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História Anjos Solitários - Wincest - Saudade do anjo da morte


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Mais uma FIC de grande desafio, talvez o maior de todos.

Cabe esclarecer, que as fotos ilustrativas irão misturar fotos reais dos atores,
sendo os principais (Jensen Ackles, Jared Padalecki e Misha Collins) e seus personagens
(Dean, Sam e Castiel), dentre outros de Supernatural, com fotos meramente ilustrativas e fantasiosas,
das quais desconheço seus autores, mas para os quais desde já dou todas as honras, pois nenhuma delas
será de minha própria autoria.

Me perdoem por qualquer erro, na escrita ou no seu conteúdo,
pois apesar das pesquisas realizadas, posso ter falhado nas fontes dessas.


Aviso que será uma Long FIC.
Prometo que irei postar, pelo menos uma vez por semana.

Espero que gostem, sei que o tema pode desagradar a alguns
mas gostaria que me concedessem esse voto de confiança,
pois o Wincest está permanente em meu coração, e dele nunca fugirei.

Ótima Leitura.

Capítulo 1 - Saudade do anjo da morte


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Saudade do anjo da morte

 

Dean estava na Terra há mais tempo que podia se lembrar, já não contava mais sua vida, somente em anos, mas sim, em décadas subsequentes, do alto de seus séculos de vida.

E naquela noite, Dean estava extremamente melancólico, apesar da animação a sua volta e de ter feito de tudo para agradar seus convidados, e seu amigo Castiel, que tinha organizado aquela recepção, foi tomado de uma nostalgia incontrolável na comemoração falsa de mais um ano de sua vida, que em verdade se tratava de seu 350° ano de seu renascimento, pois os anos da vida anterior nem contavam mais.

Dean se recolheu em um canto da sala, observando o quadro que se vazia diante de si, deixando vir as lembranças, do que viveu e do que lhe foi contado por seu amado anjo da morte, assim a elucidar, tudo aquilo que nem se lembrava direito, de quando tudo começou, de quando ao morrer, renasceu para vida eterna.

 

***Lembranças de Dean****

 

Uma vida eterna que não escolheu, mas que lhe foi assim mesmo concedida, caridosamente, por aquele que também assistiu sua morte.

Já a morte, essa sim, ele escolheu, diante da peste negra que assolava seu corpo, numa Inglaterra suja e decadente, após um terço de toda a humanidade da Terra morrer covardemente do mesmo mal, e a grande nação inglesa se pôr de joelhos à contaminação causada por pulgas e roedores.

Sua pequena casa aos arredores da grande Londres, já havia sido marcada na porta como contaminada pela peste, após a morte de seu pai com os sintomas da mesma, condenando a todos que moravam na casa ao mesmo destino, que se concluía rapidamente em três dias contados a partir da primeira morte, ou mesmo do dia que a porta da casa fosse marcada, pois somente após esse prazo que alguma autoridade sanitária ou médica passava pelo local. Esses se identificavam pelas tenebrosas vestes negras com chapéu e máscaras macabras que imitavam o bico de aves de rapina, para adentrar nas casas marcadas e recolherem os corpos, que eram empilhados em carroças e jogados em grandes valas comunitárias.

Não havia cura e muito menos tratamento eficiente, haviam poucos remédios, na maioria naturais, que eram paliativos para diminuir as dores, baixar a febre, e ajudar, minimamente, a aguardar pela morte, que era sempre muito benvinda.

Dean, o filho do meio do casal de camponeses, Allan e Donna, que ainda possuíam dois outros filhos, Joshua e Mackenzie, todos mortos pela peste e empilhados na cama de casal, no quarto, o único da humilde casa, pelo próprio Dean, que seria o último a morrer. Assim se refugiou, na pequena sala, deitado numa pequena cama de feno improvisada, já em avançado estado da doença maldita.

Nunca precisou falar para seu algoz, o quanto desejava a morte, diante de seu sofrimento, da dor da perda de sua família, da solidão, e de seu corpo tomado por feridas expostas e tumores fétidos, que lhe conferia a tortura insana de dor física, acompanhada do delírio da febre alta provocada pela infecção que dominava todo seu corpo.

A realidade que se fazia presente na casa do jovem moribundo, era a mesma realidade daquele país, pois não haviam quaisquer recursos para estagnar o avanço galopante do mal daqueles séculos, que chegou na velha Inglaterra de 1665, e se tornou a ‘Grande Praga de Londres’, e matou mais de 75% de toda a população inglesa, e só se agravava com o clima absurdamente frio e a pobreza que se instalou naqueles países, que faziam parte de um reinado fracassado, de Carlos II.

Havia lamúria e blasfêmia contra Deus que, pelo jeito, tinha abandonado a humanidade ao seu próprio livre arbítrio, julgando antecipadamente toda a perversão e a luxúria com que vivia a Europa daqueles dias. Nem mesmo o tão temido clero da igreja triunfante, que ostentava suas riquezas enquanto estendia poucas migalhas aos desfavorecidos, se deu ao trabalho de permanecer orando pela grande massa humana que sua formava nas portas de seus templos em busca da extrema unção de seus familiares que padeciam do mal.

