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História Anjos Negros: A vida com um ser das sombras... - Decisões difíceis, geram emoções complicadas...


Escrita por: LPP

Notas do Autor


Sério acho que vcs devem querer me matar, sou uma péssima escritora. kkkkkkkkkkkkkkk
Falando sério agora, peço desculpa por demorar muito a postar os capítulos, mas peço que vcs entendam que tem hora que a espiração não bate e para piorar eu estudo em um colégio muito difícil então fica complicado.
Bjkas para vcs e boa leitura.

Capítulo 7 - Decisões difíceis, geram emoções complicadas...


Dei mais uma garfada na minha comida, para poder respirar antes de responder a minha mãe. Tento agir o mais natural possível, se ela perceber alguma coisa diferente nas minhas atitudes estou ferrada, para não dizer outra coisa. Vou ter que arranjar um jeito de escapar desse assunto.

Termino de mastigar, tomo um gole d’água e respondo do jeito mais natural possível para a situação.

- Castiel? – Me faço de desentendida para ver o que ela fala.

- É Alexia, Castiel! – Me fazer de desentendida não funcionou, não estou surpresa raramente isso funciona, minha mãe me conhece muito bem, até mais do que eu gostaria. – Por acaso esse não é o nome do menino que você mencionou na nossa conversa de ontem?

Às vezes eu fico assustada com a capacidade que minha mãe tem de lembrar certas coisas que ela tecnicamente deveria esquecer como exemplo, a história de ontem.

- Não perguntei o nome do menino.

- Então você não perguntou o nome do menino que você suspirou ontem? – Qual parte da conversa ela ouviu? – Ou será que o menino com quem você conversou e suspirou são os mesmos?

- Suspirei? Não suspirei por menino nenhum. – Acabei elevando o tom da minha voz, e ela sabe que toda vez que eu faço isso estou querendo esconder alguma coisa. Merda.

- Quem é Castiel?

- Acho que é um menino da minha sala. – Por favor, que isso faça ela esquecer a história do menino pelo qual eu suspirei.

- Foi por ele que você suspirou?

- Não sei por quem suspirei. Só achei o menino bonitinho, e para falar a verdade eu nem me lembro da cara do menino. - Preciso saber o porquê desse interesse no Castiel. - Mas por que esse interesse no tal do Castiel?

- Não precisa se irritar. Ouvi o nome quando fui te chamar, não é um nome muito comum. Fiquei curiosa. - Aham! Foi só por isso sim, - e eu sou a Penélope Charmosa –minha mãe acha que me engana. - do mesmo jeito que eu acho que engano ela – Acabei encerrando o assunto.

- Ok. – O assunto foi encerrado.

Graças a deus ela esqueceu o assunto sobre o Castiel, assim terminamos o almoço conversando sobre um filme que nós duas queríamos ver. Após o almoço eu subi para o meu quarto para estudar.

Tentei me concentrar nos meus exercícios, mas não consegui. Uma coisa que minha mãe comentou não sai da minha cabeça.

Minha mãe está certa, Castiel não é um nome que é usado com frequência. O.K. Mais isso não me diz nada, só me diz que ele não tem um nome comum.

Como não estava conseguindo me concentrar nos meus deveres, fui até a cozinha beber água. Minha mãe estava na sala vendo televisão. Depois de beber água me juntei a ela no sofá.

- Ué? Pensei que você fosse estudar Ale. – Eu ia, mas não estava conseguindo me concentrar por causa do que ela me disse em relação ao Castiel.

- Não estou conseguindo me concentrar. – Isso era normal para mim, - nunca fui muito de sentar e estudar – então ela não suspeitaria de nada.

Pensei que me distraindo ia conseguir esquecer a historia do Castiel, mas não esqueci. Como sou muito curiosa não resisto e acabo perguntando a minha mãe o que quero saber.

- Mãe? – Espero ela olhar para mim antes de continuar. – Por que você disse que Castiel é um nome incomum?

