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História Anjos Solitários - Wincest - Na intimidade do nosso amor


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá Amigos,

Segue mais um capítulo
cheio de amor para vocês,
e não me batam, por favor,
mas o lemon será no próximo,
fiz a divisão dos capítulos e não
deu para ser nesse ainda, desculpem, ok.

Desculpem o erros,

Ótima Leitura !!!!

Capítulo 10 - Na intimidade do nosso amor


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Na intimidade do nosso amor

 

Dean estava admirando o mar pelo vidro de uma das janelas de sua sala, estava muito frio, apesar do lindo dia de sol, e isso poderia ser um problema, caso Sam resolvesse passear ao ar livre, teria que evitar essa exposição, não sabia até quanto Sam era familiarizado com algumas limitações e fraqueza dos vampiros, e o sol em seus olhos, era a sua principal fraqueza.

Pensou em um cronograma para o dia ao lado de Sam, e se ele quisesse mudar alguma coisa, aceitaria de bom grato, não podia deixar passar uma imagem de ostentação e prepotência, onde somente seus gostos prevaleciam. E foi pensando nisso que viu Sam descendo as escadas e indo ao seu encontro. Ficou até sem respirar, Sam estava esplêndido em uma calça jeans escuro, uma camiseta preta e por cima uma jaqueta marrom de couro encerado com um cachecol dégradé de preto a branco, as roupas eram  diferentes das que ele usaria normalmente, mas não fugia a seu estilo despojado e juvenil, em nada.

Sam: Então, como estou, nessas roupas caras que você colocou no closet ? (Sorriu tímido, se aproximando de Dean, abrindo os braços para que ele lhe analisasse).

Dean: (Dean chegou perto dele e colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha).....Você é um dos homens mais belos que já conheci. Está realmente lindo.

Sam pigarreou, disfarçou a timidez e sorriu.

Sam: Obrigado.

Dean segurou em sua mão, entrelaçando os dedos aos dele, e o  puxou para fora da mansão, onde o carro estava aguardando na porta principal, com um motorista, que cumprimentou ambos, e esses entraram no carro.

Dean manteve as mãos dadas dentro do carro, adorando o calor da mão de Sam, que lhe olhava o tempo todo, enquanto ele estava fingindo prestar atenção na paisagem da janela de vidro fumê escuro. Foram direto para o shopping, onde conversaram sobre vários assuntos que surgiram, enquanto andavam nas lojas e nos corredores. Sam experimentou várias roupas, e, Dean comprou quase todas para ele, dentre sapatos elegantes, ternos finos, relógios, roupas sociais e esportivas. Sam se sentia um pouco constrangido de estar aceitando aqueles presentes de Dean, mas ficou com medo de o magoar recusando também, e Dean era só sorrisos e toques em Sam, toda vez que podia, segurando sua mão, seu braço, ajeitando as roupas em seu corpo, e até um selinho roubado dentro de um provador, Dean conseguiu, em meios aos risinhos de Sam.

Após deixarem as compras com o motorista no carro, seguiram para o almoço em um restaurante muito refinado na beira da praia, onde almoçaram peixe e saladas, tudo bem leve, degustado com um vinho branco. De onde saíram no fim da tarde, após ficarem um bom tempo relaxando, conversando bobagens e degustando a sobremesa e o vinho. Foram direto andar na beira do mar, vendo o sol se pôr ao longe, ambos descalços, sentindo a areia entre os dedos e a umidade do mar em suas peles.

Dean: Você já gostou de alguém, Sam? (Andando lado a lado com Sam).

Sam: Não, eu nunca amei ninguém, nem mesmo posso dizer que estive perto disso....até....(Desviou o olhar diretamente para Dean, segurando em sua mão, o fazendo parar).

Sam:...Até conhecer você. (Encarou Dean, sério, para que ele entendesse a mensagem).

Dean: E porque diz isso ? (Ficou de frente a Sam, sorrindo, unindo e entrelaçando lentamente os dedos, sabia a resposta, mas gostava de ouvir Sam dizer).

