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História Anjos Solitários - Wincest - O amor que me ensinou a amar


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Segue mais um capítulo,
com os últimos momentos de paz.

Desculpem os erros.

Ótima Leitura !!!!

Capítulo 33 - O amor que me ensinou a amar


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - O amor que me ensinou a amar

Castiel voltou para casa pensando incessantemente em Dean e em tudo que ele tinha lhe contado, estava mesmo muito preocupado em como conseguiria estar junto de Baltazar e junto de Dean ao mesmo tempo, e é claro, sem Baltazar ter mais uma crise de ciúme homérica que resultasse na separação dos dois, como já tinha acontecido antes, quando quase se perderam um do outro, de vez.

 

Mais o mais importante no momento, era se concentrar na grande guerra que se aproximava, e continuar na decisão tomada anteriormente, de somente correr até Dean, caso esse o chamasse de verdade, pois assim, saberia que o perigo que ele corria, requeria sua ajuda urgente, para evitar sua morte, e enquanto esperava e torcia para que Dean não o chamasse, ficaria com Baltazar o tempo todo, e isso incluía arrastar Baltazar consigo, caso tivesse que atender Dean, e depois resolveria o problema dos ciúmes dele, porque não podia deixar Baltazar sozinho nenhum segundo sequer, em meio as ameaças que sempre vinham com guerras entre as espécies.

 

Castiel se sentia estranhamente inquieto com essa sua decisão, e interpretou essa sensação como uma auto recriminação por não poder estar junto de Dean o tempo todo como antes, e mesmo que o amor que sentiu pelo vampiro fosse muito forte, ele havia se transformado em amizade, e isso lhe trazia novas expectativas e concessões, e com isso não era plausível que ficassem juntos o tempo todo como antes, o que para ele, um ser de pura luz e bondade, as vezes, era mesmo difícil e complicado de aceitar. Não compreendia plenamente o porquê, ele amando Dean como seu melhor amigo, tinha que se separar dele , tinha que viver separado dele, para poder estar livre para amar a outra pessoa e para poder libertar Dean, deixa-lo amar a outra pessoa também, mesmo que eles dois também se amassem, e isso dava um nó em sua cabeça, e somente, afastava esses pensamentos para não magoar a Baltazar e muito menos interferir no amor de Sam com Dean, que diferente dele mesmo, talvez compreendessem melhor essa sistemática imposta por sentimentos humanos.

 

Baltazar que tinha chegado há algum tempo, em casa do seu dia de aulas extras na faculdade, estava no quarto vendo TV, quando resolveu ir na cozinha preparar um lanche, e viu Castiel parado no meio da sala, sem nenhuma reação, somente com os pensamentos longe, com um olhar vazio e distante, de tal modo que nem percebeu sua aproximação, quando lentamente o envolveu em seus braços, lhe abraçando por trás, passando o calor do seu corpo para as costas de Castiel, reconfortando sua cabeça em seu ombro, o vendo sorrir e segurar em suas mãos por cima de seu abraço.

 

Castiel: Oi, meu amor....como é bom estar com você assim....sabia? Eu senti sua falta....(Os dois abraçados praticamente se embalavam, balançando lentamente seus corpos de um lado para o outro).....eu amo tanto você Baltazar, meu anjo.

 

Baltazar: (Sorriu abertamente  com aquela declaração tão espontânea no meio do dia)....Também te amo...meu arcanjo.

 

Castiel se virou nos braços de Baltazar e o puxou pela cintura colando seus lábios nos dele, num beijo calmo e cheio de carinho, com lábios sendo provados e línguas se encostando quase numa dança sensual. Castiel se abraçava ao corpo de Baltazar enquanto sentia as mãos dele em suas costas e ombros. Seu olfato capturava e identificava em meio a um sorriso terno, o cheiro de perfume bom e envolvente que vinha dele, alisou seus cabelos loiros e bem cuidados, se apertando mais ao corpo quente e de costas largas de Baltazar, aliviado por ter seu amor em seus braços mais uma vez, e, por um mero segundo, o pensamento de perigo atravessou sua mente, mas agradeceu a Deus por aquele momento maravilhoso, antes da guerra que poderia trazer perigo aos outros, com que quem se preocupava tanto, garantindo a si mesmo, que ajudaria a todos que precisassem de sua ajuda, mas o vital era a proteção ao seu amor, era que Baltazar estaria plenamente seguro consigo, e nada e nem ninguém se aproximaria dele.