Todos os nobres representantes de Deus fugiram para o único pedaço de chão desinfetado da Europa, o grande Vaticano, com seu chefe hipócrita de vestes brancas que entoava orações e cânticos para os condenados à morte, à milhares de quilômetros, enquanto se servia de fartos alimentos servidos em prantos e talheres de ouro.

Exatamente daquele límpido país de humanos que se comportavam como demônios travestidos de santos, que nasceu o belo e implacável anjo da morte, assim o denominavam, à época. Seus traços italianos eram tão marcados quanto os traços de sua raça ariana, de sua origem pura com descendência direta do primeiro híbrido, e dos primeiros vampiros puros, que somente procriavam entre os de mesma origem, e convertiam humanos em vampiros, para serem considerados, inferiores aos puros, onde eram tratados como servos e subjugados ao seleto clã dos vampiros de raça pura.

O anjo que anunciava a morte em seus frios olhos azuis, se chamava Benedict, que só pensava em sua sede e buscava a fartura do sangue que lhe saciava, mesmo dentre os doentes da peste negra, que por ventura nada lhe trazia de mal, em sua magnitude e poder como criatura, mesmo que sugasse a todos com veemência, nenhuma doença lhe contaminava, fazendo jus a sua origem nos mais remotos confins do inferno e no nascimento do mal puro que andava sob a Terra, misturado com poder dos anjos.

E aquele dia, distante de seu país, orquestrava o momento de um grande banquete servido caridosamente pelos humanos para essas criaturas da noite, que Benedict comandava, deixando suas crianças em festa para se alimentarem dos fracos, doentes e condenados. E o próprio, após muito tempo caminhando de casa em casa em busca da última gota quente do sangue infectado de algum moribundo, se deparou com o jovem Dean Winchester, prestes ao último suspiro.

Benedict foi abduzido de toda a sua vontade própria, diante do ser completamente lindo que jazia esperando a morte sobre a cama de feno de sua casa imunda e mal cheirosa, apinhada dos corpos de seus familiares. Restava somente aquele belo jovem que contava meros 25 anos de vida, passados como um simples camponês, que junto dos seus, plantava o que comia e vendia o remanescente de sua colheita na cidade, junto com seu pai e irmão mais velho. Sendo na cidade que seu genitor contraiu a peste, a levando direto para sua família, que como tantas outras do campo, foram tomadas pelo mal, por causa do contato com os cidadãos dos centros urbanos.

Nunca em seus mais de 400 anos de vida, Benedict tinha se permitido olhar para sua própria caça ou seu alimento, pois sempre era dominado pela voracidade e ânsia de matar e se alimentar rapidamente antes de ser visto por outros humanos ou antes do amanhecer, até aquele dia, quando tranquilamente caminhava com suas crianças dentre as ruas vazias e casas com humanos que não podiam mais ver, havendo todo o tempo do mundo para se refestelar de seus alimentos, sem correria e sem pressa alguma.

Os profundos olhos azuis da antiga criatura se prendeu instantaneamente ao jovem deitado, de cor branca muito pálida, pequeninas sardas em seu rosto, cabelo loiro espetado, grandes olhos verdes, traços finos e boca carnuda, um ser provido de uma beleza única, mas que vertia sangue e secreção por grandes feridas em seu corpo magro e esguio.

Não havia mais nada ao redor que valesse a atenção do gran mestre dos vampiros, além daquele que estava predestinado a ser seu único grande amor, a lhe acompanhar na eternidade, como Benedict bem sabia que aconteceria de o encontrar um dia, apesar de que andava incrédulo de que a profecia dos vampiros puros, se realizaria com ele, depois de quase meio milênio sem o encontrar.

Mas, naquele exato momento que adentrou na casa, já foi tomado pela indescritível sensação de paz, que até então, lhe era desconhecida, mas que antecedia o contato e a  chegada de seu amor à sua vida. Ao seguir seu instinto e entrar naquela casa, se deparando com Dean, todas as suas dúvidas e incredulidades se foram.

Era a melhor sensação que experimentava em seus séculos, onde nada mais era novidade, pois já tinha vivido de tudo, menos o amor verdadeiro. Esse sim era novidade, mesmo com a certeza de que um dia chegaria.

Sentado ao lado do corpo moribundo, não conseguia elaborar sua fala, com seu alto encantamento pela presença de tão rara beleza. Tomou Dean nos braços delicadamente, o envolvendo naquela posição, como se ele fosse um bebê a ser embalado.

Benedict olhou fundo nos olhos opacos de Dean, que acreditava que aquele era um anjo, enviado de Deus para levar sua alma ao repouso eterno no céu. Em suas últimas forças, segurou em sua mão de pele fria, sem qualquer aviso e sem medo algum, surpreendendo ao vampiro, lhe deixando em estado de contemplação profunda, daqueles finos dedos quentes da febre em contato com sua mão de pele marmorizada, a mão poderosa de um puro, tão demita por todos.

Benny: Qual o seu nome, jovem? (Segurou delicadamente na mão de Dean).

Dean: (Sussurrou sem forças, estudando o rosto de Benedict)...Dean...Winchester.

Benedict analisou cada nome dos nobres que se lembrava e não havia dentre eles nenhum Winchester, e olhando em volta na casa, deflagrou a realidade de pobre camponês.

