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História Anjos Solitários - Wincest - Solitários


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Segue mais um capítulo,
com muitaaaa emoção.

Desculpem os erros.

Não me xinguem por favor.....kkkkkk.

Ótima leitura !!!!

Capítulo 34 - Solitários


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Solitários

 

Após os calorosos cumprimentos entre os puros e Dean, dentro da mansão, todos foram se alimentar sentados a mesa, enquanto recebiam a divisão de tarefas, dos comandos e ordens que deveriam orientar aos vampiros transformados, que foram divididos em alas por toda a propriedade de Dean, e assim, demonstrando num mapa apregoado na parede da sala de jantar, todos prestaram atenção em Noah e em Dean, que explicaram qual seria a ala que cada um tomaria conta e quais as peculiaridades de todo o lugar, para que desempenhassem bem os esforços de proteção e cobrissem todo o território, não deixando que nada penetrasse na mansão, onde se concentrariam o tempo todo, com trocas de turnos, para se alimentarem e descansarem, bem como para que mantivessem seus armamentos sempre abastecidos e os dos vampiros comandados por eles, que também se utilizariam da mansão para os mesmos fins.

A casa em si seria também o ponto de proteção aos que estivessem dentro dela e a principal ordem era não deixar nada se aproximar ou adentrar ao local, onde, inclusive ficaria Ludovico e Dean, que estariam na linha de frente da mesma, pois lutariam no quintal e na porta da frente da casa, caso os demônios conseguissem avançar até esse ponto, e com isso ambos estariam empenhados em proteger, ao máximo, a todos que estivesse dentro da casa. Ludovico ainda iria se locomover por toda a propriedade caso fossem necessários reforços para exterminar com rapidez demônios mais poderosos. Assim como era o caso de Crowley, que onde quer que ele aparecesse dentro da propriedade, esse seria confrontado somente por Ludovico, que lhe sobrepujava em poder.

Todas essas explicações foram dadas a todos os puros presentes, que mesmo antes de amanhecer, deixaram a mansão, após se alimentarem adequadamente, para assumirem seus postos e suas equipes de transformados, sempre em grande comoção e união, trocando abraços antes de saírem para seus destinos e postos.

Ludovico ainda percorreu todo a propriedade calmamente, e como prometido, apertou a mão e agradeceu a cada transformado, sempre ouvindo o que tinham a dizer e trocando conselhos com esses, da melhor forma de se protegerem e lutarem contra os demônios. Assim que terminou seu percurso, voltou a se postar em frente a entrada principal da casa, observando atentamente o carro que se aproximava, com os dois caçadores conhecidos. Aguardou pacientemente, ambos descerem do automóvel, recolocando sua máscara de frieza e indiferença que lhe acompanhava nessas situações adversas.

Ludovico: Sejam benvindos, nobres caçadores.....e me atrevo a dizer...meus amigos. (Sorriu sarcástico).

Bobby: (Sempre receoso na presença de Ludovico de quem tinha verdadeiro pavor)....Olá senhor Fatinelli, obrigado pela recepção calorosa....(Devolveu o sorriso debochado, apesar do medo).

Ludovico: É uma honra hospedar os dois em nossa humilde casa....espero que fiquem confortáveis, apesar de tudo....desde já, agradeço que tenha mantido o demônio Crowley bem informado a meu respeito....(Relembrou, alfinetando Bobby).

Bobby: Infelizmente, ele tinha uma faca apontada para minha esposa, não tive muita escolha.....(Tentou se redimir).....me desculpe.

Dean saiu da sala de jantar, ouviu algumas pessoas falando um pouco alto na entrada, e reconheceu o tom de voz sempre acima do normal de Bobby, e foi de encontro ao mesmo, chegando nesse exato momento, em que o clima entre os caçadores e Ludovico tinha ficado bem pesado.

