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História Anjo ou Fera? - Capítulo 8


Escrita por: Carine_Pereira

Notas do Autor


Perdoem-me a demora de duas semanas, tive problemas com meu computador e para postar foi uma bosta... Espero que vocês gostem do capítulo e que continuem acompanhando a história!

Boa madrugada!
Boa leitura! ☺️

Capítulo 8 - Capítulo 8


Acordei de madrugada suando e ofegante, imagens de minhas mãos cheias de sangue vieram à minha cabeça imediatamente. Lembro-me claramente daquela noite, a noite em que escolhi não viver mais ao seu lado. Aquele cretino tinha me jogado contra as portas de vidro de sua sala, com o impacto do meu corpo elas se estilhaçaram em milhares de pedaços. Recordo-me que estávamos brigando porque eu não tinha ido assistir ao jogo de vôlei dele e com isso ele se irritou de tal forma que decidiu simplesmente me machucar, só que eu não aguentava mais aquela tortura então decidi agir...

Levanto-me indo direto para o chuveiro, tomo um banho para tirar o suor e me refrescar. Acabo demorando mais que o normal, quero tirar aquelas imagens da minha cabeça, são terríveis demais para mim.

Volto a minha cama agora mais calma. Deito e olho o relógio que marca quatro e cinquenta e sete. Não vou conseguir dormir novamente então decido ler um livro que parei de ler faz tempo.

                                                                       ***

Escuto minha madrasta gritar do andar de baixo, ela me chama dizendo que vou me atrasar para a aula. Já estou arrumada, mas não estou no clima de ir ao colégio. O pesadelo ainda na minha mente me atormenta, porém decido ir para poder me distrair um pouco. Ficarei bem, tenho Lila.

Desço, vou até a cozinha para tomar meu café da manhã, hoje está calmo então decido ficar em casa para o café. Temos panquecas e cereais, escolho as panquecas e as devoro assim que vejo o horário. Preciso correr.

Tento ligar meu carro mas ele não funciona, tento mais uma vez dar partida nele e nada. Tonny sai de casa e me vê frustrada com a situação, ele me chama e pergunta se quero carona, eu agradeço e saio do carro. Entramos em seu veículo, ele da partida e vamos em direção ao colégio. Antes de chegar ele para na casa do Adam.

 

– O que estamos fazendo aqui? – Pergunto olhando pela janela, em direção à porta da frente da casa.

– Eu dou carona todo dia para o Adam. – Ele diz e buzina para em seguida um garoto sorridente sair pela porta.

 

Olho para ele e então seu sorriso falha, me olha, seu sorriso volta ao que era, agora entra no banco de trás e diz bom dia. Eu e Tonny respondemos o mesmo em uníssono.

Chegamos à escola e eu sou a primeira a sair, não vai ser bom as pessoas nos verem sair do mesmo carro, mesmo que meu meio irmão esteja dirigindo. Será constrangedor levando em consideração que a menos de uma semana nós estávamos brigando no corredor. Vou direto para o meu armário pegar meu livro de inglês, sinto a presença de alguém entrando no corredor e nem preciso olhar para saber que é ele. Adam está com um sorriso em seus lábios, todos estão elogiando-o por causa do jogo. Para ser sincera ele é a sensação do momento. Vejo Suellen se aproximar dele e tocar em seus braços, em seu bíceps, para ser mais precisa. Ela joga os cabelos para trás de uma forma um tanto exagerada, sorri com todos os dentes amostra e lhe entrega um papel que parece ter sido rasgado de um bloco de notas. Adam sorri para ela e diz alguma coisa, ela sorri de volta e se afasta acenando com a mão direita. Ele se aproxima de mim, eu me viro para o meu armário e finjo estar pegando algo ali.

 

– Oi, está tudo bem com você? – Ele pergunta olhando para mim.

– Sim, por que não estaria?

– Não sei, você não disse uma palavra no carro.

– Eu te disse bom dia, foram duas palavras.

– Engraçadinha. Não foi isso que eu quis dizer.

– O que a Suellen te entregou? – Pergunto tentando não deixar transparecer que eu não gostei daquilo.

 

Porra é a Suellen! Se fosse qualquer outra eu não ficaria assim.

 

– É o endereço da casa dela.

– Por que ela te deu o endereço da casa dela? Ah, quer saber? Deixa pra lá. Não me conta.

– Calma, não é isso que você está pensando. – Ele diz rindo. – Ela vai dar uma festa hoje e me convidou, disse que os pais dela viajaram ontem por causa de negócios da empresa deles e que só voltarão na quinta, então ela convidou todos.

– Nem todos... – Eu resmungo.

– Talvez ela te chame ainda.

– Não, ela não gosta muito de mim.

– Por quê?

– Aprontei com ela ano passado por ela ter me dedurado para o Tonny sobre eu ter ficado com um cara, desde então ela me odeia.

– Tá certo, com essa atitude ninguém nunca vai te chamar para as coisas. O que foi que você fez com ela?

– Fiz ela perder as roupas em uma aula de educação física, todos riram dela porque naquele dia ela não estava de lingerie.

– Você é doida! – Ele diz rindo.

– Você já disse isso.

– É porque é verdade!

