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História Anjos Solitários - Wincest - Os planos do mal


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Segue mais um capítulo,
cheio de conflitos e maldades.

Desculpem os erros.

Ótima Leitura !!!

Capítulo 32 - Os planos do mal


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Os planos do mal

 

Crowley reuniu a todos seus funcionários do restaurante, naquele sábado, se aproveitando da ausência de Sam no local, para passar as ordens recebidas de Lúcifer, é claro depois de adaptá-las a atender seus próprios interesses. Os demônios, que estavam disfarçados de funcionários comuns do lugar, comemoram animados, com a ordem de ataque, já que estavam enfadados de terem que permanecer quietos e recolhidos ali, indo contra a própria natureza deles de estarem sempre em locomoção praticando perversidades ao léu.

O demônio das encruzilhadas não poderia mais esperar, para pôr seus planos em prática, já que havia sido informado de que o grande Ludovico estava voltando aos Estados Unidos em breve, talvez naquele mesmo dia, e isso fez também, despertar a ordem direta de ataque, vinda de Lúcifer, e por enquanto, dessa ordem Crowley não poderia escapar ou desacatar, não era o momento ainda, para mostrar sua resistência a Lúcifer.

Todo o restaurante continuou funcionando normalmente, ainda em pleno disfarce, o que devia perdurar até a ordem derradeira, para os demônios deixarem os seus postos e se libertarem, tendo como objetivo de irem de encontro aos vampiros na mansão de Dean Fatinelli, d ando início aos combates corpo a corpo, conforme bem instruiu Crowley a seus subordinados. Toda essa movimentação em oculto tinha o intuito de esperarem a chegada de Ludovico em solo americano, diferente do pensado pelo híbrido e mesmo da ordem de Lúcifer, não pegariam Dean sozinho, pois nesse ponto, entrava os planos de Crowley, e ninguém, além dele mesmo precisaria saber até onde acabava a necessidade de vitória de Lúcifer e começava a concretização das suas próprias ambições. Lúcifer não teria como saber desse pequeno detalhe de lapso temporal, entre Dean sozinho e os pés de Ludovico pisarem na América, pois todos os demônios estavam sob suas ordens na Terra, e na verdade, todos eles, pouco se importariam com esse pequenino detalhe, se soubessem, pois o interesse universal dos demônios era somente matar vampiros, e maltratar e matar quantos humanos pudessem, mas nada. Enquanto os planos de Crowley estavam muito além disso, ele queria o trono de Lúcifer, queria ser o único rei do inferno.

Gadreel ouviu todas as ordens dadas à todos os funcionários e também as ordens dadas somente à ele, se manteve em silêncio, mas com sua alegria expressa em um bonito sorriso que o acompanhou durante todo o dia, pois dessas ordens vinha o que mais esperava, o aval para colocar suas mãos em Sam. Crowley daria sua permissão final para Gadreel ficar com Sam, pois dentre os planos do demônio não estava o retorno de Dean para o salvar, ou, o resgatar das garras do caído, que já tinha feito mil planos para passar um bom tempo com Sam, inclusive o mesmo em matéria de luxúria se equiparava mesmo aos demônios, pois sua mente trabalhava incansavelmente em se imaginar realizando todas as suas mais remotas fantasias com o jovem caçador, e o tom de crueldade e tortura que tais fantasias tivessem, ficavam por conta da resistência ou não de Sam.

Crowley dispensou Gadreel de seus afazeres no restaurante para que pudesse preparar os detalhes finais de seus planos maquiavélicos, e isso demandaria muito tempo do caído, que somente voltaria ao trabalho no dia seguinte, para aguardar Sam chegar ao restaurante para o trabalho, e para isso notava uma ponta de ansiedade no caído, que não via a hora para ter Sam para si, como bem quisesse.

