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História Anjos Solitários - Wincest - Consequências


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Aí vai o capítulo de hoje....com reencontros.

Espero que gostem.

Desculpem os erros.

Ótima Leitura.

Capítulo 16 - Consequências


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Consequências

 

Ludovico havia chegado à mansão algum tempo depois, e após seu banho, estava pronto para o seu dia, em um terno azul escuro de corte cinturado, passou para dar uma olhada em Dean e seu quarto, o vendo dormir tranquilamente ao lado de Sam. Se alimentou na cozinha, onde encontrou Castiel, cabisbaixo e pensativo, olhando fixamente para o jardim da mansão.

Ludovico: Arcanjo, tenho que te agradecer por proteger meu neto. Muito obrigado. Sei que não faz por mim, mas sim por amor a ele, mas mesmo assim, obrigado. (Já estava saindo da cozinha, quando um sentimento estranho de solidão vindo de Castiel cruzou seu pensamento).

Ludovico: (Parou ao lado de Castiel).....Você está diferente anjo, sinto algo novo e triste em você, posso lhe ajudar ?...(Disse querendo de certa forma retribuir a proteção de Castiel por Dean).

Castiel: Não é a pessoa mais indicada para me escutar e me aconselhar, Ludovico...(Riu, fitando o híbrido com seus olhos azuis)....mas compreendo sua vasta experiência de vida nessa Terra, entre os humanos, e, respeito isso....bom...eu estou amando uma outra pessoa...que não me quer mais por perto, por ciúmes de Dean...eu não sei o que fazer para provar meus sentimentos verdadeiros, e fazer com que acredite em mim, não tenho essa sabedoria dos humanos, em relacionamentos. E, por outro lado, ainda estou ressentido em ver Dean tão apaixonado por Sam, quando ele nunca correspondeu aos meus sentimentos. A lembrança do quanto eu o amei e do quanto ele nunca me amou, e agora, ele amando tão intensamente Sam, me deixam triste, mesmo eu estando apaixonado por outra pessoa....eu estou um pouco confuso com isso tudo. (Despejou de uma única vez, olhando esperançoso para Ludovico, almejando um conselho, uma palavra esclarecedora, e até amiga).

Ludovico: Caro anjo, o segredo de cada amor só é visto por quem está de fora, por quem não ama, pois o amor escurece a visão......acho mesmo que posso te ajudar com isso então, já que nunca amei......(Riu sem humor).....o que posso te falar é que siga seu coração, faça com que o seu amor perceba o que você sente através dos gestos, palavras são como areia entre os dedos, já os atos praticados são como fotografias, ficam gravados. Haja conforme o seu coração mandar, prove seu amor com atos. Vá atrás dele agora, e se declare um milhão de vezes se for necessário, mas não deixe que o que sente por ele morra assim, por dúvidas, quando ele também sente a mesma coisa que você....Corra atrás dele...Não obedeça a vontade dele se afastar de você, o siga e o reconquiste, o tome para você, mostre sua paixão por ele. Explique, todos os dias se necessário, que o que você tem com Dean agora, é só amizade. Não fique magoado com nada a respeito de Dean, porque ele sempre foi sincero com você, ele nunca te iludiu, ou te enganou com falsas declarações, e é isso que vale....pense nisso.......cure essa ferida por si mesmo, e não com esse seu novo amor em seu coração, Castiel. Ele é algo novo, sem marcas e sem mágoas, aproveite isso e não se afaste dele, não deixe morrer o amor dele por você, esse é o seu maior ato de amor para ele ? (Abraçou Castiel pelo ombro e o sacudiu devagar, para lhe dar esse aviso final, sorriu e o soltou).

Castiel: (Sorriu e encarou Ludovico)...Só você mesmo para me dar um conselho desses.....(Riu novamente)....obrigado híbrido.....me ajudou muito...(Pausou e sorriu)...Fiquei em dúvida de uma coisa, como você sabe que é ele ?

Ludovico: (Riu espontaneamente, saiu do lado de Castiel, e foi saindo da cozinha)....Fácil....Baltazar está com o nome dele estampado na sua mente e no seu coração, tanto que até eu consegui ler.

Castiel riu alto e ficou abismado como o hídrido tinha conseguido ler sua mente, quando ninguém nunca o tinha feito, estava mesmo muito transparente seu amor por Baltazar, e com essa dedução, estalou os dedos e sumiu.

 

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Dean acordou já era noite novamente, procurou por Sam ao seu lado, e ainda de olhos fechados deslizou a mão sobre os lençóis, não o encontrando, ficou um pouco decepcionado, sentiu uma pontada fria no coração pelo abandono do seu amor naquela cama, e se levantou rápido, procurou Sam no quarto todo e não o achou, ficando preocupado.