 

O sinal toca, fazendo com que eu e Adam nos afastássemos, ele foi para a aula de economia e eu para a de inglês, quando o tempo termina vou para a sala de geografia, é onde encontro ele novamente. Não converso muito com ele durante a aula por conta do meu professor que é um porre e qualquer barulho na sala ele já manda sair.

Ao chegar no refeitório depois da aula de inglês eu me deparo com Suellen de cabelos cheios de penas, ela me olha fixamente, parece com raiva ou algo assim, o problema é que eu nem sei o porquê de ela me olhar.

 

– O que foi que aconteceu com o seu cabelo? – Pergunto na maior inocência quando ela chega perto de mim.

– Não me venha com essa sua cara de santa que você não me engana, sei que foi você quem fez isso comigo. – Ela diz apontando para o cabelo.

– Como poderia ter sido eu se eu estava na aula de inglês Suellen? – Pergunto enquanto todos riem, percebo que ela mudou de expressão, ela parece que vai chorar.

 

Olho na direção em que ela está olhando e vejo Adam parado olhando fixamente para nós. Ele se aproxima juntamente de Tolby e Lila.

 

– Suellen o que aconteceu com você? – Ele pergunta já parado ao meu lado.

– Essa vaca fez isso comigo! – Ela diz chorando e apontando para mim, Adam me olha e então pergunta :

– Agora?

– Não, antes.

– Ela estava na aula o que prova que não foi ela. – Ele me defende e olho de um para o outro.

– Eu sei que foi ela! – Suellen grita e todos os burburinhos se silenciam.

– Não pode ter sido Suellen, ela estava ao meu lado, ficou comigo o tempo todo! – Adam fala e eu me sinto uma bichinho indefeso com o olhar selvagem dela.

– Isso não acabou! – Ela diz para mim, se vira e sai do refeitório.

 

Consigo respirar novamente, aproveito que todos voltaram a conversar e me sento em uma mesa vazia, Adam, Tolby e Lila se sentam comigo. Eles conversam sobre coisas aleatórias enquanto eu me distraio com aquelas horríveis imagens que não saem da minha cabeça. Não importa o que eu faça, nada parece funcionar.

                                                                       ***

No fim do penúltimo tempo meu professor de química aparece na minha aula de técnicas agrícolas e diz que a prova será no último tempo.

Merda, eu nem estudei!

Vou para a sala de avaliações, me sento em uma cadeira na frente dessa vez, vejo Maison (namorado da Suellen) entrar sozinho, ele se senta atrás de mim e cochicha :

 

– Você vai pagar caro pelo que fez com a minha namorada.

– Acontece que não fui eu, você não ouviu o Adam dizer que eu estava com ele na hora do acontecido? – Pergunto me virando para ele.

– Não sei como você fez, só sei que foi você, sempre e você! – Ele diz e então meu professor entra pedindo silêncio.

 

Encontro Adam do outro lado da sala, ele olha rapidamente o livro de química, coitado, vai tirar uma péssima nota, assim como eu.

Faço a avaliação da melhor maneira possível, entrego-a ao Senhor Preston e sigo em direção ao meu assento novamente. Ele irá corrigir as provas conforme forem entregues e dizendo as notas.

 

– Valerie, venha aqui por favor. – Todos param para me olhar, eu me levanto e vou até ele.

– Que foi Edward? – Pergunto assim que paro em sua frente.

– Sua nota foi dez, parabéns, você conseguiu. Pegue e você já pode ir. – Ele diz, pego a avaliação um pouco surpresa e pego meu material na mesa, vou em direção à porta, paro em frente a ela e olho para Adam que está concentrado no que está fazendo, sorrio e saio.

                                                                       ***

Nem acredito que esqueci dessa poia que está de terno. O psicólogo está na minha casa quando chego do colégio, encontro ele sentado no sofá encarando Tonny enquanto meu meio irmão retribui encarando-o também.

 

– Oi. – Digo mais para Tonny do que para o idiota a sua frente.

– Oi. – Os dois respondem ao mesmo tempo.

– Vamos começar a sessão? – O psicólogo pergunta já se levantando.

– Se você não se importa eu vou comer primeiro, estou com fome.

– Ah, claro! Pode ir.

 

Saio da sala, vou à cozinha, pego meu almoço e vou para o meu quarto. Almoço e faço tudo o que eu tenho direito tentando fazer com que o Senhor Nolan desista de mim e vá embora. Tomo banho e lavo meu cabelo, faço minhas unhas, faço cachos em meu cabelo que agora já está seco. Arrumo meu quarto e minha estante de livro.

Passou-se quatro horas, acho que ele já foi. Desço as escadas devagar, vou até a sala e não vejo ninguém.

Ufa, graças a Deus!

 

– Olá senhorita! – O psicólogo diz atrás de mim. Eu dou um pulo e o encaro já com raiva por ter me assustado.

– O que o senhor pensa que está fazendo?

– Eu que deveria lhe fazer essa pergunta, você deveria estar aqui em baixo a mais de três horas.

– Eu estava ocupada.

– Então vamos começar logo isso, tenho coisas a fazer.

 

Ele me direciona até a o sofá onde manda eu me deitar enquanto ele se senta na poltrona.

Acho isso uma palhaçada, onde já se viu uma pessoa ficar sentada ali ouvindo seus problemas e apenas anotar coisas em um bloco de papel? Como isso pode ajudar alguém?


Notas Finais


Me digam o que acharam...


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