Sam: Dean, eu estou apaixonado por você. (Disse reunindo toda a coragem que tinha mais uma vez, sorriu e continuou olhando a reação de Dean que fechou os olhos).

Dean segurou Sam pela cintura e o abraçou tocando com ambas as mãos em suas costas largas, espalmando e deslizando uma mão por toda ela, enquanto a outra cruzou seu ombro, para colar seu peito ao dele, encostou sua boca no ouvido de Sam.

Dean: Você não sabe o quanto eu adorei ouvir isso e o quanto eu estou amando você.

Segurou na nuca de Sam, sentindo o seu cabelo entre os dedos, desceu seu rosto pelo pescoço dele, para o cheirar, tocando com sua barba por fazer na pele dele, que se arrepiou na mesma hora, seguiu calmamente até encontrar a boca de Sam, beijando suavemente, provando seus lábios com prazer, fechando os olhos, para sentir Sam amolecendo  em seus braços, completamente entregue, entreabriu a boca, esperando Sam a invadir timidamente com sua língua com sabor doce do vinho, misturado ao seu sabor natural, se deixou perder naquele momento, e beijou Sam sem pressa, se aprofundando em sua boca, acarinhando a língua dele na sua, explorando cada cantinho daquela boca quente e saborosa, firmando suas mãos na cintura e costas de Sam, o abraçando respeitosamente, mesmo com o desejo louco de o amar e tocar em seu corpo fervendo dentro de si.

Sam sentia seu corpo inteiro tremer nos braços de Dean, que lhe seguravam possessivamente, e quando Dean o beijou, sentiu suas pernas fraquejarem, como se fosse uma garotinha de 15anos em seu primeiro beijo. Era uma sensação maravilhosa, acolhedora, que aquecia seu coração, saciava sua alma, acalmava cada anseio, dando a certeza que aquele era somente o começo, que era a primeira entrega verdadeira de ambos. Enquanto Dean o beijava com tanta paciência e amor, nenhum medo passou em sua mente, como já vinha acontecendo desde que o conheceu, se entregou totalmente, sem limites. O beijo de Dean era o paraíso na Terra, aqueles lábios carnudos e macios encostando nos seus, seu gosto de anis, seu cheiro amadeirado, não tinha como evitar, deixar todas as barreiras caírem sozinhas, quando sentiu sua língua ser abrigada pela dele, sentiu o desejo de seu corpo pelo dele.

Depois do profundo beijo, precisando de ar, assim como Sam, Dean separou o rosto de Sam, ainda abraçado a ele.

Dean: Acho melhor nos sentarmos um pouco...vem !

Puxou a mão de Sam, e o sentou na areia, mais distante da beirada do mar, e se sentou atrás dele, forçando suas costas em seu peito, o circulando com seus braços, num gesto romântico e carinhoso, onde ambos ficaram abraçados, olhando o mar, naquele céu avermelhado do fim de tarde.

Dean: (Após alguns segundos, afundou o rosto do cabelo de Sam)....Eu quero muito você para mim, Sam. Me deixa ter você ?

Sam: Eu sou seu, Dean, desde a primeira vez que lhe vi. (Voltou sua cabeça para trás e o beijou novamente).

Dean: Então....Você aceita ficar comigo ?....(Disse esperançoso e com receio de ser recusado)....você sabe que teremos problemas, e que eu sou um vampiro, e com isso...você terá que se acostumar com algumas coisas....assim como eu também quanto a você, como humano.

Sam: Acho que nem precisava pedir....Eu seria um louco se não aceitasse, independente de qualquer problema que tivermos, eu quero ficar com você, Dean, quero muito.

Dean sorriu, e o apertou contra seu peito.

Dean: Parece um sonho, nós dois finalmente juntos.

Sam: Sim, parece. (Olhou o horizonte, vendo os últimos raios de sol sumirem).