Aquele lugar, que de início era somente para se tornar o covil de Crowley e o ponto de reunião dos demônios, acabou sendo a armadilha que atraiu a Sam e o iria aprisionar, conforme seus planos. Para imenso contentamento, primeiramente de Gadreel, e depois, de todos os funcionários demônios, que poderiam fazer o que bem quisessem com o amor do vampiro Dean, depois que Gadreel se cansasse de brincar com ele. Tudo isso ocorreria enquanto Crowley estivesse se regozijando de ser o novo rei do inferno, após seu plano paralelo dar certo, e até para isso o restaurante de fachada, lhe traria enorme vantagem.

Assim que Gadreel saiu do lugar, quase saltitando de tanta felicidade, Crowley se sentou calmamente em uma das mesas, e fez o pedido de seu melhor champanhe e seu melhor prato de degustação, comemorando em antecipação, para esperar pelo hídrido, a quem manteria bem ocupado, já tendo ele, convocado todos os demônios daquele país para estarem de prontidão dentro de Connecticult, e nesse ponto também obedecia a Lúcifer, em um dos poucos momentos que essa obediência iria se fazer presente naquela guerra.

Sorria, em pensar o quanto o maior e mais temido anjo caído seria cruelmente varrido do universo por um plano que envolvia poucas peças daquele seu jogo mental de xadrex. Era só misturar e manipular o mais nobre sentimento que os envolvidos naquele jogo sentiam, o amor. Era o jeito mais fácil de se ganhar uma guerra, atacar ao coração de cada um, e de todos, ao mesmo tempo, sorria mais uma vez Crowley, com tão sórdido pensamento.

 

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No fim daquele sábado, Noah, Ludovico, Luca e mais alguns puros, filhos de Luca com Margareth e os filhos de Enzo, entravam no avião que os levariam a Connecticult, todos concentrados em respeito ao silêncio de Ludovico, que parecia distante.

O avião estava repleto de armas especiais que matavam demônios e havia um segundo avião, de passageiros comuns fretado pelo clã para transportar quase duzentos vampiros transformados, que saíram de toda a Itália, Portugal e Espanha, para se juntarem aos puros na guerra nos Estados Unidos, onde traziam também arcas gigantescas com toda a sorte de armamento, depois que infiltraram diversos vampiros dentre os funcionários da companhia aérea, para não terem problemas.

No castelo de Amalfitana ficaram as mulheres, as vampiras puras do clã, acompanhadas de proteção de Enzo, que insistiu em permanecer naquele lugar, onde na última batalha, lutou lado a lado com Benedict e o viu morrer, a poucos metros de si, sem poder impedir, e agora queria mostrar o seu pior lado para os malditos demônios que se atrevessem a subir a encosta do castelo. Enzo reuniu todos os empregados do castelo, e todos os demais transformados que não paravam de chegar ao mesmo, após a convocação de Noah, todos sob um só ordenamento de matar todo e qualquer demônio que se aproximasse a menos de quinhentos metros do castelo.

Margareth e seu marido humano, Alexander, chegaram ao castelo, somente para se despedirem dos demais que estavam de saída, e mal tiveram tempo de manterem uma conversa que durasse mais do que dez minutos, entre a correria dos preparativos para a viagem de todos, e, a arrumação após a viagem do casal. O que foi um grande alívio para Margareth, que no tumulto de todos se cumprimentando e se despedindo, e sendo praticamente agarrada por sua mãe e sua avô, Sophie e Liah, mal trocou cumprimento com seu avô Ludovico, e muito rapidamente manteve contato visual com o mesmo, que a olhava de forma carinhosa, enquanto ela o encarava ressentida, não perdurando mais do que um ou dois minutos. Margareth ficou tão incomodada de rever Ludovico, e ter que falar minimamente com ele, que não conseguiu sorrir nenhuma vez sequer em sua chegada, e somente se sentiu melhor após ter ciência de que seu avô já estava dentro do avião para os Estados Unidos, bem longe dela, que também reviveu momentos de más recordações ao pisar no castelo, revivendo momentos de angustia e tristeza, incluindo o luto vivido por Benedict.