Dean verificou no espelho do banheiro seus ferimentos, que agora não passavam de manchas em sua pele, que sabia que em breve também sumiriam. Fez sua higiene matinal e tomou um outro banho rápido, se vestiu com uma calça social preta e camisa de botões vinho, foi até o quarto que Sam ocupou assim que chegou na mansão, trazido por Castiel. Dean bateu educadamente na porta, antes de entrar, notando uma movimentação dentro do mesmo.

Sam estava arrumando uma pequena bolsa de viagem, colocando algumas peças de roupa dentro da mesma. Tinha acordado já algum tempo antes de Dean, e pensou muito em tudo que tinha acontecido na noite anterior, viu os ferimentos do corpo de Dean se fecharem aos poucos, e tomou a decisão do que acreditava seria melhor para ambos, ainda assustado, confuso e muito triste pelos acontecimentos anteriores.

Dean: (Ficou olhando, encostado no batente da porta, o que Sam estava fazendo, e esse somente lhe deu uma olhada rápida sem parar um minuto sequer)....O que está fazendo Sam? (Perguntou com o coração apertado).

Sam: Dean, eu pensei muito, enquanto você descansava, e vi que já está bem novamente. Eu decidi que será melhor eu passar uns dias com o Bobby. (Dean sentiu seu coração falhar, enquanto Sam se segurava para não chorar, tinha que ser firme em sua decisão, mesmo sabendo que estava sendo cruel com ele, que ainda estava ferido).

Dean entrou no quarto devagar, olhando fixamente para Sam, e, segurou em um de seus braços, fazendo ele parar de se mexer e lhe dar atenção, coisa que até então não havia feito.

Dean: Porque está fazendo isso?....(Disse num fio de voz)....Conversa comigo, Sam.

Sam: Eu acho que é o melhor a se fazer agora, depois de tudo que aconteceu ontem. (Voltou a enfiar algumas peças de roupas na bolsa, depois que se soltou rispidamente das mãos de Dean).

Dean: (Segurou e sacudiu de leve o braço de Sam, mais uma vez).....Pára para falar comigo...eu estou aqui sabia?....Acho que mereço sua atenção um minuto ao menos....(Olhou sério para Sam).....O que aconteceu ontem foi horrível, foi um pesadelo, mas acabou, eu sei que você deve estar traumatizado com tudo que viu, mas eu estou aqui para te dar todo apoio e amor que precisa para esquecer aquilo....(Pausou e suspirou fundo)....nós nos amamos e podemos superar tudo isso juntos.....(Tentou abraçar Sam que o empurrou).

Sam: Não me toca, Dean. (Gritou friamente para Dean, que sacudiu a cabeça não acreditando no que estava vendo).

Dean: Que isso, Sam? O que eu fiz de errado?....(Ficou com os olhos cheios d’água, muito magoado pela atitude de Sam)....Por favor, poderia me explicar....Porque está agindo assim comigo?..(Sentiu as lágrimas caírem sem controle por seu rosto, traduzindo sua dor, seu medo de perder Sam e sua decepção).

Sam: (Respirou fundo, sentindo um peso enorme no peito ao ver Dean chorando)....Eu não quero sair daqui, brigado com você...eu preciso de um tempo, Dean. Nós precisamos dar um tempo....tenta entender...eu estou sufocado com tudo que aconteceu. (Olhou nos olhos sofridos de Dean).

Dean: Quanto tempo, Sam ?....(Se virou, ficando de costas para Sam, andando pelo quarto, tentando esconder seu sofrimento, com o resto de orgulho próprio que tinha).

Sam: Eu não sei...eu só sei que estou com medo de tudo que eu vi ontem...e enquanto estivermos dando tempo, não venha atrás de mim, por favor....eu preciso pensar em tudo aquilo, preciso pensar no que eu tenho com você, preciso pensar em você, como realmente é, de uma forma mais clara....sem todo essa convivência, sem todo esse sentimento que temos, e, sem ninguém a sua volta também...(Respirou pesado)....E somente com você longe de mim que eu terei uma real noção do que você é como vampiro....e ....(Foi interrompido por Dean).

Dean: Peraí.....Você está com medo de mim? (Virou para encarar Sam, atônito, sem acreditar naquelas palavras que tanto lhe machucavam).

Sam: De certa forma, sim. Você traz aquelas criaturas junto com você, e isso me dá muito medo, porque você pode ficar igual a eles....que são monstros, criaturas assassinas e terríveis, por tudo que fizeram ontem. (Disse de forma rude e fria).

