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História Anjos Solitários - Wincest - Aflição


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Segue mais um capítulo,
com emoções.


Desculpem os erros.

Ótima Leitura !!!!

Capítulo 37 - Aflição


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Aflição

 

Ainda na sala da mansão de Dean, onde todos estavam confabulando a respeito do plano de salvamento de Sam, após a saída repentina de Ludovico, Castiel permanecia intrigado com a conduta de Ludovico, durante todo o tempo em que esteve presente naquela sala, encarando Baltazar, que por sua vez percebeu os olhares do híbrido sobre si, mas não correspondeu a nenhum, até pela situação, no mínimo, constrangedora em que estava, cercado pelo ex amante de seu atual namorado e com o avô dele o observando sem dizer nenhuma palavra, como se ele fosse uma lebre e ele um lobo, assim que se sentia.

Castiel compreendia o sentimento que vinha de Baltazar, de pura intimidação, pois o modo, quase mal educado, com que Ludovico se comportara, lhe dava medo, por ser, justamente, quem Ludovico era, um ser tão poderoso quanto Castiel, que estava bem confuso com aquela demonstração bizarra de versatilidade do híbrido.

Castiel: Alguém mais achou que Ludovico está bem estranho?...(Perguntou alto para todos ouvirem sua dúvida).

Dean: Ele está sob muita pressão, Cas.....ele é forte....mas ele tem medo por nós, pela nossa família.....(Falou inocentemente).

Noah: (Aproveitou a deixa para reforçar o dito por Dean, e desfazer a impressão de Castiel, tentando encobrir o sentimento de avô)......Verdade.....Ele tem agido estranho desde que essa história de guerra com os demônios começou, já há faz alguns meses.....até mesmo na Itália, ele não estava agindo normalmente..... (Sorriu simpático para Castiel).

Noah deu de ombros, tentando encerrar o assunto, e logo saiu da mansão para vistoriar os arredores da mansão, assim justificou para todos, mas na verdade, pretendia procurar por Ludovico e tentar chegar na conversa que rodeava sua cabeça sem parar. Não queria de modo algum desrespeitar Ludovico, nem pressioná-lo a confessar o amor por Baltazar, mas precisava olhar em seus olhos e saber a verdade de seus sentimentos, tão recentes e inéditos, mas que o enchiam de orgulho de seu avô, que aprendeu a amar, e por isso queria mesmo poder conversar a respeito desse amor com ele, do sentimento em si e de quem era o alvo dele.

Castiel se aproximou de Baltazar e enlaçou sua cintura, não dando mais importância ao ocorrido na sala, e nem ao jeito estranho de Ludovico, depois que os vampiros confirmaram que ele estava mesmo diferente, resolveu apagar sua impressão de que Ludovico havia demonstrado algum tipo de interesse especial em Baltazar, mesmo presumindo que isso seria impossível, afinal, Ludovico era amasiado há séculos com Liah, uma linda mulher híbrida, única na espécie, assim como ele, e, desprezava os humanos, o que com certeza em sua mente obscura, também, desprezava Baltazar, em sua atual condição de humano.

Castiel preferiu negar a si mesmo que tinha notado a confusão de emoções em Ludovico quando chegou, e depois aquele olhar por longo tempo encima de Baltazar, um olhar de admiração, como quem estivesse retirando suas conclusões de uma pessoa, e por fim, quando chamado à realidade, aqueles pequeninos sorrisos e olhares rápidos e disfarçados à Baltazar, enquanto falava, buscando as reações a seu favor, dando importância e atenção ao caído. Tudo isso tinha sido percebido por Castiel, mas que por todos os motivos contras, afastou essa hipótese absurda de sua mente, para se concentrar no plano de salvamento a Sam e em seu amor, na sua frente.

Castiel puxou Baltazar para si, o levando para um canto, perto de uma das portas que dava para uma varanda, anexa na sala, enquanto Dean e Noah colocavam algumas coisas para o resgate de Sam em uma mochila, ajudados por Bobby, bem no centro do cômodo enorme, se utilizando da mesa de centro do lugar, correndo de um lado para outro para poderem agilizar a saída deles, cada um pegando um item que entendia ser de importância, como armas, artefatos de feitiços, além de algumas coisas para Sam, como água, material de primeiro socorros e um muda de roupa. Castiel viu o medo instalado no olhar azul claro de seu amor gentil.

