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História Anjos Solitários - Wincest - Obrigado por me amar


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Segue o capítulo com
"a declaração de amor"...kkkkk....

Desculpem os erros.

Ótima Leitura!!!!

Capítulo 40 - Obrigado por me amar


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - Obrigado por me amar

 

Os conflitos estavam mais calmos e um isolados, dentro da propriedade da mansão, não havendo ataques diretos a mesma ou a sua estrutura, as lutas se limitavam a praia e aos arredores da grande casa, e um ou outro demônio tinha tentando entrar na mansão, sendo sumariamente impedidos pelas armadilhas gravadas ou mesmo por serem facilmente capturados e exterminados pelos vampiros, que cobriam perfeitamente cada milímetro quadrado do território em volta da propriedade, os vampiros não avançavam nos ataques, mas se defendiam com perícia, e com isso centenas de demônios estavam perdendo suas almas negras, queimadas e extintas pelas armas e munições especiais.

Tudo estava sendo assistido por Crowley, que pretendia ordenar a elevação à Terra dos demônios que aguardavam entrar na luta, nos exércitos que estavam preparados e parados no inferno, e a cada demônio que se esvaía, outro surgia em seu lugar, porém não sendo utilizados todos os demônios disponíveis para a batalha, apenas a quantidade exata para manter os vampiros bem ocupados, para o seu plano pessoal entrar em vigor, e minar os planos de Lúcifer, que desejava a ascensão de todos os demônios do inferno à guerra, de uma única vez, requerendo conquistar a Terra, e fazer grandes alianças com os puros derrotados, para juntos, atacarem ao céu e aos anjos, porém como confiava em Crowley acreditava que a não utilização de toda a força, se tratava de uma manobra de guerra, não estendendo sua observação com tais olhos de desconfiança para Crowley, aguardando o desenrolar daquele primeiro grande ato de luta em meio à guerra que se alastraria por todo o país e em breve por todo o planeta.

Crowley mantinha seus planos observando para manipular, enganar e conseguir o que queria, matar Lúcifer.

 

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 

Ludovico entrou na sala principal, vendo a habilidade dos dois caçadores presentes, Bobby e Jody, em auxiliar aos vampiros com as armas, e até mesmo distribuindo guarnições de sangue aos que entravam na mansão em busca de alimento. Ambos sendo, naquele instante, ajudados por Baltazar, que desejava ser útil, de alguma forma, enquanto aguardava por Castiel, e estava distraído recarregando algumas armas com as balas especiais para os demônios, quando notou a presença de Ludovico na sala,  e esse já estava ao seu lado, o olhando com intensidade, lhe deixando muito desconfortável.

Ludovico atravessou a sala devagar, sentido os sintomas típicos dos apaixonados, exaltando a parte que as pernas fraquejavam, lhe impressionando, por nunca ter sentido tamanho embaraço ao caminhar, e muito menos por se pegar agradecendo por ninguém poder ler sua mente assim como ele podia fazer, senão veriam o quanto estava confuso, tentando elaborar uma simples frase que pudesse convocar Baltazar a lhe seguir até a biblioteca da mansão, para conversarem em particular, o que também, esse mero pensamento, corroía seu interior com a passagem de um frio cortante, que descia lentamente por sua garganta e parava em seu estômago.

Num momento de alucinação pregada por seu sentimento por Baltazar, Ludovico segurou em suas mãos, sobre a arma que ele que recarregava, lhe chamando a atenção.

Ludovico: (Descontrolado na fala, quase balbuciando as palavras)....Suas mãos não foram feitas para segurar em armas, sua inteligência e elevação espiritual merecem que segure somente em canetas do mais puro ouro....que lhe é merecido.

Baltazar se assustou, fatalmente, com o contato das mãos frias de Ludovico sobre as suas, e assim as recolheu, envergonhado, e deixou a arma encima da mesinha de centro da sala, ficando desconfortável na presença do híbrido, que se manteve em pé, curvado para ele, enquanto estava sentado no sofá, deixando seus olhos se cruzarem na mesma altura, encabulando mais ainda a Baltazar.