Dean: Sam, eles só foram me salvar, se eles não tivessem chegado até mim, eu estaria morto agora, em algum buraco por aí...eles só estavam me protegendo e de certa forma a você também. (Afirmou com paciência e calma).

Sam: Será mesmo ? Será que vocês não poderiam somente prender todo mundo em algum lugar e depois conversarmos ou poderia ter chamado a polícia? Será que se eu tivesse falado com meu avô, lá na cabana, ele não teria desistido da idéia de te matar, e ele estaria vivo agora, e todos estaríamos bem....olha....(Pausou).... eu ainda me sinto culpado por ter praticamente forçado você a ir naquele encontro com meu avô, e por ele ter armado tudo aquilo contra você, mas ele só tinha essa idéia de caçador fixada na cabeça, talvez se tivessem prendido ele, eu teria tempo para esclarecer e fazê-lo entender que estávamos juntos, nos amando....Mas vocês mataram ele, não foi? E isso é um pouco demais para mim.

Dean: Eu não estou acreditando no que está falando. Você me culpa pelo que aconteceu, mesmo depois dele ter me drogado, me amarrado como um animal, me torturado e preparado minha morte, você ainda acha que tudo foi culpa minha, Sam? Seu avô está morto porque quis me matar, e nós não somos da polícia humana para prender criminosos,  nós os matamos, porque senão eles nos matam. E seu avô era um criminoso, ele me sequestrou e torturou, estava prestes a me matar, e ele teria feito, com você conversando com ele ou não. Ele pouco se importou com você também, ele sequer tomou conhecimento do que você poderia sentir ao me ver morto pelas mãos dele, sem falar que ele te traiu e foi falso com você o tempo todo, somente para chegar até a mim. (Falou alto).

Sam: Eu não estou te culpando de nada, mas aqueles dois que te seguem, sim. Eles poderiam ter parado e imobilizado todo mundo, e não promovido um massacre e uma devastação completa, como forma de demonstrarem o poder deles....(Andou pelo quarto e se voltou para Dean).....Aqueles homens tinham família também, tinham filhos, sabia ? Mas o seu querido avô, aquele demônio, tinha que despedaça-los como senão fossem nada, e depois aquele anjo maldito, tinha que matar meu avô, mesmo depois dele estar sob seu poder, esquecendo que é um anjo do Senhor, que deveria ser bondoso e complacente, e não uma aberração vingativa e cruel......mas dele era fácil de se esperar, afinal ele te ama ainda....basta olhar para ele, tá na cara, depois de ontem...e dos olhares dele para cima de você....(Suspirou)......Nem sei quem é o pior dos dois, ou melhor, dos três. (Disse e encarou Dean sério).

Dean: (Prendeu a respiração)...Dos três, como assim?

Sam: Eu não te culpo por nada, pelos atos do hibrido ou do arcanjo, mas você poderia ter parado seu avô, a qualquer momento, e depois poderia ter parado também o arcanjo, porém você ficou inerte, e deixou que eles se vingassem por você......Você acusa meu avô de não ter pensado em mim, e você ? .....Você não pensou em mim, nem um segundo, não pensou que eu poderia sofrer com aquilo, e ainda fui chamado de traidor pelo hídrido, e você não me defendeu. E você deve ter adorado a demonstração de amor do arcanjo também, pelo jeito. Ficou feliz com a morte dos caçadores e do meu avô, porque eles te prenderam, não foi ? (Perguntou de forma a fazer Dean se torturar mentalmente com as palavras grosseiras e inquisidoras).

Dean: Meu Deus Sam...(Colocou a mão no rosto espantado).....o que você está dizendo? Eu estava ferido e drogado, com dores absurdas por ter levado umas facadas e ter sido surrado por eles, estava sangrando e não conseguia enxergar, estava com meus olhos queimados, e tudo porque seu avô tinha armado tudo contra mim, ele queria me ver morto depois de me torturar uma noite inteira. Eu nem estava presente quando meu avô te levou até lá, nem sabia o que ele tinha feito com você ou dito para você, eu fiquei doido de preocupação porque seu avô te drogou também, ele usou você para chegar até mim, quem não pensou em você foi ele, e eu pensei em você o tempo todo, naquela árvore, eu não queria que tivesse visto nada daquilo, eu daria minha vida para que não passasse por isso.