Os filhos de Ludovico e Liah, os primeiros puros, chamados de Enrico, Giovanni e Milena, sendo Milena e Enrico os pais de Noah e Sophie, e Milena e Giovanni os pais de Enzo e Luca, haviam morrido há alguns séculos, e os três estavam enterrados no cemitério do castelo, ao lado de Benedict. Todos haviam sido mortos de forma aleatória, após se perderem no mundo, depois que Ludovico liberou a todos para seguirem seus próprios caminhos, se quisessem. Assim, os três foram mortos por humanos, em seus atos de vingança pela quantidade de humanos mortos por esse puros, em sua sede de sangue desenfreada e as matanças que promoviam em aldeias e pequenas cidades. Conflitos que como o anteriormente dito, deram origem aos caçadores.

A morte de suas primeiras crianças, seus filhos diretos, era um dos motivos pelo qual Ludovico desprezava e odiava os humanos. O que muito pouco se sabia, pois todas as histórias que envolviam os três primeiros puros eram ocultadas e se mantinham em segredo absoluto, pois na época, não poderiam explanar, de modo que, evitasse que os novos transformados subjugassem e matassem todos os humanos, acabando com o equilíbrio da Terra, e quebrando a cadeia alimentar deles mesmos, bem como, não deveriam perder o respeito, desses transformados, pelos puros do clã, que se soubessem, de tais mortes, poderiam tomá-los como fracos, e isso, Ludovico não poderia permitir, pois os demais membros de sua família de puros estavam em formação ainda, pequenos vampiros puros, crianças ainda em fase de crescimento, seus netos, e se os transformados enfrentassem os puros, e ficassem descontrolados, colocariam todos os pequenos em risco também. Assim tudo que dizia respeito aos filhos de Ludovico e Liah ficou escondido no passado, e foram somente representados em lápides de túmulos vazios, no oponente cemitério do clã, que sequer conseguiu recuperar os corpos de seus filhos, após serem assassinados e queimados, como se fossem bruxas. Essa ferida aberta na alma de Ludovico sangrou por muito tempo em silêncio, e muitos, dos seus odiosos e horrendos atos contra os humanos e até mesmo contra alguns transformados se deram por conta da lembrança de tamanha dor, em ver sua família desfalcada, em puro momento de vingança pessoal.

Na época, Ludovico não conhecia o que era sentimento, nem princípios religiosos, seu único amor era  a ciência, o que se estendeu aos frutos dessas, ou seja, aos membros de sua família, criada pela ciência, e a família lhe era vital e o mais importante sempre, em todos o sentidos.

A morte de Benedict foi o ressurgimento do pior pesadelo de Ludovico, a dor da perda era imensurável, era muito mais do que sua alma poderia suportar, e enquanto seu neto fechava os olhos definitivamente para esse mundo, Ludovico apagava seu último resquício de humanidade, e com isso, aboliu qualquer sentimento por humanos. Até conhecer Baltazar.

E naquele momento, dentro daquele avião, em seu profundo pesar, e sua silenciosa preocupação, se entregava, mais uma vez, ao poder absoluto que emergia da fusão das espécies em seu corpo, fervendo o seu sangue, e quase se descontrolando e provocando sua transformação física. Ludovico revivia ali, cada minuto de sua história, e dentre ela, estavam seus três filhos mortos por humanos, seu neto amado, morto por demônios sujos, e, também seus amores, toda a sua família, com alguns nomes, de sua convivência diária, que ecoavam em seu coração: Noah, Sophie, Dean e Baltazar.

A viagem demoraria quase sete horas, naquele jatinho particular da família, e chegariam ao amanhecer do domingo na mansão de Dean. Ludovico teve notícias de seu neto amado, antes de embarcar, sendo notificado de que a mansão de Dean já estava completamente cercada por vampiros transformados e por armadilhas, o que deixava seu coração um pouco mais tranquilo, na certeza que seu neto estaria a salvo até que aterrissassem na América novamente.

