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História Anjos Solitários - Wincest - Eu pertenço a você


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Aproveitando o feriadão, segue mais um capítulo.

Cheio de saudades e medos.

No capítulo anterior, eu me esqueci de informar, que Ludovico Fatinelli
realmente existiu, ele foi um cientista famoso que descobriu um vírus,
que denominou de vampiro, por necessitar de sangue para sobreviver.
Ele isolou o dna desse vírus e fez vários estudos e experimentos com ele.
Acabou queimado na inquisição. Mas foi o precursor de toda a história sobre vampiros
que conhecemos.

Desculpem os erros e espero que gostem.

ÓTIMA LEITURA !!!!

Capítulo 3 - Eu pertenço a você


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Eu pertenço a você

 

Dean olhando o azul do mar, naquele último instante antes de voltar à mansão, se deixou levar para o conforto dos olhos azuis de seu amor.

***Lembrança de Dean***

Com todo o novo mundo explicado ao humano recém transformado em vampiro, por seu salvador Benedict, e, muitas horas depois do seu novo despertar, ele foi finalmente alimentado do sangue de um humano, que, como ele antes, moribundo da peste negra, aceitou de bom grado, doar sua vida ao vampiro Benedict em troca da morte para aliviar as dores do corpo.

Como pertencia ao clã, nobres dominantes de sua espécie, Benedict, educado nas mais refinadas escolas de educação e ética, tratou de providenciar trajes dignos da nobreza, a qual Dean iria pertencer em breve, o que lhe foi muito fácil naquele hotel de luxo em que estavam.

Dean, de banho tomado na alcova daquele quarto e com as roupas trazidas por Benedict, foi logo contando sua história de humilde camponês ao vampiro, que em poucos minutos ouvira tudo que precisava saber daquele jovem, que teve sua família dizimada pela peste, lhe restando um tio de sua família, também camponeses, que tinham fugido da peste, indo para um país da realeza europeia, também para tentar a vida. Portugal, para os campos que rodeavam a cidade de Lisboa, numa cidadezinha chamada Alfena, por onde a peste negra já tinha passado há quase vinte anos antes, e na época da fuga, seu pai não acreditou que a doença se alastraria na tão suntuosa Londres e seus arredores, e assim não aceitou acompanhar o irmão. Toda aquela narrativa trouxe a Dean lembranças de sua família morta em sua frente, quando ficou sozinho, para cuidar dos corpos, mesmo doente, deixando vir lágrimas em seus olhos, e expressando sinceramente a tristeza do pesadelo vivido.

Após ouvir tudo, do jovem a sua frente, Benedict, ainda em estado de total encantamento pela beleza deste, segurou em suas mãos calosas do trabalho no plantio e colheita.

Benny: Não fique triste por favor....(Dean sorriu fraco e Benedict quis mudar de assunto para não vê-lo chorar mais).....Você me chamou de anjo quando te encontrei e novamente depois, e o que acha de mim agora, que sabe a verdade ?

Dean: Você continua sendo um anjo para mim, eu nunca vou pensar diferente...você me salvou da morte, somente como um anjo o faria.

Benny: Então você não me acha um monstro ?

Dean: Não !!!...(Passou a mão no rosto do vampiro)...vejo os seus olhos, como tendo olhos tão profundos, da cor do mar, você  não seria um anjo...(Sorriu para Benedict).

Benedict também sorriu, com um pesar no coração de ver tamanha inocência em Dean, sabia que tão logo houvesse vivência como vampiro e a proximidade com outros das mesma espécie, até com ele mesmo, toda aquela inocência seria morta dentro daquele coração recém despertado. Não quis macular a preciosidade da inocência do camponês, mesmo tendo recebido tão terno carinho, que lhe trouxe desejo de o tomar em seus braços e beijar, decidiu esperar que o jovem se acostumasse a nova vida primeiro, se controlando.