Sam: Ah tá...(Debochou)...Pensou em mim?...Não me faça rir, Dean....você fez a sua escolha e não parou o hídrido ou o arcanjo apaixonado, você não fez NADA.....(Gritou)....E o único que poderia ter parado aqueles monstros era você....acabou concordando com tudo que eles fizeram.....e para mim, você é tão monstro quanto eles.....(Abaixou a voz, sabia que aquilo iria machucar muito Dean).

Dean: (Se aproximou e tentou tocar o rosto de Sam em desespero)....Por favor não diga isso. (Falando baixo, quase um sussurro abafado pelas lágrimas).

Sam: Você é como eles....e eu já sabia, mas nunca tinha visto como ontem. Dean, você foi tão sádico quanto eles dois, e eu vi você transformado, vi você mordendo o braço do meu avô, vi sua sede de sangue naqueles olhos vermelhos....eu vi o que você realmente é....e eu não quero ficar perto de monstros, eu não sei como lidar com isso. (Abaixou a cabeça).

Dean: Desculpe Sam, eu achei que você estava preparado para isso, eu tentei te preservar ao máximo, para que não tivesse contato com esse lado, mas vejo que não consegui, me desculpe....(Foi para a porta do quarto)...você está certo...eu sou mesmo um monstro, mas eu não tenho como evitar, é o que eu sou......e você sempre soube disso, você não ficou enganado do meu lado....mas tudo bem, eu respeito sua decisão e sua opinião....e...e...eu amo você, mesmo sendo um monstro, e isso nunca vai mudar em mim, me desculpe se o meu amor por você causou tudo isso, fez você passar por tudo isso, por favor, me desculpe...(Saiu do quarto, fechando a porta atrás de si, destruído por dentro).

Dean desceu as escadas aos tropeços, chorando muito, totalmente desesperado e desnorteado, nunca tinha passado por nada assim, nunca ninguém o tinha questionado do que ele era, sua vida toda manteve segredo dos humanos e seus relacionamentos tinham sido, com um vampiro igual a ele, e, justamente, com o arcanjo. Não sabia o que fazer e o que mais argumentar, naquele momento, afinal, aquela era sua realidade mesmo, era um vampiro, que pertencia a uma família de vampiros e era protegido pelo arcanjo do senhor, não tinha como mudar sua natureza.

Dean continuou chorando e soluçando alto, querendo sumir dali, fugir, morrer. Mas antes de alcançar a porta principal da casa, foi agarrado por Ludovico que somente o abraçou com força, o impedindo de sair para um destino incerto e muito doloroso. Dean também se abraçou a ele, totalmente entregue ao sofrimento que sentia. Ficaram abraçados, Dean com o rosto enterrado no ombro de Ludovico, chorando desesperado, até o ponto de fraquejar as pernas e cair no chão ainda abraçado a Ludovico, que o apoiou e se sentou no chão com ele em seus braços.

Dean: Vô, eu quero morrer, eu não quero mais passar por isso, doí muito...eu não vou aguentar....eu deveria ter morrido ontem, seria melhor para ele, que eu tivesse morrido ao invés daquele homem....eu não posso perder ele, eu não sei viver sem ele....eu o amo mais do que a mim mesmo, vô. (Se agarrava na camisa social de Ludovico, arranhando seu peito sobre a mesma, com sofreguidão, consternado com tamanha tristeza e dor que o invadiam a alma).

Ludovico: Meu filho, não diga bobagens....ele não quer ver você morto.....ele está sofrendo e confuso, ele não entende, ele é humano. Ele não sente como nós, ele é diferente, e vai se arrepender, ele vai voltar atrás...não se preocupe, você não vai perdê-lo, é só um momento para ambos refletirem....só um momento, e logo se acaba.......vem meu pequeno, vamos deixá-lo ir para esfriar a cabeça, depois vocês conversam...fica calmo.....(Segurou Dean pelo ombro e o levou para a sala, não dando visão de quem saísse pela porta, e por onde Sam passaria em breve, sendo sua presença sentida pelo hídrico no topo da escada).

Sam, depois que Dean saiu do quarto, jogou o que faltava de qualquer maneira dentro da bolsa e saiu rápido, e quando estava por descer as escadas, viu a cena de Dean caído no chão chorando convulsivamente nos braços de Ludovico, e escutou tudo que foi dito, começou a chorar junto com ele, mas sem alardear. Esperou os dois saírem do caminho e saiu rápido pela porta, se jogando no banco detrás do taxi que o aguardava na porta da mansão, que havia pedido mais cedo. Seguiu direto para a casa de seu tio Bobby, passando o endereço. Se entregou ao choro doído, sentindo todo seu corpo tremer de nervoso, lembrando do jeito que Dean ficou e do sofrimento que havia causado nele, rezando para si mesmo, para ele ficar bem com sua decisão, mesmo sabendo que não estava arrependido da mesma, somente não o queria ver sofrendo daquele modo.