 

Baltazar sentiu o aperto mais forte de Castiel, sabia que seu arcanjo estava preocupado com os últimos acontecimentos, e assim resolveu dar a ele um momento de carinho e amor, separou o beijo, sem separar seus corpos abraçados, e encarou aqueles olhos de um azul profundo, bem diferente de seus olhos azuis bem mais claros.

 

Baltazar: Vem meu amor, vamos ficar juntos lá no quarto, eu vou fazer um lanche para nós dois e você vai me contar tudo que está te preocupando assim.....tá bom....(Deu um selinho em Castiel que assentiu e segurou firme na mão que Baltazar lhe estendia, já lhe puxando para o quarto, sorrindo).

 

Castiel, como sempre com Baltazar, se sentia muito amado, e nada mais poderia preencher o seu coração do que aquele enorme amor que também sentia por ele. Se sentou na cama, com Baltazar afofando travesseiros em suas costas, como se ele estivesse doente, e depois retirando seus sapatos, meias, seu blazer e gravata, dando um beijo em sua testa com um sorriso lindo no rosto e correndo para a cozinha, voltando minutos depois com uma bandeja, com chá, torradas, biscoitos, geleias e queijo, e colocando no colo de Castiel, que não disfarçava seu contentamento em ter Baltazar todo cuidadoso naquele momento, somente porque o viu preocupado.

 

Ambos sorriam um para o outro, saboreavam o lanche em meio a conversa, na qual Castiel contava do seu dia para Baltazar, de toda sua conversa com Dean, do que tinha decidido fazer durante a guerra para proteger aos dois ao mesmo tempo, já o alertando dos perigos da guerra que explodiria, provavelmente, no dia seguinte.

 

Castiel: Baltazar, eu vou te proteger e para isso terei que ficar com você o tempo todo, mesmo na faculdade, eu vou te acompanhar, nem que para isso eu fique invisível durante boa parte do dia. O que não posso permitir é que você corra qualquer perigo, e aquela visita do demônio a você, me deixou cismado. (Disse demonstrando aflição só de pensar em seu amor sendo machucado por alguém).

 

Baltazar: (Pensou um segundo, e falou compreensivo)....Tudo bem Cas, eu entendo....e prometo que te ajudarei no que for possível....não vou me opor aos seus cuidados, na verdade, estou até gostando de ficar agarrado em você o dia todo......(Deu um selinho em Castiel, que fez uma cara de deboche)......hei, porque essa cara?.....(Perguntou rindo).

 

Castiel: Então se eu tiver que te levar, de repente, para a mansão do Dean, caso ele me chame, você não vai ficar com ciúmes, vai?....(Sorrindo).

 

Baltazar: (Engoliu em seco e riu disfarçando)....Vou ficar com ciúmes sim....mas juro que vou me controlar...afinal estaremos todos no mesmo barco....todos em perigo....e eu sei que não me dará motivos para ter ciúmes de você.....já que eu estarei lá te vigiando....e como eu disse, agarrado em você o dia todo....(Riu e beliscou Castiel, sentado ao seu lado, para implicar com ele).

 

Castiel: Aí....isso doí....(Riu alto)....pode vigiar mesmo, eu estou com você agora, e estarei com você sempre ao meu lado, não vou a lugar nenhum sem você....e de mais a mais, o Sam deve estar lá também....se você não me bater por ciúmes o Sam vai......(Riu alto, e agarrou Baltazar num beijo carinhoso, antes que esse lhe arremessasse uma almofada que estava em sua mão).

 

Castiel alojou o corpo de Baltazar entre suas pernas, de costas para si, o abraçando o corpo, ficaram conversando mais um bom tempo, naquele clima ameno de pura cumplicidade e amor, acarinhando um ao outro entre beijos e sorrisos.

 

Baltazar havia amadurecido muito esse lado ciumento dele, e, se mostrou realmente, ser o homem inteligente e pacífico que era, não causando mais nenhum atrito entre eles por ciúmes, e a maior prova disso estava sendo aquele momento, em que via o pesar em Castiel, por não poder proteger plenamente Dean, que entendia que agora eram só amigos. Baltazar tornou toda a preocupação de Castiel em algo leve, e, reverteu em amor, lhe dando mais atenção e carinho do que nunca. Curtiram muito o momento calmo, que talvez fosse o último enquanto aquela guerra estivesse entre eles, e assim, abraçados adormeceram quase de madrugada, após expurgarem todos os seus medos a respeito de tudo que estavam vivendo nesses dias, e de trocarem apenas beijos calmos e carícias dengosas.