Benedict: (Segurou e beijou a mão de Dean que estava sobre seu rosto)....Você é tão lindo, me sinto intimidado por tamanha perfeição, ainda mais vindo de um coração tão puro...se mantenha sempre assim, pelo menos para mim, me promete ? (Encarou os verdes olhos do camponês que estavam aturdidos, não compreendendo aquelas palavras).

Dean: Sim, eu prometo, anjo.

Benedict se inclinou lhe beijou a face, e empurrou suavemente o ombro de Dean, fazendo com que se deitasse na cama, e o cobriu com a colcha, esperou ele se acomodar, e se retirou do quarto, apagando a luz, numa clara demonstração de que ele deveria dormir. E assim, Dean o fez.

***Fim da lembrança de Dean***

 

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 

“Eu nunca imaginei me apaixonar por alguém como você”, foi a primeira frase que ouviu, quando entrou na cozinha da mansão, antes mesmo de colocar seus sapatos que estavam em suas mãos, ao chão. Não foi preciso levantar o olhar para saber que era Castiel que dizia aquela comedida sentença.

Dean: Eu sei. Não foi minha intenção fazer com que se apaixonasse por mim, Cass. Eu nem sei quando tudo isso começou.

Castiel: No dia que vi o jeito que Benedict olhava para você, eu nunca tinha visto nada parecido, nem entre os humanos, que são facilmente levados à loucuras pela paixão e pelo amor. Acho que me despertou o interesse e a curiosidade. Fiquei curioso de como alguém poderia fazer uma tão poderosa criatura se dobrar de joelhos às suas vontades. Fiquei curioso em lhe conhecer mais. Saber qual era o seu segredo, que conseguia conquistar sem derramar sangue ou lágrimas.

Dean: (Sorriu)...Eu era apenas um menino, um inocente, um tolo, sem estudo e sem qualquer sabedoria. (Pegou a taça da mão de Castiel e bebeu todo o sangue dela).

Castiel: Talvez isso tenha feito ele se apaixonar por você.

Dean: Não acredito, ele sempre dizia que eu estava predestinado à ele, e que ele me amou assim que me viu a primeira vez, que tinha sido uma questão de tempo até nossos caminhos se cruzarem. Depois só bastou estarmos juntos, para nos apaixonarmos perdidamente um pelo outro. Eu não acreditava nesse negócio de um amor predestinado até...(não terminou a frase, pensando no quanto ficou mexido ao conhecer Sam)...Bom, estamos nos alongando demais nessa conversa, vou tomar um banho, obrigado pelo dejejum.

Dean fez um carinho com as costas da mão no rosto de Castiel que fechou os olhos e sorriu.

Castiel: Me desculpe, Dean, eu não quis dizer aquelas coisas, eu não quis desrespeitar a memória de Benedict. Me perdoe.

Dean: Cass, eu amo você, só não da mesma forma como você me ama, eu sei que te magoei, mas antes de fazer isso, o meu coração já estava em mil pedaços por ter que fazer. Eu sou um monstro, uma criatura da noite, mas com você, eu nunca serei assim, com você eu sou aquele mesmo tolo que conheceu ao lado de Benedict, como um vampiro pacífico. Você sabe que eu ainda sofro por não conseguir corresponder a esse sentimento tão puro que tem por mim, se ao menos, eu pudesse diminuir essa saudade, essa dor no meu peito...(Suspirou)...mas eu não consigo superar, me perdoe, Cass.

Castiel ficou com pena de ver o amigo tão sofrido, e o abraçou apertado.

Castiel: Tudo bem, Dean, vai tomar um banho, temos que pegar um avião. (Dean se separou do abraço, sorrindo).

Dean: Que bom que vai comigo, Cass. Pensei que fosse se teletransportar...(Riu).

Castiel: E perder a chance de voar naquela coisa criada por humanos, com asas de metal, acho que não, é quase um parque de diversões para mim.

Dean: Só você mesmo, para me fazer rir. (Disse saindo da cozinha para seu quarto).