Dean se entregou totalmente aos braços daquele anjo, deixando-se pesar o corpo sobre aqueles braços que lhe davam conforto e segurança, nem se lembrava mais da dor de antes, se sentia incrivelmente acalentado e manteve um olhar de quem sentia muita paz. Todas as sensações vividas foram percebidas por Benedict, somente de o olhar nos olhos.

Benny:(Afagando os cabelos de Dean)...Você não tem medo de mim?

Dean: Como poderia ter medo de um anjo. (Disse fraco).

Benedict disse baixinho para si mesmo, para acalmar sua alma, que estava em pura euforia.

Benny: Porque você demorou tanto, meu amor ?

Benedict sorriu, e aproximou seu rosto de Dean, lhe deu um beijo suave, sobre os lábios, um encontro de bocas somente. Tinha que provar daquela inocência antes de transformá-la, não controlando o desejo de seu coração, em tocar os lábios febris, que não lhe corresponderam, devido ao estado lastimável de fraqueza.

Após separar sua boca gentilmente daquele jovem, o sentiu ficar sem ar e se entregar ao destino de morrer naquele momento em que recebeu o beijo, do que julgava ser um anjo da morte. Sentia toda a paz que seus olhos ao se fecharem transmitiam, e sorriu ternamente para o anjo a sua frente.

Benedict sem poder esperar mais nem um segundo, deixou seus caninos crescerem triplicando o tamanho original, afiados em suas pontas e com seus olhos em brasa, vívidos de uma coloração vermelha carmesim, como a cor do próprio sangue, deu lugar a sua besta interior, contida por anos de treinamento e de vida, mordeu o pescoço de Dean, para somente sugar o sangue necessário para a transformação, e ao mesmo tempo, em que cortou o próprio pulso com uma unha afiada como uma adaga, e logo depositou o próprio sangue sobre os lábios de Dean, que sentiu o líquido quente lhe pingar sobre os lábios e em seguida sobre sua língua, adentrando em sua boca, se misturando com sua saliva.

Benny: Vamos, meu lindo, engula.

Dean ouvindo a voz distante do anjo, obedeceu em seu derradeiro último suspiro de vida, engolindo todo o líquido viscoso que sentiu em sua boca e toda sua saliva misturada ao mesmo, fechando os olhos, e esperando encontrar seu familiares quando os abrisse novamente, no paraíso, onde também, reencontraria aquele anjo da morte, tão belo. Dean morreu em paz.

Benedict recolheu seu amor, trazendo seu corpo em seu colo com todo o cuidado de quem carregava um tesouro, e o posicionou sobre seu cavalo, que guardava em uma árvore próximo aquela rua, se sentando às costas de Dean, a quem embalou em sua capa de veludo preto, e seguiu o abraçando, com Dean repousando sua cabeça em seu ombro e peito, por todo o caminho, seguro em seus braços protetores, até chegarem ao rico hotel do centro da cidade, que havia sido abandonado após a chegada da peste, assim como todos os imóveis que possuíam a marca na porta, o que era o caso desse hotel, de onde os corpos já haviam sido recolhidos.

Com todo carinho, deitou o corpo de Dean na cama de lençóis limpos e brancos, do luxuoso quarto que seria tido como o principal daquele estabelecimento pomposo. E se sentou com um sorriso sincero na poltrona em frente a cama, aguardando a transformação se completar, e poder apresentar Dean ao mundo, ao seu mundo.

Benedict o observava se remexer levemente na cama, assistindo a transformação do corpo de seu amado, enquanto Dean dormia passivamente.

 

***Fim das Lembranças de Dean***

 

Castiel: Dean ! Dean !

Foi despertado de suas lembranças e viu seu inseparável, agora, amigo anjo.

Castiel: Hei, Dean, estava pensando nele novamente?

Dean: Sempre, Cass, sempre. (Abaixou a cabeça derrotado).

Castiel: (Puxou o amigo pela mão)...Vem, os seus amigos humanos querem cantar parabéns.

Dean, elegantemente vestido, como era seu costume, se viu diante de uma mesa com um discreto bolo de aniversário à sua frente, numa das salas daquela mansão, uma das que possuía em seu vasto patrimônio. Cerca de cinquenta pessoas, que conversavam, bebiam suas taças de champanhe, e se serviam dos muitos petiscos servidos por garçons que transitavam no local muito bem decorado, com sutileza e riqueza.

Dean se forçava a sorrir, quando queria, na verdade, ficar sozinho em seu quarto com suas lembranças, mas tinha que se esforçar para cumprir o protocolo do seu suposto aniversário de 28 anos (apesar de seus oficiais 25 com os quais morreu), pois haviam entre os convidados alguns jornalistas e colunistas sociais para os quais deveria parecer que aquela era sua realidade de vida, tendo em vista ter sido eleito o mais jovem empresário e milionário no ramo de artes e decoração, naquele país, onde possuía uma vasta rede de colecionares como clientes.

Após cantarem os seus parabéns, Dean foi cercado de várias pessoas que lhe cumprimentavam e sorriam animadas para ele, quando dentro do seu peito gostaria muito de fugir para algum lugar muito longe dali, para as terras da costa italiana onde vivera seu primeiro amor, pelo qual dedicava todos os seus pensamentos até aquele momento.