 

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Baltazar dava suas últimas aulas do dia, já no início da noite, estava com olheiras enormes e os olhos um pouco inchados da noite em claro que passou, quando chorou na maior parte dela, hospedado em um quarto de hotel barato, por não querer ficar em seu apartamento com tudo de Castiel, e com as lembranças deles dois, para o massacrar. Estava com aspecto de cansado, apesar de sua elegância de sempre com terno cinza claro e sobretudo preto.

Castiel tinha se feito invisível e assistia a aula de Baltazar, sentado em um das cadeiras da sala, e ele não sentiu a presença do anjo, pelo estado em que estava. Castiel adorava ficar admirando Baltazar falar, e se perdia várias vezes naquele jeito sério de suas palavras compenetradas e elaboradas. Sempre gostara de ver Baltazar preparando as aulas em casa, era o seu modo de poder vê-lo se entregar ao seu amor, pois sabia o quanto ele adorava dar aulas, e Castiel adorava a dedicação que via nele em exercer aquele ofício tão belo.

Castiel se pegava sorrindo e ficando sério durante todas as explicações de Baltazar, sempre inteirado com tudo que ele dizia, maravilhado com sua inteligência.

Ao fim da última aula, viu Baltazar se sentar em sua mesa, enquanto os alunos se despediam dele e saíam da sala, que em pouco tempo ficou vazia. Baltazar apoiou os cotovelos na mesa com a cabeça baixa, segura por uma mão de cada lado de seu rosto, com o olhar perdido e vazio, fixado na madeira da mesa, expressando todo o vazio que sentia em sua alma, após a partida de Castiel para ajudar Dean.

Castiel materializou uma rosa branca em sua mão e a colocou na mesa, próximo a Baltazar, que assim que a viu, levantou o rosto, com semblante sofrido e fatigado e deu um pequeno sorriso para Castiel, que se permitiu ser visto pelo caído.

Baltazar: Obrigado. (Pegou a rosa com cuidado e a cheirou)....Pensei que não fosse te ver nunca mais, achei que era isso que tinha lhe pedido. (Disse timidamente).

Castiel: Eu não conseguiria te dizer adeus daquele modo, aliás de modo nenhum, Baltazar. Eu preciso que fale comigo, e que me escute só mais uma vez, por favor.

Baltazar: (Fechou os olhos, amargurado, querendo não sentir o que sentia por Castiel, cheirou a rosa novamente).....Ela tem o seu cheiro...(Deu um sorriso apaixonado, segurou firme na rosa e se levantou, recolhendo suas coisas com a outra mão)....eu tenho que ir. (Despertando para a fria realidade do momento, querendo fugir de Castiel).

Castiel: (Segurou em sua mão sobre a mesa)....Não fuja de mim. Eu vou com você....precisamos conversar, por favor, só te peço isso, por favor.

Baltazar ponderou um segundo, e mesmo sentido uma grande tristeza em seu peito, considerou o pedido. Olhou em volta e não tinha ninguém presente, mas não poderiam conversar ali.

Baltazar: Poderia me esperar no jardim em frente ao lago?

Castiel: Claro, estarei lá. (Beijou suavemente o rosto de Baltazar, que sentiu uma paz muito grande dentro de si, e sabia que vinha de Castiel, que em seguida sumiu de sua vista).

Castiel se sentou na grama verde, a sombra de uma arvore que margeava o pequeno lago do Campus, onde já tinha estado antes conversando com Baltazar. Seu coração estava apertado e pedia em oração para que Deus o ajudasse a dizer as palavras certas para Baltazar. Estava triste e angustiado com o afastamento de Baltazar, mas o que mais lhe feria era saber que tinha o magoado, era quase insuportável ter essa certeza dentro si. Se lembrou da noite anterior e não viu erro algum em ter ido ajudar Dean, mesmo matando Samuel, que era um humano ruim, que tinha o mal dentro de si, e destruindo aquela cabana que era usada para torturar pessoas e criaturas, encerrando um ciclo de terror praticado por aquelas pessoas, que eram manipuladas e comandadas por Samuel, em suas atrocidades.

Baltazar não sabia se teria forças para encarar uma conversa tão cedo com Castiel, mas, no fundo, era o que também queria, não conseguiria ficar com a relação em suspenso, sem saber qual era definição para os dois e muito menos terminar o amor que sentia por ele, daquele modo, no meio de uma briga por ciúmes, o que friamente analisou depois, qual tinha sido sua reação, apesar de acreditar que Castiel ainda amava Dean.