Castiel sorriu também, mas logo seu semblante deu lugar a preocupação. Ouviu perfeitamente a expressão usada por Dean, “amor predestinado”, e em como ele não terminou a frase. Estava decidido, tinha que descobrir tudo que podia a respeito de Sam Winchester e sabia com quem falar a esse respeito, com o único interessado, nesse assunto, além dele próprio. Fechou os olhos e se tele transportou.

Baltazar: Você demorou a aparecer, irmão. Pensei que não tinha recebido a mensagem.....(Disse na ampla sala de seu apartamento no campus da faculdade onde ensinava, sentado no sofá com um grosso livro em mãos, ao qual estava lendo com atenção).

O tom de prudência na voz de Baltazar era nítido, assim como no coração de Castiel, que sempre se sentia mal diante de um caído. O general não tinha nenhum respeito ou consideração por aquela espécie esquecida e malgrada na Terra e do Céu.

Anjos caídos eram sujos, pecadores, libidinosos, falsos e traiçoeiros. Eram humanos desprovidos de quaisquer valores religiosos, por se rebelarem contra Deus e serem conhecedores do mal. Viviam muito além dos anos destinados aos humanos, mas sem poderes notáveis, somente com resquícios e vislumbres dos poderes que tiveram um dia, e com esse conseguiam, na maior parte do tempo se ocultar e enriquecerem as custas de pequenos truques e apostas nos jogos de azar criados por humanos, tinham que ficar trocando de identidade de tempo em tempo, um problema que também atingia aos vampiros, nefilins, baalihans e mestiços.

Baltazar era como um amigo distante, apesar de suas falhas, era notório seu desejo de ser perdoado por Deus, e com isso evitava seguir à regra do caráter de seus semelhantes, os anjos caídos, e por isso Castiel mantinha essa amizade ao longe. Baltazar possuía grande influência no meio artístico e entre os avalistas das obras de artes, por tal motivo tinha sido convidado à festa de Dean e o mantinham no rol de amigos.

Castiel: Não sou seu irmão, não mais. Me diga, qual sua intenção em trazer um humano para o reduto do vampiro.

Baltazar: Aquele humano é especial, nobre arcanjo. Ele será usado como uma arma contra seu vampiro.

Castiel: Como assim?

Baltazar: (Sorriu)...O garoto vem de uma linhagem de caçadores, herdada de sua mãe, Mary Campbell, e seu pai que levou o sobrenome Winchester à família. Depois que a mãe foi assassinada por um demônio, o pai passou a ser um dos melhores caçadores que a Terra já viu, John Winchester, morto recentemente pelo mesmo demônio. John ensinou tudo ao garoto e o treinou para ser caçador como ele.

Castiel prestava atenção extrema a tudo que era dito, fazendo Baltazar dar uma pausa e lhe sorrir, contente em ter a atenção do arcanjo em si.

Baltazar: Após a morte de John, houve uma revolta entre os caçadores que terminou na morte desse demônio que extinguiu a família dele. Sam ficou sozinho no mundo, contando apenas com um tio, que ele diz ser seu segundo pai, também caçador, que direciona ele nas caçadas. Sam, no momento, por causa da faculdade não está mais em atividade, porém, depois que entrou na faculdade, o garoto se interessou somente em conhecer e estudar sobre a espécie de vampiros. Ele é um entusiasta quando se trata dessas criaturas. E como se não bastasse, ele adora artes antigas, e ficou aficionado em conhecer Dean Fatinelli, o mercador de obras de arte e decoração, com o maior império em tesouros no mundo da arte. Enfim, quando saiu a reportagem sobre o mais jovem empresário no ramo de artes e decoração, ele passou a estudá-lo, e ficou convencido de que Dean é também um vampiro. E entre os caçadores essa notícia se espalhou, sendo confirmada por muitos que já sabiam, e como nenhum caçador deseja caçar seu amigo, em respeito a ele e a você, ele se propôs a fazê-lo pessoalmente, sem saber de quem realmente o vampiro se trata e sem saber que é protegido pelo general do céu.

Castiel: Meu Deus ! Esse garoto é louco. Dean nunca fez nenhum mal a ele ou a qualquer caçador...mas peraí...(Pausou analisando o que o amigo tinha dito)...Como assim “ele não sabe de quem o vampiro se trata” ?