Castiel: Eu volto rápido, por favor fique aqui e não saía de dentro de mansão.....fique perto de Noah....(Pediu ao caído).

Baltazar: (Parou, envergonhado, o avanço de Castiel, que se aproximava, na intenção de lhe beijar)....Espera....eu estou com medo, Cas....isso tudo me dá arrepios....e eu não estou confortável com você sozinho com Dean por aí.....(Afirmou tentando controlar seu medo, porque percebeu o olhar duradouro de Ludovico sobre si, e por estar cercado de vampiros, e queria controlar também seu ciúme de ver seu amor sair sozinho com Dean, o que lhe apertava o coração).

Castiel: (Colocou as mãos nos lados do rosto de Baltazar, tentando acalmá-lo).....Escuta, meu amor, eu te amo, e nunca se esqueça disso, eu não estou nessa guerra.....minhas ordens vêm de Deus, e não tenho ordens para interferir nessa guerra, se estou indo com Dean, é somente para ele salvar o humano que ele ama, eu quero que eles fiquem juntos.....não tenha ciúmes, por favor.....eu sei que você já passou dessa fase...(Deu um selinho rápido em Baltazar que corou na hora).....você só está assim, porque está presente e vendo tudo que se passa, se eu estivesse longe de você e ajudasse ele, você não estaria com ciúmes, tenho certeza...(Baltazar sorriu amoroso, por que era verdade o que o arcanjo dizia).....você é o homem mais inteligente e maduro dessa casa.....(Deu outro selinho rápido em Baltazar que revirou os olhos).....Então, tenho certeza que ficará muito bem....e até ajudará aos outros...só siga meu conselho....por favor....fique dentro da mansão e perto de Noah....(pensou um segundo)....e se puder.....evite contato com Ludovico.

Baltazar: Porque diz isso ?...(Inquiriu curioso, mas já prevendo que Cas estava mesmo desconfiado da atitude anterior de Ludovico o observar).

Castiel: Ludovico é uma força sobrenatural, ele é tão poderoso quanto eu mesmo, ele é diferente de todos nessa casa, ele é muito mais do que podemos ver em sua aparência humana ou mesmo quando se transforma somente em vampiro, ele está muito acima disso.....e eu sinto um desiquilíbrio grande na personalidade e nas emoções dele, como eu nunca tinha visto antes, e nós nos conhecemos a muito tempo.....(Pensou e não quis dizer suas impressões a respeito do que percebeu em Ludovico com respeito a Baltazar).....só tenha cuidado com ele também....e se puder evitar o contato, será melhor....eu juro que volto rápido....(Deu um leve beijo nos lábios de Baltazar em despedida).

Baltazar somente assentiu, desanimado, com enorme angústia em seu peito, o impedindo de respirar direito. Castiel sentiu a aflição do amado, mas, não conseguiria o acalmar, enquanto não regressasse e voltassem para a vida deles, no mundo perfeito de amor que criaram somente para eles.

Castiel puxou o rosto de Baltazar para seu pescoço, onde se afundou em um abraço já cheio de saudade e amor, tentando aliviar sua aflição em deixar seu amor para trás, naquela mansão, e longe de si, mesmo que por meros intervalos de tempo.

Castiel: Eu te amo meu anjo....(Sussurrou no ouvido de Baltazar, lhe arrancando um arrepio que seguiu por toda sua coluna e morreu em sua nuca).

Baltazar: Também te amo, volta logo, por favor.....(Se deixou beijar por Castiel, novamente, com um fio de vergonha das pessoas presentes, ali na sala, que mesmo um pouco distante podiam os ver claramente).

Castiel se separou do abraço bem devagar, com dificuldade de sair dos braços de Baltazar, e também de largá-lo do seu domínio. Ainda roçou seu rosto no de Baltazar, antes de se separarem lentamente, e, pararem um segundo para se olharem mutuamente, um se vendo nos olhos do outro, num encontro de azuis diferenciados e apaixonados. Castiel ainda beijou a testa de Baltazar, e segurou forte em suas mãos, antes de se afastar completamente, deixando o caído suspirar profundamente em pura desolação.