Dean: (Quebrando o clima ruim).....Olá Bobby....(Segurou no ombro do caçador)....que bom que veio....(Apertou a mão de Jody).....quero que se sintam à vontade dentro dessa casa.....mesmo sabendo que verão algumas coisas dignas de vampiros, mas por favor não se assustem....(Olhou sorrindo para Ludovico, deixando a piada no ar, muito bem entendida por Ludovico que deu de ombros e se afastou, indo em direção a cozinha)....venha eu faço questão de mostrar o quarto de vocês.

Bobby e Jody acompanharam Dean, que esbanjava educação para com os dois caçadores, que logo, perguntaram de Sam, e Dean apenas indicou o seu próprio quarto, informando que ele ainda estava dormindo. Após se instalarem devidamente, Bobby e Jody foram conhecer as dependências internas da casa, e os limites de onde poderiam circular, sendo dessa vez orientados pelo assistente pessoal de Dean, que estava pronto para o trabalho do dia, tendo em vista que também ficaria protegido dentro da casa, naquele período, em que todos os negócios da família Fatinelli estavam suspensos e parados.

Dean voltou ao seu quarto para poder curtir um pouco mais a visão de Sam dormindo e para se acercar de que estaria presente quando Sam acordasse, para poderem conversar melhor e contar a respeito de Bobby e Jody, com muita esperança de que ele aceitasse bem essa notícia, de que os seus tios estavam protegidos na mansão também, assim como esperava que ele aceitasse ficar.

 

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Sam acordou com os primeiros raios de sol entrando no quarto, antes mesmo do despertador de seu celular disparar, o convocando para o trabalho, como o tinha programado anteriormente, para acorda-lo de manhã cedo, pois sendo domingo ainda, o restaurante fechava mais cedo, as 14 horas e assim, o seu horário era na parte da manhã.

Sam virou sua cabeça devagar, sentindo falta de Dean ao seu lado na cama, e com isso, terminando de vez de despertar de seu sono, olhando em volta, erguendo seu tronco, procurando por ele, e o encontrando sentado na poltrona ao lado da cama, olhando fixamente para cada movimento seu, lhe deixando mais aliviado por encontra-lo ali, junto de si.

Dean: Bom dia, Sam, estava me procurando na cama?....(Sorriu feliz desde quando tinha percebido as mãos de Sam alisar o lençol do lado da cama em que dormia, e, também por ter ficado cerca de uma hora observando Sam dormir profundamente).

Sam: (Sorriu encabulado, ainda com raiva da atitude de Dean do dia anterior e com ciúmes de Castiel).....Estava sim....não gosto de não o sentir perto de mim pela manhã, me causa um vazio....(Respondeu sincero, mas com a voz áspera).

Dean: (Se aproximou e se sentou na cama, segurando a mão de Sam sobre o lençol)....Eu estou aqui, meu lindo.....e sempre estarei....por você, eu estarei em qualquer lugar que queira.

Sam: (Retirou sua mão do toque de Dean)...Acho que podemos dizer que, a sua presença perto de mim, me preenche e me acalma, além de ser tão vital para mim, ter a pessoa que mais amo sempre junto de mim, já a minha presença ao seu lado, não lhe dá paz e é totalmente dispensável.....(Lançou um olhar inquisidor)...não é?

Dean: (Arregalou os olhos, não entendendo aquele jeito agressivo de Sam falar com ele)...Que isso, Sam ?......(Olhava confuso para Sam).....É claro que você me transmite coisas boas com sua presença, e mais claro ainda, é que eu amo estar ao seu lado, você é a pessoa mais importante da minha vida.....porque está dizendo essas coisas?......(Perguntou afobado e um pouco surpreso ainda, não estava esperando aquele comportamento de Sam).

Sam: Porque talvez você prefira a presença do Castiel muito mais do que a minha, afinal ele te ama tanto ainda.....e vocês ainda tem essa coisa toda de grande amizade....(Falou fazendo aspas com os dedos, debochando).....quem sabe você não esteja mesmo com saudades dele de outra forma também....(Encarou os olhos de Dean)......ele sim pode lhe dar tudo que procura....o poderoso arcanjo do Senhor....(Falou com deboche exagerado, se sentando na cama com os pés no chão, pronto para se levantar, transparecendo toda sua irritação).