Ludovico sentiu que aquele seu ato havia alarmado desnecessariamente Baltazar, e se arrependeu de sua extrema sinceridade, que teria que dominar e recolher no recôncavo de sua alma, para não o amedrontar, mesmo tendo seu coração quase saído pela boca somente em sentir o toque da pele aveludada das mãos quentes e macias de Baltazar.

Ludovico: (Simulou um cumprimento já que estava curvado e sorriu)....Baltazar....(Respirou fundo e ficou de pé novamente, sendo olhado com interesse pelo caído)....Eu gostaria de lhe falar em particular.....poderia me acompanhar à biblioteca ?.....(Perguntou tentando fugir do olhar de incredulidade de Baltazar sobre si, pela mudança brusca de atitude).

Baltazar se lembrou na mesma hora do conselho de Castiel para se manter longe de Ludovico e de sua breve explicitação do que ele era na verdade. Sentiu medo, e seu estômago revirar sob o olhar que o estudava tão próximo. Mas como era um homem educado e fino, jamais poderia se negar a manter qualquer diálogo com outro homem de igual forma, esmeradamente educado, pois era assim que a figura externa de Ludovico era vista por si mesmo, naquele momento.

Baltazar: (Em dúvida).....Eu?......E qual seria o assunto?.....É que eu estou aqui ajudando o pessoal, sabe....com as armas.....(Riu sem graça).

Ludovico: É um assunto pessoal, do qual gostaria imensamente de falar a sós com você.....se me permite.....(Tossiu nervoso com as dúvidas e a recusa de Baltazar, além de ler em sua mente a lembrança do aviso claro de Castiel e o medo que isso causou no caído).

Baltazar: Tudo bem.....(Concordou receoso)....Mas poderia me adiantar o assunto?....(Falou bem mais baixo essa pergunta, sorriu tímido fugindo de encarar Ludovico, por medo de estar se recusando e o questionando daquele jeito).

Ludovico: (Sem querer contar do que se tratava, mas querendo lhe iniciar o motivo da conversa de forma sedutora, que fosse, sendo também intrínseco diante da plateia dos caçadores que estavam bem próximos a ambos).....Posso sim, talvez se eu perguntar se você conseguiu apreciar o quão perfeito e suave é o sabor do champanhe que ganhou recentemente, te ajude a entender o assunto que temos a tratar....(Sorriu ao repetir as palavras do bilhete deixado no primeiro presente que havia enviado a ele, um raro champanhe e taças).

Baltazar estremeceu e encarou os olhos azuis acinzentados de Ludovico, descobrindo a face oculta por trás dos presentes caríssimos que tinha recebido há pouco tempo antes, que até aquele momento, o deixava em suspeita de ser um admirador secreto de bom gosto e milionário, já que a suposição de se tratar de alguma brincadeira de seus alunos, foi de plano afastada por causa dos altos valores dos agrados recebidos. Baltazar ficou depurando aquela descoberta que dizia respeito diretamente a si mesmo, com um misto de expectativa e ainda mais receio, de enredar em uma conversa aberta e franca com aquele que lhe intrigou tanto, a cada vez que era agraciado por seus mimos. Sentiu muita falta de Castiel nesse momento, queria seu arcanjo ao seu lado, para lhe passar segurança de que continuaria tudo bem entre eles, se fosse conversar Ludovico, pois sabia dos ciúmes de Castiel e do quanto o tinha visto assim, quando recebeu os presentes.

Baltazar: (Boquiaberto, com o coração acelerado).....Eu não sei se devo ter essa conversa sem a presença de Castiel.....(Disse sincero, olhando para os lados, vendo Bobby e Jody prestarem atenção na conversa que se desenrolava, sem entenderem nada do que estava sendo dito).

Ludovico: (Ficou chateado com o jeito de Baltazar se fechar e viu sumir qualquer mínimo fio de esperança que tivesse, com o que ele tinha acabado de dizer).....Eu insisto.....acho que mereça uma explicação, e eu estou disposto a lhe dar essa explicação, nesse momento.