Todos os presentes na sala aguardavam a despedida de Baltazar e Castiel em silêncio, em respeito a ambos, se mantiveram assim após terminarem de juntar tudo que iriam levar no resgaste a Sam.

Castiel se voltou para todos, e sorriu triste, andando até a porta, onde foi acompanhado de Dean, que claramente estava muito nervoso, ainda mais, após abraçar a cada um presente, e até mesmo abraçar a Baltazar, que lhe desejou sorte com muita sinceridade.

Os dois viram o carro repletos de armadilhas de demônios gravados nele, ser estacionado por um empregado da casa, para que eles entrassem, bem em frente a entrada principal, com a cobertura sendo dada por Ludovico que matava tudo que se movia em direção ao carro, no meio daquelas lutas que se estendiam por todo lugar.

Castiel deu uma última olhada em Baltazar que se unia a Noah, Bobby e Jody no meio da sala, sorriu para ele, o vendo com os olhos marejados, mas disfarçando para os outros não notarem, em sua timidez, o que fez Castiel o amar mais um pouco, se é que isso era possível, é claro.

E logo, Dean se atirou para dentro do veículo, sendo observado por Ludovico, que lhe deu um minuto de atenção, em meio a batalha que travava no momento, para lhe passar confiança com seu olhar carinhoso. Castiel entrou logo em seguida no veículo que seria dirigido por Dean, e arrancaram com o carro, pela pequena pista de brida marcada no meio do quintal, que levava ao portal principal e a saída da propriedade para a rua.

Após a saída dos dois, tudo voltou aos movimentos normais das batalhas no local, onde as portas da casa se fecharam em proteção, por vampiros que a guardavam com suas próprias vidas, tendo a frente da mesmas a presença do grã mestre do clã, Ludovico que não deixava nada se aproximar da frente da mansão, a protegendo, agora com muito mais afinco, sabendo que dentro dela estava o seu único amor.

Dean durante todo o tempo de preparação para aquele desfecho de seguirem em socorro a Sam, só pensava no momento que o teria junto de si novamente, ansiava vê-lo seguro em seus braços, e rezava baixinho, para aquele mesmo Deus dos humanos, que dizia não acreditar, que Sam não estivesse ferido ou mesmo morto, e que o demônio não o estivesse enganando nesse sentido, e que as palavras do demônio de que Sam estaria sendo possível alvo de abusos fosse mentira, como quase tudo que saía da boca dos impuros. Seu coração palpitava acelerado somente em levar em consideração essa hipótese, e suas mãos tremiam em resposta ao gosto amargo que subia em sua garganta.

Dean se recriminava em sua alma, por ter permitido Sam sair da casa, e não cumprir seu intento anterior de mantê-lo a salvo mesmo contra a vontade dele, mesmo que o aprisionasse. O pensamento mais insensato que lhe varria a mente era que tinha desistido de lutar por Sam, diante de sua postura tão controvertida e obstinada, que havia desistido em resposta a postura teimosa dele. Isso lhe dilacerava a alma, já tão machucada por todas as palavras que ele havia dito e por tudo que estava acontecendo, era quase enlouquecedor o momento que vivia, e agora, em busca de Sam, do seu grande e verdadeiro amor, sem saber o que iria encontrar. Tamanho era seu desespero que não conseguia controlar seus dedos no volante do carro, e os apertava, a tal modo que esbranquiçavam sem mesmo notar. Castiel como apaziguador que sempre o foi, nada disse durante o caminho, mas tocou no ombro do amigo, em apoio, sentindo o que ele sentia, mas lhe devolvendo paz e segurança de que em breve estaria com Sam novamente, fosse para o seu bem ou para o seu desespero maior ainda, conforme o fosse encontrar.

 

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Crowley acompanhava toda a movimentação na mansão, assim como todos os passos do arcanjo, justamente, para saber se seu plano secundário iria dar certo. E para sua raiva aumentar a níveis estratosféricos, depois de ser humilhado por Ludovico, o que já  tinha sido um duro golpe em seu ego gigantesco, não conseguia encontrar o poderoso arcanjo de Deus e nem mesmo o seu amante, a quem tinha designado demônios para os observarem, e esses lhe voltaram com a péssima notícia que ambos haviam desaparecido como poeira ao vento, sem deixar rastros de onde poderia ter se enfurnado, não sendo vistos na casa do anjo caído, na faculdade ou em qualquer outro lugar.