Dean: Não estou acreditando que você está com ciúmes dos Castiel...(Foi interrompido).

Sam: Ciúmes não...só vi a realidade de frente ontem...do modo como você se atirou nos braços dele, cheio de saudades daquele maldito anjo, eu ouvi você dizendo isso para ele, e sequer deu importância ao que estávamos conversando antes dele chegar de surpresa aqui na mansão....(Gritou a plenos pulmões).

Dean: Sam, ele veio atender um chamado meu, para que fique atento e possa proteger o Baltazar, a mim e a você também.....ele é meu amigo, e você sabe muito bem disso....eu não posso tê-lo como meu inimigo porque você está com ciúmes dele....e ciúmes sem sentido algum....(Falou alto em resposta mas logo normalizou o tom de sua voz também).....eu amo você e ele está completamente apaixonado pelo seu professor.

Sam: Duvido muito.....ele age como se ainda amasse você....e pior que isso é que você dá esperanças para ele....com esse seu jeito de ficar abraçando ele e dizendo essas coisas, será que não percebe isso ?.....(Se levantou da cama e ficou em pé ao lado da mesma, gesticulando com as mãos estendidas para Dean).

Dean: (Deu a volta na cama e tentou segurar Sam pela cintura, sendo afastado por ele, mais uma vez do seu toque).....Pára com isso, Sam, assim como eu estou me controlando em meus ciúmes por você com aquele gerente do restaurante, você tem que se controlar também e acabar logo com esses ciúmes sem justificativas por causa do Cas.....(Pausou e alisou seus próprios cabelos, em nervoso)...por favor, Sam, não tem sentido, você ter ciúmes de Castiel.

Sam: Você está tentando inverter as coisas aqui....eu não dei motivo para você ter ciúmes de mim, com o gerente de onde trabalho, a quem eu muito mal conheço, enquanto você.....(Apontou para Dean)......se jogou encima do arcanjo dizendo que sentia falta dele.....o que você queria que eu pensasse...hein ?  Ainda mais sabendo que vocês já tiveram uma história, que ele te amava muito....(Pausou)....ou melhor que ele sempre te amou muito, e continuou amando, mesmo sabendo que você já estava comigo.

Dean: Tudo bem Sam, eu não quero mais brigar com você.....chega por favor.....esquece isso, tá bom......Castiel e eu somos amigos há muitos anos.....sem qualquer envolvimento amoroso....e nem por isso voltamos a nos relacionar, e não seria agora que eu faria isso, ainda mais amando você, do jeito que amo....(Pausou e se lembrou da declaração do meio da noite).....essa noite mesmo, quando eu acordei eu disse isso para você e eu vi o seu sorriso....mesmo dormindo você me ouviu....(Sorriu e conseguiu tocar o rosto de Sam, que abaixou a cabeça, quase se entregando)....você me ouviu dizer o quanto eu te amo Sam....por favor. (Pediu quase suplicando para que Sam parasse com a crise de ciúmes).

Sam: Eu estava mesmo dormindo....(Disse baixinho)......não tinha a lembrança exata do ocorrido com o arcanjo.....(Suspirou e aumentou sua voz, retomando a altivez anterior).......como eu tenho agora, que estou plenamente consciente e acordado....(Retirou a mão de Dean do seu rosto e se virou de costas batendo o pé no chão, e entrou no banheiro)....eu vou me arrumar para trabalhar.....tenho que tomar banho ainda...depois conversaremos sobre tudo isso....quando eu chegar.

Dean: Espera Sam....(Sam colocou a cabeça para fora da porta do banheiro)....nós precisamos conversar agora....você não pode sair dessa casa....(Falou calmamente, mas já pressentindo a resposta negativa de Sam).

Sam: (Sorriu)....Essa conversa de novo Dean, eu já disse para você que, mesmo estando com raiva de sua atitude de trazer minhas coisas para cá sem me consultar, eu irei no trabalho dar uma satisfação pelo menos, já que foram tão legais comigo, e depois volto para mansão....(Entrou novamente no banheiro, dessa vez sendo seguindo por Dean).