Baltazar sacudiu a cabeça, com dúvida, mas pensou bem, e na atenção que estava chamando sobre ele e sobre Ludovico, o que causava a exposição do mesmo, e isso ele não concordaria jamais, não queria denegrir a imagem de ninguém, e muito menos de Ludovico, por medo, mas acima de tudo por respeito a ele, e sua imagem diante dos vampiros que o idolatravam e o obedeciam cegamente.

Baltazar: Ok....(Respondeu suscito, se levantou do sofá).....eu te acompanho...(Fez sinal com a mão para Ludovico seguir na sua frente).

Ludovico não disse nada, esfregou uma mão na outra, e se adiantou a andar, direto e em silêncio, para a biblioteca da mansão, sendo seguido a poucos passos atrás, por Baltazar, também em silêncio.

Ludovico queria reverter a sorte que Noah havia lhe desejado em realidade, e que Baltazar pelo menos aceitasse pensar sobre o assunto, assim que se declarasse, mas não parecia que isso iria acontecer de nenhuma forma, sentindo tão claramente, o caído declamar em sua mente o quanto gostaria da presença do arcanjo ao seu lado. Para sua própria derrocada, vislumbrava o quanto o amor de Castiel e Baltazar estava solidificado, e não seria ele com tão sedutores presentes ou declarações apaixonadas que o conquistaria, ainda mais sendo Baltazar tão íntegro e honesto.

A respiração era sempre um bom parâmetro para medir a ansiedade e o nervosismo de uma pessoa, aprendera tão bem em seus séculos de vida como vampiro, mas não conseguia disfarçar sua própria respiração ofegante e falhada, que denotava todo seu estado de espírito enquanto caminhavam até a biblioteca e quando entraram na mesma.

Ludovico trancou a porta assim que Baltazar passou por ela, e o fez se sentar, com um gesto de oferecimento, em uma das duas long chaise gêmeas de couro, com encostos laterais assimétricos, modernas e elegantes.

Ludovico: Aceita um drink ou beber alguma coisa ?....(Perguntou se servindo de uma dose de vodka russa com gelo,  em pé, junto ao pequeno e discreto bar móvel que tinha no canto da parede, voltando para perto, e se sentando diante de Baltazar, que negou a bebida com balançar de sua cabeça).

Ludovico após uns segundos em silêncio, não sabendo como iniciar o assunto, tímido como nunca antes tinha sido em sua vida, onde era sempre tão decidido e orador das primeiras e das piores notícias sem titubear jamais.

Ludovico: (Engoliu todo o seu drink de uma única golada, bem nervoso)......Você.....você gostou dos presentes, pelo menos ?

Baltazar: Eu achei que fosse uma brincadeira de algum aluno meu, no início. Mas depois eu vi que se tratava de uma brincadeira de alguém mais maduro, de bom gosto e financeiramente favorecido, devido ao valor do presentes, e isso me assustou um pouco, porque eu nem sequer suspeitava de alguém especifico....(Viu Ludovico contorcer suas expressões faciais)....eu sou muito fechado, como professor, e também na minha vida pessoal, sempre tentei preservar a minha imagem e a de Castiel, nunca quis nos expor de forma alguma, então ficamos bem reclusos.

Ludovico: (Piscou um tanto contrariado)....Brincadeira ?.....(Baltazar o encarou e assentiu)......como pôde pensar que fosse uma brincadeira, alguém querendo lhe agradar, lhe cortejar com tanto esmero....(gesticulou um pouco irritado).

Baltazar: Desculpe se ofendo, não é minha intenção, estou sendo sincero.....afinal quem iria querer agradar, ou mesmo como disse, cortejar, alguém como eu?...(Apontou para si mesmo)..

Ludovico: Como você? Não entendo porque se refere a si mesmo dessa forma.

Baltazar: Eu sou uma pessoa muito comum....(Pausou).....Bom, aos olhos humanos, que não sabem quem sou na verdade, e aos olhos dos que conhecem minha real essência, eu não passo de um pecador, um dos amaldiçoados que foram expulsos do céu, e caminham pela Terra sem a graça de Deus....acho que isso é o suficiente para responder sua pergunta.

Ludovico: (Admirando a modéstia daquele que amava, encantado com sua presença e com suas palavras humildes).....Você é lindo....é inteligente, elegante, charmoso.....quem não se interessaria por você, Baltazar?.....(Disse isso e se inclinou para frente, mais perto dele, tentando tocar em seu rosto, mas Baltazar fugiu discretamente do toque, se recostando no encosto).