Em meio a pequena aglomeração de humanos a sua volta, Dean sentiu um presença diferente, como se emanasse uma energia terna e acolhedora, mas também, uma energia vibrante e persistente, como se exigisse que ele a notasse. Ele procurou dentre os convidados, mas não conseguiu visualizar de onde vinha aquela sensação, que passou em alguns minutos. Dean continuou procurando, até seguir seu instinto e sair na varanda da mansão que dava frente para o oceano, tendo em vista que se localizava na Costa do Atlântico, no Estado de Conneticult, Estados Unidos.

Dean não teve dúvidas que a energia pertencia aquele homem extremamente bonito, que estava debruçado no parapeito da varanda em estilo grego, olhando fixamente para o mar calmo e escuro abaixo. Como o homem ainda estava de costas para si, Dean percorreu atentamente cada detalhe do seu corpo. Ele era alto com costas largas, e aparentava ser musculoso, com os braços marcados naquele terno modesto e um tanto apertado para si, tinha os cabelos castanhos que lhe cobriam a nuca e chegavam ao pescoço, lisos e compridos.

Dean, em muitos anos, não soube descrever o que sentia, naquele momento, logo ele que tinha séculos de vida e sempre soube tudo sobre si mesmo, se viu confuso, e, absurdamente, intimidado por aquela forte presença. Dean sentiu o seu cheiro doce, de um leve e suave absinto, diferente do cheiro dos outros homens, aquele cheiro não era superficial, criado por perfumes, era o cheiro elementar, da essência, e isso o deixou mais atordoado, pois não sentia cheiro da essência de ninguém sem contato íntimo, e como poderia perceber isso tão claramente naquele a sua frente.

Ele era um humano, Dean soube na hora em que entrou naquela varanda, mas o porquê daquele simples humano o atrair de forma tão intensa, não soube explicar. As sensações que estava tendo não condiziam com a proximidade com os humanos, mas também nem com os das outras espécies, anjos ou demônios e seus descendentes misturados.

Não conseguia se conter diante daquela estranha e maravilhosa figura, se aproximou, na curiosidade de entender o que se passava consigo mesmo.

Apoiou suas costas na parede da varanda, distante do homem, cerca de um metro, e o olhando fixamente, enquanto esse distraído mirava o oceano.

Dean: Gosta da vista daqui?

O belo rapaz virou seu rosto para Dean, um pouco assustado. Dean olhou, instantaneamente, para os seus olhos azuis esverdeados, indefiníveis, pele branca, rosto perfeito, sorriso mais ainda, feições afinadas como dos europeus, nos lábios e nariz. Uma verdadeira obra de arte contemporânea.

Sam: Me Desculpe, eu não deveria estar aqui, eu só entrei aqui porque fiquei encantado com a visão...(Apontou tímido para o mar).

Dean: Coincidência. Eu também....(Olhou em seus olhos)...eu também entrei aqui porque fiquei encantado com a visão. (Virado totalmente para Sam, sem olhar nenhum momento para o mar, deixando claro que a visão era ele).

Sam: (Sorriu, com o rosto envergonhado)...Me desculpe.

Dean: (Sem desviar o olhar de Sam, o deixando cada vez mais tímido)...Desculpar pelo quê?

Sam: Por eu ter invadido, sei que esse ambiente não faz parte da recepção, me desculpe, já irei me retirar. (Deu as costas para Dean e foi segurado sutilmente pelo braço).

Dean: Espera. Eu não pretendia lhe repreender, de forma alguma. Fique à vontade. Me faça companhia.

Sam: (Relaxou o corpo e estendeu a mão para Dean)....Muito Prazer, me chamo Samuel Winchester.

Dean quase perdeu o chão, soltou o braço do rapaz na mesma hora, em pânico, como há muito tempo não acontecia. Aquele nome era o seu nome quando em vida, o que poderia estar acontecendo ali, naquele momento, será que tinha reconhecido algum tipo de parentesco com aquele rapaz. Seus pensamentos voavam rápido para longe, e esqueceu de apertar a mão do rapaz, enquanto o encarava apavorado, deixando transparecer exatamente isso.

Sam: (Recolheu sua mão)...Senhor, está bem ? (Tocou no ombro de Dean, que por surpresa se afastou do toque).

Sam: Desculpe, eu acho que vou indo então, me perdoe.

Dean não conseguiu dizer nada, estava com todas as idéias fervendo em sua mente, e aquelas fortes sensações em seu corpo e em seu coração, como uma tormenta, uma explosão inesperada. Olhou para o jovem e balbuciou.

Dean: Desculpe, eu realmente, não me sinto bem, desculpe.

Dean saiu descontrolado dali, olhou para trás uma última vez, antes de encarar os convidados, e viu Sam o olhar tristemente e abaixar a cabeça, mas não conseguia reagir e continuou sem rumo para longe dele, quase correndo no meio das pessoas.

Dean seguiu sem parar até seu quarto, no segundo andar da mansão, onde se trancou, fugindo de todos, e correu para ante sala que existia ali, se ajoelhou diante da lareira de mármore, onde acima repousava um quatro pintado à mão, com a imagem perfeita de um enorme anjo, com enormes asas negras e o rosto de seu amor Benedict, a quem séculos antes havia presenteado com aquele mesmo quadro pintado por ele mesmo, alegando que era o que via quando olhava para ele. Um anjo de asas negras, um anjo da morte.