Pareciam duas crianças que se amavam. Naquela areia, sentados com os corpos e corações unidos, Sam entre as pernas de Dean, sentindo a proteção dos braços dele em volta de si, e Dean com Sam colado em seu peito, se sentindo vivo novamente, com um motivo para continuar a viver, com um novo propósito para si.

Ficaram observando o sol sumir e as primeiras estrelas despontarem no céu. Entre beijos castos e carinhos um no outro. Quando a noite se fez mais escura, voltaram para o carro e para casa, de mãos dadas, novamente, sempre um sorrindo para o outro, num claro modo de dizerem como estavam plenamente felizes.

Na mansão, Dean levou Sam até o quarto dele, para que ele descansasse um pouco, se despediu dele na porta, com um beijo rápido, e foi se alimentar e esperar o jantar de Sam ser servido. Tomou banho, sempre com um ar sonhador, nem acreditando que estava vivendo aquele momento tão mágico, se arrumou e aguardou Sam, se servindo de um uísque.

Sam tomou um banho bem demorado, sentindo um pouco suas costelas, que incomodavam com uma dor persistente, mas nada que tirasse ele das nuvens como se sentia. Não parava de ficar revivendo cada minuto do seu dia com Dean, e principalmente a conversa deles na praia, era definitivo, estavam juntos agora, e isso trazia uma certeza de ter seu amor correspondido, se sentia lisonjeado por Dean ter se interessado por ele, uma pessoa tão comum, mas a alegria que carregava afastava qualquer pensamento, que não fosse em Dean. Desceu as escadas com ansiedade para revê-lo, para ficar mais tempo com ele, mesmo tendo passado o dia inteiro juntos, ainda queria mais.

Ao chegar na sala, foi conduzido por uma criada até a mesa de jantar, posta somente com um lugar, se sentou e foi servido por ela, Dean veio do outro lado da sala, se sentou junto dele, o admirando enquanto comia, com os cabelos meio molhados do banho ainda, de calça de pijama e camiseta cinza.

Sam: Você não vai jantar?

Dean: Eu já me alimentei e não consigo comer mais nada por hoje. (Sorriu e Sam nem quis saber do que ele estava falando, já desconfiado que seria de sangue).

Sam olhou Dean, como sempre lindo, numa calça social preta, e camisa de botões branca.

Sam: Desculpe ter descido assim, eu ainda tenho que me acostumar. (Apontou para si mesmo).

Dean: Você pode se vestir como quiser, essa casa será também a sua, fique à vontade, e você está mais perfeito ainda. (Riu).

Sam riu, e decidiu entrar em outros assuntos, deixaria os outros assuntos mais sérios para depois. Resolveu amenizar o clima um pouco, pois Dean o estava deixando sem graça, o encarando e sorrindo, enquanto comia.

Sam: Deixa eu te perguntar uma coisa importante....(Dean Assentiu)......Você não dorme em caixões, né? (Riu, fazendo Dean Rir alto também).

Dean: Claro que não, nunca nem cheguei perto de um, e nunca vi nenhum vampiro dormir neles...esses filmes são idiotas demais....e os caixões devem sem apertados e desconfortáveis....(Riu).

Sam: Ufa, que bom, eu teria medo.

Dean: Não precisa ter medo de nada, Sam. Eu vou te explicar tudo com o tempo, e vou tentar não te assustar nem um pouco, com o nosso modo de viver.

Sam: Que seja....(Riu e acabou de comer).

Dean: Você tem que dormir um pouco agora, descansar, não se esqueça que irei cuidar de você. (Sorriu).

Sam se levantou, foi até Dean e segurou em sua mão, o puxando para a escada.

Dean: Para onde está me levando? (Sorriu sacana).

Sam: Para o meu quarto, eu quero que fique comigo até eu dormir, você quer ? (Disse timidamente).

Dean concordou com a cabeça, com um milhão de borboletas no estômago, em plena revoada, muito nervoso, nem prestou atenção em como chegou ao quarto de Sam, nem sentia mais o comando de sua pernas direito.