Não tinha como saber para onde Castiel havia, supostamente, se teletransportado, junto com seu amante professor, havendo uma leve desconfiança que ambos tivessem ido atender a Dean, porém não estava em seus planos que o vampiro o chamasse antes de estar fisicamente presente dentro do restaurante, e isso poderia significar que seu plano secundário estava perdido, pois esperava que quando o vampiro fosse resgatar o seu humano, e fosse cercado por demônios e por Gadreel, ele tendo que manter o namorado junto de si e lutar contra vários demônios ao mesmo tempo, ele ficaria sem saídas a não ser gritar por seu arcanjo protetor, que viria em seu auxilio, e antes que esse surgisse, Gadreel mataria Dean, e ficaria com Sam para si, e fugiria sozinho com o mesmo, rapidamente do local. O arcanjo apareceria e ficaria mortificado pela morte do vampiro, e mataria a todos os demônios que estivessem presentes ali, na base deles, o que o arcanjo notaria também, e por esse motivo destruiria a tudo. E mesmo que tudo desse errado, o máximo que poderia acontecer seria o arcanjo aparecer rapidamente e matar todo mundo incluindo Gadreel, o que Crowley pouco se importaria, e Dean e Sam seriam salvos pelo arcanjo que depois destruiria tudo, o interesse era manter o arcanjo ocupado por um tempo.

E ambas as situações, enquanto tudo isso estivesse acontecendo, Crowley teria tempo de sobra, e colocaria em prática seu plano secundário, que por fim, cominaria na morte que lhe interessava nisso tudo, a de Lúcifer.

Mas parte dos seus planos estavam sendo corrompidos com o sumiço do arcanjo e de seu amante no momento, e isso estava deixando extremamente furioso, e olhava para todos os lados daquela maldita mansão gigante para saber o que se passava, e tentar entender o que os vampiros estavam planejando dentro dela, onde nenhum demônio conseguia passar, para poder contar a ele, devido as armadilhas dos caçadores espalhadas por todo lado, em frente a todas as portas e janelas. Diferente de todos, ele mesmo conseguiria atravessar as armadilhas, mas não poderia entrar na casa, sem que fosse morto por Ludovico, logo depois, pois com certeza, seria acionado um segundo depois que o vissem dentro da mansão, e o híbrido não permitiria a invasão.

O telefone celular tocou, lhe despertando de sua ira, detrás da árvore que lhe ocultava, bem em frente a mansão, mais há uma distancia segura de ser notado.

Crowley: Gadreel, espero que seja importante, porque estou de péssimo humor no momento....(Atendeu aborrecido, vendo o nome do seu assecla no visor).

Gadreel: Chefe, é importante, para lhe informar que está tudo pronto para sua fuga para o outro esconderijo, e o local está cercado contra os anjos, tem armadilhas de sangue para todo o lado, e o óleo sagrado está preparado como pediu.....(Passou o relato de suas atividades recentes).

Crowley sorriu, pensando que o caído de confiança era na verdade quase um demônio em se tratando de armações e maldades.

Crowley: Tudo bem, querido....me deixou contente....e como está nosso único cliente do restaurante no momento....(Riu alto com seu próprio deboche).

Gadreel pensava rápido numa desculpa, pois sabia que tinha passado dos limites com Sam, o que Crowley reprovaria, conforme tinha ordenado que esperasse matar o vampiro para haver diversão com o humano.

Crowley: (Sentiu a morosidade na resposta de Gadreel, já prevendo o que ele tinha feito).....Gadreel.....não me diga que você antecipou a diversão com o humano....(Esperou a resposta que veio em forma de um pigarro somente).....Ah, pelos deuses....você é mesmo inconsequente, e me desobedeceu....(Disse irritado pela falta de obediência de Gadreel quando dizia respeito a Sam, por quem tinha verdadeira gula de o consumir).