Dean: Meu amor, o que está acontecendo, o que foi isso que eu senti ? Eu queria tanto que estivesse aqui comigo, eu sinto tanto a sua falta. Não permita que aquele rapaz seja o despertar do meu passado, seja parte de uma família há muito desaparecida no tempo, eu não quero me lembrar mais disso. Eu não tenho mais você para estar ao meu lado retirando as lágrimas dos meus olhos. Meu ajude amor, me dê forças.

Dean escutou batidas na porta, e sabia que se tratava do seu único amigo, o anjo Castiel, não seria justo não lhe dar atenção.

Dean: (Abriu a porta)....Entra Cass.

Castiel: O que aconteceu com você, Dean ? Sumiu no meio da recepção.

Dean: Castiel eu encontrei uma pessoa que mexeu comigo.

Castiel: (Arregalou os olhos, surpreso, era a primeira vez que ouvia aquelas palavras dele, e sabia que significava algo sério)...Dean, tem certeza ?

Dean: (Passou a mão na nuca, em sinal de nervoso)....Na verdade, Cass, eu não tenho certeza de nada, eu não sei o que eu senti, e não sei o que estou sentindo agora, e isso tudo é novo para mim, isso que é o diferencial, está me deixando louco.

Castiel: Me conta o que aconteceu então...talvez possa te ajudar.

Dean contou cada detalhe do momento em que encontrou Sam, incluindo os sentimentos e as sensações de seu corpo e coração. Castiel respirou fundo, e mesmo que aquilo lhe partisse a alma, tinha que ajudar ao amigo, e dizer o que via.

Castiel: Dean, você se apaixonou, foi isso que aconteceu. É meio louco dizer isso assim, porque foram poucos minutos que se viram, mas você se apaixonou por esse rapaz...(Se aproximou de Dean, segurou em seu rosto, olhando fundo nos verdes daqueles olhos)...Basta olhar no brilho novo dos seus olhos, eu nunca vi isso que estou vendo agora, nunca mesmo. (Abaixou a cabeça e se afastou de Dean, lhe dando as costas, constrangido por aquela realidade).

Dean: Castiel, não pode ser. Eu não acredito nisso. Eu nem conheço esse rapaz, e eu devo ter ficado impressionado por causa do sobrenome dele.

Castiel: Não é isso, Dean. Você nunca foi tão transparente a mim, como está sendo agora. Você se apaixonou, independente do sobrenome dele, talvez isso tenha causado esse seu espanto ou te assustado tanto, mas foi justamente pelo que você percebeu que já estava sentindo naquele momento. A história que aconteceu com o Benedict em relação a você, quando te viu pela primeira vez, está se repetindo agora.

Dean virou um copo cheio com uísque de uma vez só, e o atirou na parede.

Dean: NÃO !!! Eu não posso. Cass não é possível isso. Meu amigo, me ajude, eu tenho que sumir daqui, desse Estado, desse país, ficar o mais longe possível dessa ameaça.

Castiel ficou surpreso com a explosão de Dean.

Castiel: Dean, se acalme, por favor. Nós nem sabemos quem ele é, e nem precisamos saber, se você não quiser, podemos sair daqui amanhã bem cedo, sem problemas. Podemos esquecer que isso aconteceu hoje, tá bom. Eu vou lá para baixo e esperar a festa acabar, dispensar todo mundo e volto aqui para podermos conversar mais, se quiser. Fique aqui, não saia desse quarto, eu darei um jeito em tudo.

Dean respirou fundo, se controlou ao máximo, e observou seu amigo saindo do quarto devagar, com olhar assustado. E como poderia ser diferente, ele era um anjo, não estava acostumado em vê-lo descompensar desse jeito, e mostrar o seu lado vampiro para ele, apesar de seu caráter guerreiro por natureza, e dos séculos que viviam juntos.

Na pequena sacada de seu quarto, observou a lua pairando límpida sua luz sobre o mar escuro e calmo, sem querer pensar naquele que viu fazendo a mesma coisa, há poucos minutos atrás, sem sucesso. Fechou os olhos, e se concentrou em cada um dos convidados que estavam na festa, tentando descobrir quem era aquele rapaz, pois em sua concepção teria que descobrir tudo sobre ele, para se manter afastado, pelo menos os dados de onde ele vivia e de onde sua família vivia, para nunca se aproximar desses lugares.

Dean vagou por várias mentes, chegando a seu destino, aquele rapaz. Viu a figura nítida em seu pensamento, mas os seus sentimentos confusos não permitiam que ele avançasse em sua mente, e lesse seus segredos. Dean espantado com essa ocorrência, reconheceu o lugar onde ele estava, dentro de seu jardim, ainda olhando a lua. Resolveu o procurar com os olhos, de onde estava, pois a sacada de seu quarto ficava bem em frente ao jardim, e não demorou para encontrar o homem que lhe tirou o sossego. Quando Dean o localizou com o olhar, descobriu que o rapaz não olhava a lua, com o rosto virado para o alto, e sim olhava diretamente para ele, entre as cortinas esvoaçantes de seu quarto, naquela pequena sacada.