Dean: Não é só isso Sam....(Dean viu sua silhueta pelo box onde Sam entrava com o chuveiro ligado).....meu avô chegou nessa madrugada e tem vários puros aqui na mansão, eles cercaram tudo, e eles acreditam, assim como eu, que iremos ser atacados ainda hoje, e não tem como você entrar e sair daqui....sem correr riscos....(Respirou fundo, um pouco irritado com a pouca importância que Sam estava dando ao que ele estava dizendo, já que continuava seu banho normalmente, o ignorando)....por favor, Sam....eles podem te machucar ou pior, eles podem te sequestrar e te matar....(Foi interrompido por Sam desligando o chuveiro bruscamente e saindo do box enrolado em uma toalha grande).

Sam: (Começou a falar com impaciência)....Escuta você, Dean......eu sei de tudo que você está falando, eu sou humano, mas não sou burro, eu não estou correndo risco desnecessário.....e nós nem fomos atacados ainda, vocês estão supondo que isso ocorrerá hoje, mas não sabem ao certo....e eu vou aproveitar esse momento de dúvida....porque eu sei me defender quando preciso....(Sorriu, entrando no quarto e pegando uma arma de sal e uma bíblia em latim usada em exorcismos, em sua mochila e mostrando a Dean)....eu vou no restaurante, dou uma satisfação, para que eu consiga voltar ao meu emprego depois que isso tudo acabar, e, volto para a mansão....e tudo ficará bem....pode ter certeza....quando eu voltar, ainda estarão todos aguardando o ataque dos demônios....e se eu notar qualquer coisa estranha....eu juro que te aviso, pelo celular......(Dean segurou em seu braço para que ele parasse de falar e de se mexer, já que estava colocando a roupa).

Dean: Por favor Sam, sou eu que estou te pedindo.....eu preciso de você ao meu lado, eu preciso de você aqui comigo....por favor...não vá.....(Pediu mais uma vez, em seu usual tom carinhoso).

Sam: Agora eu que falo....(Separou a mão de Dean seu braço, retirando um dedo de cada vez, calmamente).....Pára com isso Dean....eu já disse...tudo ficará bem....e senão ficar, você chama o Castiel....aí ele pode invadir a mansão e matar todo mundo junto com o seu avô....(Sorriu e piscou o olho para Dean, que não gostou nem um pouco da piada, relembrando o momento final da batalha com os caçadores).

Dean: Você está teimando por teimosia, puro orgulho, e agora, por que está com ciúmes de Castiel....não faça isso....nada é maior do que o que nós sentimos um pelo outro, tudo que está a nossa volta pode esperar......(Pausou)......Sam....senão sobrevivermos a essa guerra, não poderemos mais viver nosso amor....é isso que você quer ? Você quer morrer ou quer que eu morra ? .....(Perguntou olhando nos olhos de Sam).

Sam: (Sorriu sem humor, estava com ciúmes e mesmo dando vazão ao seu lado orgulhoso e teimoso por conta de tudo que tinha passado na separação anterior).....Não adianta fazer chantagem emocional comigo Dean, eu não caio mais nessa, eu estou fazendo isso para garantir que não viverei a minha vida inteira sendo sustentado por você, eu já disse um milhão de vezes, que quero ser alguém na vida, eu quero me formar, e preciso trabalhar para poder comer e me sustentar nesse meio tempo....(Fez um gesto de tempo com as mãos)....e eu estou, sim, com ciúmes de castiel, se quer mesmo saber......porque eu não gostei do que eu vi quando ele apareceu na sua frente....eu não gostei nem um pouco de você não ter vindo ficar comigo para dar atenção a ele....e depois disso tudo, vem você, todo carente....ficar pedindo para eu ficar ao seu lado...pra quê, Dean?.....Para eu ser seu troféu, ficar agarrado vinte e quatro horas por dia em você, para você me mostrar à sua família e aos outros vampiros que estão por todo lado.....(Disse sem pensar)....se for para isso, desculpe informar, mas não me chamo nem Benny e nem Castiel....eles sim deveriam gostar dessa exposição, por isso ficavam o tempo todo com você....(Abaixou a cabeça, sabendo que tinha ido longe demais com o que dizia).