Gadreel: Não chefe, eu não fiz nada de muito profundo com ele ainda, ficamos só nas preliminares, entende?....(tentou inutilmente se desculpar).

Crowley: Você é um imbecil, mas é você mesmo que enfrentará a raiva do namoradinho, quando ele chegar aí....só espero que não tenha estragado muito o garoto....porque o vampiro vai te dar trabalho quando o ver....apesar que nas minhas previsões...ele deve morrer antes de alcançar ou ver o garoto, correto?....(Perguntou para saber se Gadreel se lembrava do plano).

Gadreel: Sim, chefe....estou preparado para receber o vampirinho....tenho alguns demônios na manga, bem escondidos....(Riu).

Crowley: Tá ok, agora é só esperar que o tempo do vampiro está acabando, ele deve estar chegando aí em breve.....e como previsto, nos encontraremos no novo esconderijo.....e Gadreel...(o chamou).....pensei melhor....e como estou num momento de ira....pode brincar com o humano....tá liberado....(Gadreel sorriu largo do outro lado da linha).....só não perde o momento da chegada do vampiro....senão depois não vai conseguir sair daí em tempo de se livrar do arcanjo, entendeu, e ele pode te matar facilmente.....(Riu)....na verdade ele pode matar todos nós.

Gadreel: Sim chefe. Muito obrigado chefe.....(Passou a língua ansiosa nos lábios sedentos para o que iria acontecer logo em seguida, ter Sam para si, mesmo que fosse de forma rápida, aliviaria sua tensão do momento, e aquela seria a primeira de muitas vezes que planejava usar o corpo de Sam para seu prazer e de mais qualquer demônio que o quisesse depois).

Crowley desligou rindo alto e batendo palmas, aquele jeito do seu subordinado, o caído, até tinha lhe distraído um pouco de sua própria raiva contida, e o relaxou de seu nervoso momentâneo . Mas o melhor de todo aquele pequeno momento, foi a visão privilegiada que teve de Dean entrando num carro, que saiu em disparada da entrada da mansão, que antes de ter suas portas fechadas com rapidez, revelaram a figura de ninguém menos que Baltazar, dentro da mansão.

Crowley abriu o sorriso vitorioso, e aguardou, ainda observando cada pequeno movimento que desenrolava dentro da mansão, onde havia uma certa circulação de vampiros entrando e saindo da mesma, em busca de recarregar armas, se alimentarem, descansarem um pouco das lutas, que também os feriam, e tinham que se recolher para se auto curarem, cada um a seu próprio tempo, e aquela era uma grande oportunidade para o que estava planejando fazer. Voltou a sorrir largo, ao ver o carro com Dean sair rapidamente da propriedade, e em seguida, o híbrido deixar o seu posto, para entrar na mansão.

Tudo culminava para seu grande dia de assumir o reino do inferno.

 

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Sam estava há horas embaixo daquela mesa, sem se importar com seus ferimentos, causados por Gadreel, e seu corpo reagia da mesma forma que sua mente, desistia a cada minuto de se recuperar, lhe apresentando claros sinais de febre e fraqueza generalizada. Suas dores já nem doíam tanto mais, estavam todas dormentes, assim como percebeu que grande parte de seu corpo também, tocando de leve em seus lábios machucados, e sentindo somente um sutil formigamento nos mesmos e também nos dedos. Sua palidez era gritante, mais notável ainda por conta de seus olhos bem fundos e arroxeados em volta, além de seus lábios sem cor alguma, no mesmo tom de sua pele branca. Seu braço deslocado estava terrivelmente suspenso somente pela pele, e talvez pela carne de dentro dele, porque seus ossos haviam se desprendido completamente, não conseguia mover absolutamente nada nele, nem mesmo com toda a paciência do mundo, não conseguia mexer seu cotovelo ou seu pulso, e sua mão já estava com uma coloração roxeada, mostrando a circulação de sangue quase nula no mesmo.

Sam desmaiou algumas vezes, acordando no chão, com rosto grudado na pedra fria e suja do mesmo, mas seu pavor de não ver quem poderia se aproximar dele a qualquer momento era tanto, que lutava em se manter na posição de sentado, e assim voltava rapidamente para essa posição, com muita dificuldade. Sentia sua cabeça rodar, em vários momentos de tontura descontrolada, além do sangue pisado no lugar do corte, que cobria parte de seu rosto, agora sujo por poeira, saliva e lágrimas.