Ludovico dedicou alguns minutos daquele tempo ao pensamento em Castiel, de quem não sabia o paradeiro, ainda. Estava ansioso, aguardando que esse protegesse Dean, e que também protegesse Baltazar, seu amor, seu segredo mais recente daquela vida eterna cheia deles, e que já o deixava um pouco farto e cansado. Prometera a si mesmo, que tudo que acontecesse naquela guerra, não o impediria de contar a verdade para Baltazar, mesmo que depois que toda sua família estivesse a salvo, ele morresse pelas mãos de Castiel, o arcanjo do senhor, a quem tanto respeitava.

 

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Dean tinha passado o sábado inteiro ocupado com os preparativos das defesas de sua mansão, bem como, ficou a cargo de receber os transformados que chegavam aos poucos em sua casa, e se posicionavam em torno dela. Eram vampiros amigos, e muitos deles, velhos companheiros de batalhas passadas. Alguns responderam ao chamado do clã, gratos pela grande honra em defender o companheiro de Benedict, o último líder que tiveram antes de Ludovico assumir todos os transformados guerreiros e soldados, e as frentes de batalhas, que estavam sempre lutando pela vida e manutenção da paz dos vampiros.

Muitos foram aqueles que cumprimentaram Dean com lágrimas nos olhos em memória do antigo comandante, e mesmo com Dean se apresentando com Sam ao lado, que o acompanhou em cada tarefa daquele dia, os vampiros não deixaram de referenciar o amor do antigo amigo, covardemente morto por demônios, o que lhes conferiam mais ânimo para lutarem com garra e dedicação, por aquele vampiro que amargou a viuvez tão sofrida do grande amigo morto.

A cada vampiro recepcionado, Dean agradecia mentalmente a seu avô Ludovico, por ter conseguido conclamar a todos à guerra, e, por manter a união da espécie através dos tempos. Seus pais, Noah e Sophie eram responsáveis pela administração e logística de todos os transformados, porém Ludovico era aquele que inflamava à todos com seus discursos que exaltavam a importância da espécie e permanência da mesma na Terra, na parte que lhes cabia e pertencia.

Eram como uma pátria com um monarca, um rei. Tinham divisões de classes, diferenças pessoais, tinham problemas, tinham mortes e tristezas para carregarem por uma infinidade de anos, mas se uniam em prol da sobrevivência da pátria, no caso, da espécie, e o rei deles era Ludovico, que a todos organizava e orientava, com o dom da palavra em mexer com os corações e mentes. Ludovico era aquele em que todos confiavam, por ser grande detentor de veracidade, hombridade e poder. Se de um lado reinava com mão de ferro, de outro jamais permitia que qualquer um da sua vasta espécie perecesse nas mãos de outras espécies, nunca virava as costas a qualquer vampiro que precisasse de sua ajuda ou do clã, e aos que batiam em sua porta, a acolhida era garantida com fartura.

Dean acompanhava o almoço do seu amor, Sam, já quase no meio da tarde, quando aproveitou o momento para telefonar para Ludovico e o tranquilizar, o colocando ciente da chegada dos transformados em sua casa, e de toda a defesa já pronta, com armas espalhadas por todos os lados, e, nas mãos de cada um dos que vigiavam a mansão, tanto pelo lado de fora como aqueles que estavam espalhados dentro da enorme casa, além das armadilhas prontas por cada metro quadrado do lugar.

Assim que se sentou a mesa, Dean, que desligava seu celular, olhava insistente para Sam, o estudando, já que ele se manteve opinando em tudo, com seus conhecimentos de caçador, inclusive mostrando a Dean e aos outros alguns feitiços simples para usarem contra os demônios, mas naquele momento estava calado e pensativo, sem dizer nenhuma palavra, apenas saboreava sua comida de cabeça baixa, para maior preocupação de Dean, naquele silêncio.