 

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O celular de Dean tocava mais uma vez, ainda naquela madrugada, quando olhou ao seu lado, viu Sam dormir ainda, ficando mais calmo por tê-lo junto a si, continuou se localizando, até procurar pelo aparelho e o atender, com a voz firme de Ludovico do outro lado.

 

Ludovico: Dean, chegamos aqui em Connecticult, e estamos saindo do aeroporto nesse momento, iremos direto para a mansão, ok.

 

Dean: (Meio atordoado por causo do sono cortado).....Sim, vô....vêm rápido, por favor...(deixou um discreto sorriso de alívio escapar de seus lábios)....que bom que chegaram...(Susurrou).

 

Ludovico desligou também aliviado de sua chegada em paz, enquanto Dean se levantava da cama, olhando Sam que tinha se virado para o outro lado, escondendo seu belo rosto em meio aos seus cabelos desalinhados. Dean se curvou, retirou alguns fios castanhos que cobriam o rosto de pele lisa e tão jovem do seu grande amor, deu um beijo em seu rosto, e roçou sua boca e nariz pelo pescoço dele, capturando seu cheiro tão amado por ele, o vendo sorrir bem timidamente, sem dizer nada e sem abrir os olhos. Dean sorriu também com o jeito semi consciente de Sam.

 

Dean: (Se aproximou do ouvido de Sam)....Eu te amo, Sammy....(Deu mais um beijo nele, que já ressonava, mas ainda assim ouviu a declaração antes do sono o dominar novamente).

 

Dean ajeitou as cobertas no corpo de Sam e foi direto para o banheiro para fazer sua higiene matinal e tomar um bom banho, mesmo que ainda fosse três horas da madrugada, não conseguiria mais dormir, e tinha que recepcionar os seus, que chegariam em menos de meia hora, que era o tempo que levava do aeroporto até mansão. Estava feliz com a chegada de sua família, estava bem mais tranquilo em saber que agora a proteção a ele mesmo e a Sam estava completa, e mesmo que tivessem conflitos e combates pela frente, com sua família ao seu lado, tudo seria mais fácil.

 

Dean entrou embaixo da água quente de seu chuveiro deixando que molhasse todo o seu corpo da cabeça aos pés, se permitindo ao relaxamento antes da tensão que seria o dia seguinte, e se ensaboava, pensando em como seria perfeito se Sam já tivesse concordado em estar com ele na mansão, protegido, sob suas defesas, e sem entrar em qualquer tipo de desavença com ele e com o amor deles.

 

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Crowley se materializou assim que três carros deixaram o hagar do aeroporto de Connecticult, e ficou parado ao lado do avião particular da família Fatinelli, com um sorriso debochado nos lábios, deixando transparecer sua alegria para os dois demônios que o acompanhavam.

 

Logo que percebeu a saída dos mesmos, tratou de avisar ao seu mestre, Lúcifer, sobre a chegada do híbrido, e como já esperado, veio a tão sonhada ordem de ataque imediato, que seria retardada um pouco, mas seria cumprida. Crowley sorriu mais largo ainda.

 

Crowley ligou para Gadreel, que estava reunido com os demônios no restaurante, onde todos passariam a noite à espera da ordem de ataque.

 

Crowley: Boa noite, lindo caído......(Disse após Gadreel atender no primeiro toque).

 

Gadreel: (Sorriu feliz por ser Crowley, já almejando ouvir o que todos esperavam)....Fala chefe.

 

Crowley: Querido, assim que Sam cruzar as portas do restaurante para trabalhar, dê a ordem para o ataque imediato à todos, o híbrido já está aqui.....e iremos deixar ele e os demais do clã bem ocupados, entendeu bem....quero todos os demônios encima deles....e me avise quando tudo acontecer.....(Gadreel lambeu os próprios lábios nervoso e feliz).....e.....nada de agarrar o pobre humano, antes de acabarmos com o vampiro apaixonado.....(Gadreel bufou de raiva, por Crowley adivinhar no que ele estava pensando).