Sam conduziu Dean até a cama, e ele se sentou, enquanto foi ao banheiro escovar seus dentes, e voltou para cama, se deitando ao lado de Dean, que estava tenso, mas não parava de lançar olhar cobiçoso, com um sorriso de fazer parar o tempo. Sam ficou deitado de barriga para cima, com as mãos cruzadas no peito, olhando pra Dean.

Dean: Você quer que eu te conte uma história para dormir, hein ?....(Sorriu)...antes de eu ir para o meu quarto.....(Disse já se debruçando sobre Sam, passeando com a ponta dos dedos sobre as mãos de Sam).

Sam: Quero.....e por que não  dorme comigo aqui essa noite? (Disse sério).

Dean: Porque seria difícil me controlar, com você tão assim....(Cheirou o pescoço de Sam e parou o rosto a centímetros de sua boca)....tão delicioso.

Sam engoliu seco, depois daquela palavra, ficou meio retraído. Dean riu da reação de Sam e o beijou, calmamente no início, mas foi se aprofundando no beijo, já enfiando a mão nos cabelos de Sam, agarrando sua nuca, enquanto a outra espalmou o seu peito, e Sam se abraçou a ele, enlaçando seus braços no corpo de Dean, o puxando cada vez mais para si. A língua de Dean dominou o beijo, devorando a boca de Sam, sugando a língua dele com voracidade, passava a língua pelo céu da boca de Sam, sentindo o roçar de seus dentes em seu próprios lábios. Sam gemeu no meio do beijo, se excitando, fazendo Dean se separar um pouco e descer com beijos molhados pelo seu pescoço, sussurrando em seu ouvido.

Dean: Eu adoro o seu cheiro, é doce, envolvente, me deixa louco, sabia?

Sam gemeu mais uma vez em resposta. Dean, cada vez mais, foi arriando seu copo na cama, ao lado de Sam, se colando nele, sentindo ele cada vez mais se entregando, deslizou a mão por todo o corpo dele, na lateral, apertando sua cintura e sua coxa, que se dobrou por cima do corpo de Dean, que voltava a beijar sua boca sem parar, sentindo o gosto de menta, misturado com o sabor doce dele. Sam puxava Dean para cima de si, forçando as mãos em suas costas, agarrando com força no tecido de sua camisa.

Sam: Dean, vem ! (Arfando no ouvido de Dean, e o forçando sobre si).

Dean: Não, agora não, Sam. (Respondeu no meio do beijo).

Sam: (Puxou com mais força a camisa de Dean).....Eu preciso de você, eu quero você.

Dean: Meu amor, você ainda está machucado...(Tentou descolar seu peito do de Sam, que o apertou mais)...tem que se recuperar primeiro. Meu peso sobre você vai forçar suas costelas quebradas....(Beijou seu rosto)....Podemos só namorar ?...(Conseguiu se erguer um pouco).

Sam: Não, Dean, não faz isso. Fica aqui comigo. (Disse manhoso, se levantou um pouco do colchão, buscando a boca de Dean).

Dean com muito sacrifício para controlar o desejo e a paixão que queimavam sua alma naquele momento, voltou a posição de sentado, e Sam também se sentou e se abraçou a ele.

Sam: Me ame, por favor, eu estou aqui para você...eu te desejo muito...(Falou em seu ouvido, fazendo Dean se entristecer por estar recusando Sam, ele tão entregue e tão apaixonado daquele jeito, abaixou a cabeça no abraço, afundou seu rosto no ombro de Sam).

Dean: Calma, meu amor, calma....nós temos todo o tempo do mundo, mas eu não quero que se machuque mais, temos que esperar você se recuperar ainda....se nos amarmos com você assim, você vai forçar muito suas costelas ou eu mesmo posso te machucar sem querer...não deveríamos te começado assim, temos que ir devagar....eu não me perdoaria se eu te ferisse....(Fez carinho em seu cabelo).