Depois da manhã tumultuada que tiveram, e de serem acordados por Ludovico, se entregarem desesperados a paixão e começarem o dia atribulados, não voltaram a tocar no assunto da permanência de Sam na mansão, e pela ausência de resposta fática de Sam, Dean tinha mobilizado quatro transformados e o motorista da mansão, velho conhecido de Sam, para irem no alojamento buscarem as coisas de Sam. O pedido era para esvaziarem tudo e levarem para a mansão, onde em contrapartida, Dean tinha mandado recolocar tudo em seus devidos lugares, no mesmo quarto de hóspedes onde ficaram as roupas de Sam, aquelas que tinham sido motivo de brigas antigas entre os dois, as compradas por Dean.

Dean pensou que agindo desse modo, ele próprio não se colocaria em risco e nem mesmo Sam, caso eles tivessem ido pessoalmente no alojamento buscar tudo. Era reconfortante contar com a ajuda dos transformados para aquela pequena missão, já que os mesmos vieram em seu auxilio na mansão, o surpreendendo de certo modo. O que poderia ficar bem aliviado por não precisar se expor e nem a Sam para irem pessoalmente buscar os pertences de Sam.

O único problema nessa decisão de Dean, era, justamente, que não falou para Sam, pois entendeu que não podia perder mais tempo em protege-lo do que viria, e independente do que a eterna teimosia de Sam respondesse, ele estaria mais seguro se passasse a maior parte de tempo junto a ele, na mansão, mesmo que para isso, tivesse que amarrar Sam dentro da casa. E a partir do primeiro ataque dos demônios, esperado para muito em breve, Dean não permitiria mais a Sam ficar se locomovendo, mesmo que isso custasse a perda de sua relação com ele, pelo menos ele não morreria nas mãos de nenhum demônio, assim como viu Benedict morrer, e assistir isso uma segunda vez, não era uma opção. Preferia morrer a ver Sam morto ou manipulado por um demônio.

Sam acabou de comer, e Dean resolveu conversar logo com ele, antes que sua preocupação com a reação dele aumentasse, caso resolvesse ocultar sua última decisão.

Dean: (Encarou Sam apreensivo por sua feição carregada no momento)....Sam....preciso te contar uma das providências que tomei e que interfere diretamente com sua vida....(Pigarreou nervoso)....na verdade....com a nossa vida.

Sam que até então, esteve em silêncio porque ainda se sentia um pouco cansado e estava com muito receio das coisas que poderiam acontecer com Dean e com os demais, bem como, estava impressionado com a quantidade de vampiros cercando a casa, o que o deixava bastante nervoso, pela proximidade com aqueles seres que o poderiam matar a qualquer momento, ainda mais ele sendo um caçador, que era sinônimo de ser odiado por todos os vampiros. Sam, com o pensamento longe, somente fez um gesto com a cabeça para Dean continuar a falar.

Dean: Sam, eu pedi a alguns irmãos vampiros e para o motorista buscarem suas roupas e coisas no alojamento e trazerem tudo para cá, pois como conversamos antes, eu achei melhor assim, para não ficarmos expostos......eu e você, o que nos tornaria alvos fáceis...né mesmo. (Riu fraco diante do semblante sério de Sam).

Sam se levantou bruscamente da cadeira, largando seu almoço, que já estava no final mesmo, e ficou parado de costas para Dean, respirando profundamente durante uns segundos, e se voltou a ele, visivelmente irritado.

Sam: Eu não estou acreditando nisso, Dean.....você invadiu a minha privacidade....(Fez um gesto de pare com a palma da mão aberta, porque Dean queria o interromper, apertou os olhos em reprovação)....pior que isso....você permitiu que outras pessoas invadissem minha privacidade? (Falava alto e pausadamente, com raiva).

Dean: Sam, eu só fiz isso para te proteger....para nos proteger....você não poderá ficar circulando por aí, é muito perigoso.....tenta entender.....eu preciso te proteger, está acima dessa sua teimosia.....e nós já havíamos conversado sobre isso. (Estava muito nervoso, e começava a sentir a tristeza querendo entrar em sua alma).