Baltazar: Por ironia do destino, o vampiro possui parentes caçadores agora, ou Dean Fatinelli não é a mesma pessoa que Dean Winchester?

Castiel estremeceu ao ouvir o nome verdadeiro de Dean na boca daquele caído.

Castiel: Não compreendo. O vampiro teve sua identidade morta quando seu corpo humano morreu para o mundo há mais de 300 anos atrás. Como descobriu isso e qual o seu interesse nisso tudo ?

Baltazar: Eu sei. Esse vampiro, que você protege e ama, arcanjo de Deus, tem parentesco com o jovem Sam Winchester. Vê o que um trabalhinho de pesquisa na árvore genealógica de uma pessoa pode descobrir. Muito interessante, né mesmo.

Castiel: Onde você chegar com isso?

Baltazar: Por quem me toma, não sou um qualquer, Castiel, sou um letrado, não tenho somente experiência de séculos de vida, tenho sido o mais assíduo aluno de todas as faculdades, mestrados e doutorados que possa imaginar, aproveito o meu tempo como humano para evoluir e não para ficar à mercê de vida dedicada aos vícios e prazeres terrenos e infrutíferos. Posso não ser mais um anjo, mas não sou um imbecil, se caí, foi por meus próprios erros, com os quais aprendi muito ao longo desse tempo todo.

Castiel: Tudo bem, Baltazar, então me diga, qual seu intenção em pesquisar o passado do vampiro e desse jovem. Com certeza não foi somente para descobrir que são parentes.

Baltazar: Ah, grandioso arcanjo, não tenho intenção nenhuma com o passado deles, e nem de quem são parentes, meu interesse foi em avisar da armadilha que esse garoto pensa que está preparando para o seu vampiro. E você sabe o que meu coração mais almeja, general, e por isso que eu vi a oportunidade perfeita para conseguir o que quero. Perdão de Deus.

Castiel: Entendo, e como descobriu sobre Sam?

Baltazar: Não foi difícil, um aluno muito jovem, extremamente interessado em lendas de criaturas sobrenaturais, e em especial vampiros, com uma tatuagem ante possessão no peito, só poderia ser um caçador. E foi só buscar melhor seu pequeno passado, para matar a charada. E depois só dei um empurrãozinho, e ele me contou quase tudo.

Castiel: Droga, que idiota, pensa que pode sozinho contra um vampiro transformado por um puro. Ele só pode ser um idiota mesmo.

Baltazar: Calma, general. Agora estão avisados, é só colocar o garoto para escanteio, que ficará tudo certo.

Castiel ponderou com aquelas palavras, mas o que Baltazar não sabia era que o garoto havia despertado sentimentos e reações demais no coração do vampiro, e esse era o maior perigo, muito além da não explicação de como conseguiu saber o passado de Dean como humano, o que foi desconversado pelo caído.

Castiel: Obrigado, Baltazar, pode estar certo que irei interceder junto a Deus por você, acredito que essa tenha sido sua intenção desde o início, então, não há como dizer que a intenção foi ruim, por muito contrário, seu interesse em ser perdoado por Deus, e você trabalhar e se esforçar para isso, será considerado por Ele, pode ter certeza....(Apertou a mão de Baltazar)...Até logo amigo.

Baltazar: Obrigado Castiel, muito obrigado. (Emocionado com as palavras de Castiel, que assim que lhe soltou a mão, sumiu).

Castiel retornou para mansão, vendo Dean muito bem arrumado, como sempre, sentado no sofá da sala principal, com uma mala ao lado.

Dean: Onde você estava ? Estava te esperando um tempão já. Eu detesto esses sumiços seus. (Dean estava irritado com a longa espera).

Castiel: Desculpe, Dean, estava visitando um amigo e acabei me estendendo demais na conversa.

Dean: Tudo bem Cass, o avião está nos esperando no aeroporto. Acho que teremos que usar de seu poder para chegarmos mais rápido, do que ir de carro.