Baltazar: (Chegou perto de Castiel, com a rosa na mão, e se sentou na grama ao seu lado)...Posso saber o que fez você vir até mim novamente?

Castiel: Eu amo você Baltazar, e nada mudou. (Encarou)

Baltazar: (Incomodado)...Castiel, você ama Dean Fatinelli, e a mim você se permitiu viver uma atração talvez, e está confundindo os sentimentos? (Se esforçou para dizer essas palavras sem se afogar em sua dor).

Castiel: O que eu sinto pelo Dean é amizade, nós passamos muito tempo juntos, e se criou esse vínculo de amizade muito grande entre nós, mas eu não o amo como já amei um dia...(Respirou fundo, pediu a ajuda de Deus mentalmente).......Eu realmente me apaixonei por você, Baltazar, você preencheu todos os espaços  que havia em meu coração, você está em mim de uma forma tão clara que até meus pensamentos estão sendo lidos por outras criaturas, que conseguem lhe ver em mim.....Acredita por favor....Eu realmente amo você, eu não viveria somente uma atração por você, não seria dessa forma como vivemos nosso amor...(Se sentou mais próximo de Baltazar, de frente para ele, entrelaçou os dedos de sua mão na dele, que estava sobre o seu colo com a rosa)....não faz assim comigo, Baltazar...eu preciso de você....eu não quero sofrer e nem quero ver você sofrendo, não me deixe, eu preciso de você, preciso que me deixe amar você.

Baltazar: (Com o coração acelerado)...Eu te amo muito Castiel...mas eu não sei como lidar com isso, eu tenho medo de você descobrir que ainda ama o vampiro e de ficar correndo para ele cada vez que ele te chamar, isso eu não suportaria...(Fechou os olhos).......Eu tinha te pedido para não me fazer de sua tábua de salvação...eu prefiro sofrer agora...(Limpou uma lágrima que desceu furtiva por seu rosto)...eu não posso viver uma ilusão com você, não depois do que eu tive com Gabriel, eu nunca mais quero sentir aquilo, nunca mais quero ser humilhado e continuar me rastejando atrás de alguém por pequenos momentos de carinho.

Castiel: Você nunca seria meramente isso para mim, eu nunca iria te iludir Baltazar, não está em mim, esse tipo de faceta, eu não saberia mentir ou ocultar meus pensamentos de você. Não se coloque tão abaixo, você é tudo para mim, não se sinta assim nunca...eu jamais usaria você dessa forma, jamais, porque eu te amo e tudo em mim clama por você, eu sou todo seu, todo mesmo...(Aproximou seu rosto de Baltazar, ficando a centímetros de sua boca)...eu não quero momentos, eu quero uma vida com você, quero você inteiro para mim, para eu poder me entregar inteiro para você também, por todos os dias da sua vida....e até depois dela....(Olhou nos olhos marejados de Baltazar, e colocou a mão em seu rosto)....Posso te beijar agora, meu amor? Eu não aguento mais essa distância entre nós.

Não tinha como Baltazar fugir mais, não respondeu, somente fechou os olhos, demonstrando sua entrega, e, sentiu os lábios de Castiel tomarem os seus, num beijo cheio de saudade. Era um beijo singelo no início até Baltazar perceber a falta que sentia de Castiel, e de como o desejava com loucura naquele momento, assim segurou em sua nuca, puxando seus cabelos e aprofundando o beijo que se tornou necessitado e urgente, enquanto Baltazar começou a apertar parcialmente seu peito contra o de Castiel, que sorriu no meio do beijo, daquele jeito de Baltazar.

Baltazar: Cass, me leva para casa agora, eu quero você, eu quero fazer amor com você agora, eu preciso...por favor.

Castiel voltou a beijar Baltazar que o agarrava, explorando sua boca com a língua, mordendo suavemente seus lábios, e descendo seu rosto pelo pescoço de Castiel buscando seu cheiro e lambendo sua pele macia. Castiel levou os dois para casa durante o beijo, e surgiram sentados sobre a cama de Baltazar, do mesmo modo em que estavam na grama, antes que algum aluno o visse aos beijos com outro homem ali dentro do campus, já que Baltazar estava tão perdido em buscar a boca e o corpo de Castiel, que acabou se esquecendo até onde estavam, avançando nas carícias, antes de estarem em casa, como havia pedido.