Sam separou o abraço, bastante chateado, tinha esperado tanto aquele momento e quando chegou, se sentiu rejeitado, e mais uma vez, um pouco humilhado por Dean, mesmo sem cabimento e sabendo disso, se sentiu assim. Se deitou novamente, sem nem mesmo voltar a olhar para Dean, se ajeitou na cama de costas para ele, que sentiu seu coração em pedaços por ver Sam assim, naquela reação.

Dean: Sam, não fica assim, por favor, eu só que quero que você entenda. Eu te desejo muito, meu corpo inteiro quer você, minha alma quer você, mas você está com suas costelas quebradas, se forçar, elas podem se partir de vez e perfurar seu pulmão, traria um risco de vida à você, e eu não quero isso, você tem que viver e muito, para podermos ser felizes juntos....(Sam nem se mexeu, parecia que nem estava respirando, Dean tocou em seu ombro, e ele não reagiu)....Sam!.....Sam!....(Continuou sem resposta).

Dean ficou muito triste, e ficou ali sem saber direito como proceder, não entendia mais de todos os sentimentos humanos, mas o pouco que sabia, acreditava que Sam estava triste como ele. Ficou fazendo carinho em seu cabelo e nas suas costas, durante longos minutos de silêncio.

Dean: Sam ! Por favor, diz alguma coisa.

Sam: Eu quero voltar para meu quarto no alojamento, Dean. (Estava se sentindo muito mal).

Dean se levantou da cama, não aceitando aquela decisão de Sam, depois do dia maravilhoso que tiveram, e dele ter concordado em ficar ali.

Dean: Não !!! Sam, por favor, você não pode ficar sozinho, e você disse que queria ficar comigo, que deixava eu cuidar de você.

Sam começou a chorar baixinho, Dean ouvindo isso, não sabendo como reagir, fez carinhos novamente em suas costas.

Dean: Eu posso ficar aqui com você, dormir do seu lado ? Podemos dormir abraçados.

Sam: Melhor não, eu quero ficar sozinho.

Dean: Me diz o que está sentindo? O que está passando pelo seu coração? Eu quero conversar com você.

Sam fez sinal de negação com a cabeça, não querendo falar mais, para não chorar mais ainda.

Dean: (Disse derrotado)....Tudo bem...eu vou para o meu quarto, e tenta descansar um pouco, amanhã com a cabeça mais tranquila, conversamos mais, ok.

Dean saiu no mais completo silêncio de Sam, somente quebrado pelo choro abandonado dele, que tentava esconder, seguiu para seu quarto em pânico de perder Sam. Com medo de vê-lo partir para ficar sozinho, sem proteção, sem ninguém para cuidar dele, além de o querer por perto, para tocá-lo e amá-lo cada vez mais, a cada dia e noite.

Dean tomou outro banho rápido, vestiu um pijama de calça e camisa, e se largou numa poltrona em seu quarto, depois de a arrastar até a varanda, como sempre, gostava de ficar admirando o mar, se deixou levar pelo cansaço do dia e pelas emoções, derramou uma única lágrima, por medo de perder o seu amor, novamente, abraçou o próprio corpo sentindo frio, mas continuou ali, até dormir encolhido na poltrona.

Sam chorou até dormir, não conseguia explicar direito o que se passou pelo seu coração, mas reviveu por um segundo, o mesmo sentimento que teve quando Dean o maltratou na galeria, e isso lhe trouxe de volta todas as incertezas e medos de antes. Ainda duvidava, no mais profundo do seu coração que um homem tão lindo, importante e rico, podia querer ele, e além disso tudo, ainda era um vampiro poderoso, com uma experiência de vida de séculos, lhe passou um rápido pensamento, de que Dean talvez só quisesse se vingar de uma forma doentia, por ele ter tentado o caçar. Dormiu embalado por tais pensamentos e por lágrimas que molharam seu travesseiro.