 

Crowley riu alto com o som de frustração de Gadreel, desligou o telefone, estalando os dedos e sumindo em fumaça preta no ar, assim como os outros demônios que estavam com ele.

 

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Bobby e Jody haviam recebido a visita contrariada de Dean dias antes, para lhe avisar de tudo que estava ocorrendo e dos preparativos para a guerra que viria, e assim como tinha feito com Helen, convocou aos dois caçadores para se juntarem a eles na mansão, pois se bem conhecia o caráter dos demônios, e conhecia há séculos já, eles usariam a todos que pudessem para alcançar uma vitória naquela guerra, e com certeza atentariam contra Bobby, com quem Crowley já tinha estado, pesquisando a respeito de Ludovico.

 

Não era difícil deduzir, que já ciente da ligação e da existência de Bobby e Jody, que o demônio das encruzilhadas poderia raptar os dois como seus reféns ou matá-los, o que era mais o feitio dos demônios, para abalarem a Sam, e por consequência a ele mesmo. Com isso, Dean tomara aquela decisão, mas também com a intenção oculta, guardada somente para si, mas que Sam se daria conta com certeza, de que a presença daqueles dois na mansão ajudaria a Sam a se decidir definitivamente a ficar protegido juntos com eles, em reclusão pelo tempo que fosse, durante a guerra. Seria a famosa troca de favores, Dean os protegeria e eles ajudariam ele a proteger Sam. Dean não escondeu de Bobby a intenção de Sam ficar se locomovendo para trabalho e, talvez, para a faculdade durante o período de guerra, o que o caçador mais velho prometeu que tentaria afastar essa idéia da cabeça de Sam, que qualificou como “louca”, antes mesmo de Dean pedir a ele, o que deixou o vampiro muito satisfeito com a postura paterna de Bobby com relação ao seu teimoso e orgulho Sam. Vendo claramente que Bobby realmente amava Sam, bem diferente da postura e comportamento de Samuel.

 

Bobby se agradou muito da idéia de Dean, pois tinha o mesmo pensamento que o vampiro, de que Crowley o usaria se precisasse intervir contra Sam para atingir a Dean, e mesmo sendo um caçador experiente, tinha visto o poder de Crowley em sua visitinha, na qual nenhuma armadilha de demônios o prendeu, e isso lhe trouxe muito medo por Jody, muito além do medo que sentia por si mesmo. Afinal sua companheira de longa data, ainda era muita amada por ele, e não a colocaria em perigo por nada no mundo. Bobby mesmo antes consultar a Jody, que acompanhava a conversa somente observando sem se manifestar, aceitou prontamente a oferta e a proteção de Dean.

 

Bobby não teria mais motivos para recusar, pois até seu pavor do híbrido e de Castiel estavam controlados depois do episódio, onde juntos resgataram Dean do hospital. Ficando acertado que Dean avisaria quando fossem se recolher na mansão, para que imediatamente Bobby se juntasse a eles, com sua amada Jody.

 

Helen não tinha aceito a proposta de Dean por entender que seu nome não tinha sido envolvido nas artimanhas dos demônios e sua amizade com o vampiro não tinha sido suscitada por eles, porque senão, ela também teria recebido uma visita de algum deles, ou que não veria mais a cara do caído Gadreel em seu bar, mas como isso tudo não se cumpriu, e o caído comparecia fielmente todas as noites em seu bar, não reconsiderou sua resposta ngativa. Helen tinha como seu motivo principal para a recusa, que o bar não poderia ficar sozinho, aquele era o seu meio de sobrevivência, ela não tinha mais ninguém com quem pudesse contar para confiar seu estabelecimento durante aquele tempo, que poderia ser de longos dias de bar fechado e renda zero no final do mês para ela. O que Dean compreendeu, e se tranquilizou devido a instrução de Noah e Ludovico, de que um vampiro ficaria de prontidão no bar e na porta da casa de Helen, por aqueles dias e noites de conflitos. Bobby e Jody também entenderam o lado da mulher batalhadora,  que era Helen, e a ajudaram a cercar a casa da mesma, com algumas armadilhas e feitiços, por via de dúvidas.

 

Bobby e Jody se assustaram com o toque estridente do telefone no meio da madrugada, e ambos sonolentos correram para o aparelho fixo que ficava no andar de baixo da casa deles, seguiram aos tropeços pela escada, até Bobby respirar fundo e atender, agradecendo ao susto que o fez despertar mais ainda.