Os olhos verdes do vampiro facilmente enxergaram os olhos felinos azul esverdeados do humano, que insistia em manter a altivez e lhe encarar fixamente. Pela primeira vez em séculos, o vampiro baixou seus olhos, e ficou envergonhado de sua própria atitude, adentrou ao quarto, com um certo sentimento de pavor em seu coração, tendo que se escorar na parede, e deslizar por ela, diante da fraqueza de suas pernas, e o peito sufocado que lhe entrecortava a respiração.

Do outro lado da imensidão verde do jardim, Castiel via a cena que se desenrolava a sua frente, um poderoso vampiro acuado sob o olhar cobiçoso de um reles humano. O que aquilo podia significar, não saberia responder, mas tinha a certeza de que não poderia deixar acontecer nenhuma aproximação entre os dois.

Nunca tinha visto Dean daquela forma frágil, e isso lhe despertou um grande temor, de perder seu último resquício de esperança para voltar a ter para si, o vampiro pelo qual se apaixonara perdidamente, há longas décadas atrás, desafiando até mesmo a confiança que Deus havia depositado em si, ao lhe nomear seu único general e arcanjo. Sem falar de todo o sofrimento pelo qual tiveram que passar para estarem juntos, somente para depois de tanto anos de convivência, descobrir que o detentor de seu amor nunca lhe correspondeu, por ainda amar seu primeiro amor. Até aquela noite, quando viu resurgir o amor e o medo nos olhos do vampiro.

Castiel se aproximou do rapaz no jardim, sem fazer o mínimo ruído.

Castiel: Boa Noite ! Está procurando alguma coisa ? Posso lhe ajudar ? (Inquiriu em tom nada simpático).

Sam: Não, estava só observado a noite nesse jardim. Acho que me precipitei e pensei ter visto um conhecido meu vindo para cá.

Castiel: Ah, entendo. Mas seja lá quem procura, certamente não está nesse jardim. Então, poderia me dar a honra de tomar um drinque comigo, no interior da casa. (Antes que pudesse responder, foi gentilmente guiado pelo braço pela mão de Castiel, ainda dando uma última olhada para a sacada, sem ver ninguém).

Sam: Claro, será um prazer.

Ambos adentraram a uma enorme biblioteca, por sua varanda que tinha acesso direto àquele jardim. Sam olhava tudo em volta, pasmado com a enormidade do lugar e as estantes embutidas de madeira branca, que saíam do chão até o teto, contendo, milhares de exemplares de livros, e com certeza deteria muitos livros raros.

Castiel serviu dois copos com uísque e gelo, entregou um ao jovem a sua frente, vindo ambos a se sentarem no sofá de couro branco que havia no local, em frente a uma lareira e a uma enorme mesa de tampo de mármore com confortáveis cadeiras e luminárias, tendo ainda duas chaises long em couro branco nas laterais da sala, e voltadas ao jardim.

Castiel foi o primeiro a quebrar o silêncio, querendo estudar aquele jovem misterioso.

Castiel: Então, qual o seu nome? Eu me chamo Castiel, às suas ordens. (Usou o formalismo propositalmente para saber a posição social do rapaz).

Sam: Sam Winchester. Prazer Castiel. Porque não voltamos para a festa ? (Ficou um pouco incomodado por ter sido conduzido a um lugar isolado do resto das pessoas da festa).

Castiel: (Percebeu a origem humilde do rapaz)....Porque eu gostaria de saber mais sobre você, Senhor Winchester. Desculpe minha curiosidade, não interprete erradamente minha intenção, apenas nunca o vi no círculo de pessoas que frequentamos, e junto as pessoas convidadas dessa festa.

Sam: Entendo....(Riu fraco)...você me pegou, eu meio que sou um penetra hoje nessa festa. Me desculpe. Eu vim no lugar de um grande amigo meu, Baltazar Duvalier, ele me deu o convite porque tinha um outro compromisso, e ele sabia de minha grande admiração pelo ramo de trabalho do dono da casa.

Castiel: (Arregalou os olhos com a informação)...Tudo bem, Baltazar é um bom amigo, realmente senti sua falta hoje aqui.

Baltazar Duvalier era um dos anjos caídos que viviam como humanos na Terra, sem poderes, tinha sido grande companheiro e amigo do arcanjo Gabriel, morto na guerra do céu. Após essa constatação, ficou a pergunta pairando no ar, qual seria a real intenção do anjo caído em enviar aquele jovem à festa. Deu se um silêncio mordaz.

Castiel: Por favor, não fique constrangido por ter vindo no lugar de nosso amigo, e seja muito bem vindo a essa casa. Mas você disse que se interessa por comércio de arte antiga?

Sam: Sim, na verdade, me interesso por arte antiga e decoração, não sei explicar o real motivo, mas sempre adorei tudo que diz respeito a arte vinda do passado.

Castiel: Interesse bem peculiar para um jovem de sua idade. Quantos anos tem, afinal ? (Riu mais simpático).

Sam: Tenho 23 anos.

Castiel: E você estuda artes na faculdade?

Sam: Não....(Riu)....faço Direito na faculdade Hartford, aqui em Connecticut.

Castiel: E você conheceu Duvalier na sua faculdade?

Sam: Sim, ele é nosso professor de Filosofia. Mas isso você já devia saber.