Dean: (Aquelas palavras doeram muito no coração de Dean, que sentiu um gosto amargo descer em sua garganta)....Entendi....eu não vou mais pedir para que fique aqui....ou mesmo para que fique comigo....(Não suportou a lágrima que veio sem controle em seus olhos).....sinceramente, me desculpe.....faça o que quiser Sam...mas fique sabendo que você nunca esteve mais enganado na vida do que agora, com relação ao Castiel, ele é meu amigo, ponha isso na sua cabeça de uma vez por todas....(Falou baixo, sem paciência e apontou para a própria cabeça)....e a nossa conversa já tinha acabado quando ele chegou e foi você que quis sair da sala e se recolher sozinho....mesmo porque, eu preferia que tivesse ficado ao meu lado durante a visita de qualquer pessoa, isso incluindo o castiel, esteja certo disso.....(Pausou, segurando o choro em seu peito, lhe arrebentando a alma).....não para te expor, mas por que eu te amo, e quero que seja um companheiro para mim, que fique ao meu lado para sempre, porque nos amamos......mas você parece que prefere mil vezes a droga de um emprego a ficar com quem você diz tanto amar nessa vida....eu já nem sei se posso mesmo acreditar nisso...depois de tudo que passamos recentemente...(Disse se referindo as brigas por causa das traições de Sam, o que ele entendeu na hora).....e agora, você com essa sua nova vida, sem tempo para mim, sem tempo para nós dois, preferindo ficar no trabalho a se proteger junto comigo no meio de toda essa confusão que estamos vivendo....está mesmo, bem difícil de acreditar em você, quando diz que me ama....sabia?.......E está, a cada minuto, mais impossível, de aceitar esse seu comportamento, que só está pensando em você mesmo...e não pensa em mim em nenhum momento....(Deixou cair um grande silêncio entre eles, e continuou)..........e isso eu tenho certeza que Benny e Castiel nunca fizeram comigo...e somente por isso, que eles faziam questão de sempre estarem comigo.....eles queriam estar comigo porque me amavam....bem diferente de você....que me deixa sozinho o tempo todo.....que quer me deixar sozinho num momento como esse....desculpe se preciso de você....se sou carente como disse......(Não segurou as lágrimas e pausou longamente, com Sam de cabeça baixa, olhando para ele poucas vezes, sem o encarar).....Pode ir.....(Respirou fundo com raiva de si mesmo por dizer essa palavras)....se tiver qualquer problema, não hesite em me ligar, em me chamar...(Limpou o rosto com a palma da mão).

Sam se arrependeu das coisas que tinha dito, vendo a explosão de Dean, e o vendo chorar novamente, como já tinha prometido que nunca mais o faria chorar. Se sentindo quebrar por dentro em mil pedaços, tentou se aproximar de Dean com a mão estendida para tocar seu rosto e alcançar seu amor de volta, mas ele, muito magoado, foi em direção a porta do quarto, fugindo sutilmente do contato.

Sam: Dean !....(Chamou baixinho, arrependido, e querendo fazer com que Dean se acalmasse um pouco e voltasse a conversar com ele)....Dean.....(Foi interrompido).

Dean: (O encarou sério após o segundo chamado)....Ah, esqueci te lhe avisar que eu trouxe o Bobby e a Jody para se protegerem aqui na mansão....espero que esteja tudo bem para você...(Abaixou a cabeça e passou pela porta, sentindo o peso do mundo em seus pés, para não se afastar).

Dean não esperou a resposta de Sam, estava cansado daquilo tudo e de ficar implorando para ele ficar, e como não gostava de brigar com Sam, saiu do quarto descontrolado, com suas mãos tremendo e com o coração cheio de rancor, desceu com dificuldades as escadas e seguiu em direção a praia que ficava abaixo da mansão. Novamente tomado pelo sofrimento e pela solidão, ainda amargando as duras palavras de Sam, que por um momento impensado de raiva e ciúmes, havia lhe ofendido no seu amor próprio.

