amarelos e ela tinha uma quantidade enorme de cílios e lábios bem desenhados, rosados e carnudos, tinha um corpo curvilíneo e um porte médio de altura.

Ela estava sentada no pátio do colégio lendo algum livro escondido por dentro de um caderno.

Quando ele viu três garotas com um olhar superior e arrogante se aproximarem dela, elas começaram a insultá-la, mandaram-na voltar para o colo do diabo, que deixa-se o colégio, chamaram-na de aberração e pelo que Jeremy conhecia de uma aberração como ela era, ele esperava que ela as a atacasse a qualquer momento, mas ela apenas saiu correndo e as três garotas foram atrás citando palavras da bíblia.

“Com o que será que me meti?”  se perguntava Jeremy.

Uma das meninas, com os cabelos cumpridos e cor de cobre correu atrás dela com uma tesoura nas costas.

- a aberração vai acabar com ela – Jeremy sussurrou apreensivo, estava pronto para intervir.

Naquele exato momento Jeremy avistou um dos fragmentos de Gabriel, era proteção.

- claro, Gabriel vai acobertá-la – disse Jeremy incrédulo.

 

***

 

Eu queria revidar, da última vez que eu revidei eu tive que dar milho para as galinhas o mês inteiro e eu morria de medo delas, tenta andar no meio das galinhas com um saco de milho na mão e você vai me entender, eu cheguei a lamber os lábios para disparar meu veneno para confrontá-las, mas aquela voz familiar me mandou correr, então eu corri, corri com todas minhas forças e encontrei o meu esconderijo predileto, o armário de vassouras.

Escutei passos passando reto pela porta e esperei alguns segundos até a porta se abrir lentamente, uma mão cheia de unhas agarrou meus cabelos no topo da cabeça e me jogou para traz com força.

- Alexis! – exclamei assustada.

- pensou que depois de todos esses anos eu não saberia onde você iria se esconder?

- Alexis o que você vai fazer? – perguntei assustada ao ver a tesoura em sua mão.

- queria cortar esses seus cílios enormes, são um exagero querida, nada que uma aberração como você mereça, mas agora, pegando esses cabelos pretos e brilhosos, percebi o quanto exageradamente você tem de cabelos, isso não é justo querida – então ela juntou desajeitadamente meus cabelos e começou a picotá-los.

- Alexis me solta ou...

- Tá amarrado! Em nome de Jesus eu estou protegida de suas pragas satanás, você não pode me fazer mal...

- Haven! – alguém chamou por mim, fazendo Alexis se sobressaltar e largar a tesoura, chutei a tesoura e fiz ela se perder na escuridão daquele cômodo mau iluminado, ela preocupada em ser pega com a mão na massa saiu correndo, mas não sem antes me trancafiar no quarto de vassouras.

- meu cabelo! – comecei a me desesperar ao ver a quantidade de cabelos que haviam no chão, comecei a chorar de raiva e a passar a mão pelos cabelos sentindo o quão picotado havia sido.

- Haven! – alguém chamou mais uma vez, uma voz feminina.

- estou aqui! – gritei a ela e Inês abriu as portas para mim.

- oh meu Deus! Seu cabelo!

- preciso falar com a irmã Martina – disse indiferente.

- eu vou com você – disse ela.

Eu não quis nem olhar para o reflexo nos vidros do colégio, tentei de verdade não chorar e tive grande sucesso.

- ela fara 16 amanhã! Amanhã! – disse irmã Caroline – ela vai ir embora amanhã!

- mas irmã Caroline, isso não é justo, a maioria das garotas apenas começa a trabalhar nessa idade, elas tem o direito de permanecer até os 18 anos aqui!

- ela não tem, eu não admito mais ela aqui, ela é filha do demônio!

- ela só tem 16 anos... ela não é o filho do demônio, Deus não permitiria que ela ficasse aqui por todos esses anos se ela fosse...

- Haven, vem, vamos sair daqui... – disse Inês me puxando – nós vamos arranjar um jeito de você ficar.

Eu não queria mais ficar ali e ser a estranha, já havia pensado em fugir várias vezes, mas aquela conversa foi o meu sinal de que eu deveria seguir em frente com meu plano.

Eu sou uma garota extremamente difícil, mas não conseguia confrontar as pessoas, alguma coisa ali me impedia, me dizia que era errado, isso e os castigos que recebi nas poucas vezes que confrontei alguém.

Depois que Inês me salvou, ela me deixou na porta do quarto.

- eu vou chamar as meninas...

- eu vou arrumar minhas coisas.

- o que? Por que?

- você ouviu a irmã Caroline, ela vai me expulsar daqui amanhã... na frente de todo mundo... na frente da Alexis e suas víboras de estimação.

- espera ai, eu vou chamar as meninas.

Enquanto ela corria para encontrar nossas amigas, eu corria para arrumar as poucas coisas que eu tinha, minha caixinha de memórias, algumas roupas que ganhei e me encaminhei para a porta, desci as escadas como um vulto e parei na arvore em que eu sempre escalava para receber meus presentes, por sorte minhas amigas passaram por ali e não me viram.

Não me levem a mal, eu odeio despedidas... e eu não tinha certeza de que aquilo seria bem uma despedida, eu me sentia como quando era criança e prometia que iria fugir, mas eu nunca conseguia, joguei minha mochila pelo muro e algo estranho aconteceu.

Assim que passei as pernas pelo muro do colégio houve uma espécie de explosão invisível, não havia fumaça ou fogo, apenas uma vibração que fez algo em um circulo perfeito em volta do colégio derrubar todas as arvores ao redor.

A palavra “aberração” veio a minha cabeça, eu estava certa em fugir sem despedidas, logo após a explosão e a eu chegar a conclusão de que eu realmente era uma aberração vieram os ruídos altos, os cheiros aguçados e as cores de tudo extremamente vivas quase neon, era quase como se eu tivesse acabado de sair de um mundo cinza e visse as cores pela primeira vez.

- o que está acontecendo??? – tudo aquilo era demais para mim, tudo de uma vez, fiquei tonta e caí do muro para o lado de fora.

Cai nos braços de alguém que me pôs de pé, mal olhei para ele e tapei meus ouvidos.

- isso não vai adiantar – disse ele e com os ouvidos abafados pude escutar muito bem sua voz.

- não há tempo para perguntas – interrompeu o homem de olhos azuis a minha frente antes que eu atropelasse ele com as perguntas que atravessavam minha mente – você tem que vir comigo, está correndo grande perigo aqui.

Ele pegou sua mochila no chão, e sem que eu dissesse nada, ele se aproximou e me pegou pela cintura e me ergueu do chão, do nada eu senti uma pressão que entupiu meus ouvidos e eu vi um caleidoscópio de cores e em um segundo tudo ficou branco.

Do nada eu estava rolando por um galpão escuro, eu me levantei debilmente e senti algo queimar minha garganta enquanto eu fazia “bleh!”.

Vi meu almoço no chão e senti calafrios e vertigem, a minha visão estava atrasada em comparação ao movimento a minha volta, quando eu virava a cabeça para um lado, a visão que eu tinha era de uma lenta e entrecortada virada, um zumbido preenchia meus ouvidos e perfurava meu cérebro, o zumbido foi ficando cada vez mais alto enquanto eu via minha visão escurecer rapidamente e de repente tudo se foi.



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