Baltazar: (Ficou sem graça com os elogios e quis mudar de assunto)....Então não era uma simples brincadeira?

Ludovico: Jamais foi uma brincadeira para mim....todos os presentes que lhe enviei foram para poder admirar e imaginar um sorriso em seus lábios....em poder ter a honra de lhe fazer feliz....mesmo que fosse por um breve momento....e senão consegui alcançar esse meu objetivo, peço que me perdoe por ter sido tão audacioso....(Olhou Baltazar e sorriu triste).

Baltazar: (Se arrependeu do que disse ao ver o sorriso se apagar de Ludovico, apesar de tudo, não desejava fazer Ludovico se entristecer diante de si).....Eu gostei de todos....mas os guardei.....por medo....(Ludovico o encarou).....Estava com medo do real motivo que levou alguém a enviá-los a mim.....caso não fosse uma brincadeira, poderia ser uma ameaça a Castiel, assim como me garante que não o foi.....(Se levantou e se escorou em uma escrivaninha, em pé, com as pernas cruzadas, encarou Ludovico)....eles são muito caros, e eu jamais teria condições de comprar algo como aquele champanhe ou o relógio....são perfeitos......(Sorriu, animando o coração de Ludovico).....muito obrigado por eles......mas, então, qual o motivo de ter me enviado tais presentes?....E não me diga que foi somente para me ver feliz.....(Sorriu fraco, mantendo seu olhar inquisidor em Ludovico).

Ludovico também ficou de pé, e andou de um lado a outro no espaço atrás da long chaise que estava anteriormente, e entre a parede marmorizada de uma lareira. Queria fugir daquele momento, que foi tão ansiado e ao mesmo tempo tão temido, e ali diante dos olhos azuis claros de Baltazar, quase perdia a coragem do que mais buscou dizer ao enviar tais presentes, que estava apaixonado por ele. Passou a mão nas laterais de sua cabeça, arrumando inconscientemente seu cabelo, sempre tão alinhado já, colocou a mão sobre o peito, conferindo a palpitação de seu coração, e querendo ignorar a garganta seca e os olhos horrivelmente molhados, parou de andar, olhou nos olhos de mar límpido de Baltazar.

Ludovico: (Encheu os pulmões).....Eu me apaixonei por você, Baltazar...(Achou melhor ser curto e simplesmente se declarar de forma concisa).

Baltazar: (Abriu e fechou a boca, passou a mão pelos cantos dos lábios finos, sem acreditar no que tinha ouvido direito).....Eu.....eu...eu nem sei o que dizer.....(Se confundiu com as palavras, o que não lhe era nada comum, ainda muito surpreso).......Como....como isso foi acontecer?....Mal nos conhecemos....nos vimos tão poucas vezes.....eu não compreendo....(Voltou a se sentar, sentindo suas pernas pesadas e vacilantes).

Ficaram em silêncio, uns minutos, Ludovico um tanto amuado, em pé, próximo a lareira, com a mão no peito, como quem fosse enfartar a qualquer momento, parecendo mais pálido que o seu normal, mordendo levemente seus lábios, pensando nas palavras que não fariam Baltazar sair correndo daquela sala, gritando para Castiel o salvar dele. E Baltazar se perguntava, mentalmente, como um ser tão poderoso daquele, um homem tão rico e bonito, que poderia ter qualquer um a seus pés, lhe implorando uma mordida pela eternidade ao seu lado, poderia ter se apaixonado por ele. Mesmo sabendo, que por sua vez, ainda estava com o outro extremo, vivendo um amor com o ser mais poderoso dentre todas as espécies, mas que em algum momento foi anjo como ele, tinham um reconhecimento mútuo, quase um passado, que justificasse, talvez, o nascimento do amor, o que não condizia com Ludovico, e a paixão que esse declarava.