Sam sentia todo o seu corpo estava fervendo, por conta da febre que o dominava, possivelmente evoluindo com alguma infecção nos ferimentos, e, nas partes em que teve sua pele marcada por mordidas e chupões de Gadreel, sentia queimar, como ferro em brasa que encostasse na pele nua. Tinha vomitado várias vezes, simplesmente água e sangue, pois não tinha nada no estômago, mas o enjoo que sentia era incontrolável, e só piorava quando se lembrava do abuso sofrido, mesmo tentando se concentrar em tentar fugir dali ou nas lembranças com Dean, o fantasma daquela mão e daquela boca nojenta de Gadreel sempre adentrava no meio de seus pensamentos, enchendo sua boca de saliva, revirando seu estômago, seguida do vômito incontrolável, mas em pouca quantidade, justamente por não ter mais o que colocar para fora.

Sam pensava em fugir, única e exclusivamente, porque não poderia deixar que matassem Dean. Queria se libertar para evitar que Dean entrasse naquele lugar atrás dele, mas ao mesmo tempo, em alguns momentos, de alucinação ou consciência exagerada,  por conta da febre, desistia de fazê-lo, pois apesar da brutalidade sofrida, acreditava que lhe era merecida, diante da sua imensa ingenuidade e burrice em ter saído da mansão, em ter ferido Dean com sua atitude e palavras impensadas, e em ter acreditado que alguma coisa em sua vida daria certo, como era o caso daquele trabalho, que com certeza, deveria ter desconfiado que era uma grande armação.

Sam desistia minuto a minuto de lutar, para reaver Dean, sua vergonha era proporcional ao tamanho de seu orgulho, e de que adiantaria rever Dean, se o destino de ambos estavam selados, e ainda, sabia que se Dean colocasse os olhos em si, sentiria nada além de asco, e nem mesmo de pena era digno, pois não tinha tido pena de ninguém ao levar o perigo para dentro da casa protegida de Dean. Em seu íntimo se sentia sujo e somado a todas as vezes que fez Dean sofrer, era indigno de estar com ele, o que com certeza o vampiro veria isso, e talvez o abandonasse, mesmo depois de salvá-lo, o que também seria bem merecido, assim pensava.

Sam não mais se levantou, não tinha vontade de continuar a viver, quanto mais de reagir, o que já não tinha forças para tanto também, pois seu corpo não respondia a nenhum estímulo de se mover, sentindo um frio enorme o consumindo dentro do corpo, o fazendo se tremer todo, ao mesmo tempo, que sentia sua pele e seu corpo queimarem. Respirava entrecortado, puxando o ar lentamente, sem ânimo, travando uma luta interna consigo mesmo, para reunir alguma fagulha de força, e tentar fugir, evitando com que Dean viesse naquele lugar e fosse morto.

Sabendo o que lhe aguardava, pois Gadreel tinha deixado claro o que aconteceria a ele, apenas tentou não pensar nisso, e se agarrar, com as poucas forças que ainda tinha para se manter acordado, e se lembrar de Dean, para buscar estabilizar sua própria estrutura emocional, e foi nesse momento, que conseguiu estender sua mão para algumas panelas em desuso, que estavam penduradas na parede, onde a mesa estava encostada, conseguiu puxar uma grande e pesada panela, que caiu perto de si, e a segurou com mão que conseguia movimentar, e esperou, torcendo que não desmaiasse enquanto Gadreel não voltasse.

Gadreel assim que ouviu seu mestre o liberar para ter Sam, se dirigiu ao porão onde ele estava, ansioso, em um estado de frenesi visível, doido para colocar em prática suas fantasias malignas com Sam. Quando entrou no lugar, o procurou em silêncio, não querendo com que ele resistisse e tentasse fugir dele, e andou pelo lugar, fazendo somente barulhos de seus passos, sendo atentamente observado por Sam, que via suas pernas se moverem por todo o lado, o viu se aproximar da mesa, e se apoiar em seu tampo, e agachar, verificando se ele estava ali, mesmo que estivesse encoberto pela escuridão e pelos utensílios em volta.