Dean andava pela areia fina da praia, lotada de vampiros que tomavam conta da mesma, com seus óculos escuros especiais e roupas que cobriam quase todo o corpo, para evitarem se queimar no sol, devido a sensibilidade que possuíam, caminhava entre eles, aos quais, sempre sorria mesmo com lágrimas por trás dos seus próprios óculos escuros.

Dean sofria, mas não queria levar em consideração as palavras de Sam, mesmo aquelas imperdoáveis que ofenderam, de certa forma, a memória de Benedict e as dirigidas a respeito de Castiel, seu melhor amigo, porque sabia que as mesmas foram ditas no ímpeto de lhe machucar, de lhe ferir, para que ele mesmo se afastasse, e o deixasse mais livre, assim sentia, como se tudo o que foi dito, revelasse o quanto estava sufocando Sam, mesmo somente querendo o proteger, sem ser bem interpretado, nesse sentido.

Queria se afastar um pouco da mansão e de Sam, se ele queria se sentir livre para ir e vir, se era espaço que ele queria, era isso que ele teria de si, e se comprometeu mentalmente, a se manter bem ocupado e longe da casa pelo maior tempo possível, e deixaria Sam fazer tudo que bem quisesse, o deixaria sair da casa para trabalhar ou que mais quisesse, mesmo que isso o levasse a se ferir, e Dean iria atrás dele, somente se ele o chamasse, caso contrário, ficaria na mesma distância segura para os dois.

Dean não estava desistindo de Sam, estava desistindo dele mesmo, de querer ficar com Sam, de querer o proteger, estava desistindo de suas vontades, e somente faria as vontades de Sam, e dentre elas não estava a vontade de ficarem juntos, recolhidos na mansão para não correrem riscos, e assim, essa deixaria também de ser sua própria vontade. Se Sam queria sair, Dean o deixaria livre, mesmo enxugando as lágrimas que rolavam em seu rosto contra a luz do sol fraco ainda, como estava naquele momento, em meio a aqueles vampiros vestidos de negro, esperando o tormento de uma guerra, enquanto ele mesmo sentia somente todo o suplício de amar verdadeiramente, de sentir aquela paixão consternada por tantos momentos de sofrimento e desentendimentos com o ser humano mais lindo que já tinha conhecido, Sam.

Sam ficou parado com a toalha enrolada em seu corpo, no meio do quarto, sem saber o que fazer. A briga entre eles dois nunca tinha chegado tão longe, e nem a tanto falatório entre eles, e isso o perturbava muito, por saber, principalmente que Dean estava terrivelmente magoado com suas palavras. Se sentou na beirada da cama, experimentando todo o tipo de tristeza, e começou a se martirizar, e a pensar em como poderia ter sido tão burro de dizer aquelas coisas idiotas para Dean. Mesmo com raiva dele, entendia que, o tempo todo, ele queria somente o proteger, e todas as suas atitudes, mesmo as erradas, eram com essa intenção.

Sam escutou perfeitamente o desabafo de Dean, quando disse que se sentia sozinho, e aquilo foi o que mais lhe doeu, como Dean podia se sentir sozinho se ele estava ali, junto dele, se estavam juntos e se amando tanto. Era sufocante e inexplicável a solidão que Dean sentia a olhos vistos enquanto ele mesmo sequer a percebeu, mas agora notava, deixando uma aflição se formar em si, no mais profundo de seu coração.

Um dos seus maiores erros era ter acusado, levianamente, a Dean de tentar lhe expor, quando na verdade, ele que deveria ter orgulho de ter Dean em sua vida, que deveria querer estar sempre com o Dean a tiracolo para o mostrar para o mundo todo, o quanto ele era lindo e perfeito em tudo que fazia. Se ele se sentia deprimido as vezes, Dean tinha deixado claro que também se sentia bem pior, que se se sentia abandonado e só.