Baltazar foi forçando Castiel a se deitar, se debruçando sobre o corpo dele, e quando esse já estava todo com o corpo esticado, Baltazar o beijou e suspendeu seu tronco, retirando o sobretudo, o blazer, e a camisa social que vestia junto com a gravata, tirou os sapatos com os pés, e se pôs sentado aos pés de Castiel na cama, e começou a despi-lo, por seus sapatos também, depois as meias, as calças, o puxou pela mão fazendo se sentar, retirou seu sobretudo, o terno, a gravata e a camisa, ficando somente de cueca boxer azul escuro, Baltazar mordeu os próprios lábios e alisou bem lentamente a pele branca do peito de Castiel, descendo para suas coxas, apertando-as com desejo, arrancou seu cinto e sua calça muito rápido, e se encaixou só de cueca boxer branca entre as pernas de Castiel e se deitou sobre ele, se esfregando nele, fazendo movimentos como se o estivesse penetrando, tomou sua boca, num beijo longo e necessitado, descendo por seu pescoço com a língua quente e molhada, sentindo ele se curvar de excitação, sorriu, e voltou a beijar e lamber a pele do peito de Castiel sugando seus mamilos enrijecidos, os lambendo lentamente, fechando a boca quente neles.

Castiel: Meu amor...que gostoso...hummmm.(Gemeu alto)

Baltazar: Geme pra mim, anjo.

Baltazar perdido de excitação, segurou firme na cintura de Castiel, e explorou sua barriga com a boca, roçando sua barba por fazer na pele sensível, passando o rosto naquele pele alva, lambendo e sugando lentamente cada pedacinho, baixou o cós da cueca de Castiel, e traçou um caminho com beijos molhados, sempre encostando a língua na pele, sentindo o sabor do anjo, retirou a cueca de Castiel por suas pernas, enquanto abocanhava sua ereção, com pressa, enlouquecido de desejo, sentiu o membro em sua boca, se enrijecendo lentamente, pulsante e extremamente excitado, vertendo pequenas gotas de sêmen, que foram recolhidas e saboreadas pela língua ávida de Baltazar, que empalou o pênis de Castiel até o sentir todo em sua boca, indo o mais profundo que conseguia, começando a sugar todo ele, da base até a glande rosada, onde parava e dava lambidas e pequenas sugadas no líquido viscoso que escorria em pouca quantidade da fenda na glande, onde friccionava sua língua, bem naquele ponto, ouvindo os gemidos cada vez mais altos de Castiel. Fechou a mão ao redor do membro duro, e enquanto fazia movimento de sobe e desce com mão, sugava incessantemente a glande, mantendo a boca fechada, fazendo Castiel delirar com aquele calor úmido de sua boca e ao mesmo tempo sendo manipulado. Castiel que não conseguiu se controlar por muito tempo, e logo gozou forte na boca Baltazar, que engoliu todo o prazer de Castiel e se deitou sobre ele, ainda ofegante, o beijando, entrelaçando sua língua na dele, para que ele sentisse o seu próprio gosto.

Baltazar: Sente como você é delicioso, o seu sabor é único e maravilhoso, amor.

Baltazar beijou Castiel até o sentir mais calmo após gozar, e passou um de seu braços por baixo da cintura de Castiel o fazendo se virar na cama, ficando de costas para Baltazar com o peito parcialmente colado no colchão, enquanto Baltazar descia beijos e lambidas por sua nuca e suas costas, até chegar em suas nádegas, onde acariciou a pele, explorando o corpo de Castiel com as mãos, quase numa massagem, em suas costas e suas nádegas, sentindo a curvatura de sua coluna. Depois se deitou de lado sobre ele, o puxando para si, sentindo todo o calor de seu corpo contra o seu, e o penetrou lentamente com os dedos, ouvindo seus gemidos manhosos e baixos, enquanto ele jogava sua cabeça para trás, apoiando em seu ombro, sempre em busca de sua boca. Sendo beijado apaixonadamente, mexendo lentamente seu corpo para se colar mais ainda ao de Baltazar, que lhe beijava sem trégua, e o penetrava, com movimentos cadenciados encostando a ponta dos dedos em sua próstata, o levando à loucura, fazendo seu pênis endurecer novamente, ansiando em seu penetrado e saciado, enquanto se remexiam juntos sobre a cama.

Castiel: (Segurou no pescoço de Baltazar e falou se ouvido).....Entra em mim, meu amor....eu quero você dentro de mim.

Baltazar: (Desvairado de paixão)....Você me quer?....(Esfregou seu membro na entrada de Castiel, que gemeu ansioso).

Castiel: Quero muito. Eu te amo.

