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História Anjos e Demônios - Acordo


Escrita por: Lany_Armylieber

Notas do Autor


Oi amorinhas! Turu boum?




Boa leitura!

Capítulo 56 - Acordo


Era meio da madrugada mas eu ainda não tinha dormido. Ouvi meus pais chegarem mas não tive coragem de ir falar com eles. Mas eu preciso falar uma hora... Talvez amanhã, ou depois, na semana que vem, no mês que vem, no ano que vem ou até no próximo século. Gostei do próximo século... 

{...}

Estava brincando com meus dedos e traçando caminhos na minha barriga e contando um pouco da minha vida para o meu filho quando ouvi um barulho estranho no andar de baixo. Fiz uma careta e me sentei na cama. Pode ser o Richard ou a minha mãe ou até o Allyson... Não mas... Eles quando dormem não acordam por nada e meus pais estão cansados demais e o Allyson não acorda nem com o despertador... Não deve ser eles. Oh meu Deus, se não é eles... Quem é? Me levantei da cama, peguei um roupão de seda e botei por cima da camisola(hoje resolvi dormir de camisola). Abri a porta do quarto com cuidado para não fazer barulho. Andei pelo corredor e parei na porta do quarto de Allyson. A porta está trancada, ou seja, não é ele que está acordado. Andei até o fim do corredor e verifiquei se a porta do quarto de mamãe também estava trancada. E estava. Estremeci e engoli em seco. Andei com passos lentos e silenciosos até a escada. Deslizei minha mão Palo corrimão e desci o primeiro degrau. Fui descendo lentamente e a cada degrau que descia, eu soava cada vez mais frio e sentia minhas pernas fraquejarem. Quando cheguei no último degrau, parei para revistar a sala. Nada de suspeito. Ouvi outro barulho, agora mais de perto. Vinha da cozinha. Andei em passos largos e rápidos cuidando para não esbarrar em nada. 

Quando cheguei na porta da cozinha, parei e varri o cômodo com meus olhos. Mas era impossível enxergar. Então fui andando com os braços a minha frente procurando o interruptor de luz. Esbarrei em uma cadeira e bati meu pé desnudo na perna da mesa.

--Au!-- Reclamei baixinho. Segui procurando o interruptor até que ouço um barulho e estava mais alto. Olhei para de onde saiu o barulho e por conta da janela que estava com as cortinas abertas e a lua que brilhava  no céu anil, pude ver a silhueta de um homem. Pensei estar vendo coisas mas mesmo assim, me assustei e quase cai para trás.

??: Dormiu bem, princesa?-- Essa voz... ela era reconhecível, mas eu não lembrava de onde tinha escutado. De certa forma, essa voz me causou um medo.-- Sentiu minha falta?-- Sussurrou.

--Eu não conheço você, sai da minha casa!-- Sussurrei de volta. Ele riu.

??: Não me conhece? Não reconhece a minha voz? Ou está só fingindo para que eu não mate você e o seu filho nojento...?-- Seu tom de voz era de brincadeira mas eu não acreditava que ele estava brincando. Na defensiva, levei minha mão até a barriga. Ele riu.-- Oh, bebê... eu estou brincando, não vai acontecer nada com você... ainda não.-- Eu me esforçava para reconhecer a sua voz mas ninguém vinha na minha cabeça.-- Sabe, flor... eu queria vir te fazer uma visita a um tempo... mas... eu tive que esperar seus "protetores" irem,  entende? É que agora... eu estou sozinho e... Eles eram muitos...-- Suspirou.-- Mas me diga, como vai a vida? Se sente segura sem seus amuginhos?

--M-minha vida vai bem e-e eu estou muito segura.-- Menti. Minha vida não vai bem, e eu não estou segura. 

??: E eles a visitam?-- Perguntou sarcástico.  Algo me disse para mentir.

--Sim. Constantemente...-- Dei de ombros querendo parecer mais convincente.

??: É mesmo? Não minta, eu sei que não... Se que você está sofrendo pro que eles a esqueceram, não?!-- Não deu tempo para eu responder a pergunta.-- Mas eu posso acabar com esse sofrimento. Prometo que não vai doer, vai ser rápido.-- Ele se aproximou e eu dei um passo para trás mesmo com a mesa estando entre nós.

--Ele... ele... vai saber que foi você é vai atrás de você se fizer isso. Jin é esquentado.-- Disse na defensiva. Ele riu.

??: Achei que não sabia quem eu era... bela mentirosa.-- Disse ele ainda rindo.

--Mas eu não sei. Só que eu não saber não significa que ele não saiba. Eu sou esquecida mesmo, não me lembro de pessoas insignificantes.-- Disse com tom de nojo na voz.

??: E quem disse que eu sou uma pessoa?-- Ele perguntou com ironia. Arregalei os olhos e pisquei diversas vezes. Quem era ele? O que ele quer comigo? Senhor, me ajuda!-- Hein, quem disse para você que sou uma pessoa?-- Agora ele falava mais sério-- RESPONDA!!-- Me assustei com seu grito. Foi realmente alto. Ouvi passos de alguém descendo as escadas.

Richard: Quem está aí?-- Gelei. Era a voz do meu pai e estava cada vez mais próxima. Só vi quando a luz se acendeu e meu pai estava parado na porta da cozinha com a mão no interruptor que por um acaso era do lado da porta e a burra aqui não se deu conta. Olhei as pressas para onde o homem estava mas... Não tinha ninguém.-- S/n! Que susto, o que faz acordada essa hora?-- Perguntou respirando aliviando. Balancei a cabeça me virei para o armário e peguei um copo.