Sam acordou no meio da noite, assustado, estranhando o lugar onde estava, até se lembrar de onde estava. Depois vieram as emoções antes de pegar no sono, e viu, com mais clareza, que tinha sido injusto com Dean, dizendo que iria embora e deixa-lo, depois de dizer claramente que queria ficar com ele, viu que agiu como uma criança, e bateu o maior medo de todos, que passaram em seu coração, o mesmo que Dean carregava, de o perder.

Não podia perder Dean para sempre, não podia deixar ele se afastar, simplesmente não podia mais viver longe dele. Ficou meio desesperado e atordoado, se levantou e foi de mansinho para o quarto de Dean.

Sam abriu a porta bem devagar, era a primeira vez que entrava naquele quarto que era quase igual ao seu, a cama ainda estava arrumada, procurou Dean, e foi mais próximo a varanda, o achando deitado todo torto e encolhido na poltrona, visivelmente com muito frio. Sam ficou o admirando uns minutos, vendo como ele era tranquilo e sereno daquele jeito, como ficava lindo com as feições  relaxadas. Foi até o closet, pegou um cobertor, o colocou sobre a cama, arrumando para ele deitar.

Sam: Dean!....(Chamou tocando de leve em seu rosto)....Dean!

Dean acordou assustado, se ajeitou rápido na poltrona, ficando sentado ereto.

Dean: Sam....Você está bem? Tá passando mal? (Passou a mão pelos ombros de Sam, para se certificar que ele estava bem, e Sam viu o quanto era natural nele, esse lado protetor, e se arrependeu muito da sua infantilidade anterior).

Sam: (Pegou nas mãos dele)....Vem, meu amor, vem dormir na sua cama. Tá muito frio aqui.

Dean ainda meio aéreo, segurou nas mãos de Sam e se deitou na cama, sendo coberto por ele até seu peito, e Sam o largou, por um instante, causando um certo pavor de que fosse uma despedida, mas viu Sam dar a volta na cama, e se deitar debaixo do cobertor, junto a ele, ao seu lado, e repousar a cabeça em seu peito, o abraçando. Após um silêncio de uns segundos perturbadores para Dean, que estava sem reação, ele cruzou os braços nas costas de Sam, correspondendo, enfim, ao abraço dele.

Sam: Me desculpa, meu amor, me desculpa, eu sou muito bobo e infantil, eu quero sempre dormir com você, todas as noites de nossas vidas.

Dean soltou a respiração, que nem notara que tinha prendido, em pleno alívio de ter Sam em seus braços novamente.

Dean: Eu te amo, Sam. (Sorriu para si mesmo, por estar dizendo aquela frase que lhe era esquecida por tanto tempo).

Sam: (Ficou com os olhos cheios d’agua, nunca tinha ouvido de ninguém aquela frase e nem dito a ninguém)....Também, eu te amo também, Dean.

Sam se aconchegou mais em Dean, e dormiu pouco tempo depois, assim como Dean, que dormiu com um semblante de pura felicidade, quase sorrindo.

Castiel em pé na varanda do quarto de Dean, somente abaixou a cabeça e sumiu. Tinha sido atraído quando percebeu uma certa perturbação e tristeza em Dean, justamente quando ele deveria estar feliz com Sam ao seu lado, ficou com medo de Dean estar fugindo novamente do amor, e como queria ajudar, como fez antes para unir os dois, resolveu ir até ele, para saber o que estava acontecendo e tentar ajudar mais uma vez, mas quando se aproximou de Dean, depois de ficar algum tempo sentindo o peso de seu coração, mesmo em sono profundo, com o rastro da lágrima em seu rosto, Castiel viu Sam entrar no quarto de mansinho, e se fez invisível, e por pura curiosidade ficou observando até aquele momento.

Castiel queria rasgar o próprio peito e tirar seu coração de dentro dele, nada mais importava para si, naquele momento, somente a idéia de que nunca tinha ouvido aquela maldita frase da boca de Dean. Nem quando faziam amor, quando Dean sempre se mantinha quieto quando recebia a frase de sua boca, pois nunca a repetiu ou retribuiu, nem mesmo no calor do momento, e muito menos, lhe disse daquele jeito espontâneo e primeiro que ele, como tinha acabado de fazer com Sam, absolutamente nunca. Nunca ouviu aquele “Eu te amo”, de Dean, nunca.