 

Bobby: Alô. (Atendeu quase sem fôlego).

 

Dean: Bobby, é o Dean, chegou a hora, podem vir para a mansão agora?....(Perguntou de forma educada e cortes).

 

Bobby: Sim, estamos indo, e o Sammy está com você?

 

Dean: Sim....ainda sim, ele está dormindo ainda, não se preocupe.

 

Bobby: Ok, estamos indo Dean.....e....(Pausou)...obrigado, filho....(Disse sincero).

 

Dean: (Com os olhos marejados pelo agradecimento carinhoso do caçador)....Tudo bem Bobby....estou esperando vocês....tenham cuidado.

 

Bobby sem mais delongas, deligou o aparelho, e enquanto pegava as duas pequenas malas que já estavam prontas com as roupas de ambos há alguns dias, pensava se os conflitos já teriam se iniciado, ou se aquele era somente o alarme da alvorada, para o que aconteceria no dia seguinte, mesmo sob a luz do sol.

 

Bobby e Jody trocaram de roupas e fizeram suas higienes rapidamente, e mesmo sem comerem nada naquele momento, saíram apressados de casa, indo a caminho da mansão, com o carro bem abastecido de todo tipo de ervas e apetrechos para feitiços e armadilhas para demônios, ficando somente para trás o óleo sagrado dos anjos, que Bobby não havia encontrado, e também, nem se lamentou por isso, pois a intenção era prender demônios e não os anjos.

 

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Dean preparou uma mesa farta com várias taças, copos e bolsas de sangue em abundância, que seriam servidas aos puros, e também a todos os vampiros que cercavam a mansão, afinal seu avô, um verdadeiro general na arte da guerra, já havia enviado um grande carregamento dessas, para a mansão dias antes de sua própria chegada, o que obrigou a Dean a ceder sua adega pessoal, na mansão para manter o estoque refrigerado como o devido.

 

A mansão estava às escuras, quando Dean resolveu aguardar seu avô do lado de fora da mesma, passando por vários vampiros, cumprimentando um a um educadamente, seguiu para a enorme sacada feita da pedra da enseada, em seu quintal da frente, que dava para o belo oceano, e ficava bem ao lado de toda a construção, e da piscina.

 

Dean se pegou olhando a lua, no céu de noite limpa e tempo bom, sentia um frio em sua barriga, pelo nervosismo que o consumia no momento, tentou fugir de seus pensamentos para o único lugar que se sentia confortável, já que não tinha os braços de Sam envolta do seu corpo, assim fugiu para suas doces lembranças de Benedict.

 

Seria impossível não pensar nele, naquele momento. Apesar de seu imenso amor por Sam, Dean sempre sentia saudade de Benedict, as vezes, nem ele mesmo se compreendia, por causa disso, mas sempre quando voltava à razão, se desculpava mentalmente, dizendo que não teria como apagar séculos de vida juntos. Qualquer tipo de amor é eterno, e mesmo após a morte de Benedict, esse se transformara em saudade, não mais desesperada e doída, como era quando Sam o conheceu, agora era uma saudade terna, que aquecia seu coração, que o levava a recantos de paz e segurança, assim como Benedict tinha sido para ele em vida. Na verdade, Dean, naquele breve instante, se dava conta, de que o próprio Sam havia transformado tudo em si, a descoberta do amor verdadeiro que sentia por ele, havia amenizado e adormecido a dor que sentia pela perda de Benedict, e se isso se chama de conformismo, então poderia se dizer, que estava conformado, não com a morte de Benedict, porque com essa nunca iria se conformar, de jeito nenhum, mas estava conformado com sua nova vida, com o lugar que a lembrança de Benedict passou a ocupar em seu peito, um lugarzinho escondido, cheio de harmonia e sossego, onde tudo era sinônimo de paz.

 

Dean pensava em como poderia ter sido tudo tão predestinado, para que chegassem naquele momento decisivo, como poderia Benedict ter adivinhado que um dia ele, Dean, seria tão feliz e encontraria o amor de verdade nos braços de Sam, se tudo que deixou de si, foi aquela sensação boa, de uma serenidade e harmonia consigo mesmo. Benedict tinha sido sua maior e melhor lição daquela vida, havia uma diferença muito clara para si mesmo, Sam era o amor, a paixão, sua razão de continuar vivendo e Benedict era seu aprendizado sobre tudo, incluindo os sentimentos, o vampiro puro tinha lhe ensinado a amar, tinha aberto seu coração e sua alma, o tinha preparado para encontrar Sam. Benedict tinha ensinado Dean a viver.