Ludovico: (Tomou a coragem para quebrar o silêncio muito constrangedor que se instalou entre eles)....Eu entendo suas dúvidas....mas acredite quando eu digo que me apaixonei por você.....e foi um dia de pura coincidência, nós não nos encontramos em nenhum lugar....mas eu estive na faculdade atrás do humano Sam, e acabei distraidamente observando você ministrar uma aula, e me encantei pelo seu jeito, pela sua beleza e inteligência.....você não me viu em momento algum....mas eu vi em você algo que nunca consegui enxergar em nenhum ser nessa Terra, em todos os meus muitos anos de vida, eu vi em você, uma luz, uma leveza de espírito, e foi algo tão intenso, que naquele exato momento, eu me apaixonei por você, sem conseguir controlar meu coração, e mesmo com o passar dos dias, eu me negando a aceitar, mas não conseguindo mais.....eu simplesmente enlouqueci, eu me deixei conduzir por esse sentimento, e pensava em você o tempo todo, eu ainda penso em você o tempo todo....(Riu fraco, desabafando enfim, tirando todo o peso do segredo de suas costas).....eu não quero que pense que eu sou um insano ou coisa parecida....mas foi realmente assim que aconteceu....e quando eu dei por mim, eu já estava lhe enviando os presentes, querendo com eles poder me sentir mais próximo de você, poder imaginar que estava sorrindo ao abrir cada um deles, que estaria envaidecido ao receber cortejos de presentes raros e inesperados.....eu ficava feliz somente com a idéia de que você estava feliz....entende?.......(Viu Baltazar lhe olhar o tempo todo, em total atenção).....eu sou honrado, e jamais lhe faltaria com o respeito....me desculpe se pensou o contrário....se de algum modo lhe ofendi....(Abaixou a cabeça).

Baltazar: Não pensei que estava me faltando com o respeito ou me ofendendo....não o fez, eu não me senti ofendido jamais....(Cerrou os olhos).....Mas você não pensou em Castiel, ele sim, se sentiu desrespeitado por você....mesmo não sabendo quem era ainda.

Ludovico: Eu entendo.....mas não foi minha intenção também....de verdade, Baltazar, eu só queria poder me sentir perto de você.....(Pensou no rumo e nas proporções que aquilo tudo poderia tomar).....Eu não quero que Castiel acredite que eu o desrespeitei.....eu só queria e quero fazer o que é certo......eu não sei muito bem o que fazer, pois eu nunca me apaixonei antes por ninguém, mesmo vivendo todo esse tempo.....(Abaixou a cabeça)....você é a primeira pessoa por quem eu me apaixonei....é a única pessoa que ouviu isso de mim.....nunca teve outra.....e eu não contei para ninguém.....por respeito a você e ao arcanjo do Senhor, não seria digno com ele.....eu desfiz o compromisso com minha companheira de séculos, também para não desrespeitar a presença dela ao meu lado enquanto pensava em você....(Confessou, assustando Baltazar com sua atitude).

Baltazar: Eu estou impressionado......e mais uma vez, não sei o que dizer.

Ludovico: Não precisa dizer nada....eu não estou te cobrando nada.....eu só fiz o que achei que era o certo tanto para mim quanto para ela.....e quero muito fazer o que é certo para você e para o Castiel também....por isso lhe chamei aqui para conversarmos...espero que me entenda, em primeiro lugar.

Baltazar: Sim, eu entendo.....mas eu jamais poderia corresponder seus sentimentos, Sr. Fatinelli.....me desculpe.....eu não quero que sofra de forma alguma.....(Disse sincero)....eu jamais iria desejar imputar tristeza a alguém, e muito menos a quem diz me amar.

Ludovico: Me chame de Ludovico, por favor....acho que podemos passar dessa fase de formalidades.....(Suspirou)....e por favor, não se desculpe....você não tem culpa de nada....não pode se culpar por eu me apaixonar por você......e eu soube que não poderia alimentar nenhuma esperança com você, quando percebi o quanto desejava a presença de Castiel ao seu lado, até mesmo para uma simples conversa comigo....não se preocupe....eu não quero que se sinta mal de forma alguma.....eu vejo o amor que sente por Castiel resplandecer em seus olhos.....e eu ....eu tenho até inveja do arcanjo por isso.....(Abaixou a cabeça mais uma vez, deixando escapar um longo momento em que apertou os olhos com as pontas dos dedos, para não chorar, tendo seu coração ouvido cada palavra de Baltazar).