- Você já viu alguém com esse nome alem desse menino?

- Não, mas é um nome bonito. – Digo para ver o que ela vai me falar.

- É um nome bonito sim, se eu não me engano Ale é nome de anjo. – Só piorou a minha curiosidade.

Por fim acabei não estudando e sim vendo um filme com a minha mãe. Escolhemos uma comédia daquelas que você se acaba de tanto rir. Foi bom ver um filme com a minha mãe, pelo menos não pensei no Castiel.

Quando o filme acabou subi para o meu quarto para pegar o meu celular, que deixei em cima da minha mesa de estudo. Havia deixado o meu celular junto com o meu bloco de desenho, quando fui pegar o celular acabei prestando mais atenção no desenho que fiz ontem do meu “anjo negro”. Agora que prestei mais atenção sei com quem ele parece, com o Castiel.

- Acho que fiquei mais impressionada com o Castiel do que imaginava.

A curiosidade sobre o nome continuou, então me rendi a ela e joguei o nome no Google. O que eu encontrei foi algo que me surpreendeu.

Significado do nome Castiel: É o nome de um arcanjo. Como escudo o nome denota proteção.

- Será que é por isso que ele tende a me proteger?

É um nome forte e com um bonito significado, mas em que isso vai me ajudar a decifrar o Castiel?

Nesse momento tudo que me intriga nele vem à cabeça. Como ele sabia o meu nome todo? Por que se disponibilizou a me ajudar? O que ele quer dizer com: me conhece mais do que eu penso? É coincidência eu desenhar e sonhar com ele?

Resolvo tomar uma decisão que não vai ser fácil para mim, mas vai ser melhor. Por que sinto que me machucarei com essa decisão? Por que dói pensar em afastar o Castiel de mim? Por que dói tanto tomar decisões que afetam diretamente eu e o Castiel? E se é que existe eu e Castiel.

Deitei na cama para pensar sobre a minha decisão, estou decidida que essa é a coisa certa a fazer, por mais que doa.

- Vou me afastar do Castiel.

Falo isso para mim mesma tentando me convencer de que é a coisa certa a fazer, mas se é a coisa certa a fazer por que dói tanto?

Resolvo pensar nisso só amanhã. Pego meu celular e vejo que tem uma mensagem, deve ser da Isa. Quando leio a mensagem vejo que não é da Isa. É do Castiel.

Ale não te vi indo embora da escola. O que houve?

Castiel.

Como ele conseguiu o meu número? Com a Isa lógico.

Não respondi a mensagem do Castiel, preciso começar a me afastar dele. E tenho que falar com a Isa também.

Como estou sem vontade de estudar, pego um livro na minha estante e me jogo na cama para ler.

Já na cama pego meu celular e boto o fone, boto pra tocar os meus adorados Rock’s.

 

       ***          

Tem quase uma hora que estou lendo e não consigo me desligar da história do Castiel, que inferno. Reconheço que a escolha do livro não ajudou muito, – eu amo Morra Por Mim, adoro os livros da Amy Plum – o clima de mistério que tem no livro não ajuda a esquecer a minha situação, só piora.

Ouço uma batida na porta, e vejo minha mãe colocar a cabeça para dentro do quarto.

- Oi mãe. – Ela entra e senta na cama.

- Nunca vi ninguém ler com fone de ouvido. – Novidade! – Tá lendo o que?

- Tentando ler Morra Por Mim, mas tá faltando concentração.

Já até sei o que ela vai me responder, 5, 4, 3, 2, 1 e...

- Lógico que você não está conseguindo se concentrar está ouvindo música, já te disse nunca vi ninguém ler ouvindo música. – Ela sempre fala a mesma coisa, não entende que a música é só para nada me atrapalhar, e que tecnicamente eu não estou ouvindo.

- Eu consigo ler ouvindo música mãe, mas não estou conseguindo, tem algo tirando a minha atenção.