Sam: Sim, mas eu lembro bem que eu disse que iria pensar nisso, hoje de manhã....e .mas tudo aconteceu tão rápido....e nem acabou o dia e você já tomou a decisão por mim.....(Pausou, pensou por alguns instantes e voltou a falar)....eu nem consigo acompanhar tudo isso. (Falou derrotado, em pé no mesmo lugar, abaixando sua cabeça).

Dean foi até Sam e tentou o abraçar, mas esse se esquivou, e deu alguns passos para frente abrindo caminho com seu braço na frente de Dean, para o afastar de si, demonstrando toda a sua impaciência e incompreensão.

Sam: Dean, eu preciso pelo menos dar uma satisfação ao meu chefe e justificar minha ausência no trabalho, e depois eu acerto com a faculdade.... Eu estou sendo obrigado a ficar aqui na mansão.....(Apontou para Dean)....eu estarei aqui por você, mas eu ainda estou muito chateado com essa sua atitude...bem chateado. (Abaixou a cabeça novamente e saiu da sala pisando firme no chão).

Dean se prontificou a ir atrás de Sam, para expor o quanto estava magoado com a infantilidade dele, e com certeza acabariam brigando, senão fosse uma mão em seu ombro, que o fez se virar automaticamente e encontrar dois belos olhos azuis, que tanto sentia saudades.

Dean: Castiel !!! (Praticamente se jogou num abraço forte com seu amigo, em pura alegria de rever o amigo tão precioso).

Castiel: Olá Dean.....(Abraçou Dean com saudade).....meu amigo.....( Se afastaram minimamente, terminando o abraço, mas Castiel ainda segurou um dos braços de Dean e disse baixo perto de eu ouvido).....cheguei em má hora?

Dean: Não, claro não....(Sorriu lindamente para Castiel, que sorriu de volta).....você sempre é benvindo a qualquer hora, sabe disso....(Dean abraçou Castiel novamente de forma rápida)....eu sinto tanta sua falta, Cas.

Castiel: Eu sei....eu posso sentir...nós ainda temos uma ligação muito forte, né mesmo?....(Disse dando um beijo no rosto de Dean e o puxou para a sala principal, andando lado a lado, com um braço em torno do ombro do vampiro).....Mas me conta o que todos esses vampiros estão fazendo aí fora?...(Perguntou já adivinhando a resposta).

Dean e Castiel foram para a sala principal, conversando quase de forma animada, não percebendo que Sam estava no primeiro degrau da escada, e tinha ouvido a cada palavra dita, e de onde estava, conseguiu ver a cena do reencontro dos velhos amigos. Sam estava quase explodindo de raiva de Dean porque ele não deu confiança ao seu descontentamento e sequer o seguiu para conversarem melhor, e ainda, preferiu ficar dando atenção ao arcanjo que a ele, apesar do momento de atrito que estavam tendo, quando esse chegou.

Sam remoeu em sua mente Dean se abraçando a Castiel e dizendo que sentia falta dele, como se ainda estivessem juntos, assim pensava, com seus pensamentos nublados pelo ciúme que sempre teve de Castiel, se perguntava senão era melhor que Dean ficasse mesmo com Castiel, pois ele não era suficientemente bom para Dean, não estava a altura de Dean como o arcanjo estava. Sam estava na sua montanha russa de emoções, indo rapidamente do ciúme descontrolado a baixa auto estima, afetando todo seu discernimento.

A mente e o coração de Sam estavam em desalinho completo, e parecia que estavam em uma tormenta no meio de um oceano. Queria muito entender o porquê Dean ainda mantinha ligação com Castiel, se não estavam mais juntos, e para si, não havia amizade pura e inocente do lado arcanjo por Dean, sempre tinha a impressão de que o anjo ainda amava Dean, e de alguma forma louca, nutria esperanças de ficarem juntos, um dia.