--Vim tomar água, já subo. Descupe te acordar, papai.-- Me curvei e fui até a pia, onde antes o homem se encostava. Liguei a torneira e botei alga no copo bebendo-a todinha. Subi para o quarto as pressas e meu pai ficou por lá. Entrei e tranquei a porta, e deixei minhas costas encostada na mesma. Levei a mão ao peito e respirei  fundo. 

??: Achou que ia se livrar de mim assim tão fácil?-- Era a mesma voz da cozinha. Ainda não conseguia ver quem era. Corri até o interruptor de luz do meu quarto pois este eu sei onde fica. Mas quando estava correndo braços pegaram minha cintura e me jogaram com força na cama.-- Não seja uma menina má!-- Disse e me deu um tapa na cara. Meu lado esquerdo do rosto ardeu. Comecei a espernear, tentando chuta-lo.-- Engraçado, da última vez quando cheguei perto de você, não esperneou! Pegou na minha mão e tudo.-- Debochou. Que última vez ele estava falando? Não me permiti parar para pensar e continuei me remexendo.-- Para quieta, S/n!!-- Segurou meus pulsos no colchão perto de meu rosto com força.

--Me larga, eu vou gritar!-- Ameacei.

??: Grite, ninguém pode me ver... só me vê, quem eu quero que veja!-- Disse rindo. 

--SOC...-- Ele tapou minha boca, mas depois tirou sua mão.-- Pai nosso que estai no céu, santificada seja o teu nome...-- Comecei a rezar o pai nosso repetidas vezes. Ele riu da minha cara.

??: Deus não vai te proteger agora.-- Ele disse apertando mais ainda meus pulsos. Gemi de dor.-- Ah, adoro quando as pessoas gemem de dor por minha causa... É tão bom, faz de novo.-- Esse garoto é doentio.

--Para, está machucando, eu imploro!-- Ele apertava com tanta força que eu cheguei a deixar algumas lágrimas caírem.

??: Isso, chore por mim...-- Ele... Não, pera... QUE? Ele me beijou, a força? É isso mesmo? Comecei a me debater e mordi seu lábio inferior que até saiu sangue.-- Você é muito abusada...-- Gargalhou.-- Vai se arrepender por ter me mordido, acho que não deveria ter deixado você comer aquele brigaseilaoque porque agora você não tem limites.-- Disse divertido. Ele me deu brigadeiro? Que? quando? Faz muito tempo que eu não como brigadeiro a última vez foi quando eu fui sequestrada pelo... OH MEU DEUS! É ele!! É o...

--KWAN!!-- Quase gritei. Ele me soltou e riu. Me arrastei até a cabeceira da cama e me encolhi. Abracei minhas pernas e pus o rosto sobre os joelhos.-- Por favor, não faz nada comigo! Eu... eu... Eu imploro, eu estou gravida, deixa em paz, deixa eu viver minha vida! Eu nunca fiz nada para você, por que me odeia tanto?-- Comecei a chorar. Ele vai me matar, matar meu filho e depois vai esfregar na cara do Jin, ele vai fazer ele sofrer! 

Kwan: Shhh... Eu não odeio você, não... pelo contrário... Mas eu odeio... o seu namorado. E por conta daquele garoto que morreu, esqueci o nome dele, ele era tão... insignificante...-- Suspirou.

--O Jungkook não é insignificante, você é! Não faria falta nenhuma se morresse. Nem sua irmã sentiria falta!-- Disse com voz chorosa.

Kwan: ELA MORREU!-- Ele gritou. Me assustei.-- Ela morreu, meus amigos também morreram... aquele imbecil do Jungseilagasquantas morreu e levou todos que eu me importo... menos, Baekhyun e Chanyeol. Baekhyun nunca vai me perdoar por te matar... Aliás, soube que eles receberam o perdão divino, né?! Chany voltou mas Baek não.-- Disse triste. 

--Você se importa com o Baekhyun?-- Perguntei. Era impossível de acreditar que ele se importava com alguém.

Kwan: É claro, ele é meu amigo... mesmo tendo preferido o lado do Seokjin.-- Disse sério.

--Então... Não me mate, ele vai ficar muito decepcionado com você.-- Resolvi tentar chantagem emocional. Ele riu.

Kwan: Eu não ligo. Ele já decepcionou muitas vezes comigo, mais uma não vai fazer diferença.-- Disse calmo.

--Mas... eu faço o que você quiser... me dê.. nove meses. O tempo do meu filho nascer, e eu prometo que deixo você fazer o que quiser comigo. E por enquanto... eu... eu..-- Não sabia o que falar.

Kwan: Ok, você tem nove meses de vida. O tempo do seu filho nascer. Enquanto ele mão nasce, você é minha propriedade.-- Disse normalmente.

--O que...?-- Perguntei incrédula.

Kwan: Isso que você ouviu. Nove meses de vida e meses nove meses você me pertence e fará o que eu mandar. Ou eu mato você e seu filho junto antes mesmo de ele nascer.-- Estremeci. Eu jurei que ia manter meu filho em segurança e que daria todo o amor do mundo para ele. E eu vou fazer isso.

--Eu aceito.-- Disse trêmula. Essa é a maior prova de amor que eu poderia dar a ele.-- Mas depois que ele nascer e você me matar... vai ficar longe, bem longe dele. Ele nunca vai saber da sua existência e você não vai tentar nada contra a saúde do meu filho.-- Disse séria.

Kwan: Sim, como quiser.-- Disse calmo e eu respirei aliviada.-- Temos um acordo, então?-- Perguntou me estendendo a mão.

--Temos.-- Peguei sua mão e saiu uma faísca vermelha.

Kwan: Se voltar atrás, automaticamente, você e seu filho morrem.




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