Mamãe sabe que tenho dificuldade para me concentrar, - sou muito agitada, então ficar parada para mim é muito difícil – mas sabe que quando se trata de leitura tiro concentração até de onde eu não tenho para ler, então ela sabe que é algo fodastico para me tirar a concentração.

- O que está tirando a sua concentração meu amor?

- Não sei! – Digo isso com um ar irritado, sei muito bem o que está me tirando a concentração, isso atende pelo nome de Castiel.

- Faz o seguinte então, deita ouve uma música e esquece de vez o que está tirando a sua concentração.

- Vou fazer isso! – Mamãe sai do quarto e fico sozinha.

Levanto da cama, guardo o livro e me jogo novamente na cama, aumento o volume da música e tento esquecer o Castiel.

Sinto o meu celular vibrar na minha barriga, ligo e vejo que é outra mensagem do Castiel.

Estou preocupado. Você está bem?

Castiel.

Resolvo ignorar que nem eu fiz com a outra. Porém o que eu queria esquecer volta a minha cabeça não só o Castiel, mas também uma pergunta, por que ele se preocupa tanto comigo, sendo que ele mal me conhece?

Paro de pensar nisso e volto a me concentrar nas minhas músicas.

Passa uma hora que estou ouvindo música, ainda sem conseguir esquecer o Castiel resolvo ligar o notebook. Conecto o Skype, não se passa nem dez minutos que estou logada e a Isa me chama para conversar, ligo a câmera e antes que ela fale alguma coisa digo.

- Antes de falar qualquer coisa deixa eu pegar o meu fone, e ver o que a minha mãe está fazendo.

Ela concordou, peguei o meu fone e antes que eu pudesse ver o que a minha mãe estava fazendo, ela subiu e disse que iria ao mercado. Esperei que ela sai-se antes de começar a conversa com a Isa.

- Sua mãe já foi?

- Já! – Respirei fundo.

- Ale o que houve?

- Acho que vou explodir! – Isa perguntou o porquê. – Resolvi me afastar do Castiel, até ter algumas respostas e conhecer melhor ele. Só que eu estou pilhando e para piorar você deu o meu número para ele. Já recebi duas mensagens dele. – Meu celular tocou, quando olhei era outra mensagem dele. – Três! Já são três mensagens dele, acabou de mandar outra.

- Desculpa Ale! Eu não sabia que você não queria que desse o seu número para o Castiel. Até hoje de manhã ele era o seu príncipe encantado.

- Eu sei. Isso é que me mata, o Castiel é maravilhoso, porém é bom demais para ser verdade, entende?

- Você não acha que está pensando nisso pelo o que aconteceu com o Drake? – Pensei um pouco, mas ela sabe que eu sei que isso não se aplica a todos os meninos.

- Eu sei diferenciar as coisas Isa, não é porque o Drake é um galinha que outros meninos vão ser.

- Eu acho que você só tem que ir mais devagar com o Castiel. Ele parece legal, mas você não conhece ele direito.

- Então você acha melhor eu me afastar dele?

- Sim e não. – Eu odeio quando ela me responde desse jeito.

- Explica.

- Sim vocês devem se afastar no sentido de vocês pararem de se pegar, porque assim vão se conhecer melhor, mas não precisa deixar de ter amizade com ele, Ale.

Assim que a Isa parou de falar o meu celular tocou, pensando que era a minha mãe atendi sem olhar o número.

- Alô? – Quando veio a resposta gelei. Castiel.

 Isa olhou para mim com uma cara de espanto, fiz um gesto para ela ficar em silêncio.

“Ale? ” – Respirei fundo e respondi.

- Castiel! Tudo bem? – Tento parecer calma.

“ Eu que te pergunto, você está bem? Não te vi sair da escola. “

- Queria vir embora rápido, como eu te disse não moro muito perto da escola. Foi isso.

“ Eu pensei que ainda estivesse chateada. Por que você não respondeu as minhas mensagens? “

- Foi mal, o celular estava no silencioso, e estava longe de mim, então eu não vi, só atendi agora porque estava perto. Sério, foi sem querer mesmo. - Se mentir matasse, eu estaria morta nesse exato momento.