Não foi difícil para Sam encontrar todos os seus pertences no antigo quarto de hóspedes, onde suas roupas compradas por Dean permaneciam guardadas. Sam se deparou com tudo seu arrumado no closet, nas gavetas, livros na estante e até mesmo seus objetos de higiene pessoal estavam dispostos encima da pia do banheiro. Tão logo olhou para tudo aquilo, pegou sua mochila, dentre as roupas no closet, atirou dentro dela duas mudas completas de roupas simples e recolheu alguns objetos de higiene, enfiando dentro da mochila também. Depois de pronta a atirou encima da cama no travesseiro ao lado do qual se deitou, e se deixou levar pelo cansaço que sentia, e adormeceu, um breve momento depois, pensando em como Dean tinha sido abusado em pegar suas coisas sem sua permissão, o querendo forçar a não mais trabalhar e estudar durante um tempo que também não sabia dizer o quanto demoraria.

Definitivamente Dean não vivia em um mundo real, de pessoas de verdade, com um monte de obrigações diárias a serem cumpridas, como era o seu caso, e motivo que o impedia de ir para todos os lugares que Dean quisesse sempre, e isso o fazia sentir pequeno e obsoleto no mundo de Dean, que ainda por cima, tinha nesse mundo de Dean, um maldito arcanjo, tão lindo quanto o próprio Dean, e que provavelmente ainda amava Dean, e qualquer mínima oportunidade, como aquela, pequena brecha aberta naquele dia, ele daria em cima de Dean para voltarem. Sam dormiu pensando nisso, com lágrimas presas nos cantos dos olhos, e uma dor crescendo em seu peito.

Dean contou para Castiel tudo que estava acontecendo naquele momento, em sua casa, contou de como estava sua relação com Sam, contou dos planos de Ludovico, e como foi instruído por seu avô, por fim lhe pediu ajuda contra os demônios, e com a guerra em si, pediu proteção para si e para Sam.

Castiel ouviu a tudo calado, pois nada daquilo lhe era uma novidade, que tinha em seu coração o mesmo medo e dúvida de seu melhor amigo, como poderia proteger seu amor, pois sabia que dificilmente Baltazar, apesar de ser uma criatura bem evoluída e um dia ter sido anjo do senhor, iria concordar em também ficar junto dos vampiros, trancados na mansão de Dean, que seria, sem sombra de dúvida o lugar mais seguro para ele ficar, assim, como o era para Sam. Pois ambos teria proteção o tempo todo. Castiel tinha a convicção que Baltazar havia melhorado muito seus ciúmes com relação a Dean, mas daí a ficar na mesma casa que ele trancado por dias, sem data para retornar para sua própria casa e sua vida, e ter que ficar olhando para Dean o tempo todo, seria pedir demais para ele, que jamais concordaria com aquilo, e tinha absoluta certeza, que Baltazar daria a sua melhor gargalhada e diria um grandioso “não”, sumariamente.

Castiel teria mesmo que se dividir, proteger Dean, mesmo não querendo se meter na guerra entre as duas espécies, e só interferiria para o proteger, caso esse se colocasse em real perigo de morte, e assim viria salva-lo, e, por fim, iria proteger Baltazar vinte quatro horas por dia, onde quer que ele estivesse e fosse durante seu dia normal de trabalho. Seria uma dupla jornada para o arcanjo do senhor, dar uma olhada em Dean e ficar o tempo todo com Baltazar.

A conversa entre Castiel e Dean foi longa, adentrando ao início da noite, quando viram as luzes da casa serem ligadas, os alertando as horas, quando resolveram terminar a conversa, porque Castiel teria que buscar Baltazar na faculdade, como fazia quase todos os dias. Dean desabafou com o amigo a respeito de Sam, mas sempre o preservando em tudo, e ansiava em ver onde ele estava naquele momento para poderem se acertar melhor, mais uma vez. Desse modo, cada um querendo reencontrar seu amor, se despediram com mais um caloroso abraço, e Dean se comprometeu em dar o alerta a Castiel quando se anunciasse a guerra na mansão. Castiel, feliz em rever o amigo, e muito apreensivo por tudo mais que o amigo estava vivendo, o abraçou bem apertado, deixando um beijo demorado no rosto de Dean, e sumiu.