Castiel assentiu, e Dean segurou em sua mala, e se deram as mãos, surgindo próximo ao avião particular de Dean.

Castiel: Para onde vamos Dean ? Para a Grécia, como disse antes?

Dean: Sim, iremos nos fixar na Grécia, mas antes, tenho que ir à Itália.

Castiel sentiu o frio na barriga ao ouvir o nome do país, onde sempre Dean visitava o clã, e, pior onde visitava o túmulo de Benedict e depois ficava semanas em isolamento total, na mais absoluta tristeza.

Já Dean sentado, confortavelmente, na luxuosa poltrona, pensava em como se sentia perto de Benedict quando visitava a Itália, mesmo que aquilo lhe causasse sofrimento, não podia evitar, ainda o amava demais.

 

***Lembranças de Dean***

Benny: Bom Dia. (Entrava no quarto com uma caixa nas mãos).

Dean: Bom Dia, o que é isso ?....(Acordava, após longos horas de um sono profundo, de paz na proteção de seu anjo).

Benny: Um presente para você...(Abriu a caixa, e havia um anel de ouro com um rubi lapidado no meio, e nas laterais desse anel, haviam dois símbolos, de um lado, um brasão de família, e do outro as iniciais BF entrelaçadas).

Dean: (Passou os dedos pelo Brasão)....O que significa ?

Benny: Significa que você pertence a minha família agora, ao clã dos vampiros puros, a família Fatinelli....(Rodou o anel até as suas iniciais)...e aqui...(Respirou fundo)...significa que você me pertence...(Sorriu meio envergonhado do que estava dizendo).

Dean: (Sorriu, vendo o jeito que Benedict tinha ficado)...Então eu tenho um dono agora?...(Brincou e sorriu novamente, segurou na mão de Benedict que estava em apoio sobre a cama, onde ele se sentou).

Benny: Não precisa aceitar ou usar, se não quiser, eu só quero te proteger, ninguém vai te atacar, sendo identificado como um do clã.

Dean: (Colocou o anel em seu dedo anelar)...Eu quero usar...é uma honra, um camponês sem letras, que não tem nada nessa vida, nem mesmo uma roupa para vestir ou um teto, estar sendo aceito por uma família.             

Benny: Não diga isso, eu não estou fazendo um favor a você...(Se levantou da cama e ficou de costas para Dean).

Dean: Desculpe Benny, não quis te ofender, me perdoe.

Benny: Não ofendeu, é que você é tão puro, tão ingênuo que chega a me comover...eu queria te perguntar uma coisa, me permite ? (Voltou para a cama e se sentou na beirada, aos pés de Dean, que estava sentado com as costas apoiadas no encosto da cama).

Dean: Sim...(Olhou surpreso com a atitude repentina do vampiro).

Benny: Você acredita no amor repentino, que nasce no coração com uma simples troca de olhares, de pequenos toques....(Segurou na mão de Dean, entrelaçando seus dedos, e olhando para as mãos juntas) ?

Dean: Eu não sei...eu fico um tanto confuso em pensar nisso.

Benny: (Olhou nos olhos de Dean, com as mãos juntas ainda)...E se eu dissesse que amo você, que me apaixonei por você ainda no seu leito de morte, quando lhe tomei nos braços em seu último suspiro...(Com a outra mão, segurou o rosto de Dean)...que tive medo de te perder naquele instante, sem ao menos te conhecer, que eu me desesperei quando vi o brilho de seus olhos deixar a vida, mesmo sabendo que iria renascer, que quando me chamou de anjo, eu realmente tive vontade de ser um, somente para fazer jus ao nome que chamava, e te agradar.

Dean ficou meio perdido com aquelas palavras, e se afastou do toque de Benny, deixando suas mãos pousadas na cama, enquanto se levantava, desnorteado, chegando na janela do quarto.

Dean: Eu não sei o que dizer, me perdoe.