Castiel: (Disfarçou)...Sim, sabia sim.

Ficou no ar novamente a pergunta, qual era o interesse de Baltazar, em enviar aquele rapaz ali, já que vivia sua atual vida como professor de Filosofia, função distante daquelas que permitiam a reclusão por mais do que poucos anos, de modo que ninguém percebesse que não envelheciam.

Castiel: E você mora por aqui também ?

Sam: Sim, moro com meus pais, apesar de estar sempre no quarto do alojamento da faculdade. E você, Castiel, o que faz aqui, você conhece o dono da casa ?

Castiel: (Se surpreendeu com a pergunta)....Sim, somos amigos de longa data. E nas horas vagas eu trabalho para ele.

Sam: Gostaria de ter conhecido ele, me parece uma pessoa muito interessante.

Castiel: Você não o conheceu? Ele cantou parabéns junto com os convidados, não o viu?

Sam: Não o conheci não, eu estava admirando a vista para o oceano quando cantaram parabéns....(Riu)....eu tenho essa mania de me desligar de tudo, quando vejo alguma coisa muito bela.

Castiel: Entendo. Bom, acho que acabamos nosso drinque, Sam Winchester. Foi um prazer enorme lhe conhecer...(Foi rumando para a entrada da biblioteca e abrindo a enorme porta de madeira trabalhada).

Sam se levantou e parou no mesmo lugar.

Sam: Castiel, somente uma pergunta, se puder me ajudar....(olhou timidamente para Castiel)...essa noite eu conheci um homem na varanda que dá vista para o oceano, e depois eu o vi numa das sacadas do segundo andar, talvez num dos quartos, mas as duas vezes que nos vimos, ele fugiu de mim, da minha presença...(Riu envergonhado)...acho que ele ficou com má impressão de mim, e gostaria de me desculpar, seja lá pelo que for...você saberia me dizer o nome dele? Afinal quantas pessoas moram nessa mansão.

Castiel: (Visivelmente nervoso)...Não muitas, mas especialmente hoje, estamos com vários empregados espalhados por toda a casa, contratados avulsos, inclusive, desculpe acho que não poderei lhe ajudar.

Sam: Ele não parecia um empregado, mas, tudo bem, eu tinha esperanças de reencontrar ele...(Viu o olhar assustado de Castiel)....quero dizer, reencontrar para me desculpar, por ter, sei lá, assustado ele de alguma forma.

Castiel mais uma vez, conduziu Sam discretamente, agora, para fora da biblioteca.

Castiel: Tenho certeza que foi somente uma impressão sua, ele deve estar bem, assim como você também irá ficar junto ao pessoal da festa, e qualquer coisa que precise, não se acanhe em pedir a mim, ok....Obrigado pela companhia, você é realmente muito simpático.

Ambos sorriram e se despediram, com um aperto de mão.

Castiel sentou no sofá, colocando as informações em ordem. Quem era aquele garoto? Como ele poderia ter o mesmo sobrenome do vampiro, depois de tantos séculos que tinha perdido toda sua família ? Que ligação era aquela entre Dean e ele, que fez o vampiro fugir, apesar do que havia visto nos olhos dele? Porque Baltazar estava por trás daquele humano, qual era sua intenção? O humano não percebeu quem era Dean, não o reconheceu como sendo o dono da casa, mas percebeu o quanto mexeu com ele, e também estava estampado na cara do garoto que Dean também o interessava. O que tudo isso significava?

Era mais uma das vezes que Dean causava esse efeito nele, de fazer sua cabeça girar com um milhão de dúvidas, só que antes quase todas as dúvidas tinham a mesma resposta, mas agora era diferente, as respostas eram diversas, e das respostas surgiam mais dúvidas. Por ora, voltou ao quarto de Dean, queria lhe pôr a par da situação e de suas descobertas do tal Sam. Era de seu maior interesse, que nunca tivessem contato novamente, e iria ajudar o amigo a fugir dele, exatamente como ele desejava.

Castiel bateu na porta algumas vezes, sem nenhuma resposta do outro lado. Adentrou o cômodo com cuidado para não assustar Dean, e ele ter uma reação de o atacar. Como sempre, tinha que ter esse cuidado. Mas Dean não estava no quarto, deixando aquela sensação de vazio que era peculiar dele.

Dean assim que percebeu a saída do humano, alvo de seus pensamentos, de frente da sacada de seu quarto, pulou a janela, se entregando ao ritmo frenético das batidas do seu coração, correu sozinho pela madrugada em busca de alívio para a tormenta em sua mente, e quando menos percebeu parou em frente ao bar de sua amiga Helen. Um lugar que não chegava nem perto de seus status social atualmente, onde se criavam viajantes e andarilhos, lugar perigoso para humanos, mas principalmente para criaturas, assim como alguns humanos o denominavam, humanos caçadores, que caçavam a ele também.

Mesmo diante do infortúnio quase certo, Dean se deixou entregar aos pensamentos confusos, adentrou ao local, se sentou numa mesa ao fundo, sendo imediatamente servido de uma cerveja por sua amiga Helen, que apesar de caçadora, também havia procriado com um vampiro, dando origem a sua filha, Jo, uma mestiça, e assim não atacava e não era atacada por nenhum vampiro. Acabaram se tornando amigos, após a morte de seus companheiros.