Ludovico: (Após uns minutos, ambos em silêncio novamente, suspirou em seus pensamentos).....Castiel merece você, se existe um único ser nesse mundo que eu confiaria a única pessoa por quem me apaixonei, esse seria ele, com toda certeza....ele é tão diferente de mim....(Olhou para o teto branco, pensando).....ele é puro, verdadeiro, ele nunca traiu a sua fé ou a bondade que vem de Deus, e eu sou uma aberração, sem limites, descontrolado, que dorme de enfado diante da luz e acorda sua alma com as trevas, surgindo minha real face somente quando existe escuridão.....eu nunca deveria sequer sonhar em ter permissão para te tocar....ou mesmo tocar seu coração tão puro e paciente comigo, agora.

Baltazar ficou com pena de Ludovico, se sentindo realmente mal por vê-lo deprimido como mostrava em suas palavras. Baltazar se levantou e foi até Ludovico, que se encolheu um pouco diante de sua presença tão próximo a ele, mas logo tomou fôlego e restabeleceu sua autoconfiança, e encarou Baltazar parado de frente a ele. Baltazar colocou a mão em seu rosto liso, sempre muito bem barbeado, e desceu sua mão, num carinho meigo e calmo, como seu o tempo parasse naquele instante. Ludovico ficou sem reação, olhando profundamente os olhos de Baltazar, seu rosto, sua pequenas rugas perfeitamente formadas em volta dos olhos azuis, seu cabelo loiro e sua pele bronzeada, observava como ele era bonito, com um rosto tão sereno. Sentindo ser envolvido pelo calor que vinha de seu toque no rosto, que dominou todo o seu corpo com tanto prazer, que inundou sua alma de tranquilidade e de paz, mesmo em meio a tudo que estava vivendo, se deu ao luxo de sentir paz, vinda do seu amor. Ludovico, como um gato que recebe carinho, se recostou na mão de Baltazar e fechou seus olhos, que sempre traziam a calmaria sobre a tempestade que era dentro de si. Sabia que Baltazar estava sendo somente um ser bondoso e carinhoso, sem segundas intenções, mas também sabia que não teria outra chance de ter Baltazar tão próximo de si, conforme ele estava, e simplesmente pronunciou o que vinha guardando a tanto tempo.

Ludovico: Eu te amo....eu te amo, Baltazar. (Disse convicto).

Baltazar sorriu com a declaração, e desceu sua mão por todo o rosto de Ludovico, a repousando em seu peito, pensando no que dizer, para não ferir Ludovico.

Baltazar: Eu acredito em você.....(Ludovico abriu seus olhos e sorriu para Baltazar ainda próximo de si).....obrigado por me amar....muito obrigado....Ludovico....me sinto lisonjeado de alguém tão importante como você, me notar e gostar de mim assim....(Disse o nome de Ludovico bem devagar, atendendo ao pedido dele, que sorriu ao ouvir seu nome vindo da boca de Baltazar, a quem tanto amava, e da boca que queria tomar para si, mas não o fez, por respeito).....eu já sofri muito no passado, por não ter o amor de alguém, e agora, eu me sinto privilegiado por ser amado, também por você, e, se eu não amasse Castiel....eu realmente me daria uma chance de viver esse amor com você....porque a honra seria muito mais minha do que sua....tenha certeza...você jamais seria uma aberração, você é lindo por dentro e por fora....é o que vejo em você....e é assim que sempre guardarei sua imagem....(Ludovico abriu o seu melhor sorriso, que era muito raro, se sentindo realmente aliviado e feliz por Baltazar o compreender tão bem e não espezinhar seus sentimentos, vendo com essa atitude simples, que apesar de não poder viver o amor com Baltazar, valia a pena sentir amor, esse sentimento transformador, que fazia Baltazar o enxergar como ele estava atualmente e não ao antigo Ludovico, vazio).