“ Ok! Fico aliviado de saber que você está bem. Te vejo amanhã. Tchau.

- Tchau, até amanhã.

Foi eu desligar a celular que a Isa deu um grito, que se bobear até o meu vizinho do lado ouviu.

- MENTIROSA! Por que você não falou a verdade para ele?

- Porque isso não é coisa que se diz pelo telefone, e outra não foi você mesma que disse que eu posso continuar tendo amizade com ele?  - Ela afirmou que sim com a cabeça. E eu continuei. – Mas se isso não der certo, eu vou realmente me afastar dele.

- Boa sorte para você então.

Conversamos mais um pouco, só que ela teve que desligar. Acabei voltando a ouvir música.

Não se passa nem 10 minutos, e já estou inquieta de novo, - tenho que manter a cabeça ocupada, porque se eu paro, mesmo que seja para ouvir música, volto a pensar no Castiel – resolvo então assistir um filme. Desço até a cozinha para preparar uma pipoca e volto para o meu quarto, ligo a TV e começo a catar um filme na minha lista, acabo optando por ver Truque de Mestre.

Não presto atenção no filme, só coloquei para ter uma desculpa para ter feito a pipoca – quando fico agitada acabo sentindo muita fome, então por isso coloquei o filme para ter uma desculpa além da agitação -, porque se não fosse isso minha mãe iria estranhar.

Meus pensamentos começam a voltar na história do Castiel e no que a Isa me disse, realmente eu não preciso deixar de ter uma amizade com a Castiel, eu só preciso ir mais devagar com a nossa situação. Não sei se isso vai dar certo, se não der eu vou ter que realmente me afastar dele, só que eu não quero chegar a esse ponto. Realmente espero que não ter que fazer isso, já me apeguei mais do que deveria ao Castiel.

Acabo não vendo a hora passar, só me dou conta quando a porta do meu quarto se abre.  Tomo um susto com a minha mãe e dou um grito.

- Alexia calma. Você não me ouviu chegar?

- Não! Tem muito que você chegou?

- Acabei de chegar, você realmente estava distraída.

- Estou vendo Truque de Mestre.

- Então vou deixar você assistir seu filme.

Minha mãe saiu do quarto e eu voltei a pensar em tudo que aconteceu nos últimos 30 minutos.

Quando a pipoca acabou, levei o pote para a cozinha e voltei para o meu quarto, de onde eu só saí para jantar.

Já tinha dois dias que eu não dormia bem então resolvi ir dormi mais cedo. Tomei o meu banho e fui deitar, antes de cair no sono ouvi a chuva caindo.

Novamente não dormi bem, rolei de um lado para o outro e a todo momento despertava, mas rapidamente pegava no sono.

Despertei mais uma vez, só que dessa vez não consegui pegar rapidamente no sono, fui olhar a hora 23:30, ainda era cedo. Levantei e fui ao banheiro, ao voltar para o quarto percebi que a temperatura havia caído, fui até o guarda roupa e peguei meu edredom, voltei para a cama me cobri e lentamente fui caindo no sono de novo.

Quando levantei ainda estava chovendo e havia esfriado mais, com muita dificuldade levantei da cama – minha dificuldade em levantar é por causa da noite mal dormida e porque hoje vou ter que falar com o Castiel –, fui até o banheiro para tomar banho. Tentei não pensar no Castiel, mas infelizmente falhei no momento em que acordei. Terminei o banho e fui até o guarda-roupa escolher a minha roupa peguei uma calça jeans, uma blusa de manga comprida – com uma caveira na frente -, um casaco de moletom preto, meu coturno e minha toca, como fiz duas tranças no cabelo fica legal.

Já pronta desci para tomar café. Minha mãe e eu conversamos um pouco durante o café, quando terminei subi para escovar os dentes, por fim peguei a mochila e o celular e desci.