 

Dean perdido nessa reflexão, ainda com os olhos pregados na luz da lua refletida na lâmina da água serena do mar, abraçou seu próprio corpo, com o arrepio que percorreu seu corpo e recolheu uma lágrima de pura saudade da presença de Benedict naquele mundo, pois dentro de si, ele jamais seria apagado, e a sua presença estava sempre lhe acompanhando onde quer que fosse. E se tivesse que morrer naqueles conflitos, naquela guerra, fosse por armadilhas dos demônios contra ele e Sam ou fosse por um atrito corpo a corpo com qualquer demônio no meio da guerra, morreria na certeza de que reencontraria Benedict, já que não acreditava muito quando diziam que os vampiros não tinham almas, e por isso não ficavam nem no céu e nem no inferno, mas acreditava que em algum lugar, o reencontraria, e nesse reencontro iria simplesmente agradecer a Benedict por tudo, e por cada minuto de vida que o ensinou a viver.

 

 

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Ludovico assim que chegou a mansão, sem muito estardalhaço, pediu para que estacionassem os carros, depois que desembarcou com Noah e todos os demais puros, ordenou a seu neto que alojasse e apresentasse a todos os puros aos transformados, que seriam comandados por esses. E assim seguiu no quintal, em busca de Dean, já que o não sentiu na casa, indo até seu neto, agradecendo gentilmente, durante o caminho, um a um dos vampiros ali presentes, que o olhavam admirados e honrados por estarem diante do híbrido, líder deles.

 

Ludovico se aproximou sem ser notado por Dean, e parou ao seu lado, colocando as mãos no parapeito do muro da sacada, que dava para o mar, na qual Dean estava apoiado, sem nem mesmo olhar para Dean, leu seus pensamentos, e sentiu sua melancolia e saudade.

 

Ludovico: Eu sinto a falta dele todos os dias de minha vida, e poderei viver muitos séculos ainda, e isso nunca mudará....não se entristeça mais por isso...meu amado....nós temos que continuar vivendo, mesmo sem ele.

 

Dean se afundou nos longos braços de Ludovico, e chorou muito, colocando para fora tudo que estava passando, toda a sua agonia, sua fragilidade, como sempre se sentia mais aberto perto de Ludovico, como se ele fosse seu próprio pai, e fosse o único que pudesse sarar todas as suas feridas internas, e era assim que Dean se comportava com ele, abria suas fraquezas e medos, Ludovico o sustentava com sua força e coragem.

 

Dean: Eu nunca fiquei mais feliz em lhe ver como agora, vô.....eu preciso tanto de você sempre...que tenho até vergonha de ser esse vampiro fraco e romântico....ainda mais agora.....sabe vô...(Falava entre soluços, molhando a camisa de Ludovico com suas lágrimas mais uma vez)....Benny era minha força, e depois dele eu me perdi.....eu não sei mais quem eu sou de verdade.....e o Sam me confunde....ele me faz sentir como se eu estivesse tão sozinho as vezes, ele me deixa sozinho e não me acompanha, ele não quer ficar junto de mim, nem quando eu preciso tanto dele ao meu lado....eu tenho muito medo....eu estou com medo dessa maldita guerra....tenho medo de perder Sam....tenho medo de perder você....do Cas se afastar para sempre de mim....e de perder meus pais.....eu estou muito confuso.....me desculpe...vô...

 

Ludovico: (Sorriu meigo para Dean)....Dean, meu pequeno....eu sei, meu querido....não precisa de se desculpar por desabafar comigo....que te amo e quero te ver feliz.....mas tem que se esforçar, tirar força de si mesmo....você que tem que ser forte, e não outros para que possa te sustentar....você é tão amado e admirado por todos. Eu, seus pais e Benedict sempre tivemos tanto orgulho de você....nós estamos juntos  e sempre estaremos, nós somos sua família e assim continuaremos unidos...nós te fortaleceremos, você também faz parte de nossa força...pode ter certeza disso....e quanto ao Sam...ele é só um garoto, Dean...depois que tudo isso acabar...ele vai amadurecer....ele te ama muito...assim como você a ele, tenha paciência....tudo irá se resolver, e eu ainda verei um sorriso sincero em seu lindo rosto...(Beijou a cabeça de Dean e acariciou seus cabelos).