As brigas anteriores tinham acabado e tinham se perdoado, mas os sentimentos estavam se repetindo. Sam chorou, encobrindo o rosto com as mãos, era tudo culpa sua sempre, ficou algum tempo para se recuperar, mas depois, a responsabilidade o chamava a razão, respirou fundo e terminou de se arrumar, praticamente se arrastando, querendo muito saber onde estava Dean, querendo o ver, o abraçar forte e sussurrar em seu ouvido, dizer que voltariam a conversar e tudo ficaria bem, assim que voltasse para casa, porque ele era o mais importante que tudo, ele era o seu maior tesouro, o ar de seus pulmões, era o seu amor, o seu único amor.

 

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Sam saiu do quarto, em busca de Dean, não o encontrando em lugar algum, somente esbarrando em Noah e em Ludovico, aos quais, cumprimentou sem muito ânimo, e os dois também não deram muita importância, pois estavam apressados, e logo seguiram seus caminhos pela mansão.

Sam somente sentiu o peso do olhar perscrutador de Ludovico encima dele, como sempre soubesse o que ele sentia e pensava, vindo o olhar, dessa vez, acompanhado de uma balançar moderado de cabeça em sinal claro de reprovação por seu comportamento recente, que com certeza o hibrido tinha lido em sua mente, o fazendo se encolher e também seguir apressado seu caminho, sua busca por Dean, na casa enorme.

Quando voltou ao quarto de Dean, após não encontra-lo, e para pegar suas coisas, para poder sair da mansão, e ir no seu trabalho, foi surpreendido com uma mão em seu ombro, e o cheiro característico de ervas medicinais misturadas, de feitiços e uísque, de seu tio Bobby.

Bobby: Hei, garoto, está indo aonde?....(Perguntou vendo Sam juntar com as mãos, sua carteira, celular e algumas chaves).

No meio da confusão em que se encontrava, se lembrou de Bobby e Jody, e do que Dean tinha dito, somente quando viu seu tio ali ao seu lado. A quem imediatamente abraçou, ganhando um carinho de pai em seus cabelos, também.

Bobby: (Falou ao se separarem)....Então, onde está indo?

Sam: Estou indo no restaurante onde trabalho, vou até lá dar uma satisfação a eles e já volto.

Bobby: Como é? Você é cego? Não está percebendo que estamos no meio de uma guerra? ......(Falou em tom de repreender Sam).

Sam: Ah, Bobby você também....(foi interrompido por Bobby).

Bobby: Eu também sim....também acho que você tem que ficar aqui na mansão....lá fora será um alvo muito fácil para os demônios sujos te pegarem. E você não estará só em perigo, você trará perigo a todos nós, que estaremos na mansão....em especial para Dean.....(Falou aborrecido com a petulância de Sam).

Sam: Bobby eu sei me cuidar, e além do mais essa guerra nem começou ainda, todos estão somente se preparando....(Fez sinal de calma com as mãos para Bobby)....e eu voltarei rápido...eu vou lá dizer que ficarei afastado uns dias, mas que voltarei, se me aceitarem no mesmo emprego.....entendeu?

Bobby: (Ficou olhando sério para Sam)....E desde quando esse emprego é mais importante do que sua vida, do que a vida do vampiro Dean ?....(Falou alto, bem exasperado com Sam).

Sam: Do que você está falando? Eu não estou dando mais importância ao trabalho do que eu dou a minha própria vida....(Abaixou a cabeça).

Bobby: E a vida do Dean? Você falou somente de sua vida, e a dele, Sam? Já parou para pensar que se eles te pegarem, eles irão te usar para matar Dean.....(Fez Sam o encarar e arregalar os olhos).

Sam: Pára com isso, você também.....(Voltou a se agitar e juntar suas coisas)......ninguém vai tocar um dedo em mim....eu já disse, nada vai acontecer comigo e muito menos com ele....que droga !