Benny: Não peça perdão, não há necessidade. Eu que tenho que lhe pedir perdão, por lhe assustar desse jeito, mas meu coração estava gritando deste quando lhe vi pela primeira vez, eu não me controlei como deveria, me tornei indigno de estar diante de ti...(Abaixou a cabeça, derrotado)...vou me retirar e nos falamos depois.

Quando estava com a mão na maçaneta para sair do quarto, Dean lhe segurou pelo braço.

Dean: Espera ! Confesso que me surpreendeu, mas quero que saiba, que apesar de toda confusão na minha alma, eu gostei de muito de te ouvir...(Deu uma pausa, e encontrou os olhos azuis esperançosos e o sorriso de Benedict)...gostei muito mesmo, anjo.

***Fim da lembrança de Dean***

 

Dean suspirou pesado, abrindo os olhos de seus devaneios, vendo o plainar suave do avião sobre as nuvens que formavam um extenso tapete branco interminável até onde os olhos alcançavam daquela pequena janela.

Recolheu a lágrima que caía em seu rosto, desviou seus olhos para Castiel, que estava na poltrona à sua frente, e assim como ele, olhava as nuvens brancas, perdido em seus próprios pensamentos.

 

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 

Sam na faculdade, não parava de pensar no homem que encontrara na varanda da mansão Fatinelli, nem prestava atenção nas aulas que transcorriam no dia seguinte à festa, e entre uma palavra solta e outra que entendia ser dita, se lembrava dos verdes olhos que o estavam perseguindo naquele dia.

Ficou muito intrigado com a fuga daquele homem, que sequer disse o nome, mas que se escondeu dele, saindo da festa, e depois não conseguindo o encarar na sacada do quarto, fugindo novamente, para não mais lhe voltar para o meio das pessoas na festa, onde teve que permanecer por muito mais tempo do que pretendia, somente para poder rever o homem.

Dean Fatinelli tinha lhe trazido a chance de encontrar alguém que lhe despertou sentimentos que desconhecia completamente, mesmo não o vendo durante todo o evento, e sendo ele seu objetivo, não se importou nem um pouco em deixar esse assunto para depois, pelo menos até descobrir quem era aquele misterioso homem, que lhe tirou o sossego.

O professor Duvalier lhe observou durante toda sua aula, o fazendo se lembrar que teria que agradecer a gentileza de ter lhe cedido o convite tão oportuno. Durante o intervalo, ligou para seu tio de consideração, agora segundo pai, Robert Singer, tio Bobby, que era casado com a xerife, Jody Mills.

Bobby: Olá Sammy, tudo bem?

Sam: Oi Bobby, que saudade de você, está tudo bem sim. Estou te ligando te contar da festa, não tenho nenhuma grande novidade para te falar a respeito do vampiro, sinto muito.

Bobby: Hei garoto, esquece esse cara, vampiro ou não, ele não é um alvo em potencial, os caçadores nem sabem como ele se alimenta, já que nunca ninguém o viram matando um humano. Nosso plano de pegar ele parece impossível, vários caçadores já tentaram e nem chegaram perto dele, ninguém nem o caça mais.

Sam: Pois é...eu nem consegui vê-lo durante a festa, ele sumiu o tempo todo, e somente aquele tal de Castiel que ficou perambulando por lá.

Bobby: (Estremeceu ao ouvir o nome, sabia quem ele era)...Sammy, cuidado, nós não precisamos seguir adiante com esse plano, e não se meta com Castiel, ele não é o que está pensando.

Sam: (Se assustou com o tom de voz de Bobby)....Que isso Bobby, ele é tão comum quanto nós dois, fiquei conversando um bom tempo com ele na biblioteca da mansão, e acho que ele é uma espécie de empregado do Dean Fatinelli, ele que ficou organizando tudo durante a festa.