 

Dean suspirou mais calmo, depois das palavras de Ludovico, que o deixavam mais confiante. Sorriu para o avô, que tinha esse dom das palavras certas nas horas certas.

 

Dean: Obrigado vô....(Se apertou ao avô novamente e se separou dele mais animado).....vem...vamos entrar....eu quero ver meu pai....estou com saudades dele também.

 

Ludovico fez sinal para Dean seguir em frente, de volta para a mansão.

 

Ludovico: Pode ir, Dean, ainda temos que nos organizar depois, mas por agora, eu faço questão de olhar nos olhos de cada vampiro que respondeu ao nosso chamado e agradecer pessoalmente...(Falou amoroso, encerrando o assunto feliz com seu neto, de ver como ele valorizava a família e seu falecido companheiro Benedict).

 

Dean concordou com a cabeça, com muito orgulho de seu avô, se virou de costas e entrou na mansão chamando por seu pai, enquanto Ludovico tentava controlar suas emoções, olhando fixamente para o mar calmo que embalava seus pensamentos profundos e o fazia acreditar que veria Baltazar mais uma vez, antes da guerra começar, mantendo um plano de procurar por ele, o olhar à distância como sempre, nem que fosse a última vez.

 

Ninguém mais sabia, que apesar de seu imenso poder, Ludovico pretendia, enfim, enfrentar Lúcifer frente a frente, e se vingar pela morte de Benedict, que todos sentiam tanta a falta. Para si, era de grande valia, ver o nome de Benedict exaltado como grande guerreiro que foi, e também saciar no coração de todos a necessidade de justiça, pelo assassinato vil e covarde de seu neto, pelas ordens de Lúcifer. Nunca mais, veria o sorriso morrer do rosto de Dean, de Noah, de Sophie, de Liah, quando se lembrassem de Benedict, e de como ele havia sido morto cruelmente, praticamente diante deles, queria acima de tudo não se sentir culpado, como Margareth o lembrava com o seu comportamento, e por si mesmo, não suportava mais conviver com a morte de Benedict, um de seus filhos amados, através das mãos imundas de um impuro, que agora voltava a se levantar para o afrontar, para o julgar como uma reles criatura sem valor, assim como estava fazendo com sua espécie, a atacando ao redor do mundo, não lhe dando qualquer importância, e como Dean havia dito, como se fossem fracos. E tudo isso, dentro da mente muito atribulada e poderosa de Ludovico, gritava somente uma palavra, vingança.

 

O objeto de vingança de Ludovico sempre fora Lúcifer, os demais de sua laia, seriam eliminados com o tempo, nem que para isso, outros tivessem que seguir seu legado, a frente da família Fatinelli, caso perecesse na luta pessoal com o caído milenar, que mesmo sem presença corpórea, seu espírito negro detinha grandes poderes, adquiridos com o tempo em que teve sugando as almas humanas.

 

Dean e Noah se abraçaram longamente, assim como Dean abraçou e beijou cada membro de sua família ali presente, e como sempre acontecia, todos reverenciavam Dean como sendo um legítimo membro do clã, por ter herdado esse direito com a morte de Benedict, ocupando um lugar semelhante ao dele nos corações de cada um, por ter conquistado a todos ao longos dos séculos, com amizade e companheirismo que demonstrou ter por todos eles, bem como, pelo comprometimento em se manter unido e protegendo ao clã em tudo que pudesse, e isso incluía o cuidado com os negócios da família e na distribuição de renda de grande parte do lucro das vendas em artes, que fazia honestamente para cada um daqueles que estavam ali presentes diante de si. Dean era o vampiro que se esmerava em multiplicar e manter a riqueza de todos os membros da família, junto com Noah. E mesmo que todos sentissem saudade de Benedict, Dean sempre se esforçava para suprir a carência que ele tinha deixado em todos, apesar da saudade que oprimia seu próprio peito, de vez em quando, como tinha acabado de acontecer, momentos antes.

 

CONTINUA...

 

 

 

 


Notas Finais


OBRIGADA POR COMENTARIOS LINDOSSSSS !!!!

Vocês são a razão de eu ainda escrever, por isso
a agradeço a presença de cada um.

Um milhão de BJSSSSS !!!!!!


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