Já no carro eu estava distraída, pensando em como iria agir com o Castiel. Estava tão distraída que nem me dei conta que minha mãe falava comigo.

- ALEXIA!

- Oi? – Com certeza ela já deve ter percebido que tem algo de errado comigo. – O que você disse mãe?

- Estava dizendo que desde ontem você está distraída. O que está acontecendo filha?

- Só pensando. – Tecnicamente eu não estou mentindo, - omitir é mentir? Acho que não - realmente estou pensando só que no Castiel.

- Esses pensamentos estão te levando para longe em?

- Sim estão.

Graças a Deus penso comigo mesma quando vejo que chegamos ao colégio, sem pensar duas vezes me despeço dela, e antes que ela me faça mais alguma pergunta saio do carro.

Coloco o capuz do meu casaco e corro até o prédio do colégio, pois ainda está chovendo, assim que entro no colégio vou direto para o andar da minha sala. Sento no corredor perto da porta da sala.  

Encostei a mochila na parede, peguei o meu fone, pluguei no celular e botei Link Park para ouvir, me desliguei de quem estava passando no corredor, -  fechei os olhos e encostei na parede – consegui relaxar por um curto momento.

Fiquei uns cinco minutos com os olhos fechados, e quando voltei a abri-los vi o Castiel sentado. Parei a música e tirei o fone, para falar com ele.

- Oi! – Foi só o que eu consegui falar. Não iria conseguir falar agora que queria ir mais devagar.

Não sei por que é tão difícil falar para ele que eu quero ir mais devagar, não quero nem imaginar como vai ser se eu precisar me afastar dele.

- Oi Ale. Como você está? – Estou com um nó na garganta, o medo de ter que me afastar dele é muito grande, não quero chegar nesse ponto.

- Estou bem, quando cheguei em casa liguei para a Isa e terminamos a nossa conversa, ficou tudo bem. Muito obrigada por ter me ajudado!

Ele me olhou, - aqueles intensos olhos pretos olhando no fundo dos meus – e disse:

- Já falei para você que não tem o que me agradecer, eu que ofereci ajuda. – Ele deu um leve sorriso e sacudiu a cabeça como se tivesse dizendo não a alguém, antes que eu pudesse pergunta o que significava o gesto dele, ele continuou a falar. – Sabe o que é engraçado? – Ele estava com um ar mais sério, curiosa perguntei.

- Não sei! O que é tão engraçado?

- Você fala que está bem, sendo que seu rosto não diz isso.

- Por que você está falando isso?

- Você está com uma aparência de cansada.

- Não posso discorda de você, não dormir bem a noite. Por isso que estou com aparência de cansada, mas não tem nada a ver com a história da Isa.

- Se você está dizendo. – Para a minha salvação o sinal tocou e um professor que a gente ainda não teve aula entrou na sala, eu e o Castiel levantamos e entramos na sala e sentamos nos mesmos lugares dos dias anteriores.

O professor é de geografia, a aula foi bem dinâmica e também passou muito rápido. Na hora do intervalo fui conversar com a Isa.

- Oi doida.

- O que houve com você?

- Como assim? – Eu já sabia a resposta dela.

- Sua cara está péssima e você está com olheiras.

- Segunda vez que vou ter que responder essa pergunta hoje, eu não dormir bem, motivo: Castiel.

- Para quem você teve que dar essa reposta hoje?

- Castiel! – Respirei fundo. – Conversei com ele hoje de manhã.

- Você falou para ele que quer ir mais devagar?

- Seis da manhã falar isso para alguém é dose né?

- Entendo.

Conversamos mais um pouco, quando faltavam 10 minutos para termina o intervalo voltei para a sala, que para minha surpresa estava aberta. Não esperei o sinal do termino do intervalo tocar para entrar na sala.

Tinha poucos alunos dentro da sala, entre eles estava o Castiel, fui até o meu lugar perto dele e sentei. Automaticamente ele olhou para mim, era agora ou nunca eu ia falar com ele.