Dean foi se recolher na intenção de verificar onde Sam estava, e o encontrou dormindo com o rosto contorcido, no quarto de hóspedes, tendo sua mochila ao seu lado, como se esperasse acordar para fugir da mansão. Dean preocupado que fosse verdadeira essa sua impressão, vasculhou a mochila de Sam, vendo algumas roupas dentro e tendo a certeza de que Sam realmente pretendia  sair da mansão protegida. Fosse para fugir dele ou simplesmente fazer o que ele havia dito anteriormente, somente ir dar uma satisfação no trabalho, ambas as hipóteses eram terrivelmente preocupantes para Dean, que não podia admitir de Sam se expor de maneira nenhuma, não poderia deixar ele sair daquela casa, no clima de guerra que estava em todo aquele estado. Não poderia concordar que ele ficasse  desprotegido com demônios à solta, e os caçando, em meio a uma guerra, onde os vampiros, e ele próprio eram o alvo.

Dean retirou a mochila de Sam do travesseiro ao lado de sua cabeça, e a colocou no aparador do quarto e se deitou ao lado de Sam, relembrando o conselho de seu amigo Castiel, dado há poucos minutos atrás, para ter sempre paciência com Sam, porque ele era muito jovem e era um humano, não compreendia toda a extensão do que se tratava uma guerra com demônios, mesmo que fosse um caçador, sua inexperiência e juventude gritavam em sua teimosia e orgulho exacerbado.

Agora, era questão de poucas horas para chegada dos membros do clã e Ludovico. Era pouco tempo para o início da guerra, já que os demônios já deveriam saber dos movimentos dos vampiros, que não tinham como parecer desapercebidos, até aquele momento, pensava Dean.

Mas de toda sorte, Dean passaria aquela noite velando o sono emburrado de seu amor, com quem tentaria conversar um pouco mais, assim que ele acordasse, mesmo que fosse no dia seguinte. Dean tentaria a todo o custo fazer Sam compreender e aceitar a nova condição que teria que viver durante um tempo, e rezar para que ele o amasse suficientemente para continuar ao seu lado, mesmo tendo que passar por todos esses problemas que ele estava lhe impondo, quando poderia perfeitamente estar vivendo como um garoto normal, assim como ele quis ser, quando estavam separados. Isso magoava muito o coração aflito de Dean.

Mais uma vez Sam feria Dean, com menos intensidade do que antes, mas ele se sentia machucado e desprezado por ele, que não sabia o quão era importante o apoio incondicional dele, e a sua presença ao seu lado. Dean continuava sentindo falta de Sam, daquele Sam que o amou como da primeira noite juntos. Mesmo com a guerra à sua porta, e tudo que essa envolvia, dormiu por exaustão, de mãos dadas a Sam, sentindo o peso da mágoa em sua alma, e já se sentindo um perdedor na guerra que tratava diariamente para continuar sendo amado por Sam, a quem dedicou o seu amor verdadeiro, e mesmo que aquela guerra o matasse, sua última lembrança seria o rosto de Sam, gravado em sua mente e em seu coração.

 

CONTINUA...


Notas Finais


Pessoal,

MUITO OBRIGADA POR TODOS OS COMENTÁRIOS LINDOSSS,
eu vou responder a todos amanhã sem falta, desculpem a demora,
porque essa semana fiquei sem computador pessoal, estava travando
muito, e pedi para formatar, mas só hoje de manhã que peguei. Mil desculpas.

Continuem comentando....por favor......

AMO VCS SEMPRE !!!!!!!!!!!! BJSSSSS!!!!!!!!!!!


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