Castiel se lembrou naquele momento da explicação que Baltazar tinha lhe dito, quando o procurou, contando sobre Sam e o amor recém despertado em Dean.

 

***Lembranças de Castiel***

Castiel estava nervoso diante do caído, requerendo uma explicação que fosse para o que tinha visto nos olhos de Dean naquela festa onde conheceu Sam, queria entender como podia ver paixão tão rapidamente em poucas palavras que o vampiro trocara com o humano.

“ Baltazar: Calma, general, vou explicar. Sempre me interessei muito pela espécie dos vampiros, e nos meus estudos e na minha vida, descobri muitas coisas sobre os vampiros puros e seus transformados diretos, e uma delas é que eles conseguem sentir quando encontram o amor em suas longas vidas, e à eles é dada somente uma única oportunidade de amar verdadeiramente, não sei porque, mas eles somente podem amar uma vez, podem se entregar a outros relacionamentos, e até a amarem outras pessoas, mas nada é tão intenso, profundo e sincero como esse único amor. E por uma questão do poder, eles sentem e conseguem identificar quando encontram esse amor verdadeiro, ainda no primeiro contato, mesmo que as vezes de forma confusa, por serem surpreendidos pelo novo sentimento, que é como se fosse uma predestinação, entende? .........(Pausou).....Por isso os vampiros puros diziam que haviam amores predestinados a eles. Com a transformação desenfreada de humanos em vampiros, esse poder de identificar o amor predestinado se perdeu, os transformados não possuem mais esse dom, que ficou guardado somente aos do clã, e os transformados diretos por eles, como é o caso do vampiro Dean.”

Castiel ficou atormentado por aquelas informações e não querendo acreditar em nada do que elas lhe diziam, devido ao imenso amor que tinha por Dean, logo, tratou de mudar de assunto, e depois esquecer toda aquela explicação.

***Fim Lembrança de Castiel***

 

Castiel se sentiu desolado, abandonado, quase que traído, e de certo modo, revoltado por confirmar a verdade das palavras da explicação de Baltazar. Admirando em como ele era sábio e perspicaz.

Com o coração partido, em meio as lágrimas que lavavam mais uma vez seu rosto e sua alma. Apenas fechou os olhos e pensou em sumir dali.

 

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Baltazar assistia um filme na sala, distraído deitado tranquilamente no sofá, quando sentiu o cheiro de Castiel no ar, olhou em volta e não o viu.

Baltazar se levantou, achando que estava ficando louco, depois da última conversa com ele, e das emoções que Castiel andava provocando em seu corpo e em seu coração, só podia ser uma ilusão da madrugada. Resolveu desligar a TV e se recolher. Suspirou cansado e foi para cama, mas assim que se deitou, sentiu ser abraçado por trás, e um peso extra sobre o colchão, sentiu as mãos de Castiel alisarem seu peito, entrarem por dentro de sua camisa do pijama, o fazendo se arrepiar todo, o acariciando lentamente em sua pele.

Castiel: Baltazar....me deixa te tocar ? Assim desse jeito, somente hoje. (Sussurrou no ouvido de Baltazar, com os lábios roçando em sua nuca).

Baltazar: Meu Deus, Castiel, você quer me deixar louco.....(Pausou, fechou os olhos, sentindo as mãos de Castiel sobre seu peito ainda, colocando as suas sobre as dele).....eu não posso, eu não vou conseguir me conter, com você assim tão perto, por favor.

Castiel: Não precisa se segurar. (Sussurrou e beijou a nuca de Baltazar).

Baltazar ficou em silêncio com um milhão de pensamentos em flashes na mente. Queria saciar seu desejo recém despertado por Castiel, e saber, enfim, que sentimento era aquele nascendo em sua alma. Se virou e encarou Castiel, estudando seu rosto e suas emoções naquele momento.