- Passou o intervalo todo aqui dentro?

- Não, eu sai para pegar meu livro no meu armário e voltei. – Ele olhou para mim como se soubesse o que eu queria falar. – O que você tem, Ale?

- Preciso falar com você.

Foi eu concluir essa frase que o sinal anunciando o termino do intervalo tocou, - isso só acontece quando eu vou falar com o Castiel – é como se algo não quisesse que eu falasse com ele.

Os outros alunos foram entrando, e nada do professor, até que veio um representante da coordenação avisar que o nosso professor de física faltou. Dona Irene – que é a representante da coordenação – pediu que a gente pegasse as mochilas porque a nossa turma iria ser liberada, o professor que faltou daria os dois últimos tempos, então sairíamos mais cedo.

Todos comemoraram, e saíram correndo para arrumar o material para ir embora. Arrumei as minhas coisas e sai da sala, estava tão feliz que não teria mais aula que até esqueci que pedi para falar com o Castiel, só lembrei quando sai da sala e vi o Castiel encostado na parede dos armários.

Ele veio na minha direção e parou na minha frente, estava com uma cara de curioso, mas o seu tom de voz estava grave, - já percebi que quando ele está com o tom de voz mais grave ele está mais sério – de algum jeito ele sabe que o que eu tenho para falar com ele é algo sério.

- Você não queria falar comigo?

- Quero, vamos para um lugar mais tranquilo? – Ele concordou.

Subimos até o quarto andar do colégio, ficamos em um corredor que quase não passa ninguém.

Joguei minha mochila no chão, e ainda costas para o Castiel disse.

- O que eu quero falar com você é que... – não consegui completar a frase. – O que eu quero falar é que... – Novamente não consegui completar a frase.

Senti o Castiel se aproximar de mim, virei para ele e simplesmente comecei a chorar, o Castiel me olhou e simplesmente me abraçou, - acho que a atitude dele era uma tentativa para me fazer parar de chorar – sua atitude só me fez chorar mais.

Não vou conseguir falar com ele hoje, simplesmente não dá, só de pensar eu choro mais – o que está acontecendo comigo? – e isso só porque ia dizer que quero ir mais devagar com a nossa situação.

O Castiel se afastou de mim só o suficiente para me olhar, - em nenhum momento me soltou – ele enxugou algumas lagrimas que ainda rolavam pelo meu rosto e olhou no fundo dos meus olhos.

- Agora que você se acalmou, me fala o que te deixou desse jeito?

- O que me deixou desse jeito, é a mesma coisa que não me deixou dormir, é a mesma coisa que ia falar com você.

- E você ia me falar... – Só de ouvir essa pergunta o choro recomeçou. – Calma não precisa falar.

Castiel voltou a me abraçar, fiquei ali abraçada a ele por alguns minutos.

Em um impulso agarrei o Castiel e o beijei, - ele é bem mais alto do que eu, tive que me jogar encima dele para conseguir beija-lo, para a minha sorte ele me segurou – ele retribuiu o beijo, que ficou cada vez mais intenso. Ele me empurrou contra a parede, e passou os braços por baixo das minhas coxas e me fez entrelaça-las no seu quadril, quando eu fiz isso ele me prendeu mais na parede, passei os braços entorno do seu pescoço e enfiei os dedos no seu cabelo, agora na altura dele era mais fácil.

Não sei quanto tempo passamos nos beijando, só paramos porque ambos estávamos sem folego. Apoiei minha cabeça no ombro dele, enquanto ele fazia carinho no meu cabelo. Quando finalmente consegui controlar a minha respiração falei.

- Você já pode me soltar.

- E se eu não quiser? – Eu olhei para ele, e antes que eu pudesse falar alguma coisa ele mesmo respondeu a própria pergunta. – Mesmo eu não querendo é melhor te soltar, imagina se alguém passa e vê nós dois assim?

Eu sorri para ele, e dei um beijo na sua bochecha. Quando ele me colocou no chão, continuei abraçada a ele.