Baltazar se afastou, recolhendo sua mão do peito de Ludovico, e, deu alguns passos para o lado dele, quando ouviu alguém bater na porta suavemente. Ambos felizes com a conversa calma e aberta que tiveram, onde Baltazar conheceu mais de Ludovico, que teve seu coração despedaço de forma elegante e sincera, como seria típico de Baltazar, a que ainda amava, mas tentaria esquecer, já que o caído, não lhe deu nenhuma esperança.

Antes que pudesse atender a quem estivesse do outro lado, Ludovico segurou gentilmente na mão de Baltazar, parado ao seu lado, que se assustou um pouco, mas sorriu, sabendo que Ludovico o iria respeitar, como deixou claro naquela conversa.

Ludovico: Podemos ser amigos?....Eu gostaria muito.....você é muito interessante a mim.....quero muito te conhecer melhor, pela pessoa que é, por sua inteligência e por ser tão estudioso.....eu lhe admiro muito, acima de tudo.....eu gostaria de aprender com você....(Sorriu)....aprender tudo que sabe e com sua experiência de vida....(Ficou animado com a chance de poder conhecer tudo sobre Baltazar, mas com uma certa preocupação do que ele poderia achar daquele convite de amizade)....bom, isso é, se você, não olhar para os meus pecados e transgressões do passado e que ainda virão, ainda mais durante essa guerra....(Sorriu tímido).

Baltazar: Claro que podemos ser amigos.....(Respondeu sincero).....eu não julgo ninguém, e jamais faria isso com você, que me deu todos os motivos para confiar e admirar tanto....também gostaria muito de aprender com você....afinal eu sou das letras e você é da ciência, temos muito assunto para conversar....eu tenho milênios de vida e você muitos séculos, o que não nos faltam são histórias de vida para contar.....(Sorriu também, concordando com o convite)....não é mesmo?

Ambos estavam felizes, cada um a seu modo, por se entenderem tão bem, e por conseguirem, de certo modo, se completarem ali naquele momento.

Ludovico apertou um pouco mais, de modo suave e depois soltou discretamente a mão de Baltazar, expressando sua alegria e selando a amizade vindoura e seguiu para a porta, que ressoava a batida repetidamente de alguém ansioso do lado de fora. Ludovico abriu a porta, dando de frente com Noah, um tanto sem fôlego, por estar vindo de vigília em frente à casa, e porque entrou quase correndo na mansão, ao ser chamado aos berros por Bobby.

Noah: Vô, o Castiel está na mansão, ele voltou...(Respirou fundo).....e trouxe o humano com ele, quase morto, muito ferido, e precisamos de sua ajuda. Castiel está perguntando por você....é urgente.

Ludovico: (Mudou suas feições na mesma hora, ficando terrivelmente preocupado)....E o Dean? Onde o Dean está?.....(Fechou os olhos rapidamente).....eu não o sinto na casa.

Noah: (Com certo receio de dizer, respirou fundo com medo da reação).....Calma vô, o Dean ficou no restaurante, ele está com o caído que se associou aos demônios e comandava toda a armação contra ele, parece que ele bateu muito e abusou de Sam, que foi o responsável pelo humano está morrendo nesse momento, e o Dean está cuidando dele agora.....(Disse sabendo a realidade)....está eliminando ele.

Ludovico fechou o semblante, sabendo que Dean poderia, de alguma forma estar em perigo, mesmo confiando na capacidade de seu neto de se defender, e no caso, se vingar sozinho, pois sabia que era isso que ele estava fazendo, matando o maldito caído bem devagar, para vingar que ele bateu em Sam. Conhecia muito bem seu neto e já o tinha visto diversas vezes em transformação descontrolada e agressiva, o que sempre resultava em um massacre, o que lhe dava uma ponta de orgulho no peito, mas no momento, era só preocupação, pois Dean estava sozinho, sem a proteção de Castiel, suscetível a ataques de demônios.

Ludovico sem precisar ouvir mais nada e sabendo que tinha às suas costas Baltazar, que se arrepiou por completo somente ao ouvir o nome de Castiel sendo anunciado que estava na mansão. Ludovico voltou seu último olhar para o caído, ainda esperançoso.

Ludovico: Amigos?....(Falando com certa insegurança, com medo de ter sido somente uma promessa do momento a sós que tiveram).