Bobby: Olha, Sammy, eu não sou Dean e nem vou ficar insistindo com você para que fique aqui conosco....mas eu tenho que te falar que não estou te conhecendo mais, você nunca foi egoísta e muito menos irresponsável. Seja lá no que está pensando ou o motivo de sua teimosia e desse seu orgulho todo, quem vai sair perdendo e ficar sozinho, por isso, é você mesmo, mais ninguém....eu estou te falando isso, porque me preocupo com você....como se fosse meu filho....as consequências de suas atitudes erradas, você mesmo irá colher, como já aconteceu um dia...e parece que esqueceu....(Falou se referindo a separação recente dele e Dean, quando chorou desesperado no colo do tio no hospital, vendo seu amor acidentado, por causa de seus atos errados).

Aquelas palavras de Bobby, pareciam que estavam adivinhando o que tinha acabado de acontecer entre ele e Dean, de mais aquela briga deles, também, e de Dean dizendo que ele poderia fazer o que quisesse, era justamente o que Bobby tinha dito, Dean o estava deixando sozinho com o seu orgulho e com sua teimosia. Sam encheu os olhos d’agua para a realidade, o que só aumentou seu medo eterno de perder Dean.

Sam: Bobby, você acha mesmo isso....que eu estou sendo egoísta, e que eu posso perder o Dean....(Perguntou com os olhos marejados).

Bobby: Sinceramente, acho sim....você está colocando ele em risco, porque ele não vai suportar ser chantageado com você de refém e não fazer nada. E você, como caçador, sabe que os demônios vão matar o vampiro assim que colocarem as mãos nele....pense bem....você pode perdê-lo para sempre....sem direito a volta, dessa vez.....(Encarou Sam e esperou uns segundos, o vendo sem reação alguma).....bom...era isso que eu iria dizer.....eu sinto muito....estarei aqui rezando para que nada disso aconteça....e que você não venha a se arrepender....(Disse colocando um dedo na testa de Sam, em aviso).

Sam: Bobby....eu....não sei o que fazer....eu queria me encontrar com o Dean, mas eu não acho ele em lugar nenhum...eu tenho mesmo que ir....eu demorei muito para conseguir esse trabalho....eu queria que todos entendessem isso....(Bufou zangado e foi interrompido por Bobby).

Bobby: (O abraçou rapidamente sem explicar o motivo)....Se essa é sua escolha....eu simplesmente não quero saber os motivos, problema é todo seu....saiba que farei um enterro de caçador para você como fiz para o seu pai....(Bobby queria voltar a seu estado normal de deboche, mas estava tão preocupado com Sam, que não conseguiu ser ele mesmo).....até o outro lado, filho....(Deu um beijo no rosto de Sam e saiu do quarto).

Apesar de toda estranheza do jeito de Bobby, Sam compreendeu perfeitamente o sentimento de preocupação e as palavras de seu tio. Olhou tudo em volta, pegou a camisa de pijama de Dean, largada encima da cama, e a levou ao nariz, guardando o delicioso cheiro dele na memória, torcendo para que ele pudesse o compreender, e na sua mente juvenil e um tanto inocente, imaginou que em questão de poucas horas estaria com Dean novamente em seus braços, que a guerra não teria começado ainda quando voltasse, e que Dean ficaria feliz com o seu retorno em segurança e com a escolha que fazia naquele instante de que ficaria o tempo que fosse na mansão, sem se preocupar com o emprego ou mesmo com a faculdade, porque Dean era o mais importante para ele, o que lhe diria em alto e bom som assim que chegasse em casa novamente.

Sam agarrou bem as poucas coisas que estavam em sua mão, ajeitou a camisa de Dean sobre a cama, com carinho, alisando o tecido de seda, como se fosse mesmo a pele dele, e, saiu do quarto com a esperança tola de estaria de volta muito em breve.

 

CONTINUA...


Notas Finais


MUITO OBRIGADAAAAAA POR TUDO PESSOAL,
OBRIGADA POR SEUS COMENTÁRIOS E
POR ME ACOMPANHAREM.

UM MILHÃO DE BJSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!!!!!!


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