Baltazar: Castiel, eu não quero ser sua tábua de salvação, não faça isso comigo, eu não suportaria passar por isso. Eu não quero sofrer, irmão. (Disse nervoso).

Castiel pensou no que ele estava dizendo e se levantou da cama, ficou parado no meio do quarto, confuso, mas arrependido do que estava ali propondo a Baltazar, como se ele fosse justamente aquilo que denominou há pouco, era totalmente desrespeitoso para com ele, desmerecido. Baltazar ainda olhando nos olhos azuis de Castiel, assim como os seus próprios, viu no mesmo instante, o sofrimento instalado naquele mar azul de sinceridade.

Baltazar: Castiel, vem cá....(Bateu a mão na cama, para ele voltar para ela, e assim ele o fez, e se sentou)....eu vou cuidar de você.

Castiel fez menção de levantar, mas Baltazar somente deu um aperto em seu ombro, para ele permanecer sentado ali. Baltazar se ajoelhou na cama, retirou o blazer do terno que Castiel usava, retirou sua gravata, sua camisa social, colocou tudo em cima de uma cadeira em frente a cama, com muito esmero e cuidado. Se abaixou, tirou os sapatos de Castiel, seu cinto e sua calça, o deixando de cueca somente. Foi até uma cômoda e pegou uma camiseta confortável, a colocando nele, afofou uma almofada grande que tinha sobre a cama, e fez com ele se sentasse apoiando as costas nela, cobriu suas pernas. Foi até a cozinha, e calmamente, fez um chocolate quente em uma caneca de porcelana e deu a ele, que bebeu aos poucos, sorrindo triste de frente para o amigo, e ambos em constante silêncio. Palavras seriam demais naquele momento, seriam desnecessárias. Depois que bebeu tudo, Baltazar, fez com ele se deitasse, e o cobriu até o peito, e se deitou por trás dele, invertendo a posição anterior, e abraçou Castiel com muito carinho, entrelaçando as mãos com as dele em seu peito.

Baltazar: Está melhor assim, né mesmo? (Disse sorrindo, feliz em poder cuidar de Castiel, tão sofrido).

Castiel: Muito melhor. Obrigado. (Comovido com o jeito de Baltazar).

Baltazar: Durma, irmão, amanhã será um dia mais bonito que o de hoje. Você tem que estar preparado para ver, quanta beleza haverá no amanhecer desse novo dia.....(Suspirou profundamente).....E eu estarei com você, para te mostrar as cores que eu mais gosto nos raios do sol da manhã. Durma em paz, general do céu, que amanhã tudo será novo e devemos estar preparados. Tá bom? (O apertou de leve em seus braços).

Castiel: Sim....(Disse aliviado).....não me deixe sozinho, Baltazar.

Baltazar: (Respirou fundo aquele perfume suave de orvalho do corpo de Castiel)...Nunca....Nunca.

Castiel dormiu sereno nos braços de Baltazar, sem mesmo se dar conta do quanto sentia paz com ele, do quanto ele tinha transformado o que seria um grande erro, que provavelmente destruiria a amizade deles e se afastariam, em algo tão bom, tão acolhedor quanto aquele contato com seu corpo quente, lhe rodeando, passando tanto conforto e proteção.

Na verdade, Baltazar estava começando lhe amar sinceramente, e assim, fazia Castiel também se sentir tão amado naqueles braços.

Amigo na Terra ou irmão no céu, o que importava era que Castiel se sentia amado por alguém, e sendo uma pessoa muito especial para si como Baltazar, a sensação era muito mais completa para ele, era um balsamo em sua alma, que começava a se reconstruir aos poucos.

 

CONTINUA...


Notas Finais


Muito Obrigada pelos favoritos
e por comentários tão lindos e elogiosos.

OBRIGADA DE CORAÇÃO.

Obrigada pelos amigos dessa semana
Fiquei muito feliz.

BJSSSSSS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!


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