Baltazar: Sim, amigos de agora em diante....(Dizendo isso, tocou levemente no ombro do híbrido, lhe presenteando com um belo sorriso, e dando por encerrada a conversa dos dois).

Noah olhou a cena, entendendo o que tinha resultado da conversa de ambos, ficando bem descansado de que Ludovico não teve seu sentimento menosprezado pelo caído. Suspirou fundo, acreditando que realmente aquela era a melhor opção para todos, pois Ludovico não sairia machucado e não causaria nenhum tipo de desconforto para Baltazar e Castiel, e quando fossem conversar com esse, já lhe deixaria claro o desfecho da situação, de que Baltazar não tinha lhe dado nenhuma esperança amorosa, e somente seriam amigos, e com isso evitaria um confronto entre os dois.

Ludovico estava com seu amor despedaçado, sentia imensa vontade de sair correndo dali, talvez pôr em lágrimas, sua dor, e pela primeira vez em sua vida se permitir chorar por amor, mas no fundo de sua alma entendia que a recusa de Baltazar, não era em não lhe amar, e sim em viver uma relação amorosa com ele, pois o seu nobre coração já pertencia a Castiel, e como homem tão honrado, era fiel ao seu coração, e seu corpo e sua mente seguiriam seu coração, sabia que Baltazar não sentiria como se tivesse traindo Castiel, se sentiria como se estivesse traindo a si mesmo, se desse alguma esperança para Ludovico, e isso só fazia o híbrido o amar mais ainda. Restava aprender com Baltazar a transformar todo aquele amor em amizade, assim como o próprio Castiel teve que aprender um dia, e com certeza teve algumas lições do próprio Baltazar, que mais uma vez ensinaria esse pequeno milagre também a ele, mesmo indigno de tal presente em sua vida, seria irrepreensível interpretar, respeitar e aceitar tudo que viesse daquele lindo homem, ex anjo, de olhos claros e cabelos loiros, que tanto o encantou.

Ludovico maneou sua cabeça em despedida, mesmo que breve, encarando Baltazar, que lhe respondeu em silêncio, repetindo o gesto categórico.

Ludovico seguiu com dificuldade para a sala principal, mesmo querendo passar todo o tempo do mundo com Baltazar, sabia que naquele momento precisavam dele de alguma forma, e teria que acordar para a dura realidade que lhe convocava à consciência plena, e o retirava daquele momento apaziguador e sereno, que viveu há poucos minutos, causado pela presença de Baltazar.

Noah olhou para o caído, e sorriu, admirando o que aquele ser, tinha feito por seu avô, mas não querendo o inibir de forma alguma, não fez nenhuma referência a isso, ou, a estar trancado com seu avô, naquela sala.

Noah: Você não vem?....(Perguntou não vendo no caído qualquer manifestação corporal de que pretendia seguir Ludovico ou mesmo a ele, de volta para a sala principal).

Baltazar: Não....eu poderia ficar alguns minutos aqui?....Eu adoro livros....(Disfarçou o nervoso que sentia com tudo que tinha acabado de lhe acontecer)....e vou olhar os exemplares tão raros que existem aqui....se me permite?...(Perguntou, apontando para as estantes que rodeavam aquela enorme sala).

Noah: Claro, fique à vontade.....com licença....(Saiu compreendendo o momento que Baltazar precisava ficar sozinho para colocar suas idéias em ordem).

Baltazar sorriu, controlando seus sentimentos e pensamentos, confusos, com aquela declaração despretensiosa, mas tão profunda e sincera. Enfim mais alguém  amava, e isso era sempre muito bom de se ouvir, ainda mais de alguém como Ludovico. Mesmo que seu coração gritasse o nome de Castiel, jamais faria Ludovico sofrer, ele não merecia, por lhe ter concedido um amor como aquele, tão raro e valioso quanto os presentes que ele havia lhe ofertado, e esse era o real significado de cada um deles, e, agora, compreendia.

 

CONTINUA....


Notas Finais


Amigos,

MUITO OBRIGADA POR ACOMPANHAREM E COMENTAREM SEMPRE,
OBRIGADAAAAAAAAAAAA....BJSSSSSSSSSSSSSS !!!!!


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