Bobby: (Percebeu o perigo nas informações)...Escuta Sammy, Castiel é um arcanjo de Deus, dizem que ele é o único arcanjo atualmente, e que ele se tornou o general dos exércitos de anjos de Deus. Ele é muito poderoso, não se aproxime dele, ninguém chega perto dele, nós nunca nos atrevemos a enfrentá-lo. Se ele estava nessa festa, na casa de um vampiro e entre os humanos, existe algum interesse muito grande dele para isso, e nós temos que descobrir primeiro, sem aproximação com ele...eu vou pesquisar....mas por ora, fique bem longe dele, e melhor, fique longe desse vampiro também....é muito estranho isso...vampiros e anjos não podem conviver sem serem alvo de preconceitos de suas espécies....o que não parece que está acontecendo nesse caso, para chegarem ao ponto de se sentirem confortáveis em dar uma festa, e aparecerem juntos....aguarde eu te ligar novamente, me promete.

Sam: (Muito assustado e com medo pela primeira vez)...Tudo bem Bobby, eu prometo.

Bobby: Garoto, se cuida, se afaste deles, ok.

Sam: Obrigado Bobby, Até mais.

Bobby desligou apavorado e correu para sua rede de informações, livros antigos, os manuscritos escritos pelos caçadores e anjos caídos da antiguidade, em busca de uma explicação para aquele comportamento atípico do arcanjo de Deus diante de um vampiro.

Sam muito assustado de ter tocado em algo que acreditava conhecer, mas pelo jeito, não conhecia em nada, não tinha a menor noção de quem eram Castiel Novak e Dean Fatinelli. Preferiu obedecer a Bobby, e não investir mais nada na caçada ao vampiro. Por enquanto, se manteria quieto e calado, até segunda ordem.

Ainda bem que tinha alguém para dedicar todos os seus pensamentos, alguém sem nome, mas um rosto perfeito, que dominaria todos os seus pensamentos com certeza, e não precisava mais pensar em caçadas. O seu único objetivo, daquele momento em diante, seria descobrir e pensar no homem misterioso da festa, por quem já admitia ter sentimentos despertados naquela noite sob a luz da lua e a escuridão do oceano. 

 

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 

Dean foi acordado por Castiel ao chegarem na tão amada Itália, e não escondeu seu sorriso perfeito ao descer as escadas do avião. Para ele, até mesmo pisar e sentir os ares naquele país, era motivo de alegria, mesmo que fosse uma alegria mórbida. Pois ali se sentia mais próximo de Benedict.

Dean: Vamos, Cass, nem acredito que estamos aqui, podemos ver Benedict e depois ir ao Castelo, você vem comigo?

Castiel mesmo contra sua vontade, assentiu. Não gostava nem um pouco de ver Dean se sentir alegre por ir visitar o mausoléu de Benedict, aquilo sempre lhe partia o coração, eram horas de silêncio aguardando Dean sair do cemitério do clã. Não gostava, muito menos, de saber que teria que encarar mais uma vez vampiros puros, todos da família de Benedict, todos sanguinários e assassinos, e sequer poderia fazer algo a respeito, pois eram amados e amavam Dean. Seus dedos comichavam para serem estalados e ver todos eles morrerem instantaneamente, mas para aquilo, não haveria perdão de Dean, e tiraria o equilíbrio natural da Terra, pois quanto tempo levaria para os anjos controlarem um mundo de vampiros sem nenhum líder que os mantivessem calmos e ordeiros.

Dean e Castiel adentraram na limusine que os aguardavam, um pequeno mimo de boas vindas do clã. Dean sorria como em poucas vezes o fazia, somente a Amalfitana para lhe arrancar um sorriso do rosto.  

Chegaram às terras escondidas da Costa Italiana e de longe avistaram o suntuoso Castelos dos Fatinelli, na encosta rochosa que adentrava as areias brancas da praia abaixo, onde fazia uma pequena faixa de praia, para se transformar em mais paredões rochosos e acidentados. A estrada, que vinha em curvas, permitia vislumbrar toda a área verde na parte de cima, onde se via as entradas do castelo, sendo de uma grama rasteira e pequenas árvores espalhadas pela natureza, com um estreito caminho de bridas que saia da estrada e seguia até às portas gigantescas do castelo. Haviam três andares da construção encarpada, do térreo plano para cima, e já na encosta haviam mais dois andares, para baixo, até chegar a um enorme vão, um terreno destinado a um lindo átrio com um árvore ao meio, aquele espaço era sustentado pela formação das rochas e pedras que invadiam o oceano, assim quem se aproximasse das cercas de cimento em volta do átrio tinha a nítida impressão de estar diretamente sobre o mar. Todo o lugar era esplendoroso, ostentava a nobreza e aos mais elevados padrões de riqueza.