Sam assim que viu o rosto de Gadreel se esgueirar embaixo da mesa, e antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, bateu com a panela com toda força que lhe restava, na cabeça de Gadreel, atingindo seu rosto de lado, provocando um barulho grande. A forte pancada inesperada fez o caído se levantar na reação imediata e ainda bater a cabeça no tampo da mesa, e cair sentado um pouco para trás, com as mãos na cabeça, buscando centralizar e entender o que estava acontecendo. Aproveitando o momento, Sam correu cambaleante, segurando o braço machucado e muito tonto, para a porta de ferro do porão, que tinha ficado somente encostada, conseguindo passar pela mesma, que pensou em trancar, mais não achou o cadeado que se fixava no imenso trinco que ficava pelo lado de fora, e somente a fechou com esse trinco, de ferro, assim como a porta. Correu, com a adrenalina liberada em seu sangue, desesperado pela cozinha, onde a porta do porão dava, em busca de alguma saída, e viu a porta que colocavam o lixo para fora, nos fundos dessa, se escorou nas bancadas de metal onde preparavam a comida, sentindo seu corpo falhar, e suas pernas fraquejarem terrivelmente, o puxando de volta ao chão, mas resistiu e seguiu se apoiando em ambos os lados do corredor formado por bancadas e fogões da cozinha, achando uma faca de tamanho médio no caminho, e a segurando com força, até conseguir chegar na porta e verificar que a mesma estava trancada com cadeado, da qual não tinha chave, forçou com a faca, mas sem sucesso.

Sam olhou em volta havendo mais duas portas, uma que o levaria ao salão principal e a outra que o levaria ao alojamento dos funcionários, e como sabia que no salão principal, as portas e janelas estavam trancadas e lacradas, como bem observou quando permaneceu sentado no local, e também onde com certeza estariam os dois demônios comparsas de Gadreel, optou por entrar no alojamento destinados aos funcionários que tinham armários e bancos de madeiras grandes e compridos, como se fosse um vestiário escolar, com cabines e chuveiros ao fundo. Sam buscou por janelas, vendo que havia uma outra porta que levava diretamente aos fundos do restaurante e a rua, mas a mesma estava com grossas correntes transpassadas, além de enormes cadeados, igualmente às portas principais do lugar.  Sam olhou todas as janelas, que eram na verdade, largos basculantes de uma só bandeira, mas que por onde passaria um humano facilmente, porém todas estavam lacradas com fitas isolantes metalizadas e largas, e com uma espécie de cola de silicone em volta, assim o único modo era tentar retirar esse lacre de uma das janelas para conseguir fugir.

Sam estava ainda apoiado na primeira parede, que dividia o alojamento da cozinha, quando sentiu o vômito o dominar, e deixou esvair uma grande golfada de água misturada com sangue ali mesmo, seguido de uma tontura, que o fez cair de joelhos no chão, segurando sua boca com a mão que lhe restava, abafou o grito de dor que percorreu sua garganta ao sentir o impacto de seu corpo contra o chão. Apesar do tombo desengonçado no chão, causando imensa lesão em ambos os joelhos, se esforçou para se concentrar, pensou em Dean, e no que poderia acontecer com ele se o pegassem, e se levantou, se apoiando em tudo ao redor, no banco de madeira encostado na parede e em seguida nos armários, onde foi tateando até alcançar a primeira janela, que era um pouco acima de um metro e oitenta de altura do chão. Então, mesmo sendo alto, Sam puxou um dos bancos de madeira, e subiu no mesmo, para uma melhor posição, e com a faca em sua mão começou a raspar a fita adesiva que lacrava a janela, se desligando completamente de todo o resto a sua volta, pois tinha muita pressa em conseguir sair dali, e evitar a morte de seu amor, de Dean.

 

 

CONTINUA....


Notas Finais


Amigos,

MUITO OBRIGADA POR TUDO.

OBRIGADA POR TODOS OS COMENTÁRIOS LINDOS,
responderei a todos, estou meio enrolada,
mas até amanhã responderei a todos.

MILHÕES DE BJSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!!


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