- Você está melhor? – Eu olhei para ele, e respondi da melhor forma que pude.

- Estou e não estou. – Ele olhou para mim e balançou a cabeça em negação, como se estivesse contrariado. – O que foi Castiel?

- Você não consegue simplesmente me responder sim ou não? – Abri um largo sorriso, e neguei com a cabeça. – Prefiro te ver assim, sorrindo. – Quando ele concluiu a frase se aproximou de mim e me deu um leve beijo nos lábios.  Após esse beijo ele grudou nossas testas e olhou no fundo dos meus olhos, como se estivesse pensando em algo. Quebrou o silêncio com uma pergunta. – Você já vai embora?

- Não posso ir embora. – Falei em um tom baixo, então ele perguntou o porquê. – Se eu chegar em casa desse jeito, minha mãe vai querer saber o motivo, e eu não quero ter que falar o motivo para ela, então como eu não quero omitir isso dela prefiro ficar mais um pouco aqui no colégio até me acalmar.

- Posso ficar com você?

- Por que não poderia? – Eu sei que deveria estar indo mais devagar com ele, mas como já beijei ele daquele jeito, vou chutar o balde e me dar uma “despedida”.

Acabamos sentando no chão, - a escola não tem bancos nos corredores justamente por causa dos laboratórios, caso aconteça alguma emergência não há nada que impeça uma saída rápida da escola, são poucos lugares que tem bancos – um de frente para o outro.

Começamos a conversar sobre coisas aleatórias, entre elas sobre família. Quem levou a esse assunto foi o Castiel.

- Já te vi falar um pouco da sua mãe, e pelo o que você falou vi que você discorda um pouco dela. Estou certo?

- Sim você está certo. Eu e minha mãe discordamos em muitas coisas, algumas delas são bem bobas até, mas outras são mais complicadas.

- E o seu pai? – Eu dei um sorriso. – Nunca vi você falar dele.

- Castiel a gente se conhece apenas três dias.

- Isso é verdade, então já que eu não sei muito de você me conta um pouco mais.

- Você já sabe muita coisa de mim. – Ele me olhou com um ar duvidoso. – Estou falando sério, você é a primeira pessoa que em três dias conseguiu perceber minhas mudanças de humores. Normalmente não é fácil perceber, e raramente alguém que me conhece pouco consegue perceber.

- Sou perceptivo. – Olhei para ele contrariada. – É verdade, ou então você acha que eu já te conhecia? – Ele falou isso de uma forma que quase me fez acreditar, até ele dar uma gargalhada. – Me fala sobre o seu pai.

- Meu pai é bem parecido comigo em matéria de humor, se estressa muito fácil. Sou bem apegada a ele.

- Seus pais são separados?

- Não, o problema é que como o meu pai trabalha atendendo cliente ele viaja muito, normalmente ele sai na segunda de manhã e volta sexta no final da tarde. Então eu e minha mãe só vemos ele final de semana. É complicado eu sinto muita falta dele, mas guardo isso para mim porque sei que minha mãe também sente.

- Entendo. Mas sempre foi assim?

- Não, isso começou do ano passado pra cá. Como a empresa precisava de alguém qualificado para atender os clientes de fora da cidade o escolhido foi meu pai.

- Complicado em? – Assenti com a cabeça. É muito fácil conversa com o Castiel, me abro mais com ele do que com qualquer outra pessoa. Ao pensar nisso acabei rindo. – Do que você está rindo?

- É engraçado como eu me abro com você, normalmente eu não me abro facilmente porque eu já me arrependi por isso, mas com você eu simplesmente me abro. Eu não choro na frente de qualquer um, não gosto de mostra o meu lado frágil, e você acabou de ver ele. - Ele deu um sorriso e se aproximou de mim, me deu um leve beijo nos lábios e disse bem baixo.

- Você não vai se arrepender de me mostrar esse seu lado.

 

 

 

 


Notas Finais


♥♥♥♥


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