Baltazar: Diz então, diz que me quer....que deseja só a mim. (Continuava provocando Castiel).

Castiel: Sim, você é minha vida, meu ar e eu desejo só você, só você.

Baltazar fechou os olhos para ouvir aquelas palavras que em seu íntimo lhe eram muito importantes. Assim penetrou Castiel, com cuidado, escorregando brandamente seu pênis para dentro do corpo dele, sem parar, mas bem lentamente até estar com seu quadril todo de encontro ao corpo do arcanjo.

Castiel: Hummm....que delícia....amor.

Baltazar: (Buscava o pescoço de Castiel, o beijando e lambendo)....Você é tão macio meu anjo, é tão gostoso....Eu amo você Castiel, amo muito.

Baltazar iniciou os movimentos da penetração suavemente, quase numa dança com o corpo de Castiel, ambos de lado na cama, agarrados o máximo que conseguiam, trocando beijos e carícias sem parar. Ficaram assim, em adoração, buscando o abrigo no corpo um do outro, até Baltazar ejacular forte dentro de Castiel, que veio em seguida sendo manipulado minimamente por Baltazar, com sua mão quente  envolvendo seu membro.

Castiel se virou, saindo do enlace de Baltazar, ficando de frente para ele. Que tentava acalmar sua respiração e seu corpo ainda trêmulo pelo orgasmo forte. Castiel viu uma pequena lágrima no canto do seu rosto, e a recolheu com os dedos, sem entender o que se passava, beijou o rosto e a boca de Baltazar, que se encolheu em posição fetal, escondendo o rosto com as mãos, muito fragilizado.

Castiel: Hei, que foi, meu amor? Porque está assim? (Ficou sem entender aquele modo de proceder de Baltazar, após se amarem tão intensamente).

Baltazar: Eu te amo de um jeito, que eu acho que você nunca conseguirá entender a grandiosidade desse sentimento. (Virou e esticou a mão para pegar a rosa branca na mesinha ao lado da cama, onde a tinha deixado, e colocou ao lado de sua cabeça no travesseiro).

Castiel: (Desvirou Baltazar calmamente, segurando em seu ombro, o puxou para cima do seu peito, e o abraçou forte)...Não fica assim...eu amo você, de verdade, acredita em mim, pelo amor de Deus...eu nunca vou me separar de você...estaremos juntos, entendeu? Juntos.

Ficaram agarrados, Baltazar se apertando em Castiel, quase o sufocando, o tocando, e de tempo em tempo virando o rosto para cima e o olhando só para ter certeza de que ele estava ali com ele. Estava carente da presença de Castiel, o queria somente para si, sentia um ciúme descomunal, cada vez que pensava no vampiro, e só tentava se controlar ao máximo para não perder seu amor. Não queria reviver o que teve com Gabriel que o traía o tempo todo, sem sequer se preocupar se o estava magoando, queria o seu amor somente para si. Dessa vez, não iria mais aceitar nada daquilo, daquela sensação de humilhação constante por estar sendo traído, de não ser o suficiente para a pessoa que amava, sentindo que a culpa era sua. Dessa vez não queria nada disso para si, e se voltasse a se sentir assim, abriria mão do amor, para ser somente mais uma na multidão de humanos solitários, sem se importar. Somente não aguentava mais sofrer.

Castiel procurou passar toda a segurança possível para Baltazar naquele momento, e assim adormeceram, com um sono intercalado de ambos. Baltazar por insegurança e ciúmes, e, Castiel, por sentir o que estava acontecendo com Dean, naquele momento, sentir o quanto o vampiro estava sofrendo, sem poder fazer nada pela dor dele dessa vez, torcendo intimamente para o vampiro não lhe chamar, e, para Ludovico cuidar das feridas do coração dele, assim como tinha lhe ajudado. Sabendo que se suscitasse a idéia de ir de encontro a Dean, estaria tudo acabado definitivamente com Baltazar, por tudo que tinham passado, na noite anterior.

 

CONTINUA...


Notas Finais


Gente do meu core,

Me perdoem se assustei você no último capítulo, desculpem.

Muito obrigada pelos comentários lindos que tenho recebido, MUITO OBRIGADA MESMO.

e FELIZ ANO NOVO !!!! DESEJO QUE CADA UM DE VOCÊS TENHA UM ANO DE 2017 REPLETO DE SAÚDE, PROTEÇÃO, PAZ E PROSPERIDADE....QUE TENHAM MUITOS MOTIVOS PARA SORRIREM SEMPRE....UM MILÃO DE BEIJOS !!!!!!!!!!!!!!


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