A luxuosa limusine seguiu pela lateral do castelo, cerca de uns 100 metros de distância do mesmo, seguindo seu enorme muro de pedras, parando em frente a um enorme portão de ferro com figuras de dois enormes anjos de ferro com espadas em mãos, uma em cada lado do portão.

Dean e Castiel desceram do carro, sentindo o cheiro forte da maresia e das várias árvores de Ipê, que haviam naquele lugar, todas com cachos de pequenas flores amarelas, um acalanto na visão diante das estruturas de túmulos e mausoléus que se espalhavam no caminho bem cuidado de pedra. O cemitério dos Fatinelli era pequeno, e não havia mais do que cinquenta metros da entrada até o seu final, que terminava na encosta do oceano, cercado de grades de metal com lanças nas pontas, conferindo um cercado de um pouco mais de um metro de altura, de onde a visão plena do oceano, era livre.

Dean se aproximou de um mausoléu feito em granito preto, com a porta em pesado metal trabalhado em curvas, que desenhavam flores e folhas. Respirou fundo na entrada, e ingressou a seu destino. Castiel, como sempre, ficou a alguns metros de distância do mausoléu, para dar privacidade nas longas conversas que Dean mantinha com o túmulo lacrado de Benedict.

Ao entrar no local, quadrado e pequeno, no formado de uma casa bem pequena, via-se o túmulo alto e imponente, no meio do lugar, todo em granito preto com detalhes do nome em metal dourado, gravado na tampa do túmulo. Nas laterais da pequena casa, haviam vitrais coloridos, uma formando o desenho de um anjo em tons azuis e verdes, e, na outra lateral, o desenho de um demônio em tons de vermelho e ocre. Ao fundo, que ficava de frente para a porta havia uma enorme cruz de metal dourado retorcido com uma prateleira de granito preto de onde surgia um vaso simples, onde poderia se depositar flores, assim como Dean o fez, tendo no caminho comprado lírios brancos para tal tarefa de presentear a paz no sono de Benedict.

Dean, como sempre, não se conteve de emoção, ao tocar com as pontas dos dedos o nome de Benedict naquele frio metal, e chorou compulsivamente, de forma agoniada e descontrolada, andando de um lado para o outro naquele pequeno espaço. Se esforçou para iniciar o monólogo, debruçado sobre o túmulo frio.

Dean: Oi, meu amor...sinto sua falta, sinto muita saudade de você, todos os minutos dos meus dias e noites.

Dean: (Suspirou pesadamente)...Como eu gostaria de poder te ver, te tocar novamente, meu anjo lindo...eu nunca acreditei que você fazia jus ao meu chamado de anjo da morte. Você era somente um anjo, tão lindo, tão perfeito para mim...com seus olhos de um azul cor do mar, que procuro todas as manhãs, quando acordo...ah....meu amor...nunca me esquecerei dos seus olhos.

Dean ficou por mais de uma hora ali. Contou todas as coisas que estavam acontecendo em sua vida, incluindo seus sentimentos por Sam.

Desnorteado, por fim, já estava pedindo fervorosamente, para Deus, que nem acreditava mais, que afastasse Sam do caminho dele, que não permitisse que aquele sentimento crescesse dentro dele, que não se apagasse a memória do quanto foi feliz com Benedict.

Até sair dali, derrotado, como sempre acontecia, e, ser acolhido no terno abraço de Castiel.

 

CONTINUA...

 

 


Notas Finais


Obrigada por comentários tão atenciosos e sinceros,

MUITO OBRIGADA !!!!!

Quarta tem mais.

BJSSSSS !!!!!!


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