Helen nada disse ao rever o amigo, sentiu seu estado melancólico e sabia que aquilo significava o sinal de alerta para o silêncio absoluto, apenas lhe entregou a garrafa, com um sorriso e se retirou, dando sinal a alguns caçadores que ali estavam, de que não se metessem com ele.

Dean tinha o coração pesado das lembranças e ensinamentos de Benny, estando naquele lugar inóspito, não era difícil voltar no tempo.

 

***Lembranças de Dean***

 

Ensinamentos de Benny.

Após a fusão das espécies, surgiram novas criaturas, além dos anjos, demônios e vampiros, os chamados descendentes, eram os nefilins, os baalihans e os mestiços. As espécies perpetuaram sua descendência, regredindo em seus poderes a cada nova mistura com os humanos. Fossem anjos, demônios ou vampiros, mas de forma natural, sem transformação, procriaram com os humanos. Assim dando origem aos nefilins, filhos dos anjos, e baalihans, filhos dos demônios, sub raças dos poderosos seres, porém bem mais evoluída que a dos humanos, apesar de não terem os mesmos poderes, nem em quantidade e nem em qualidade de seus genitores não humanos.

A miscigenação de vampiros com humanos, resultava na existência dos chamados mestiços, humanos que possuíam a genética transmutada, e não transformada, e com isso não adquiriam a juventude eterna e nem a imortalidade, somente possuíam alguns poucos poderes, e não tinham desejo insaciável por sangue, apesar de muitos o beberem, pois conseguiam retardar o envelhecimento.

Na modernidade essas novas criaturas, nefilins, baalihans e mestiços sobreviviam na Terra, quase sempre como ilusionistas, mágicos, encantadores, hipnotistas e etc.

Os caçadores se formaram a partir do momento em que começaram a ter ciência da existência dessas criaturas, não era notória essa informação, e por isso a existência desses caçadores também era desconhecida da maior parte da humanidade, que sequer sonhava com qualquer um outro mundo que não fosse o exclusivamente povoado por humanos normais.

Diante de tamanha necessidade de defenderem a existência e sobrevivência do humanos, os caçadores formaram uma frente de caça aos reais exterminadores de humanos, ou seja, todas as criaturas, fossem os dominantes ou seus descendentes. Passaram a ser o único veículo de batalha contra as mortes inexplicáveis dos humanos que caíam em grande quantidade na rede das criaturas, por qualquer motivo, alimentação ou por motivo banal mesmo, como as simples demonstrações de poder e superioridade.

E depois de alguns séculos, a existência dos caçadores colocaram um freio na matança dos humanos, pois as criaturas, em especial os nefilins, baalihans e mestiços, passaram a temer serem mortos, haja vista seus poderes limitados, diferente de seus genitores dominantes, que ao verem seus filhos sendo mortos por caçadores, também passaram a delimitar as mortes dos humanos para somente alimentação, ou as que fossem resultantes de conflitos.

Tudo isso reduziu drasticamente as mortes humanas, e os vampiros, única espécie que se alimentava de sangue humano, passou a ser o maior alvo dos caçadores, e em segundo plano os mestiços, filhos dos vampiros.

Os caçadores, exímios na arte da luta e manipulação de armamentos comuns e especiais, usados especialmente para cada tipo de criatura, não precisaram se preocupar com o surgimento de outras criaturas, diante das regras que regiam a guerra entre os dominantes.

Assim, nunca houve a mistura de demônio com anjo, sendo a mesma proibida pelas leis que regiam as espécies, tendo em vista que o resultado da mistura dessas espécies, já estava presente, os vampiros. Assim todos os romances que surgiam na mistura dessas espécies, os envolvidos eras exterminados, por qualquer uma das espécies, era a Lei que regia entre os dominantes.

Também não poderia haver misturas de anjos com vampiros e de demônios com vampiros, porém estavam sempre surgindo casos dessas misturas, porém diante da magnitude dos poderes concentrados nessas espécies não conseguiam procriar, eram inférteis quando juntos, e como as espécies viviam em guerra e com ódio permeando essas relações, não haviam grandes casos que se sustentassem através dos tempos, e com isso, não eram mais exterminados quando se encontravam com outros de sua espécie, eram somente discriminados, por acreditarem que era uma certa traição a própria espécie ceder ao amor ou a atração, que fosse, a um da espécie inimiga.

Esse foi um dos problemas enfrentados por Castiel e Dean, quando tiveram o momento deles.

 

***Fim da lembrança de Dean***

 

Era difícil pensar em Castiel, daquela forma, por isso despertou automaticamente, antes de entrar no campo de seus medos e desesperos pessoais.

Sorveu a cerveja muito lentamente, tentando ainda não voltar a pensar naquele bonito rapaz, mas só de preferir não pensar, já estava pensando.

Dean: Sam Winchester...(Disse baixinho para si mesmo)...O que você fez comigo?

 

CONTINUA...


Notas Finais


Agradeço desde já a oportunidade de tê-los como leitores.

Muito Obrigada a quem acompanhar, favoritar e comentar.
É muito importante sua participação, e pode ter certeza, que responderei
a todos.

BJSSSSSS !!!!!


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